Bitter Revenge escrita por Fadaf
Notas iniciais do capítulo
Desculpa a demora, pessoal. Realmente, tenho feito o possível para postar capitulos rápido.
Gomen >_
Agora ninguém confiava em ninguém, exatamente como Sam queria.
MInhas chances de sobreviver estavam tão próximas do zero que eu estava começando a ficar frustrada por mim e pelos meus irmãos.
Vê-los brincar juntos, um pouco mais saudáveis, com Big D, era um prazer que eu me deixava ter enquanto os meninos faziam todos os preparativos antecetendes a nossa viagem ao necrotério.
Essa palavra me trazia náusea de novo, e os insigths pioravam cada vez mais ao longo do dia. Vozes que não estavam ali, imagens que se confundiam com a minha realidade - seria mesmo a minha realidade? - deixavam minha mente já pertubada um pouco mais confusa.
O desprezo de Chad por mim também não ajudava em nada, e apesar de eu sentir falta de suas conversas com toques irônicos, meu orgulho falava mais alto.
Eu não seria a primeira a me render a ele ou a Sam, que ficava numa espécie de jogo de gato e rato comigo.
Eu tinha que aguentar tudo pelos meus irmãos. Pela garantia que Chad tinha me dado pela sobrevivência deles.
– Estamos indo. - Chad veio avisar a gente, naquela voz fria e dura.
Foram as primeiras palavras que ele me dirigia depois da cena na cozinha. Meu coração se apertou ao pensar que seriam as últimas.
"Ele não é importante." pensei, levantando-me do chão e ajeitando o vestido vermelho que usava.
Chad levantou as sobrancelhas e me olhou de cima a baixo, depois se virou e foi pra junto de Sam, que colocava uma mochila nas costas.
Encarei o vestido de testa franzida, pois só o tinha colocado para fazer um capricho a Alois.
– VAMOS, HELEN! - berrou Sam.
Olhei para Big D, que já estava com meus irmãos nos ombros, e coloquei a mochila que me foi designada no ombro. Agora era a hora de dar adeus a vidinha feliz.
***
– A gente está andando a séculos. Tem certeza que sabe onde fica a fronteira? - perguntou Chad para Sam, naquele tom de arrogância superior que só ele possuia.
– Eu andava de moto por aqui. - respondeu Sam, lançando um olhar sobre o ombro. - Obviamente sei onde fica a fronteira.
– Não é só seguir a trilha? - perguntei, observando que ao nosso redor só tinha árvores que ganhariam formas assustadoras a noite.
Chad deu um sorriso de canto.
– Tecnicamente, sim. Mas a trilha passa perto da "casa" dos Mansion e nós não queremos confusão. - ele me olhou, e aquele olhar dizia muitas coisas. - Ou queremos?
Engoli em seco e abaixei a cabeça com a insinuação de traição ali presente. Eu podia entender que ele estava bravo, mas não compreendia a visão que ele estava tendo sobre mim e Sam.
Estava bem claro que eu queria distância dele.
– Não, não queremos de jeito nenhum. - respondi, levantando a cabeça e avistando o topo de um edificio branco por cima das árvores.
– O que é aquele prédio branco? - perguntei.
– Nosso ponto de chegada. - respondeu Chad, olhando na mesma direção que eu.
– Irônico colocarem essa cor... - comentei, pois branco significava pureza, coisa que a maioria das pessoas que saiam daqui não possuiam.
– Nem tanto. - disse Sam, virando-se e caminhando de costas para ficar me encarando. - Branco é uma cor fácil de ser manchada.
Aquele comentário me fez sentir um arrepio na espinha e eu simplesmente fiquei calada. Chad olhou de mim pra ele e deixou escapar um risinho.
– Mas manchar o branco não deixa as outras cores mais claras? Não seria algo purificante? - perguntou em seu tom debochado.
– Depende qual cor possui mais poder. - respondeu Sam, abrindo um sorrido de predador antes de virar novamente pra frente.
Os minutos que se passaram foram preenchidos pelo som do vento e alguns sons emitidos pelos meus irmãos.
Quando minhas pálpebras estavam quase se fechando, Sam nos parou e disse.
– Ali fica a minha "casa". - ele disse e apontou a uma cabana de porte grande, bastante moderna até, localizada a alguns centimetros de um portão. - Depois daquele portão, temos acesso fácil a saída.
Chad sorriu, e esfregou as mãos.
– Tem como dar a volta e subir pelo muro? - perguntou, seu cérebro já trabalhando em planos complexos porém perfeitos.
– Eletrificado. Impossível de subir. - respondeu Sam. - Tenho que pegar a chave com o chefe, só assim poderemos entrar.
Todos nós olhamos chocados para Sam. O filho da puta tinha enganado a gente.
– Vou levar a Helen comigo. - ele falou, lançando seu sorriso sedutor para nós. - Podem parar de me matar em suas mentes.
Olhei para Chad, percebendo que lutava contra um dilema: deixar-me ir sozinha com ele e sua liberdade.
– Eu vou. - falei, olhando firmemente para Chad, pousando por um minuto a mão sobre a sua e em seguida a retirando.
Chad me olhou e eu nunca senti seus olhos mais profundos que agora. Tinha tanta coisa ali, eu sabia que tinha, palavras ocultas que a boca nunca iria pronunciar, mas eu não entendia nada.
Ele pegou uma mecha do meu cabelo e enrolou no dedo.
– Tome cuidado, por favor. - pediu, baixo o suficiente para que só eu ouvisse.
– Tome conta dos meus irmãos. - pedi, concordando com o pedido dele assim que ele concordou com o meu.
Quando esperamos a noite cair para sermos cobertos pelas sombras, eu e Sam saimos juntos.
– Ainda bem que usa vermelho. - ele falou, segurando com força minha mão. Esse simples toque me fazia querer correr para o outro lado. - Nossas "mulheres" geralmente usam vermelho, então.
– Não sou sua mulher. - falei, friamente.
– Mas aqui vai ter que fingir que é.
Engoli em seco e concordei, tentando deixar minha fúria e ódio por ele ocultos por detrás de uma máscara.
Sam parou em frente a porta e se ajeitou, tirando poeria inexistente da jaqueta preta e penteando os cabelos escuros para trás.
Não havia dúvidas, ele era um cara bonito. Mas ás vezes a mais bonita das belezas vem com a pior das loucuras. E vamos falar sério, Sam era o próprio perigo.
– Vamos entrar? - ele perguntou, oferecendo-me o braço, o sorriso galante no rosto.
– Sim, acho que seremos bem-vindos na casa dos lobos, amor. - respondi, usando o tom mais meloso que conseguia, enquanto agarrava meu braço e ele abria a porta.
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