Candy Man - À Bordo Do Amor. escrita por Victória Swan


Capítulo 3
Capítulo 3 - Primeiro Contato.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo onde mais apresentações são feitas e onde o "primeiro contato" entre os marujos e as meninas começa a acontecer. Já sabem quem ficará com quem? Quer ver como acontece? É aqui onde tudo começa! Divirtam-se!



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Capítulo 2: Primeiro contato.  

- Obrigada, comandante – antecipou-se Victória, toda autoconfiante. As meninas ao seu lado mal conseguiam fechar a boca.

            Nunca, em toda sua existência de exuberantes modelos de cueca ou empresários famosíssimos sentiram o que estavam sentindo agora. Eles eram simplesmente...

- Irreais – murmurou Jacob, fazendo Emmett e Jasper darem sorrisinhos idênticos de satisfação. Realmente, seria um fardo encontrar mais belas e tentadoras mulheres em toda a existência do universo.

- Comandante, sou Esme, dona da companhia de dança. Temos que acertar alguns assuntos pendentes, sim? – a pequena mulher foi chegando perto de Carlisle, até ele dar-lhe mais um beijo na mão, numa pose totalmente cavalheira. Exatamente o contrário do que seus olhos sedentos diziam.

- A senhora pode me acompanhar ao meu gabinete? – ele estendeu o braço à mulher, que o aceitou com um sorriso decidido e firme. Esme nunca descia do salto, mesmo que aquela fosse “A” situação. Antes de sair, porém, virou-se às meninas.

- Queridas, peguem suas bagagens e tratem de seguir aos seus quartos. O mesmo esquema de sempre. Um desses gentis marujos poderá certamente encaminhá-las e ajudá-las, certo?

            O sorriso de todos os homens dali foi como um verdadeiro ofusca-estrela-cadente. Renéesme suspirou mais alto do que deveria, no exato momento em que o jatinho foi desligado. Cada marujo dali olhou-a de cima abaixo, fazendo-a corar. Victória, que estava ao lado da menina, começou a rir sem parar da situação um pouco tensa para todos, que não sabiam como se apresentar. Por puro nervoso, todas as meninas a acompanharam na gargalhada.

            Mais uma vez o ar pareceu acabar ao redor dos marujos. Emmett soltou um fraco gemido, Jacob apertou as mãos nos braços cruzados, assim como James e Edward. Jasper sorriu faceiro, como sempre.  Giuseppe revirou os olhos e com seu sedutor sotaque Italiano, se encaminhou até as meninas, acabando com a distância que os separavam. Só neste momento as garotas pararam de rir e ficaram tensas de novo. Embora nunca tivessem a mínima vergonha na cara, dessa vez estavam sem jeito. E muito.

- Misses. Meu nome é Giuseppe, sou o segundo no comando do Candy Man e o prazer de conhecê-las é todo meu – sorrindo, deu uma piscadela para Alice, que ficou vermelha e descambou a rir com Rosalie. – Desculpem a lerdice de meus amigos, mas é que não é todo dia que tantas beldades embarcam no Candy. Queiram desculpá-los. Bem, posso encaminhá-las até seus aposentos com toda a certeza, ainda mais que terei a certeza de que não vou rodar o navio todo atrás de seus quartos – e sorriu de um jeito perfeitamente cafajeste, que fez as meninas rirem mais uma vez, constrangidas. – Me dão o prazer de saber o nome de cada uma de vocês?

            Elas se entreolharam encantadas e, como sempre, Victória foi a primeira a se pronunciar.

- Olá Giuseppe, eu sou Victória – ele lhe sorriu e deu um beijo na bochecha, deixando-a sentir seu forte perfume de almíscar. Ela perdeu momentaneamente a linha de pensamento, até que voltou a apresentar as meninas. – Essa aqui é a Renéesme, mas pode chamá-la de Nessie.

- Que linda bambina – sussurrou ao ouvido da pequena, enquanto lhe dava um beijo igual ao de Victória. Renéesme arfou e, com a maior cara de boba do mundo, só pode soltar um risinho.

- Sou Alice, filha de Esme, muito prazer – a pequena vistosa se aproximou e deu-lhe um beijo na bochecha ela mesma, pegando-o de surpresa.

- Vejo que esta é das minhas!

            Todas riram, enquanto Rosalie dava um tapa no bumbum de Alice, murmurando um “oferecida”.

- Rosalie, prazer - a loira não deu tempo ao homem de lhe dar um beijo, estendeu-lhe a mão apenas. Ele a olhou curioso, mas resolveu que descobriria com o tempo o porquê da não-aproximação.

- Bella, muito prazer – ela tinha de corar, como sempre, fazendo-o rir.

- Relaxem meninas, nós não mordemos! A não ser que vocês peçam!

- Contenha-se, Giuseppe – disse Victória, fazendo-se de brava, porém rindo.

- Tentarei, Srta. Vicky.

            A ruiva ergueu uma sobrancelha e cruzou os braços, deixando o quadril quebrar para o lado. Do outro lado do navio, 5 gemidos foram ouvidos.

- E desde quando você tem intimidade o suficiente para me chamar de “Vicky”, senhor?

- Vamos, ragazza, só estou quebrando o gelo. – sorriu maroto - E eu dou o apelido que quero a você, ruiva.

            Antes que Victória, porém, lhe respondesse nada educadamente, uma morena muito alta deu um passo à frente e se apresentou.

- Leah, prazer – murmurou, voltando a mirar o nada.

            Giuseppe parou um pouco para observá-la. Curvou a cabeça para o lado, então. Os 5 homens estavam, em questão de segundos ao lado do italiano, rindo de maneira alta e grosseira.

- Chega pra lá, Giu, ou você vai roubar todas só pra você.  Olá, meninas, sou o Jasper, mas podem me chamar de amor – disse piscando para todas, que riram.

- Edward – sua voz foi como um canto de pássaro e seus olhos eram tão intensos quanto a tempestade. Pelo menos foi isso que Rosalie pensou.

- Emmett – o maior cara de todos disse, rindo e estralando os dedos, dando um pouco de medo às meninas.

- Você tem quantos metros de altura? – perguntou Alice olhando-o de cima abaixo, apavorada. Ele era, no mínimo, o dobro de seu tamanho e quatro de sua largura.

            Os homens se dobraram de rir.

- Tenho 1,90 de altura e 150 quilos – seu sorriso foi de orelha a orelha enquanto dizia isso. Era uma verdadeira glória para Emmett ser o maior em questão de peso e força dali. Ninguém nunca o havia ganhado num braço de ferro ou luta punho a punho. Ele era REALMENTE enorme.

- Olá garotas, eu sou o Jacob, mas me chamem de Jake – ele sorria de maneira tão infantil que foi difícil para todas elas não sorrirem ao vê-lo. De maneira estranha, ele passava uma calma e seriedade que assustavam.

- James, prazer – e foi dar um beijo em cada uma, um beijo mais demorado do que o normal, fazendo seus companheiros fecharem a cara e as meninas, como fizeram a noite toda até aqui, rirem abestalhadas.

- Olá meninos, sou a Victória. E essas são... – enquanto a ruiva mais uma vez as apresentava, as meninas sorriam envergonhadas pelos olhares e assovios que eles davam.

            Após alguns comentários de ambas as partes, os meninos se ofereceram a pegar as malas das meninas de dentro do jatinho e levá-las aos quartos. As meninas olhavam encantadas enquanto eles retiravam as pesadas bagagens com a facilidade de quem segura uma agulha. Aproveitaram este momento para “fofocarem”, também.

- Alguém reparou em como o Jake é novo? Ah, mamãe que me desculpe, mas eu vou me esquecer por algum tempo do “nunca fique com meninos mais novos, eles são imaturos demais”.

- ALICE!

- E alguém viu como aquele altão é todo distante, todo misterioso? Ui, me arrepio até!

- RENÉESME, OLHA A SUA IDADE! – gritou Bella, fazendo a irmã rir com o restante da turma.

virgenzinho,- E o tal de Giuseppe, todo malandrão? Ai, quem me dera um desses! – suspirou Rosalie, fingindo um desmaio.

- Bom mesmo é o tal de Emmett. Aquilo na cama deve ser de afundar até mesmo o Candy!

- VICTÓRIA! – as meninas gritaram dessa vez realmente indignadas, mas a ruiva só riu.

No bagageiro do jatinho...

- PUTA QUE O PARIU, AQUELA RUIVA É QUENTE DEMAIS! – falava Emmett para Jasper.

- Nem vem, você sabe que ruiva é a praia do James. Mas a baixinha do cabelo espevitado, toda atiradinha você viu? Aquela sim eu estragava legal – o loiro riu de lado, safado.

- A ruiva é minha, vocês sabem! E Edward, o que me diz da tal de Bella? Toda quietinha, toda envergonhada. Não é você o papa-moça-inocente?

            Edward riu travesso.

- E você, hein, Jake? Até você se deu bem, vai poder traçar a pequenininha lá!

- GENTE! Não é assim que se fala!

            Todos riram. Assim que terminaram de “descarregar” tudo, viraram-se para as moças.

- Queiram nos seguir, por favor – disse Jasper, segurando três malas com extrema facilidade.

            Todas foram dando risinhos o caminho todo, enquanto os meninos faziam gracinhas empurrando e tentando passar rasteiras um nos outros. Assim que chegaram à porta de dois enormes quartos, por sinal luxuosos até demais para um navio de guerra, começaram a separar as bagagens. Em um dos quartos ficariam Bella, Alice, Rosalie e Leah. No outro ficariam Victória, Esme e Renéesme.

- Senhoritas, têm 15 minutos para estarm prontas para nosso humilde jantar.

- 15 MINUTOS?! – todas gritaram juntas, fazendo os meninos colarem-se à parede, assustados.

-  O que? – perguntou Jasper, com uma sobrancelha erguida.

- Queridos, precisaremos de no mínimo uma hora e meia para nos arrumar!

- Temos que fazer o cabelo.

- A maquiagem.

- Escolher a roupa.

- Arrumar o guarda-roupa.

- Escolher o sapato.

- UMA HORA? – os meninos falaram juntos, dessa vez fazendo as meninas se encolher na parede.

- A gente tem fome, ok?

- E sede.

- E muito fogo!

            Todos riram do comentário de Emmett e decidiram que dali há uma hora se encontrariam onde o jatinho desceu – com muitos protestos dos meninos, que estavam MORTOS de fome. Mais do que rapidamente, as meninas foram para o quarto e começaram a se arrumar.

No 254...

- Rosalie e Alice, saiam logo do banheiro, eu e Leah queremos banho! – Bella esmurrava a porta, enquanto Alice e Rosalie cantavam dentro do banheiro.

- Relaxa a pichoca aí, Bellinha, estamos terminando. Vai arrumando as malas!

- TÁ TUDO PRONTO, PORRA, SAI LOGO DAÍ! – gritou Leah, esmurrando a porta junto com Bella.

- Caaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalma!

            Após algum tempo abriram a porta do banheiro e foram arremessadas para fora, enquanto Bella e Leah iam tomar banho. Rosalie e Alice arrumaram as coisas no guarda roupas de qualquer jeito e logo escolheram suas roupas. Quando Bella e Leah saíram do banho, todas entraram naquele pequeno, porém mega importante ambiente, lutando pelo espelho para iniciarem a maquiagem e o cabelo. O quarto já estava uma verdadeira baderna.

Já no 253...

- Nessie, você acha que eu vou com esse – e segurou um vestido em frente ao corpo – ou com esse? – disse Vicky trocando por outro.

- O primeiro. E eu? Cabelo solto ou preso?

- Solto!

            Ambas já haviam tomado banho e arrumado o quarto. Agora só faltava se vestir, no caso de Vicky, e arrumar o cabelo, no caso de Nessie.

Voltando ao 254...

- Pronta!

- Eu também!

- Quase lá, alguém fecha meu vestido?

- Falta passar o batom e só!

            Todas estavam finalizando a produção.

            Bella usava um vestido preto com algumas estampas na barra, curto e que realmente realçava seu colo. Usava os cabelos soltos e uma rasteirinha preta. (http://imagem.vilamulher.terra.com.br/closet-peca/thumb/vestido-florido-130867-37439-thumb-280.jpg).

            Alice estava com um mini shorts jeans e uma bata branca, que acompanhava a cor de sua rasteirinha. Seus cabelos, como sempre, estavam soltos e daquela maneira despenteada que ela tanto adora. (http://4.bp.blogspot.com/_AKwhbw975HI/SS2YporevoI/AAAAAAAABFM/wNW25qDBAB4/s400/DSC01368.JPG)

            Rosalie ia com um shortinho assim como Alice, porém todo listrado e com uma bata florida. Seus sapatos eram brancos e tinham um pequeno salto. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo bem moderno, com a franja de lado. (http://www.polyvore.com/cgi/img-set/BQcDAAAAAwoDanBnAAAABC5vdXQKFm5KbWpESnB6M1JHZzFFeWhCZ1R2UlEAAAACaWQKAWUAAAAEc2l6ZQ.jpg)

            Leah estava com suas usuais bermudas até os joelhos e uma bata simples, cor creme que se destacava em sua pele morena. Estava com uma rasteirinha. Seus longuíssimos cabelos escuros estavam trançados milimetricamente. (http://www.personalstylist.com.br/Especiais/2006/bermudas09/Bermuda%20com%20bata%20cru%20e%20sandalia.jpg

            Simples e completamente perfeitas. Foram para o quarto ao lado e bateram na porta, esperando por Vicky e Nessie que não tardaram a aparecer como todas ali: perfeitas Deusas.

- WOW, olhem só vocês duas!

- Olha quem fala, senhorita Rosalie Hale. Vocês estão umas tchutchucas, mas precisamos ir logo antes que os homens morram de fome. Já estamos atrasadas uns 15 minutos! – Apressou Nessie, empurrando as meninas corredor a fora.

            Ela vestia um pequeno vestidinho bege, muito bem combinado com os sapatos altos num tom marrom, igual a seus cabelos, que estavam soltos e extremamente lisos até a cintura, tendo apenas uma tiara dourada para segurá-los. (http://img.mercadolivre.com.br/jm/img?s=MLB&f=107991548_8908.jpg&v=E)

            Já Victória estava trajando um tubinho vermelho assim como seus cabelos, curtérrimo e com alças largas. Seus cabelos caiam em largas ondas até os cotovelos. Usava, para completar, sapatilhas douradas e nada de maquiagem. A menina alegava que “ao natural” era sempre mais sedutor, porque não escondia as charmosas sardas que tinha.  (http://imagens.portaisdamoda.com.br/gal114_22611lis.jpg).

Enquanto isso, na pista de pouso...

- Eu juro que se elas não estiverem no mínimo a perfeição em pessoa, eu afogo cada uma bem devagar. Vou desmaiar de fome, meu Deus! – Emmett murmurava pela décima vez em menos de cinco minutos, o que fez Jacob revirar os olhos.

- Relaxa, elas devem estar chegando.

- Já estamos aqui, na verdade – disse Alice andando com as amigas na direção daqueles seis belos homens, os quais as viram em câmera lenta, como se fosse um filme onde as mocinhas eram as mais belas de todo o universo. Já as meninas imaginavam se o paraíso seria assim tão maravilhoso.

            Cada um ali estava trajando uma bermuda displicente. TODOS sem camisa e descalços. Emmett e Jasper estavam de azul, James de vermelho, Giuseppe de Amarelo, Edward de preto e Jacob de verde. Todos com suas cuecas aparecendo, o que fez as meninas darem um curto e discreto gemido. Internamente, claro.

- Vocês estão lindas!

- Obrigada, Jacob, nós sabemos disso.

            Todos riram ao comentário de Rosalie.

- Vocês estão lindos também, meninos – disse Nessie, sorrindo.

- Sabemos também – murmurou Jacob, fazendo Nessie ficar ligeiramente fora de órbita.

- Vamos?

            Elas os seguiram pelo deck enquanto desciam uma escadinha que dava ao salão de jantar. Alice arfou ao ver o ambiente decorado à luz de velas e totalmente aconchegante com sua enorme mesa de cadeiras estofadas.

- Isso não é um barco de guerra, não é possível!

- Sinto dizer que é sim, cara Leah, mas um barco mil vezes mais sofisticado do que os outros. Sabe como é. O melhor aos melhores – Giuseppe piscou para Leah que sequer sorriu, apenas passou reto pelo homem. Ele a devorou com os olhos enquanto ela fazia isso, o que não passou despercebido por Bella.

- Se eu fosse você, Leah, beberia urgente um copo d’água!

            Leah deu um fraco risinho, entendendo na hora o que Bella quis dizer. Ela geralmente só se permitia sorrir ao lado das meninas, seu porto-seguro.

- Onde está Esme? – Rosalie olhou ao redor, sentindo a falta da pequena doçura.

- Ela jantará com Carlisle, na cabine – respondeu Edward, murmurando mais baixo para Emmett – só não sei se ela vai jantar ou se vai ser a janta.

            O ursão urrou, o que atraiu a atenção de todas para ele. Meticulosamente analisaram aquele homem enorme. Músculos compunham todo seu corpo e, ao chegar a seu rosto, lindas covinhas emolduravam um sorriso de derrubar qualquer uma. Rosalie não pode deixar de notar, também, que aquelas covinhas lhe lembravam demais o pequeno priminho, nascido algum tempo antes dela ter que fugir de casa. Um passado que ela preferia deixar para lá, mas que agora parecia mais presente, devido àquele lindo sorriso. Um passado que, de repente, não ficou tão feio. Tudo porque estava estampado no lindo rosto daquele homem de cabelos morenos e braços fortes.

- Acho que também vou precisar de um copo d’água, certo, Rosalie? – o sorriso que ele deu agora não era aquele aberto, era de lado, todo faceiro. A loira entrou na brincadeira.

- Um copo? Apenas um copo? Você teria de beber o oceano todo, querido.

            Os meninos riram alto, dando vários socos no braço de Emmett, que sorriu abobado ao ver a loira se sentar. Logo todos estavam na mesa. Conversa vai e conversa vem, alguns homens entraram no recinto, trazendo diversos tipos de comida. Não eram nem perto de bonitos, apenas garçons pelo que as meninas perceberam. Assim que saíram, deixando a comida ali, Leah perguntou quem eram.

- São nossos serviçais. Quando aportamos alguns homens entram aqui para limpar, cozinhar e afins. Quando aportamos, na verdade, é quando o Candy fica como vocês vêem agora.

- E como ele seria em alto mar?

- Ótima pergunta, Alice. Em alto mar o Candy não e lá aquela coisa mais limpa do mundo e geralmente somos movidos à miojo, arroz, feijão e peixe, basicamente. Não arrumamos bem isso aqui, afinal é um bando de marmanjo convivendo junto e, bem, isso nunca dá certo.

            Alice sorriu à Jasper, quem a explicava as coisas. Estavam sentados um de frente ao outro e o loiro não pôde deixar de perceber o quanto a pequena se parecia com uma bonequinha de porcelana. Pele extremamente clara e boca muito vermelha, como se vivesse de batom. Seus olhos enormes e vivos seriam capazes de explicar mais do que mil palavras dele próprio. E ah, como ele desejava aquele corpinho – que era minusculamente minúsculo, ele não pode deixar de notar - colado ao seu.

- Rosalie, me passa o suco?

- Aqui, Alice – Rosalie lhe passou o suco sem quebrar o contato visual com Jacob. Os dois brincavam de quem pisca primeiro.

- Agora me passa o...

            Mas Alice não terminou a frase porque olhou chocada para Jasper. O loiro tomava displicente seu vinho, sorrindo das histórias que James contava à Nessie e Vicky. Ele a olhou e sem mudar um segundo suas expressões, apenas sorrindo com cara de paisagem, fingiu que não havia feito absolutamente nada. Ela então puxou a perna de onde estava. Jasper, com toda sua cara de pau e frieza, simplesmente ficava roçando-a. Novamente ele achou as pernas da pequena, que estavam encolhidas e puxou-as para perto, fazendo Alice deslizar na cadeira e olhá-lo indignada.

- O que? – ele perguntou com grandes olhos inocentes.

            A pequena baixou a cabeça e riu, desistindo daquilo e deixando as pernas entrelaçadas às do loiro safado. Aquele homem deveria ter segredos que nem os sete mares deveriam agüentar, pensou.  

- E então a gente encontrou um enorme tubarão branco. E nessa hora eu ainda estava no mar!

- Chega James, chega! Eu estou quase colocando os bofes para fora – disse Renéesme para James, fazendo ele e Vicky rirem.

- Calada, Nessie, eu quero saber o que aconteceu!

- Pequena, mude-se de lugar se não quiser ouvir.

- Ok, eu mudo. Mas não pensem que eu não sei que vocês querem mesmo é privacidade – Nessie disse se levantando e rindo, indo sentar-se do outro lado da mesa, ao lado de Emmett que iniciou uma empolgada conversa com ela sobre bichinhos de pelúcia, o que fez a pequena ficar super à vontade. Quando ela imaginaria que um home daquele tamanho ainda dormisse com um bicho de pelúcia?! James e Vicky puderam então conversar à vontade sobre suas aventuras.

            E James não pode deixar de olhar para o belo corpo de Vicky, como se pudesse fazê-la de jantar – e realmente poderia.

            Jacob ainda brincava com Rosalie, enquanto Alice e Jasper mexiam-se freneticamente na cadeira, rindo de hora em hora, como se estivessem sambando embaixo da cadeira.  Emmett e Nessie ainda falavam sobre bichinhos, enquanto Bella conversava com Edward sobre alguma coisa no canto esquerdo da mesa, isolados do restante. Ambos não desviavam o olhar por sequer um segundo e sorriam mais do que o necessário. No outro canto da mesa, porém, o silêncio reinava. Giuseppe observava atentamente, com olhos de gavião, enquanto Leah jantava em silêncio e de cabeça baixa, como se estivesse incomodada com tal olhar. Giuseppe não sabia, sinceramente, o que falar para atrair a atenção daquela mulher tão misteriosa e calada.

- Terminou? – perguntou Jasper à Alice.

- Sim. E vocês? – ela perguntou dirigindo-se a todos, os     quais apenas abanaram a cabeça em afirmação.  

            Assim que a mesa foi retirada pelos serviçais, todos se levantaram e, como Giuseppe havia sugerido, seguiram para a parte de trás do navio, onde havia várias mesinhas de praia e algumas esteiras, todos ao redor de uma piscina com um bar interno. Assim que Bella chegou ali, descambou a rir.

- Não, de verdade, isso com certeza não pode ser um navio de guerra! Piscina com bar, mesas de praia e tudo o mais? Têm certeza que estamos no lugar certo, O Candy Man, aquele que nunca perdeu uma batalha?

            Os meninos riram com isso.

- Pode apostar que está no lugar certo Bella, aqui temos privilégios, como já dissemos. Somos imbatíveis, querida! – Jacob a abraçou e a guiou a uma mesa, onde se sentaram com Emmett e Nessie. O restante aglomerou-se no chão, ao redor, com algumas cangas que estavam ali perto. 

- E porque vocês são tão fodões? – perguntou a ruiva com certo deboche, como se duvidasse das histórias que ouvia sobre aquela tripulação e aquele navio.

- Vicky, quando você vai parar de fazer pouco de todos nós? – perguntou Giuseppe, revirando os olhos.

- No dia em que ela morrer. Essa não tomará jeito nunca, Giuseppe – respondeu Leah, fazendo Giuseppe sorrir por ela ter se dirigido à ele, finalmente.

- Giu, por favor, me chame de Giu.

            Porém ela nem o sequer respondeu, voltou a ficar séria. Todos começaram a tomar o vinho que eles haviam reservado para este momento, inclusive Nessie, depois de muita briga com Bella. No final, quem a convenceu a deixar a menina tomar vinho foi Jasper.

- Contem-nos mais sobre o que cada um de vocês faz. Porque, pelo que sabemos, para estar no Candy tem de ser o melhor dos melhores.

            Eles se entreolharam e cada um começou a contar sua história, enquanto todas as meninas se aglomeravam no chão para prestar atenção. Todas deitadas umas nas outras, tentando baixar os curtos vestidos que teimavam em subir e fazer os meninos perderem a linha de raciocínio.

- Bem, eu começo, como sou o filho do capitão. Bom meninas, primeiramente vocês devem saber que nada disso seria possível sem Carlisle, meu pai.

- Seu pai, Emmett?

- Sim, Alice, meu pai. Bom, ele já era da marinha há muito tempo e resolveu que ele seria grande. Realmente grande, que não seria mais um marinheiro que perde a vida no mar e não é lembrado a não ser por sua família. E, bem, como vocês devem ter percebido, ele disse e fez. Montou a melhor tripulação existente, a mais temida, a mais corajosa. Ele pensou que, para formar um bom “time”, precisaria de tudo o que um bom time precisa, ou seja, ele teria que fazer uma mistura com apenas os ingredientes mais exímios e únicos. E não tardou tanto a nos achar. Primeiramente ele se nomeou capitão e já me colocou para dentro da tripulação. Na época eu ainda estudava e era quatro vezes menor que o que sou hoje, mas mesmo assim conseguia derrubar qualquer um que me colocassem na frente. Tudo graças aos 2 anos de boxe que fiz quando menor e bem, tomei gosto pela coisa, mas acabei expulso de quase todas as academias, porque quando começava a brigar, eu parecia um animal.

- Ainda parece – murmurou Jasper, fazendo todos rirem e Emmett estufar o peito por isso.

- Bom, com o tempo ele me fez malhar muito, muito mesmo. Chegava a doer mais que a vida, mas hoje eu agradeço. Todo mundo pensa umas quinhentas vezes antes de querer arrumar briga comigo. E bem, é por isso que eu estou aqui. Da tripulação, eu sou o maior e mais forte, aquele que nunca perdeu uma briga. Sou o melhor lutador dos sete mares e não, ninguém nunca conseguiu sequer me quebrar alguma coisa – terminou, cruzando as mãos atrás da cabeça  - algo que fez todos os músculos de seu abdômen e braços se contraírem, revelando a potência do material - e sorrindo para as meninas, que o olhavam hipnotizadas.

- Ótimo, minha vez – pronunciou-se Giuseppe. – Bem, como vocês devem saber, de todos esse pirralhos aqui eu sou o mais velho, conhecido desde sempre de Carlisle. Ele me carregou no colo e foi um grande amigo de meus pais. Isso quando ele morou na Itália, quando ainda era mais jovem.

- Ele morou na Itália? E quantos anos vocês têm pra ele ter te carregado no colo?

- Sim, Vicky, por algum tempo. Ele tem 40 anos, eu tenho 25. Quando ele partiu de lá, eu ainda era um menino, tinha 8 anos, mas já demonstrava minha loucura pelo mar. Carlisle era um exemplo para mim, um verdadeiro herói. E eu queria ser como ele. E então um dia ele regressou. E eu tinha já meus 18 anos e vários troféus por navegação. Assim que nos encontramos e ele me contou sobre o navio, a idéia de imortalidade, a fama por todos os sete mares, eu fiquei intoxicado. E resolvi que mostraria à ele que eu era capaz de fazer parte do Candy. À essa altura eu já era órfão de mãe e meu pai estava ocupado demais com a nova família para me dar atenção. E então provei para ele que ninguém saberia pilotar o Candy melhor do que eu. Rápido, ágil, eu fazia curvas onde ninguém conseguiria, andava por mares agitados, navegava tranquilamente no meio de tufões e afins. Comigo na direção do Candy, não precisaríamos nos preocupar. E é exatamente por isso que estou aqui.

- Minha vez – as meninas voltaram a atenção para Jasper, então. – Tudo bem se eu contar, Edward?

            O altão ergueu os ombros e o loiro prosseguiu.

- Bom, eu e Edward somos irmãos por parte de pai.

- Irmãos? Vocês?

- Somos sim, Rosalie – respondeu Edward. – A mãe de Jasper morreu no parto e logo em seguida nosso pai se casou com minha mãe, com quem vive até hoje. Jasper é apenas um ano e meio mais velho que eu. Ele tem 22 e eu 20, mas logo completarei 21.

- Bom, voltando. Edward e eu sempre fomos muito unidos, embora totalmente diferentes como dois imãs opostos. Ele sempre foi certinho, de falar baixo, centrado, um aluno exemplar. Eu sempre fui o peste, que sempre se metia em encrenca, o precoce, o que adorava uma boa confusão. E é por isso que ambos foram convidados a subir ao Candy Man. Éramos amigos de escola de Emmett e bem, sou o melhor amigo dessa coisona desde os quatro anos, mais ou menos. Por isso chamam a mim e Emmett de “os gêmeos”. Entendemos um ao outro por olhares e sempre pensamos iguais.

- Ah claro, e quem é o passivo e quem é o ativo da relação de vocês duas? – debochou Nessie, fazendo a todos rirem até passarem mal, menos Jasper e Emmett.

- Engraçadinha – murmurou Emmett, dando um beliscão de leve no braço de Nessie, que ainda ria.

- VOLTANDO – Jasper olhou feio para a pequena, que finalmente conseguiu controlar o riso. – Carlisle sabia que Edward era um cérebro andante e eu um aventureiro, todo doidão, só não tanto que nem o James. Ele resolveu que nos testaria e bem, passamos, mesmo sem saber que aquilo era um teste.

- O que ele fez?

- Comigo ele simplesmente conversou, me perguntou algumas coisas sobre mar, navios, essas coisas. E eu mostrei à ele que não encontraria um melhor planejador, tanto de rotas, quando de metas, quanto de ataque ou defesa. E ele me treinou pessoalmente para que eu me tornasse cada vez melhor nisso, até que me tornei imbatível em traçar isso tudo. Além disso, ele me fez malhar e aprender a lutar, embora eu seja o pior em luta daqui.

- Mesmo sendo o pior, o máximo que ele já conseguiu foi fraturar as pernas – acrescentou Jasper.

- E bem, eu sou o ser pensante daqui do Candy, por isso estou a bordo – terminou encabulado.

- Já eu fui testado do jeitinho que gosto. Carlisle me levou à um bar e me meteu numa briga com 7 caras umas mil vezes maiores que eu. Apanhei muito aquela noite, isso é verdade, mas não sai dali enquanto não liquidei com todos. Não foi uma luta honesta, eu admito, odeio lutas honestas punho a punho, como o Emmett luta, mas adoro de verdade usar o que houver a meu alcance. Tanto que aquele dia me descobri ótimo em bater com tacos de sinuca.

            Todos riram ao imaginar a cena que Jasper descreveu a seguir, em como ele acabou com todos os homens.

- Bem, pulei para dentro junto com o Ed. Só que com o passar do tempo, descobri que eu não era bom em brigar com apetrechos. Eu era bom MESMO com armas. Podem ser desde revolveres até bazucas, mas eu sou capaz de derrubar um navio com meus tiros. E sim, eu já fiz isso. Enfim. Estou aqui, portanto, por ser o melhor com armas. Ninguém sabe atirar como eu, mas confesso que sempre que não tenho uma arma em mãos, viro o melhor com cadeiras, tacos, mesas e afins.

            Após mais uma leva de risos, James começou a se explicar.

- Eu fazia parte de um navio que fazia tráfico de produtos clandestinos lá pelas bandas da Somália (N/A: geente, para quem não aprendeu isso na escola, É MUITO REAL! Acontece pirataria ali, os navios que passam pela Somália, numa parte que eles chamam de “chifre” e é muito estreito, geralmente são “seqüestrados”, ok? Vicky também é cultura, meu povo!). Bom, nosso navio foi atacado pelo Candy Man, que na época só contava com os descritos até agora. Todos foram rendidos e mortos, menos eu. Enfim, eles resolveram me poupar, já que nunca haviam visto alguém tão louco como eu e tão “indestrutível”. Eu havia levado três facadas na perna, um tiro no braço direito e estava com um olho impossibilitado de ser aberto graças a um murro de Emmett. Fora que estava surdo graças às granadas de Jasper.

            Os meninos riram alto, enquanto as meninas ficavam até verdes de medo. Como assim acontece aquilo tudo com alguém e ele não MORRE? Isso é impossível!

- Pois é, ladies, eu sou mesmo indestrutível. E olhem que naquele dia eu ainda estava de pé depois disso tudo, ainda lutando. Bom, por isso estou aqui, por topar qualquer coisa MESMO. Já até matei um tubarão com uma facada!

- QUE?! – Bella gritou apavorada, olhando de olhos arregalados para James, assim como todas as meninas.

- Isso mesmo. Eu tinha caído no mar e o desgraçado estava ali, pronto pra me devorar e eu só com uma faca. Era matar ou morrer e eu sinceramente não iria perder o jantar aquela noite, que era a famosa sopa do Jasper.

- Calma, páaaaaaaaara tudo! Você era traficante?

- Era.

- E aí entrou para o Candy?

- Certo, Bella.

- E matou um tubarão a facadas?

- Sim, Rosalie.

- SINISTRO!

            Todos olharam abismados para Victória, que tinha um brilho louco no olhar.

- SINISTRO?! – murmurou Bella, indignada.

- O que é, gente? O cara só é duro na queda, e daí? Fora que agora ele é do bem, não é, James?

- Sou. Na verdade eu sempre fui – disse sorrindo para Vicky, que lhe retribuiu, fazendo as meninas olharem travessas para os dois. Conheciam BEM DEMAIS aquele olhar da ruiva - O único motivo para eu estar naquele esquema todo era porque minha irmã havia se casado com um daqueles crápulas e se eu quisesse ficar ao lado dela para protegê-la, eu teria de entrar naquilo. Entendam, eu não tive escolha!

            As meninas acabaram amolecendo com a história e voltaram a simpatizar com o dono daquelas intermináveis tatuagens e cicatrizes, pois se ele fizera aquilo para proteger alguém da família, então era alguém digno de respeito e admiração. Elas, mais do que ninguém, sabiam o quão importante a família era – independentemente de ser a de sangue, ou a de coração, como elas eram. Compreenderam, afinal, o motivo de James, e se pegaram cada vez mais interessada naquela história.

- E agora falta o caçuletz. Fala aí, Jake.

            O meninão sorriu, fazendo o coração de certa pequenina parar por um segundo e um sorriso besta surgir em seus lábios, o que não passou desapercebido por Vicky. Afinal, elas eram melhores amigas desde sempre.

- Bom, eu sou novato de tudo aqui, estou dentro há apenas dois anos. Bom, eu fui escalado ao Candy quando eles passavam lá pelo Canadá. Como vocês devem ter percebido, eu sou índio, filho do pajé do meu povo. Não somos do tipo que vive em ocas e tudo o mais, mas mantemos alguns rituais. Um deles, por exemplo, é que o filho do pajé se torna o próximo pajé. E, bem, com o meu treinamento fui demonstrando grande habilidade com curas e venenos, um dos papéis do pajé. Agora no quesito invocar entidade, ver quem é bom e mal pelo interior, ih, isso não era comigo não. Eu era bom mesmo só naquilo. Se eu quisesse matar alguém em menos de 5 segundos eu conseguiriam misturando as ervas certas. Se eu quisesse paralisar alguém por três dias eu conseguiria. E se eu quisesse salvar alguém eu também conseguiria e foi exatamente isso que chamou a atenção deles. Eu cuidei de Edward quando ele quebrou as duas pernas e fiz sua recuperação ser muito mais rápida e menos dolorosa. Eu tinha um vasto conhecimento de plantas e afins, estava na natureza desde sempre. Fora isso tudo, eu sabia lutar muito bem e, para um menino de 17 anos eu sou realmente enorme. Caso vocês não saibam, eu tenho dois metros de altura e 120 quilos. E, então, eu fui abduzido instantaneamente para o Candy. Só depois de já estar aqui que eles foram descobrir que, além de “curandeiro”, eu era perfeito com as facas.

- 17 anos e com essa saúde? Nossa Senhora! – comentou Alice, fazendo o menino corar e a pequena Renéesme olhar atravessado para a amiga.

            Continuaram conversando por um longo tempo, o qual as meninas utilizaram para analisar de pertinho os meninos. Como o prometido, sinto que devo apresentá-los certo? Então vamos aos meninos.

            Primeiramente Carlisle, o comandante. Um homem extremamente generoso e bondoso, formado em medicina, porém apaixonadíssimo pelo mar. Tornou-se marinheiro aos 18 anos, porém sentia-se vazio sem seu próprio navio e tripulação, coisa que conquistaria anos mais tarde. Teve um caso com uma mulher misteriosa, a qual era mãe de Emmett, porém que nunca quis revelar quem era.  Alto, forte e muito sábio.

            Depois tínhamos Giuseppe, aquele que era imbatível como navegador. Era muito animado sempre, adorava brincar com todos ao seu redor e deixá-los confortáveis. Amava ouvir às pessoas, principalmente às mulheres, porque adorava entendê-las e ajudá-las. Acreditava que um dia encontraria alguma mulher que o fizesse se apaixonar, embora nunca tenha amado. Era conhecido como o mais galante da tripulação e nenhuma mulher resistia à seu sotaque italiano e seus olhos claros. Sempre que se interessava por alguém, analisava-a de cima a baixo, deixando a cabeça cair de lado ao final. (N/A: alguém lembra com quem ele fez isso?). Assim que ele fazia isso, a mulher virava homem para os “irmãos”, porque ela era dele e ponto.

            Então vinha James. O James sempre safado, sempre tratando as mulheres como lixo, sempre com um cigarro forte na boca e as milhares de tatuagens e cicatrizes no corpo. O louco James, que topava toda e qualquer coisa, o da risada como o trovão, o charmoso cafajeste do grupo. Não se importava com absolutamente nada no mundo, a não ser seus parceiros e em especial Jacob, seu melhor amigo, o único com quem realmente se abria. De cabelos ora raspadinhos ora jogados por cima dos olhos azuis, tinha um corpo de desmontar muita mulher. Era conhecido por onde passava como o “Traça”. Isso porque “traçava” o que quisesse no quesito mulher.

            Aí tínhamos Emmett. O doce, o bobalhão, o brincalhão e inconseqüente. O pentelho, para resumir. Enorme, REALMENTE enorme em todos os sentidos, adorava conversar sobre coisas banais e era muito doce. Chamado de “Gay” pelos amigos por dormir com um ursinho e ser sempre tão... Tão... Animado-demais-da-conta. Chamado de “quebra parede” pelas mulheres, por ser um verdadeiro furacão na cama. Tinha as costas inteiramente tatuadas e o corpo totalmente malhado. Era sempre risonho e malicioso. MUITO malicioso, chegava a ser inconveniente. Vangloriava-se por dar cabo de qualquer um ali se brigassem – o que nunca havia acontecido, afinal, eram verdadeiros irmãos. Vivia fazendo coisa errada, o que irritava o pai, que o castigava fazendo-o malhar como um doido – não que ele reclamasse, afinal AMAVA malhar.

            Temos, então, os irmãos Jasper e Edward. Jasper era o capeta da turma. Sempre colocava todos em brigas e encrencas, mas quando tinha que ser sério, era. Geralmente guardava seus pensamentos e sentimentos para si, nem mesmo se abrindo com seu melhor amigo, Emmett. Quando estava com uma mulher, era um perfeito cavalheiro, ou então um perfeito malandro. Ele dizia que tudo dependia do tipo de mulher, do que ela queria. E ele entendia logo de cara o que ela queria, o que o fazia ser amado por tantas mulheres, o que as fazia sonhar com sua cara de anjo e corpo de diabo toda santa noite. Era extremamente apaixonado por armas e vivia armado até os dentes. Chegava a dormir com uma arma embaixo do travesseiro. 

Edward era o oposto do irmão. Não se metia em encrencas, não agia impulsivamente, não entendia de jeito nenhum as mulheres, embora elas rastejassem aos seus pés. Era o que menos se envolvia com o sexo oposto e, quando se envolvia, passava a noite e no dia seguinte saia antes que ela acordasse, o que destroçava o coração – e o casamento – de muitas. O cérebro de todos ali, era mega organizado e se irritava fácil com Jacob, que era MUITO desorganizado. Sabia bolar uma estratégia de ataque ou defesa como ninguém e sempre sabia o que fazer, mesmo durante um ataque surpresa. Odiava ter que lutar, mas quando era realmente necessário, era como todos ali: imbatível.

            E, por fim, temos o meninão, Jacob. O enorme menino que sabia mais de plantas do que a própria mãe natureza. Conhecia cada antídoto e veneno do mundo e quando pegava em uma faca virava o bicho. Nunca havia sido visto uma mira e uma habilidade tamanha com facas antes dele nascer. Nunca havia se envolvido com uma mulher e era o único virgem à bordo, do que não tinha vergonha. Era realmente fofo com o sexo feminino, sendo muito cuidadoso e carinhoso. Adorava passar as tardes sozinho, enquanto o sol se punha e sempre dizia que era uma hora sagrada, onde refletia sobre tudo. Era apaixonado por dança, principalmente música latina, com muita batida. Sua paixão era o Reggaeton, portanto. Era melhor amigo de James e sempre seu conselheiro. Tinha total noção de seu sex appeal e beleza e se aproveitava disso para ficar com mulheres, mas nunca havia avançado o sinal, mantendo-se nos amassos. Não tinha a mínima noção do quanto era desorganizado e às vezes mongo – leia-se: demorava a entender as coisas.

- Gente, eu estou com sono – murmurou Nessie entre bocejos.

            Bella e Alice já estavam dormindo, assim como Emmett. O restante tentava se manter acordado, porém com dificuldade. Decidiram ir dormir, já passavam de 4 da manhã. Edward levou Bella no colo até o quarto e quando Jasper foi tentar pegar Alice, a pequena acordou e agradeceu a ajuda, mas poderia ir andando.

- Ou poderia ser obediente e ir no meu colo – disse, prendendo-a em seus braços e colocando-a no colo, fazendo a pequena corar e rir.

- Ei, que mordomia é essa? Eu também quero! – disse Rosalie, no que Victória concordou.

            Logo as duas estavam gargalhando no colo de Emmett e James, respectivamente. Jake e Ness vinham mais atrás, enquanto ele a abraçava já que a pequena alegava “frio” – embora estivesse um calor insuportável de 34º. Giuseppe ia mais ao fundo, até que reparou que a morena Leah não estava no grupo. Parou e olhou para trás então. Lá estava ela, dobrando os panos e empilhando-os. Ele sorriu de lado e, mais uma vez naquela noite, deixou a cabeça cair de lado. Enquanto o grupo sumia no corredor que dava aos quartos, ele foi se aproximando dela.

- Tentando ficar para trás de propósito, morena, tudo para me ver? – murmurou ao pé do ouvido, fazendo-a se assustar. – Desculpe, não queria assustá-la, ma bella.

- Tudo bem. Eu só estava arrumando isso aqui.

- Posso te acompanhar ao quarto? – disse estendendo o braço à morena, que hesitou alguns momentos, mas aceitou. – Porque todo esse silêncio, toda essa tristeza no olhar, Leah?

            Ainda estavam no mesmo lugar e Leah olhava intrigada dentro daqueles grandes olhos claros.

- E quem disse que eu sou triste? – disse soltando o braço do dele.

- Ora vamos, Leah, qualquer um perceberia isso à distância. Só não sei como alguém assim tão linda pode ser triste.

- Você não me conhece.

- Mas garanto que quero conhecer. Quero e muito.

            Leah o olhou fundo e logo baixou a cabeça, seguindo na frente. Ambos foram andando em silêncio até o quarto, sem se falar.

- Boa noite, Leah, sonhe comigo.

- Boa noite, Giuseppe.

- Giu, por favor Leah!

- Ok, ok. Boa noite Giu – e então fez um biquinho, como se fosse sorrir.

            Logo depois Giu estava só no corredor, vagando até seu quarto. Assim que entrou, ouviu Emmett no banheiro, provavelmente se arrumando para dormir e Jasper já apagado na cama. Sentou-se e, antes de entrar no banheiro para realizar sua higiene pessoal, deixou a mente vagar até a morena de olhos distantes que ele tanto queria entender. Que era sua nova obsessão.

No quarto das meninas...

            Bella, Alice e Rosalie se trocaram e mal viram Leah entrar, já estavam dormindo. Perderam algo que em muitos anos não se via na morena. Perderam um sorriso lindamente aberto.

No outro quarto...

- EU VI RENÉESME, EU SEI QUE VI VOCÊ DOIDINHA PRA DAR UNS PEGAS NO JACOB!

- E EU VI VOCÊ DOIDINHA PRA DAR PRO JAMES, VICKY, EEEEEEEEEEEU VI!

            E a conversa ainda rolou solta até as 7 da manhã, quando pegaram no sono ainda falando de como James era perigoso e excitante e como Jacob sabia quebrar qualquer uma com aquele sorriso. Nenhuma das duas percebeu que Esme não dormiu ali

Na cabine do capitão...

            Dois corpos suados e encaixados perfeitamente desfaleceram na cama, radiantes.

- Depois de tantos e tantos anos separados e ainda não sei ser completo sem você.

- Tanto tempo – murmurou Esme, enquanto sentia mais uma vez a textura quente e perfeita do peitoral de Carlisle.

            Adormeceram juntos, como há tanto tempo atrás costumavam fazer.

            E, bem, para um primeiro contato, todos foram perfeitamente bem.


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Notas finais do capítulo

N/A: Não seria justo eu voltar a postar em TPM e deixar Candy Man sem atualização, certo? CERTÍSSIMO, meus amores! Aí está o segundo capítulo da fanfic (sem contar o prólogo), espero que agrade a todas! Queria desde já agradecer às meninas que comentaram tão lindamente e que não desistiram da fanfic, Ana Paula Souza, Haryy Marie, Hari Uchiha, Daniela Sereia, Anna Gabriela, Ellena, Jane Yamanaka, QuiMeirelles, AnaCullen, MariiMariinho, NandaG, Karolina Wittstain e Paola Burnside! Sério, vocês são lindas e moram no meu coração! Obrigada por todo o apoio e pelas palavras bonitas, que sempre me incentivam.
Quero, assim como em TPM, pedir desculpas à vocês, também, porque eu sou uma verdadeira VACA e não sei cumprir prazos, ou conheço o significado das palavras "post semanal". Estou trabalhando nisso e posso dizer que o próximo capítulo não tardará a sair, como esse tardou. Me desculpem, de verdade, nunca foi minha intenção enrolar vocês, ou abandonar a fanfic. Eu apenas passei por um ano difícil - ANO DE VESTIBULAR, acho que explica tudo.
Para terminar, preciso dizer quem é quem nessa história, tipo, quem vocês devem imaginar quando lêem. Edward, Bella, Rosalie, Emmett, Alice, Jasper, Carlisle, Esme, James e Victória devem ser imaginados como os mesmos do filme (levando em consideração, para a Vicky, a Rachelle LeFevre, não a Bryce Dallas Howard). Para o Giuseppe, imaginem o Chris - LINDO - Evans, para a Leah a Milla Kunis e para a Nessie a Rachel Hurd-Wood, ok? Isso só para facilitar a "Imaginação", haha!
Bom, seria muita sacanagem minha pedir alguns coments? Haha! Espero-os de qualquer forma, ok, amores?
Beijocas, até o próximo capítulo! "Entre saltos e Bazucas".