Bitter Revenge escrita por Fadaf


Capítulo 16
Capítulo Dezesseis - Party Poison


Notas iniciais do capítulo

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Acordando de um sonho, é assim que me sinto.

Ver que tudo que eu estava acreditando era apenas parte da minha mente, menos a loucura. E Chad, que realmente estava ali, no "quarto" ao lado do meu.

Mas não existia Big D ou Reggie, os Mansion era como eu via os médicos e Newsletter nada mais passava que um sanatório. Alias, por que eu estava em um?

Minha memória ainda estava falhando, mas ainda podia lembrar de algumas coisas. Meus irmãos eram reais, porém Ciel e Alois eram jovens que cursavam a faculdade já. Quanto tempo eu fiquei presa em minha própria mente?

Porém, para minha infelicidade, meu pesadelo era real. Sam era meu médico. Visitava-me todo dia. Tinha o mesmo sorriso cruel que o Samuel em minha mente. Será que tudo que aconteceu foi real?

- Eu não gosto dele. - disse Chad quando perguntei sobre ele. - Ele te faz mal.

Minha realidade era uma mentira. Agora tenho que voltar a me acostumar com o que de fato é real, com o "quarto" todo branco e a janela com barras que me liga a Chad.

- Helen, querida.

Olhei para cima, para Chad. Ele era muito diferente do outro Chad, aquele que estava em minha mente.

Era mais velho; os olhos apesar de demostrarem superioridade, demostravam claramente um carinho enorme por mim. Era bem alto, e seus cabelos eram ruivos, quase completamente cacheado.

Ele se sentou ao meu lado, puxando meu queixo quando tentei olhar pro outro lado, e me fez encarar aqueles olhos que eram, pelo menos, iguais ao outro Chad.

- Solte-me, por favor. - pedi, minha voz saindo trêmula.

- Estou preocupado. - falou, inclinando a cabeça pro lado, deslizando a mão pelo meu rosto até pegar uma mecha de meu cabelo.

- Não é do seu fetio...

- É sim. Não sei como era o "outro Chad" na sua mente, mas sempre me preocupei com você. Ainda te quero livre. - ele disse, cheirando a mecha que acabou de pegar.

- Por que faz sempre isso? - perguntei, olhando para baixo, para o chão de ladrilho. Era por isso que estava sempre frio, não era?

- Isso o que?

- Pegar no meu cabelo e cheirar ele.

- Eu gosto dele.

- Mas não é motivo...

- Sou louco, não preciso de motivos. - rebateu, dando uma risadinha.

Estremeci, mas não de maneira ruim. Algo dentro de mim dizia que eu gostava de quando ele ria.

- Você pode estar aqui? - perguntei, preocupada.

- Posso. Vim te buscar pra oficina de artes. - ele sussurrou em meu ouvido.

Encarei seus olhos, esperando que fosse alguma piada. Oficina de arte e circulação livre entre loucos? Não era pra menos que ela havia imaginado Newsletter como uma cidade.

- Vamos? - perguntou Chad, entrelaçando sua mão na minha.

Assenti com a cabeça, levantando-me no mesmo instante que ele, deixando-o me levar para fora do quarto.

O corredor era exatamente como o corredor da casa dos Mansion, e devia ser o motivo de eu ter imagino assim. Porém, cada porta tinha um nome escrito, mas algumas continham os gritos atrás.

- Não se preocupe, é sempre assim aqui. - disse Chad, animado, guiando-me com facilidade pelo que parecia um labirinto de corredores brancos.

- Eu... Não sei se devia sair do quarto. - balbuciei, imaginando que devia ter um motivo para eu estar aqui.

Chad parou repentinamente, fazendo-me trombar com suas costas. Virou-se para mim, agarrando meus ombros.

- Helen, você não é louca. A culpa é daquela mulher maldita e do médico. Você... Você não devia estar aqui.

Pude ver a dor em seus olhos, mas parecia que acreditava plenamente no que dizia.

- Como posso acreditar no que um louco diz? - perguntei, esticando a mão, hesitante, mas por fim, a coloquei em seu rosto.

Chad fechou os olhos com esse gesto, deixando-se inclinar a cabeça na direção de minha mão.

- Porque, Helen, eu sou inteligente. Sou louco, mas inteligente. E sei quando uma pessoa não pertence a Newsletter. - ele vacilou por um segundo. - Mas sou grato.

Enruguei a testa, sem entender.

- É grato por eu estar aqui injustamente?

- Sim. - ele abriu os olhos, e mais uma vez estava lá, as palavras; frases que eu não conseguia entender. - Eu pude conhecer você.

***

Quando chegamos na oficina de arte vazia, abri um sorriso. Não pude conter, parecia familiar demais aquela sala. Algumas imagens pipocaram na minha mente.

- Eu... Estive aqui antes. - falei, correndo o dedo pela fila de pinceis, arrumados na bancada.

- Muitas vezes. - concordou Chad, soltando minha mão e indo para o outro extremo da sala. - Veja.

Fiquei fitando-o puxar uma tela e mostrar-me a pintura colorida, com formas. Era muito bonito.

- Você que fez. - disse Chad, cheio de ternura na voz, acariciando a lateral do quadro. - Depois de uma visita de seus irmãos. Queria dar de presente para Alois.

Meu coração se apertou, e identifiquei isso como saudade.

- Eles... Estão bem?

- Sim. Sempre visitam você, quase toda semana.

- Isso é bom. - falei, aliviada. - Eles ainda se importam comigo.

Chad estava prestes a dizer alguma coisa, mas logo sua expressão mudou de ternura para raivosa.

- O que faz aqui?

- Eu que devia perguntar isso, senhor Saileri.

- Essa voz... - murmurei, virando-me para trás.

Eu ainda não o tinha visto de fato. Sabia dele por Chad, que havia me contado algumas coisas, mas não estava preparada para o encontro ainda.

Seus lábios charmosos se curvaram em um sorriso, meio de escárnio, meio de prazer. Os olhos, que na verdade eram de um intenso verde, estava, pregados em mim. Ele passou a mão pelo cabelo comprido e escuro, um hábito que até eu devia ter memorizado.

- Olá, senhorita Oshiro, vejo que está melhor. - disse Samuel, andando na nossa direção.


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Notas finais do capítulo

bububu chegando no final ;-;



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