Bitter Revenge escrita por Fadaf


Capítulo 13
Capítulo Treze - Save Yourself!


Notas iniciais do capítulo

NOTAS: Feliz feriado, queridos leitores! o/
Primeiramente, devo dizer que o ´titulo que eu queria ter dado a essa fic não foi todo pois ultrapassou o número de caracteres T_T
Era para estar ali em cima: "Capítulo Treze - Save Yourself! (I'll Hold Them Back)"
Enfim, espero que gostem :3



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Eu particulamente detestei o cheiro que o lugar exalava. Era um cheiro muito forte de... Limpeza, acho que só posso descrever assim.

Eu e Sam, depois de atravesarmos a porta, trocamos algumas palavras com o "guarda", um sujeito grandalhão que usava um tapa-olho.

Apesar de não querer, agarrei-me a Sam, que pareceu satisfeito.

Estavamos passando por um imenso corredor branco, um pouco familiar demais pra mim. O corredor tinha portas feitas de madeira escura distribuidas simetricamente entre ambos os lados, e eu jurava que podia ouvir alguns gritos vindo de dentro de algumas delas.

Não era do meu fetio sentir medo, mas eu estava a ponto de sair correndo. Ficar aqui era pior que pensar na possibilidade de chegar ao necrotério. Parecia que em tinta invisível estava escrito "MORTE" em todos os cantos.

– Fique calma, Helen. Assim Brutus vai reparar que está nervosa. - disse Sam, com uma calma impressionante.

Levantei meus olhos para fitar os dele.

– Brutus? Really? - perguntei, não contendo o tom de sarcasmo em minha voz. - Nome de cachorro.

– Não é pra menos. Sabe por que Brutus está aqui? - indagou Sam, sem tirar os olhos do corredor a nossa frente.

– Por que?

– Ele esquartejou mais pessoas do que sou capaz de lembrar. Era canibal, foi criado por animais selvagens. "Brutus" parecia apropriado.

Meu estômago se embrulhou.

– E nós vamos encontrar com esse homem?

Sam deixou escapar um daqueles irressistiveis sorrisos de canto.

– Sim, é o nosso chefe. Mas ele está mais... Civilizado. Acho que não tem outro jeito de dizer isso. Embora ainda coma carne crua de vez em quando.

Pude sentir meus pelos do corpo se eriçarem. Algo me dizia que esse encontro não seria feliz.

– Espera, considerando que foi criado por animais, ele deve ter algum tipo de instinto animal, ou algo assim?

Sam hesitou apenas um segundo antes de responder.

– Não sei. - e me lançou um olhar significativo.

Arregalei os olhos e o empurrei. Ele tinha me trazido para uma cilada!

– Você me enganou! - sibilei, temendo elevar a voz. Mas eu queria muito gritar.

– Você se deixou enganar, Helen. - Sam falou, sorrindo, mostrando toda a loucura que havia escondido esse tempo. - Acha mesmo que eu ajudaria esse bando de... Ai, não tenho termo mais educado. Esse bando de merda? Por favor, Helen, eu sou superior a eles.

– Então por que? - perguntei, tentando fazê-lo ficar presos aos meus olhos para pegar a faca que eu escondia sob o vestido.

– Por causa de Chad, de você. O plano dele não pode continuar se ele não tiver você. - ele falou, enconstando-se na parede, as mãos atrás da cabeça. - Como deduziu tudo, senhorita Oshiro?

– Instinto animal. Se seu chefe tem isso, provavelmente deve ter outras caracteristicas, como olfato apurado. Sabe, dependendo do animal, eles sentem até o cheiro de uma mentira.

– Ah, muito inteligente. Não errei em ter te escolhido. - ele falou, aprovando com a cabeça. - Desista, Helen. Essa faca não vai te ajudar.

Paralisei no lugar, a poucos centimetros de pegar a faca. Se ele sabia da existência dela, não adiantaria nada. Não teria ataque surpresa.

– Mas, oh, Helen. Eu quero colorir seu mundo de tantos tons de vermelho. - continuou Sam, como se eu estivesse petrificada pela adoração que eu supostamente sentia por ele, por ele ter descoberto tudo. - Imagine que lindo seria eu ser aquele a matá-la?

Tinha acabado. Eu ia morrer de novo e permanecer assim. Não salvaria meus irmãos nem Big D. A liberdade de Chad estava fadada a ficar em sua mente apenas.

Olhei com o canto do olho pelo caminho por onde tinhamos vindo, e lembrei das portas, as portas com gritos atrás. Eu não queria estar atrás de nenhuma dessas portas.

– Imagino que seria, Sam. - falei, abrindo meu sorriso mais sedutor. - Teria um tom de vermelho dessa cor?

Apontei para meu vestido, levantando um pouco demais a barra. Um convite explicito o suficiente para Sam, que se aproximou.

– De muitos outros tons, Helen. Você ia ser a minha linda dama de vermelho. - ele falou, puxando pela cintura, e eu aproveitei essa oportunidade para lhe dar uma cabeçada.

– Desculpa, Sam. Não vejo esse futuro. Como eu disse, não gosto de manchar outras cores.

Enquanto Sam estava confuso com a cabeçada, gritando quinhentos palavrões, atraindo atenção de outros guardas, talvez, já que uma luz vermelha começou a piscar.

Encontrei o grandalhão do tapa-olho, que olhou-me abobalhado com seu único olho bom.

– Hey, grandalhão. - falei, antes de sacar a faca escondida sob o laço que dava a volta na minha cintura e a empurrava em seu peito.

– Alavanca, alavanca. - pensei comigo, procurando por ali algo que pudesse ser um tipo de chave que abriria o portão lá fora.

Não colocariam um grandalhão idiota desses aqui a toa. Ele era grande o suficiente para esconder a pequena parede atrás dele e, consequentemente, uma chave automática. A chave não precisava estar em um molho, não necessariamente.

– Por favor. - eu estava quase chorando, e já podia ouvir os passos ecoando no corredor, cada movimento sincronizado dos Mansion significava o fim da minha vida.

– Ali... No canto....

Olhei para baixo, e o grandalhão ainda estava com seu olho aberto, arfando, apontando para um lugar que eu nunca acharia.

– Obrigada e... Desculpe. - falei, abrindo o pequeno compartimento disfarçado na parede, apertando um botão preto.

– Acha... Acha... Que vou ser perdoado? - perguntou, e eu sabia que falava de Deus. Não sei porquê, nunca acreditei que alguém em Newsletter ainda acreditava na existência de um, já que sempre sobrevivemos a nossa própria sorte.

– Acho que será. Acabou de salvar cinco vidas. - murmurei, mas ele já tinha morrido.

– Ah, achou a chave. - gritou Sam, aparecendo na sala, com um pano na cabeça.

"Merda", pensei, notando a arma em sua mão.

– Não há saída, Helen. Aqui você morre pelas minhas mãos.

Olhei em volta e vi a janela bem ao meu lado.

– Acho que não, Sam. - disse e, antes que ele tivesse tempo de reagir e de suas tropas chegarem, corri e me joguei contra a janela.

Pude sentir os cacos de vidro cortando minha pele e ouvir várias ordens sendo gritadas atrás de mim, mas eu corri, sem me importar com o sangue que escorria por minhas pernas e braços.

Assobiei para Chad nos arbustos e atravessamos o portão a tempo, antes dele ser fechado novamente.

E, pela primeira vez em muito tempo, eu estava chorando de felicidade por ter sobrevivido.


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Notas finais do capítulo

Gente....... Eu amei esse capítulo ;-;



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