Bitter Revenge escrita por Fadaf


Capítulo 17
Capítulo Dezessete - Destroya


Notas iniciais do capítulo

Hey, leitores! Desculpe a demora! Estive ocupada com umas coisas aqui da escola >_



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Chad colocou-se na minha frente, criando uma barreira entre mim e meu médico. Será que tal medida era necessária? Afinal, ele não estaria cuidando de mim?

O arrepio que percorreu meu corpo quando ele parou próximo de Chad garantiu-me que não. Eu definitivamente nunca gostei dele.

– Devia estar no quarto. - ele falou, analisando uma prancheta, que estava sob seu braço.

– Des-desculpe.... - falei, apertando a camisa verde de Chad, algo que eu pensei que fosse proibido.

– Chad, já falei que não pode usar roupas coloridas. - falou Samuel, fazendo outra anotação, com um sorriso no rosto. - Isso vai te render uma punição.

Chad estava tenso, suas mãos apertadas sobre a tela que ainda segurava. Fiquei olhando para o chão, não querendo encarar os olhos verdes de Sam.

– Helen, vamos voltar ao quarto? - Samuel propôs, esticando a mão para mim, pegando uma mecha do meu cabelo.

Desviei os olhos para Chad, sendo a única que percebeu uma certa mudança. Seus olhos ficaram mais loucos e com mais fúria.

–Eu... Não... - gaguejei, tentando me esquivar, mas seus dedos prendiam muito bem minha mecha de cabelo.

– Sabe que tem que me obedecer, Helen. Sou seu médico. - ele disse, passando a ponta do dedo em meu rosto.

Diferente de quando Chad fez isso, eu senti nojo. Não queria o toque dele. Trazia lembranças, lembranças que eu não queria recordar.

Gemidos, dor, sangue, gritos, um olhar louco...

Agarrei com força minha cabeça, e agachei-me no chão, colocando-a entre os joelhos e murmurando repetidamente "não".

– Helen, eu já disse... As coisas ruins estão na sua cabeça apenas, doçura. - falou Sam, no mesmo tom gentil, mas ao mesmo tempo persuasivo.

Balancei a cabeça, meus olhos arregalados. Eu não iria acreditar naquelas palavras novamente.

Do nosso lado, Chad agia com a maior calma do mundo. Tinha fechado os olhos, e respirava fundo. Sam olhou para ele com escárnio e desprezo. Eu estava observando os dois por detrás da cortina que meus cabelos formavam.

Quando Chad abriu os olhos, a fúria escondida ali me atingiu, mas Sam apenas sorriu.

– Senhor Salieri, acho que precisa tomar suas medicações. - disse Sam, colocando a mão dentro do bolso e tirando um aparelho que eu julgava ser apenas de médicos.

Chad colocou tranquilamente a tela sobre uma cadeira, ficando de costas para mim e para Sam, que se aproximou, colocando a mão em suas costas.

Então, de repente, Chad virou-se e socou o nariz de Sam, que gemeu alto de dor. Eu podia não ser médica, mas sabia que seu nariz havia sido quebrado.

Sam colocou a mão no nariz para estancar o sangue, mas Chad não deu tempo para ele retomar o folego. Pulou sobre ele, socando-o repetidas vezes, não importa o lugar.

Sangue espirrava, não sei se daonde Chad socava Sam ou do próprio Chad.

– Você... Tocou... Nela! - gritou Chad, tentando colocar mais força em cada soco dado. - No... Cabelo... Dela! Ela... É... Minha!

Chad parou por um minuto para descansar, seus punhos estavam vermelhos e algumas juntas abertas. Coloquei a mão na boca ao olhar o rosto de Sam.

Ensanguentado, ele cuspiu alguns dentes, e sorriu. Era um sorriso maldoso, do tipo que apenas os melhores vilões possuem. Foi então que eu me perguntei se o mais louco de todos nós não era ele, com aquele sorriso maníaco em vermelho.

Chad ia recomeçar, mas consegui me arrastar até ele e puxar seu corpo para junto do meu. Abracei-o fortemente, tentando fazê-lo se acalmar, recobrer um pouco da sanidade sagas que eu sabia que ele possuia.

– Ele... Tocou... Em você, Helen. - Chad disse, arfando, aninhando agora em meu colo como se foss eum bebê muito grande.

– Estou bem, Chad. Está tudo bem. - murmurei, querendo convencer a mim mesma.

– Não, não está. - disse Sam, sentando-se. Ele fechou os olhos por alguns segundos enquanto recolocava o nariz no lugar. - Esse homem é doido, merece mais que uma punição.

Olhei para Sam sem entender, enquanto o observava retirar o mesmo aparelho de antes e falar umas rápidas palavras. Em poucos minutos, homens fortes vestidos de branco chegaram na sala.

– Levem ele.- disse Sam, apontando para Chad, que, surpreendentemente, conseguira cair no sono.

O jeito que Sam falou aquilo me fez ter um medo, um medo muito maior do que eu já havia sentido. Agarrei com mais força Chad junto ao meu peito, como se eu pudesse protegê-lo contra aqueles homens que mais pareciam orangotangos demoniacos.

– Levar ele pra onde? - perguntei, e minha voz não passava de um fiapo de som.

– Destroya, Helen, ele vai ser executado. - respondeu Sam, aceitando uma toalha branca de um dos brutamontes.

– N-não... - murmurei, sentindo as lágrimas rolarem pelo mesmo rosto. - N-não pode executá-lo, S-sam...

Um soluço escapou de mim enquanto eu abraçava com mais força Chad, e eu me perguntava como ele conseguia dormir tão tranquilamente.

– Helen, meu doce, ele é perigoso. Viu o que ele acabou de fazer. - falou Samuel, agachando na minha frente, o rosto um pouco mais limpo agora, porém começando a ficar inchado. - Temos que executá-lo.

– P-por favor, n-não... - supliquei, fechando os olhos, tentando pensar em uma solução.

Então, repentinamente, pensei em algo. Senti nojo de mim mesma, mas salvaria Chad.

– Não será possível... - começou Sam, mas eu o cortei, olhando no fundo de seus olhos verdes.

– Poupe ele e tenha o que sempre quis, Sam, mas dessa vez com consentimento.

A sobrancelha de Sam se ergueu, e o sorriso malicioso se abriu logo após entender o que eu queria propor.

– O que seria isso, Helen? O que você me daria para salvar a vida desse merdinha?

Engoli em seco, reunindo toda a coragem e dignidade que eu ainda tinha para falar:

– Se você poupá-lo, Sam, eu me entrego a você.


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Notas finais do capítulo

Nossa, cara, amo a Helen. E apesar de ser a autora, odeio o Sam. 3:



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