Candy Man - À Bordo Do Amor. escrita por Victória Swan


Capítulo 2
Capítulo 2 - Embarcando.


Notas iniciais do capítulo

Espero que as meninas que comentaram aproveitem muito o capítulo um e, para aquelas que leram e não comentaram, espero que dessa vez o façam e me deixem feliz, ok? E vou logo avisar: o capítulo dois só vem quando eu ganhar 6 comentários! E tenho dito, haha! Aproveitem! :D



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Capítulo 1: Embarcando...

            No mesmo dia um pouco mais tarde, todas as meninas saíam para almoçar – já passara da hora do café há tempos.

- Mcdonalds? – sugeriu Leah.

- Você está doida, mulher? Hoje à noite a gente vai pro Candy Man e você pensando em carboidrato e gordura?! No máximo eu como um pratinho de salada! – exasperou-se a loira, Rosalie, que andava de braços dados com a pequena Renéesme.

- Será que eles são muito velhos?

- Hum, Renéesme doidinha para dançar, né? Safada, sei que você está doida para dar uns amassos...

- VICTÓRIA! – gritaram todas as mulheres rindo juntamente com a ruiva, numa tentativa de repreensão. A pequena menina ficara tão rubra quanto seu vestido de inverno.

- Não perturbem minha menina, ela é muito nova para isso! – pronunciou-se Esme, rindo também.

            Quem estivesse passeando pelas ruas daquele sábado cinzento estaria presenciando um verdadeiro desfile. Sete beldades, cada uma mais linda e exótica que a outra, esbanjava graciosidade e sedução pela rua principal de Manhattan. Todas muito bem vestidas faziam um cortejo hipnotizante rumo a um restaurante “leve”. Afinal, aquela seria com certeza a grande noite da companhia de dança. O ápice daquelas moças.

            Como todas eram intrigantes, creio que valha a pena relatar uma por vez. Então, vamos às apresentações, sim? Começando pela dona da Companhia, Esme. Senhora particularmente cheia de vida e carinho, havia montado tal grupo por uma única razão em comum com aquelas outras mulheres: a paixão pela dança. Todas e cada uma ali eram bailarinas por opção. Veja bem, TODAS iam muito bem de vida, obrigada. Porém lhes faltava a dança. Então um dia reuniram-se, fundaram o “Budapeste dance” – mais conhecido como Bdance - e fugiram de suas casas em busca do mundo, de olhares e de aventuras. Não eram santas, estavam muito longe disso. Adoravam cometer os pecados capitais. Vaidade, luxúria, gula, avareza. Ainda assim se entendiam muito bem, eram unidas por uma força maior, como elas mesmas diziam. Pecadoras em potencial, sim. Prostitutas, não. Embora fossem sensuais, provocantes e dançassem para tal, não poderiam levar o título. A maioria ali era virgem. Santa ironia! Dançarinas totalmente provocantes e virgens. Quem visse até poderia pensar, mas elas tinham a consciência limpa e isso é o que importa. “Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles” – este era o lema daquelas Deusas.

            A segunda mais velha, Victória, era também a mais extravagante de todas. “Não tenho tempo para meios termos, ou é e é em grande estilo, ou não é, simplesmente”. Dos cabelos intensamente vermelhos, longos e encaracolados, era a mais provocante. Não era muito sociável, tinha gostos esquisitos, mas matava e morria por cada uma de suas companheiras e “irmãs”. Irritava-se fácil, tinha gênio difícil. Arrogante muitas vezes, petulante e metida sempre. Não dava ouvidos às regras, jogava conforme queria. Escrevia seu próprio destino. Ciúme, possessão e teimosia eram suas marcas. Alta, de corpo extremamente esculpido, possuía olhos azuis penetrantes e traços marcantes. Nada além da mais sublime perfeição.

            Depois tínhamos Rosalie. Ah, Rosalie. Intrigante esta loira. Ela era única. Ou a amavam, ou a odiavam. Todas ali possuíam um enorme respeito por aquela mulher alta, linda, com cara de anjo e corpo de ninfa. Hipnotizante, era sem dúvidas a mais bela da companhia. Seu olhar queimava, seu rosto irradiava como diamantes. Era, porém, fria, amargurada, muito fechada. A única com quem se abria era Alice, quem descreverei logo em seguida. O motivo disto? Fora muito maltratada pelo padrasto quando menor. Ele a espancava. Isso, com certeza, retirou um pouco do brilho da Rosa, como as colegas a chamavam, porém nem assim a vida foi capaz de derrubá-la. Guerreira, vivia entrando em brigas. Não deixava um homem sequer tocá-la. Cheia de garra e vontade, era reservada, como já disse, mas quando se soltava era o bicho. O único momento em que se soltava, porém, era no palco. As meninas, sem contar Alice, achavam Rosalie um verdadeiro mistério, porém a amavam tanto quanto a qualquer outra. Fato que também se observava em Rosalie, a qual já havia quebrado a perna em uma briga para proteger Reneésme.

            Então tínhamos Leah. A alta, de pele morena, curvas calientes e olhar perdido. Leah, a tristonha, a boca dura, a gulosa. Todas ali a amavam, embora soubessem que nem mesmo no palco ela era feliz. Mais uma vez, um fato do passado a atormentava: ela tinha um namorado. A quem se entregou de corpo e alma. E descobriu ser traída por sua melhor amiga e prima, Emily – o asco da companhia, se um dia a vissem de novo, com certeza ela morreria. Sem mais nem menos, perdeu o brilho, a vontade, a graça da vida. As meninas faziam de tudo para alegrá-la, mas era por breves minutos que se ouvia a risada alta e grossa de Leah, a qual voltava a seu estado de permanente tristeza.

            Chegamos a Alice, a fadinha. A melhor dançarina das meninas. Ela havia introduzido as amigas à este mundo da dança, tão amável, tão delicioso. Bailarina desde pequena, sabia arrancar suspiros – ou gemidos – de homens. Todas as mulheres queriam ser como ela. Baixinha de tudo era do mesmo tamanho de Renéesme, a menor do grupo. Com curvas estonteantes, cabelinho espevitado – o que traduzia em tudo seu jeito de ser – e grandes olhos inocentes, sabia cativar. Parecia uma menininha, sempre brincando e sorrindo. Nada parecia ser capaz de tirá-la do sério, de fazê-la ficar triste. A “conselheira” da turma, sabia ouvir e dar conselhos como ninguém, assim como tinha as melhores técnicas de animar – as quais só não funcionavam com Leah. Era inseparável de Rose, sua melhor amiga. Filha de Esme legítima, amava a mãe. Nunca havia namorado, nunca havia sequer beijado. Era, com certeza, a mais “santa” dali. Victória a chamava de “virgenzinha”, coisa que a ruiva estava bem longe de ser.

            Temos, então Bella, irmã de Renéesme. As novinhas da companhia tinham 18 e 14 anos. Bella era doce, meiga, de falar baixo. Amava a dança, embora também amasse pintar, o que dizia ser sua terapia favorita. Era muito amiga de todas ali e, mesmo sendo a mais nova, era a mais responsável, com cabeça no lugar. A “mãe” da turma. Adorava o ar livre, a vida. Era a mais discreta e envergonhada das meninas, portanto era a que tinha as roupas mais longas nas apresentações. Muito racional, sempre dizia que levaria muito tempo a se apaixonar e que tinha arrepios só de ouvir falar em “casamento”. Seus pais eram separados e viviam brigando, embora ela soubesse que ambos ainda se amassem.

            Por fim, mas não menos importante, temos a mascote da turma, Renéesme. Ela faz parte da academia, porém não se apresenta, apenas treina com as meninas e a irmã. Apaixonada, cativante e extremamente bela, encanta a qualquer um. Ninguém resiste à Nessie – apelido carinhosamente dado por Bella, que dizia que ela era um monstrinho quando nasceu. Mesmo que só tivesse 14 anos, já possuía tantas curvas e classe como as outras. Adorava rir e falava muita besteira. Admirava Victória, que, por incrível que pareça, era sua melhor amiga e vice-versa. Viviam juntas. Era o xodó da turma e já havia colocado a todas em várias enrascadas, como quando entraram em uma briga em Las Vegas – motivo pelo qual elas nunca mais pisavam lá – por ser mais nova do que o permitido nos cassinos. Cheia de simpatia e carisma, encantava homens mais velhos, da mesma idade e mais novos. Afinal, está no Bdance, é PODEROSA!

- Aqui! – gritou Alice no meio da rua, atraindo ainda mais olhares. A pequena entrou em um restaurante e logo todas a seguiram.

            Não demoraram muito a comer sua salada com suco, afinal, todas ali deveria estar leves como plumas naquela noite.

- Acabaram? – perguntou Esme.

            Logo pagaram a conta e saíram, voltando à pensão para arrumar os últimos detalhes.

-Cadê o laquê?

- Cadê o mousse?

- Cadê a chapinha?                          

- Cadê o secador?

- Cadê a maquiagem?

- Cadê o dinheiro?

- Cadê as fantasias?

- Cadê todo mundoooooooooooo?

            Não poderia haver euforia ou agitação maior. Dona Raimunda, a dona desbarrancada e mal amada da pensão não parava de repreendê-las, o que era em vão. Ao final, Esme havia pago a conta da pensão e, antes de sair porta afora, todas gritaram juntas:

- TCHAU RAIMUNDA, SUA BRUXA!

- Filha da égua – completou ainda Victória, o que fez todas rirem e saírem correndo dali.

            Quando já estavam na esquina, eis que o celular de Esme tocou e ela ficou estática por um momento, apenas respondendo com uma voz apaixonada. Ao final da ligação, todas faltavam matar a pequena mulher para saber quem era e o que queria.

- Era o...o...- ela arfava.

- FALA ESME!

- O capitão! – momento para gritos histéricos de todas.

- E o que ele queria? – adiantou-se Bella.

- Nos dizer para pegarmos um taxi até a 15 com a Blues, que um jatinho nos aguarda! – Esme quase gritava.

            Todas se apressaram em pegar taxis e pedir ao motorista para voar para o local, que era um prédio que possuía uma pista de pouso no alto. Eufóricas, deram olá ao comandante do jatinho e correram para dentro. Ele as disse que em algumas horas chegariam ao destino delas: o charmoso Candy Man.

Enquanto isso, no famoso navio...

-ANDEM SEUS VAGABUNDOS, AS MOÇAS LOGO CHEGARÃO!

- CARALHO VIU CARLISLE! A GENTE NÃO É ‘THE FLASH’ NÃO, OUVIU?

- EU QUERO ISSO LIMPO, OUVIRAM BEM? E QUERO VOCÊS ARRUMADOS!

- Só porque ele quer pegar a dona da Bdance... – falou baixinho Emmett.

- E EU OUVI ISSO EMMETT! VOCÊ ME DEVE 400 ABDOMINAIS!

            O moreno bufou. Se fiz as apresentações das meninas, é mais do que justo apresentar os meninos, certo? Eles também eram 7. O capitão do navio era Carlisle Cullen, pai de Emmett, com quem havia acabado de brigar. Havia o dito cujo Emmett. Tinha também os irmãos Jasper e Edward. James, o maluco da turma, e Giuseppe, o italiano e segundo no comando. E claro, Jacob, o “aprendiz”. Para estar a bordo deste navio, tinham que ser os melhores, sem mais nem menos, ponto. Porque então, um aprendiz? Diremos mais tarde. Vale agora relatar a cena: 7 marujos correndo de um lado pro outro, arrumando e limpando, dando os últimos retoques para a chegada das 7 beldades que povoavam suas mentes há tanto tempo. Todos sem camisa, devido ao calor que fazia ali perto das Bahamas, onde o majestoso Candy Man se encontrava aportado. Eles estavam afastados consideravelmente do porto, porque não queriam afobação ou “causar” muito. Era sempre assim: O Candy Man surgia no horizonte e as mulheres se excitavam, os homens se desesperavam, as crianças se alegravam. Ele era uma verdadeira lenda. E fazia por merecer. Nunca havia sido atingido. Tinha os melhores homens em tudo, fora que eram os mais sedutores e irresistíveis. Verdadeiros galãs vindos das profundezas dos sonhos mais melosos das mocinhas, ou então dos mais pervertidos.

            Cada um ali apresentava um perfil extremamente diferente um do outro. Apesar disto, eram tão ligados quanto as dançarinas da Bdance. O Candy, com a junção dessas duas “companhias”, com certeza tremeria.

- Quantas são elas? – perguntou Jacob à James.

- Sei lá, homem. Foca no trabalho, depois você pensa no prazer – respondeu James, dando sua escandalosa e grossa risada.

            Jacob era um índio estadunidense, o qual era excepcionalmente GIGANTE para sua idade. Tinha 120 kg de puro músculo, 2 metros de altura e apenas 17 anos. Porque estava a bordo do Candy? Simples: era um dos melhores lutadores com facas que já se havia visto, além de saber todos os tipos de veneno e cura da face da terra. Era um verdadeiro tesouro. Explicado o porquê de um “bebê” no Candy, voltemos à situação. Faltavam poucos minutos para a chegada das moças e eles estavam terminando de se arrumar. Deveriam estar às 21:00 em ponto na parte da frente do navio, onde havia uma pista de pouso e as beldades chegariam. Edward e Emmett já estavam lá, junto com Carlisle. Todos estavam muito ansiosos para a chegada das meninas, porém tentavam não aparentar. Vestiam lindas roupas, despojadas e ao mesmo tempo sérias, de tirar o fôlego, ao todo.

            Todos esperavam agora, juntos, varrendo o céu com os olhos a procura do jatinho. Com euforia, Jacob fez sua voz de trovão soar à luz da lua:

- ALI!

-x-

No Jatinho...

- ALIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! – gritaram todas juntas, fazendo o comandante gargalhar dos risinhos e conversinhas histéricas.

            Todas se arrumavam freneticamente. O avião pousou. Uma batida a menos de coração e a porta se abriu, revelando uma noite mais quente que o normal e 7 Adônis, homens vindos, com certeza, de um outro mundo onde beleza era indispensável. Assim como músculos e charme. Um dos Adônis se moveu e, muito gentilmente, ajudou a cada uma das 7 mulheres totalmente aparvalhadas a descerem do jatinho, dando um beijo sedutor na mão de cada uma. Todas leram seu nome no reluzente distintivo de ‘capitão’: Carlisle Cullen. Ao final, quando todas já haviam descido e olhavam bestas para os homens – que lhes retribuíam o olhar com sorrisinhos nas faces másculas -, ele disse mais alto do que a turbina do jato, que fazia os cabelos e roupas de todos voarem.

- Bem vindas a bordo do Candy Man, madames.


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Notas finais do capítulo

Curtiram? Comentem! É a única forma do capítulo dois aparecer ;] Beijos lindas, espero que tenham gostado, fiz com todo o carinho!