A Verdadeira Face Do Amor 2 - Vida Nova! escrita por Jessy Rodrigues


Capítulo 5
Compras


Notas iniciais do capítulo

Ok, já sei que demorei... Eu admito que sou culpada! Na verdade, eu demorei porque me deu bloqueio criativo e eu não quis postar sem conseguir continuar escrevendo. Porém, contudo, estretando, todavia! Eu recebi tantos reviews me pedindo para postar e dizendo que eu estava demorando muito, que resolvi largar de ser vagal e dar continuidade à todas as minhas fics!



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-Acorda. Alguém sussurrou.
Ryou se mexeu debaixo do cobertor, tirando-o de cima do corpo.
-O que foi?
A ruiva deu uma risadinha pelo nariz.
-Por que você cobre todo o corpo?
-Como assim?
-Você cobriu até a cabeça...
-É mania.
-Mas de onde você tirou essa mania?
-Da morte dos meus pais. Ela arregalou os olhos e ele sentou na cama. Não faz essa cara. Antes que você pergunte, eu comecei a me cobrir todo depois que os meus pais morreram para tentar me proteger.
-Se proteger de que? Perguntou incerta.
-Não sei, acho que da dor de tê-los perdido.
Ichigo sentou na cama e segurou a mão dele com uma das suas, com a outra afagou delicadamente o rosto dele.
-Você ainda sofre por isso?
-Não. Ele suspirou. Deixei de sofrer algum tempo antes de te conhecer. Na verdade, acho que mesmo depois de te conhecer eu ainda não tinha superado totalmente, embora já aceitasse.
-E agora? Você já superou?
-Sim, desde o momento que você aceitou namorar comigo, desde que você aceitou ter uma família comigo.
Ele encostou a mão no ventre dela e beijou a mão da ruiva. Subiu pelo braço, fazendo ela rir pelas cócegas, até chegar nos rosto. Beijou a bochecha, o nariz, beijou delicadamente o lábio.
-Você anda muito romântico, eu gosto disso. Contou sorrindo.
Ela abriu os olhos e se deparou com duas grandes íris azuis fitando-a.
-Eu sei, por isso que faço essas coisas.
Desceram para tomar café da manhã e Ryou puxou conversa.
-Você não levantou essa noite.
-Isso é bom, eu já estava com saudade de dormir a noite inteira.
-O que você quer fazer hoje?
-Nós deveríamos procurar as coisas do casamento.
-Sim, procuramos aqui e eu mando exportar para os Estados Unidos. É melhor irmos nos arrumar.
Em pouco tempo estavam em cima da moto novamente, e aproveitavam o vento que batia nos rostos descobertos pela viseira. Pararam em uma rua com várias lojas especializadas em casamentos.
-Vamos nos casar como os americanos? Perguntou a ruiva.
-Não, podemos nos casar como japoneses mesmo. Como você quer o seu kimono?
-Você já deveria imaginar. Ela sorriu marota.
-Provavelmente branco com morangos desenhados!
-Seu tonto, você acaba com a graça. Ela respondeu rindo.
-Então como você vai querer?
-Acho que vou querer no estilo ocidental mesmo. Ela sorriu tímida. São mais... Modernos. E eu sei que você gosta de coisas modernas.
-Está escolhendo um vestido se baseando em mim? Ela sorriu envergonhada, com a face corada. Ele gargalhou feliz. Você não precisa fazer isso.
-Mas eu quero, não tem problema... Vestidos ocidentais são lindos! Ela deu de ombros. Ele respirou fundo o ar da manhã, mas sentia-se orgulhoso pela namorada se importar tanto com o que ele pensava.
Eram, definitivamente, o casal perfeito!
Ichigo olhou para uma loja de vestidos de noivas ocidentais e apontou feliz.
-Vamos começar por ali! Gritou puxando-o.
Ryou não sabia muito bem o que fazer, ele nunca pensou que se casaria, então procurar vestidos de noiva não era muito o forte dele. Se bem que ele era muito bom em escolher roupas. Ichigo já tinha vestido sete peças e achou que nenhum caiu bem nela, mesmo que Ryou discordasse dela.
-Quer saber, eu mesmo vou escolher um vestido pra você.
-Espero que ache algum, você é bom nisso. Suspirou sentando no banquinho onde o namorado estava antes.
Ryou olhou todos os vestidos da loja, mas embora fossem bonitos nenhum era realmente do seu gosto. Bem, era para situações como essa que ele tinha tanto dinheiro.
-Vocês também fazem vestidos?
-Nunca pediram, mas acho que posso ver com a gerente.
-Por favor.
A moça se foi e o casal pôde vê-la conversando com uma senhora de cabelo branco e postura ereta perfeita. Ela não parecia ser nem relaxada nem severa demais, parecia apenas uma gerente legal, mas consciente de seus deveres.
-Ryou, eu acho que se procurarmos mais um pouco podemos achar o vestido.
-Ichigo, apenas diga como quer ele e você terá o vestido que quiser.
-Você sabe que não gosto que fique gastando dinheiro com coisas assim.
-E você sabe que eu não ligo se você gosta ou não. Você sabe também que se me pedir um país ou o mundo inteiro eu dou um jeito de conseguir para você.
Ichigo se irritava com essas atitudes do marido, o que a deixava emburrada, mas achava muito carinhoso dele que se esforçasse tanto por ela. E mesmo ele dando tudo pra ela, não era o tipo que acha que a garota só precisa de bens materiais, dava todo carinho para ela. Quer dizer, quando não estava em crise de que não precisa de nada nem de ninguém, mas isso era raro ultimamente.
A moça voltou com a gerente e essa cumprimentou educadamente o casal.
-Sabe, eu gostei dos seus vestidos, mas quero um exclusivo para a minha noiva, vocês poderiam fazer um vestido pra ela?
-Sim, mas esse terá um preço bem maior que dos outros.
-Isso não tem importância. Ichigo, diga a elas como quer o vestido.
Ichigo levantou suspirando e foi levada a uma sala onde tirou as roupas. Três mulheres tiravam suas medidas enquanto ela conversava com a gerente.
-Quero um com saia balão, mas também que aperte minha cintura e barriga. Me caso daqui a um mês, mas estou grávida de trigêmeos e não sei se minha barriga pode crescer muito até lá.
-De trigêmeos? Perguntou a gerente um pouco surpresa. Ichigo assentiu. Mas você não acha que deveria ter começado a procurar esse vestidohá algum tempo?
-É que só decidimos nos casar a alguns dias. Ela sorriu sem graça. Ah, também quero brilho na saia, numa cor rosada, daqueles que quando você se mexe eles aparecem e desaparecem.
-E na parte superior? Perguntou anotando tudo que a futura noiva pedia.
-Acho que pode ter amarrações nas costas com uma fita rosa. Estou exagerando muito?
-De forma alguma. Acho até que está bastante simples.
A ruiva se sentiu aliviada ao ouvir aquilo, não queria que o vestido fosse tão chamativo. Colocou a roupa novamente e voltou rápido para perto do noivo.
-Vocês podem mandar o vestido para os Estados Unidos?
-Sim, senhor. Quando se casam?
-Daqui a um mês.
-Hum... O vestido estará pronto em três semanas. Ele provavelmente chegará no dia do casamento.
-Certo, e preciso que mandem também uma costureira, caso precise de ajustes. Eu pago a viajem e o hotel. Ele disse quando a moça abriu a boca.
-Claro, senhor, mas vou precisar do seu endereço.
Ryou escreveu na folha o endereço de onde estaria morando, e assim terminava a tarefa do vestido de noiva.
-Hora do seu terno! Exclamou a ruiva feliz. O que você pretende usar? Menos fraque!
-Ah, eu queria tanto usar fraque... Disse ironicamente.
-Fraques são feios! Fora isso, você pode usar qualquer coisa.
-E se eu quiser ir de bermuda.
-Se você se sentir a vontade...
-E se eu quiser ir de sunga.
A ruiva pareceu pensar um pouco e fechou a expressão.
-Não abusa, Ryou.
-Mas é bom que da cerimônia eu já posso pular na piscina.
-Eu falei para não abusar! Respondeu nervosa. Oh-oh, será que os hormônios de grávida já estavam aparecendo? Ah, não, é que ela era ruiva e baixinha. Ele riu consigo mesmo, o que lhe rendeu um rosto curioso e nervoso da noiva.
-Não é nada, eu garanto. Ele a abraçou e deu um beijo no topo da cabeça.
-Tá, vamos ver aquela loja, ali tem ternos.
Ryou já estava há uma hora e meia ali e não tinha gostado de nenhum.
-Afinal de contas, o que você quer, Ryou?
-O que você quer que eu use? Ele perguntou com uma expressão meio desesperada.
-Eu não vou escolher o terno por você.
Ele olhou mais um pouco e achou entre os cabides algo que lhe chamou a atenção. Entrou no provador e vestiu.
-Sabe, achei esse a sua cara. Sorriu a ruiva.
O terno era preto, ele usava uma camisa branca e uma gravata azul que combinava com seus olhos. Finas linhas de prata passavam pela gravata e tinha uma pedra preta onde dava o nó.
-Sabe, é ônix de verdade. É um dos ternos mais caros que tenho, combinou com o senhor. Disse o vendedor.
-Achei que essa gravata combinou com seus olhos, embora os seus tenham um brilho especial. Disse lhe dando um leve selinho.
-Vou levar esse.
Novamente deu o endereço e pediu que uma costureira fosse mandada, tudo dentro de um mês. Não queria ter a preocupação de levar o vestido e amassar, isso seria um problema da loja.
Saíram da loja e andavam pelas de decorações. Como não casariam em uma igreja, precisariam de uma decoração para a casa. Ichigo se apaixonou pelas fitas vermelhas e compraram para colocar entre as cadeiras. Compraram também tecidos de seda branca para forrar as cadeiras e um tapete vermelho. Decidiram que as flores da decoração e do buque seriam compradas nos Estados Unidos.
Não tinham passado nem um dia inteiro lá e já tinham quase tudo pronto. A ruiva queria decorar a casa, mas Ryou disse que ela deveria passar o dia se preparando para casar. Ela ficou imaginando o que tanto teria para fazer.
-Que penteado você vai usar?
-Talvez um coque mesmo.
-Não acha muito simples?
-Então o que eu deveria fazer?
Ryou a virou, ficando um de frente para o outro. Ele mexeu um pouco no cabelo dela, imaginando possíveis penteados.
-O que acha de deixar solto e prender apenas as franjas laterais?
Você não deveria ser cientistas ou arqueólogo, você leva muito jeito com cabelos e roupas.
-Isso é um extra que veio junto comigo. Você poderia ter marido melhor? Eu entendo de roupas, de penteado, de história, sei línguas fluentemente, sou rico e o cara mais inteligente.
-E também o mais modesto e humilde que eu conheço... Provocou.
-Sou humilde, eu morava em um quartinho num café rosa.
-Que era um quartel general para garotas com poderes de animais, quanta humildade... Isso tá mais para farsa. Respondeu cruzando os braços.
-Mas você consegue pensar em alguém melhor do que eu para você?
-Se estivermos falando de opostos, com certeza não. Ele sorriu com a resposta um pouco evasiva da ruiva e segurou a mão pequena.
-Vamos comer alguma coisa, posso ouvir seu estômago roncando daqui.
-Uau, você é tão romântico... Sorriu e beijou o rosto do mais alto. E tão sem graça também, meu estomago não está roncando!
Voltaram para o estacionamento onde estava a moto e o loiro dirigiu até o Café Mew.
-Oi, meninas.
-Ichigo-nii-chan! Gritou Pudding. Vocês chegaram muito tarde, o que é que estavam fazendo? Perguntou maliciosa, fazendo Ichigo ficar vermelha e Ryou gargalhar.
-Pudding, pare de pensar besteiras, você não tem idade para isso.
-Blá, blá, blá. Ichigo, ponha a roupa e comece logo a trabalhar. Reclamou Mint.
-Engraçado que você continua aí sem fazer nada.
-Você sabe muito bem que...
-Que você está na hora do chá. Você sempre está na hora do chá, Mint, poupe-me.
Ryou ficou na cozinha conversando com Keiichiro, enquanto as meninas serviam o café.
-Sinceramente, não sei porque as pessoas dizem que casar dá trabalho, eu to achando bastante tranqüilo.
-Isso porque você vai fazer um casamento simples e não precisa se preocupar com dinheiro. Mas então, vocês já decidiram quem serão os padrinhos e as madrinhas do casamento?
-É claro que serão nossos amigos mais íntimos, e consequentemente os únicos.
-Sim, mas quem serão os padrinhos do noivo e quem serão da noiva?
-Sei lá, acho que fico com você, a Zakuro, a Lettuce e o Pai. Vocês sempre foram mais calmos e racionais.
-Vai deixar justo os piores para a Ichigo?
-Nunca fui muito com a cara do Kisshu e o Taruto é muito escandaloso, e eles não devem ficar separados das esposas na hora do casamento.
-A torta de banana está pronta? Perguntou Zakuro na porta da cozinha.
-Sim, e a de uva e de amora também.
-Vou levar as três.
-Mas não são pedidos da Ichigo? Perguntou Keiichiro.
-Ela tá cansada, vou ajudá-la a evitar muito esforço.
-Obrigada, Zakuro.
Ela olhou profundamente nos olhos do loiro. Não era comum lhe agradecerem por algo, ela sempre fazia muito por si mesma, mas com Ichigo... Lembrar o quanto ela se esforçou para trazê-la para o grupo, tudo para que tivessem mais ajuda e Mint parasse de sofrer. Apenas assentiu com a cabeça e saiu com as tortas.
Nada de interessante passou naquele dia e logo o expediente acabou. Ryou pediu que se reunissem para conversar.
-Como vocês sabem, Ichigo e eu vamos nos casar e ir embora daqui.
-Ir embora? Nunca disseram que iam embora. Disse Mint.
-Vamos morar nos Estados Unidos. Como estaremos muito longe para cuidar do café, vou passar a posse para o Keiichiro e a Zakuro.
-Mas vocês não podem ir embora, como vamos ficar sem a Ichigo-nii-chan?
Ichigo sentiu o coração aquecer, saber que ela era importante.
-Ainda vamos nos ver, só estou indo morar em outro lugar, não em outro planeta.
-Mesmo que mudasse de planeta ainda poderíamos nos ver. Disse Kisshu. Algo contra morar em outro planeta?
A ruiva riu feliz pelo comentário de Kisshu.
-Viu, eu posso ver você de onde eu estiver Pudding. Ela sorriu.
-Acho bom, se não te caço!
-Certo, eu só queria esclarecer isso, de agora em diante qualquer reclamação deve ser feita com os novos donos. Boa noite para vocês.
-Aí, bem que nós poderíamos sair hoje, faz tempo que não ficamos apenas nós. Reclamou Pudding emburrada.
-Ela tem razão, vamos ter uma noite apenas de garotas. Concordou Zakuro levantando da mesa e pegando a bolsa.
-Espera, vocês nem vão pedir para seus maridos? Kisshu perguntou fingindo ofensa.
-São nossos maridos, não nossos donos. Mint também levantou e todas saíram ignorando as reclamações.
-Ok, e o que nós fazemos? Vamos para casa dormir sozinhos?
-Alguém aí gosta de jogar cartas? Perguntou Ryou mostrando a caixinha com baralho dentro.
-Whisky para acompanhamento? Perguntou Keiichiro levantando uma garrafa e sorrindo inocentemente.
-De santo só a cara. Murmurou Pai.
-Sou um namorado morto. Desesperou-se Taruto.
-É mesmo, você ainda é menor de idade. E o Kisshu também, ou seja, vocês não tomam!
-Vamos fingir que ninguém sabe a idade de ninguém, que tal?
-Agora eu quero, vocês não podem me oferecer e depois tirar! Gritou Taruto.
-Sou o irmão mais velho, eu decido se podem ou não.
-Há, eu posso, sou seu irmão adotivo, ou seja, você não manda em mim!
Kisshu tomou a garrafa da mão de Keiichiro e tomou um grande gole. Abaixou a garrafa com os olhos arregalados, a garganta ardendo e a grande vontade de tossir.
-Credo, eu não tomo mais nada dessa garrafa, você já pôs a boca. Reclamou Ryou e Keiichiro apareceu com uma nova garrafa.
Assim a noite passou sem que eles percebessem. Enquanto isso as meninas dançavam alegres por estarem juntas e não tomavam nada além de refrigerante. Depois disso foram para a antiga casa dos pais da Ichigo, jogaram almofadas, cobertores e travesseiros no chão e ficaram conversando. Ali não teria ninguém além delas e poderiam se divertir como antigamente de novo.
Naquela noite, não eram homens casados atualmente, ou antigos inimigos, eram apenas homens se divertindo e conversando sobre nada.
Naquela noite, não eram mulheres comprometidas esperando que uma amiga fosse embora, também não eram garotas com DNA animal no sangue que precisavam lutar, eram apenas heroínas. Heroínas que salvaram uma a outra.


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Notas finais do capítulo

Então, peço desculpa novamente, minna. Sei que fui muito má e uma péssima ficwriter deixando minhas fics de lado, mas quem escreve e já teve bloqueio criativo sabe do que estou falando.
Eu escrevo uma fic U.A de Naruto e gostaria de saber se alguém aqui gosta e acharia legal eu postar.
Ja ne, minna! ~^.^~



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