Fading Away escrita por flowersforvases


Capítulo 18
I just wanna feel something


Notas iniciais do capítulo

Ow gente, eu realmente não tive como postar antes, meu notebook deu problema no teclado (justo no bendito teclado) e eu fiquei uns dias sem ele... Imaginem o desespero que eu me encontrei, sem nenhum outro computador por perto. Recebi ele de volta hoje do conserto e terminei o capítulo meio que na pressa, mas tá aqui, espero que gostem mesmo assim D:



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...quando a minha ficha caiu as lágrimas já rolavam em meu rosto. Permiti-as sair de uma vez, pondo a cabeça entre os joelhos. Agora não havia mais motivo para segurá-las.

Algum tempo havia se passado, e, bem, eu posso afirmar que durante aquele tempo eu não sai de casa uma vez sequer, a não ser pra ir no supermercado ou coisas assim.

Eu não mantinha mais contato com ninguém. Só ficava presa dentro de casa, simplesmente porque eu não tinha vontade de fazer outra coisa. Na verdade, o que eu havia feito de mais produtivo tinha sido compor algumas poucas músicas, e só.

Eu estava sentada, brincando com o cereal na tigela. Era curioso como as coisas aconteciam tão de repente... Num dia você estava totalmente estável, e no outro seu mundo havia desabado. Tentei bloquear minha cabeça desse tipo de pensamento, mas ela insista em inseri-los ali, junto com pessoas que eu preferia evitar no momento. Joguei o resto do cereal no lixo, ficando sem fome de repente.

Senti no sofá e peguei meu violão, que ultimamente vinha sendo meu único companheiro e minha única forma de entretenimento. Comecei a tocar e cantar junto.

And do you ever want me? Do you ever need me? I know that you left before goodbye, and it's okay, there's always another day. And anytime you want me, anytime you see me, I don't think you meant to say goodbye, but it's okay, there's always another day.

Parei para enxugar uma lágrima que havia saído sem querer. Bufei, pensando porque essas lágrimas nunca secavam. Bem, se funcionasse dessa maneira, eu já estaria desidratada.

A campainha tocou, e eu achei aquilo bem estranho. Relutantemente, larguei o violão e rodei a chave na fechadura.

- Aaaah, não acredito. Você tá viva, Hayles? Tem certeza? – disse Jeremy, me sacudindo pelos ombros.

Revirei os olhos. – É, eu acho que sim, né.

Ele me deu um abraço, e aquilo foi realmente esquisito. Jeremy só fazia isso na mais extrema das situações.

- Por que você não dá mais sinal de vida? Já fazem semanas que você tá só entocada aqui nesse apartamento. Fiquei com medo de você ter virado um vegetal e resolvi passar aqui.

- Ah, eu só não sinto mais vontade de sair como antes.

Jeremy ficou me encarando, com um dos olhos franzidos.

- Hmm, acho já sei por quê. – ele apontou pra porta do apartamento ao lado do meu. Consenti com a cabeça. – Essa não é a Hayley que eu conheço. Deveria ser proibido alguma pessoa ficar tão depressiva assim.

Eu balancei a cabeça, rindo um pouco. Quem me dera.

- Enfim, vai entrar ou não?

- Opa, na hora.

Ele se jogou esparramado no sofá, e então pegou uns papéis que estavam jogados na mesinha em frente e começou a ler.

- O que é isso?

- Ah, são algumas letras que eu estive escrevendo.

- Cara, são muito boas, de verdade – ele falou entusiasmado.

- Acho que não vai dar em nada não. Escrevi só porque estava entediada – disse, dando de ombros. Jeremy jogou os papéis de volta onde estavam.

- E aí, que que nós vamos fazer?

- Hã?

- Hayley, eu não vim aqui sem motivo né, a gente vai fazer alguma coisa essa tarde, tipo tirar a senhorita do fundo desse poço. - Franzi o rosto, não aprovando muito essa ideia. Jeremy não pareceu ligar muito. – Hmm, já sei. Bora dar uma volta – ele disse, me puxando pra fora do meu apartamento. Eu estava de pijama e um chinelo tão velho que eu nem sabia mais ao certo qual era a cor, mas quem ligava pra mim e pro jeito que eu estava vestida?

Jeremy praticamente me arrastou o caminho inteiro e nós fomos até uma sorveteria que nós sempre íamos. Ao entrar lá, vi Josh sentado numa mesa ao fundo, tão pensativo olhando pra fora do lugar que tive certeza de que ele não me viu. Jeremy não tinha escolhido o lugar certo... Tentei não ligar pra presença dele e nós nos sentamos numa mesa. Jeremy não me deixou escolher e pediu o maior e mais exagerado dos sorvetes pra mim, daqueles que só de olhar você podia pegar uma diabetes. Obviamente eu não comi tudo, então ele comeu o dele e mais o restante do meu. Não sei onde ia parar tanta comida.

Conversa vai, conversa vem, e de repente eu olhei pra trás de Jeremy e tive quase certeza que vi Taylor. Tentei olhar novamente, mas Jeremy se meteu na minha frente e começou a puxar assunto, como que pra tirar minha atenção, até que eu resolvi afastá-lo com a mão.

Aí eu me arrependi amargamente de ter feito isso. Dei de cara com Taylor, beijando uma garota que eu nunca tinha visto na vida. Tive que piscar repetidas vezes pra ter certeza, e no fim era verdade. Jeremy definitivamente não havia escolhido o lugar certo. Senti uma enchente se formando em meus olhos, junto com um aperto no coração que eu nunca havia sentido antes.

- Mas que droga, eu tentei te impedir – Jeremy resmungou como se falasse consigo mesmo.

Eu engoli o choro, sentindo agora uma raiva tomando conta de mim. – Foi legal da sua parte, Jeremy, mas não tinha porque eu não ver. Ele está certíssimo no que está fazendo. Eu e o Taylor não temos mais nada juntos.

Na verdade eu não me lembrava de ter ouvido da boca dele a palavra “terminar” e sim “dar um tempo”, o que eram duas coisas completamente diferentes. Mas não importava tanto agora. Eu estava triste, com raiva, com ciúmes, magoada, não sabia nem ao certo como definir o que eu estava sentindo. Levantei da cadeira e andei até a mesa de Josh, que continuava encarando o nada. Ele arregalou um pouco os olhos quando me viu, e eu me sentei rapidamente ao seu lado.

- Hayley...?

Não me dei ao trabalho de responder e o puxei pra um beijo violento, descontando tudo o que eu estava sentindo naquele momento. Dane-se o Taylor. Se ele não estava sentindo a minha falta, porque eu deveria sentir a dele?


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