Fading Away escrita por flowersforvases


Capítulo 8
This heart will start a riot


Notas iniciais do capítulo

Como prometido!



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E por fim, pensei sobre uma coisa que agora me rondava e me fazia ter mil deduções, talvez todas erradas.

O que Josh queria ontem quando veio em meu apartamento, “venceu seu orgulho” e precisava falar com a gente?

Aquela sim havia sido uma noite bem dormida. Não parava de pensar em como seria a repercussão da música e tudo mais. Acho que estava praticamente tão animada quanto Jeremy, e quanto Taylor deveria estar.

Servi um pouco de cereal e leite numa tigela e dei a primeira colherada. Mastiguei calmamente, quando meu celular tocou. Taylor.

- Oi - respondi ao segundo toque.

- Bom dia, Hayles. O Jeremy ligou e pediu que eu te avisasse pra gente se encontrar na casa dele daqui a 15 minutos. Tudo bem pra você?

- Aham, eu tô terminando de tomar café, vou só tomar um banho e vou pra lá.

- Ok, então posso te esperar aqui pra irmos juntos?

- Hmm, claro. Já já passo aí. - desliguei o telefone e comi meu cereal apressadamente. Joguei a tigela na pia e me mandei pro banheiro, lavando da cabeça aos pés rapidamente. Não passei nenhuma maquiagem, já que só iria á casa de Jeremy, e então vesti um short jeans e uma regata devido ao calor daquela manhã, e como de costume calcei meu velho All Star.

Bati na porta do apartamento de Taylor e ele abriu logo em seguida.

- Vamos? - perguntei. Ele me olhou da cabeça aos pés, especialmente as minhas pernas, com uma expressão meio estarrecida e o começo de sorriso no rosto.

Me senti corando. - O que foi?

- Ah – ele piscou repetidas vezes, desviando o olhar de mim.- Nada, nada. Vamos.

Ele pegou seu violão, que estava apoiado na parede ao lado da porta. Nós descemos e fomos conversando o caminho todo. A casa de Jeremy era perto, a mais ou menos uns 5 minutos de onde nós morávamos. Tocamos a campainha e quem atendeu foi a Kath.

- Oi pessoal, tudo bem? - disse ela, dando um abraço em cada um de nós. - O Jeremy tá no quarto, podem entrar.

Nós já sabíamos o caminho, então subimos as escadas e "invadimos" seu quarto.

- Hey, chegamooos - eu disse com a maior empolgação que possuía no momento.

- E aí, Jerm - Taylor e Jeremy se cumprimentaram com um soquinho com as mãos.

Nós nos sentamos no chão, ao lado de Jeremy, onde havia um lápis e alguns papéis espalhados.

- Vamos lá - disse Jeremy.

Nós começamos a arranjar a melodia, quase sempre encontrando os tons e acordes certos, que se encaixavam perfeitamente com a letra. Os meninos, assim como eu, também haviam pensando em algo mais calmo, mais triste.

Tocamos mais umas duas ou três vezes pra ter certeza, e agora estava perfeita. Como nós havíamos “cancelado” o contrato com a gravadora, até tudo ser refeito não poderíamos ir gravar no estúdio nos próximos meses. Então nós decidimos que íamos gravar um vídeo com a música e postar no site.

- E aí, ficaram com fome depois dessa? – perguntou Jeremy.

- MUITA – eu falei quase não o deixando terminar a frase. Mas eu realmente tava com muita fome, poxa.

Taylor riu. – É, eu também.

- Ok, eu pedi pra Kath fazer um bolo, vou ver se ela já terminou.

- Tá – assentimos Taylor e eu em coro.

Jeremy saiu e fechou a porta atrás dele. Então eu tive uma ideia.

- Tay – ele me olhou. – Me ensina a tocar In The Mourning no violão?

- Claro – ele assentiu com um sorriso. Eu peguei o violão.

- Ok. Primeiro você toca essa nota – disse ele, me indicando. – Hm, não, tem que ser meio tom mais alto.

Eu o fiz. – É isso. Agora você toca essa – ele indicou. – Aham. Agora vem o Lá Menor.

Eu tive um pouco de dificuldade, pois exigia os dedos bem compridos, coisa que eu não tinha. Tentei por três vezes e não consegui.

- Assim, deixa que eu te mostro – com o violão ainda em meus braços, ele sentou atrás de mim, usando suas mãos pra tocar o acorde, de modo que, pra ver as cordas do violão, ele se abaixou e apoiou o rosto em meu ombro.

E então eu fui tomada pelo seu cheiro entorpecente, virando a cabeça automaticamente em sua direção, quando ele retribuiu o olhar. Nossos rostos estavam a pouquíssimos centímetros de distância, o que era um tanto perigoso. Eu não podia mais ficar longe dele, nem àquela pequena distância.

– Seus olhos são tão lindos. – ele disse, me fazendo corar (muito).

Eu não consegui responder nada, só fiquei encarando-o com aquela cara de tonta, entorpecida por estar tão perto dele. Então ele segurou meu rosto com as duas mãos, da forma mais carinhosa possível, e finalmente me beijou. De um jeito meigo, doce e totalmente calmo, como se o mundo ao nosso redor tivesse parado. Eu curti cada momento, cada sabor daquilo, como se fosse a última vez. Larguei o violão no chão, agora passando os braços por seu pescoço. Ficamos por um tempo ali, a cada segundo o beijo se tornando mais urgente. Aquela era sem dúvida a melhor coisa que eu já havia experimentado na vida.

E então de repente a porta se abriu. Jeremy.

Eu e Taylor nos separamos, agora eu meio que sentada em seu colo, uma posição que eu havia adquirido sem perceber. Ambos olhamos um pro outro, depois pro Jeremy, que agora fazia uma cara safada.

- Se vocês pensam que eu tô surpreso – ele disse, na maior expressão sarcástica que eu já havia visto – vocês estão muito enganados. Eu sempre soube que isso ia acontecer, sempre. – ele olhou especialmente pro Taylor depois dessa última frase. Nós dois coramos e eu pude sentir meu rosto quente.

- OWN, ELES TÃO VERMELHINHOOOOOS – disse Jeremy, na maior zombeteira possível.

- Cala boca, palhaço – resmungou Taylor.

- O bolo fica pronto daqui a 15 minutos, vocês querem que eu volte pra cozinha pra ficarem mais a vontade? – agora ele riu, divertindo-se com o tanto de zoação que poderia tirar.

- Na verdade, eu já vou. Lembrei que tenho um compromisso – eu disse, fazendo de tudo pra me livrar daquele constrangimento. – Tchau, boys.

- Tchau, pegadora – disse Jeremy, tentando parecer sério.

- Tchau, Hayles – Taylor me disse com um sorriso tímido e um brilho incomum nos olhos. Eu sorri pra ele, me derretendo completamente por dentro.

Desci as escadas e dei tchau pra Kath, que estava na sala. E então me peguei com um sorrisinho bobo nos lábios, um sorriso que a cada lembrança ficava maior, me rendendo praticamente o resto do dia inteiro feliz.


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