— Olá gatinha. — um garoto se aproximou. Ele estava bêbado e cheirava cachaça há metros de distancia. Ela se distanciou um pouco dele e disse algo como “Sai fora, não estou nem um pouco afim de você”. Mais é claro que o cachaceiro nem sequer tentou escutar o que ela havia dito.

— Ei cara, acho que ela não está querendo ficar com você. Cai fora. — John chegou ao lugar onde eles estavam e deu um leve empurrão no cara que o encarou e o xingou de “cuzão” ou algo do tipo.

— Oh, John querido. Não precisava. Eu sei cuidar de mim mesma. — colocou uma pitada de ironia em sua frase.

— Ahm. Estava vendo. Mais alguns minutos e ele teria te estuprado com roupas. — ele riu alto e se aproximou mais.

— Vai procurar outra vadia, John.

Ele riu alto e se aproximou mais, novamente.

— Sai fora, porra.

— Três motivos.

— Não preciso lhe dar motivos, só quero você longe de mim.

— Por favor?

— Tchau, John. Quero ficar alta hoje.

— Sabe, comigo você iria para as alturas. — ele disse indo atrás dela, segurando seu braço. Ela virou-se de frente para ele. — Sou melhor do que tudo isso junto que você injeta no braço.

— Já cheirou quanto, John? Você só pode estar alto para estar falando esses tipos de merda para mim. — retrucou.

Agora sim, ele já tinha se aproximado o suficiente para lhe dar um beijo sem explicações, mas Tony teria voltado de onde havia ido e os interrompeu rindo e tirando a garota dos braços de John. Ela sorriu e voltou para área vip com Tony, para ambos ficarem mais altos.

Agora o sol já começava a aparecer. Já passava das cinco da manhã. Todos ali estavam altos. Riam á toa. Mas já estava na hora de ir embora. Já havia acabado as drogas e na festa já não teria mais ninguém. Eles foram para o carro, onde Flea que dirigia agora, pois era o que estava mais limpo.

Ele não passou de casa em casa, foi direto para a sua. Todos dormiriam lá. Estavam acostumados a ir para lá sempre depois das festas e das drogas.

Sua casa era aconchegante, quando limpa. Porque quando acordavam depois de uma noite de muitas drogas, aquilo parecia um bordel. Tony de vez em quando sempre estava com uma mulher, John também. Mike e Chad eram mais calmos nesta questão. Marie, a loira, eles nunca haviam a visto na cama com um cara, mas já pegou ela aos beijos com um sem-nome de alguma-noite em que estava alta.

A garota foi a primeira a acordar com uma mensagem em seu celular. Ele estava no abdômen do John, tinha uma pequena recordação dele querendo fazer uma brincadeira de “pega celular” com ela antes de adormecer. Ela foi à ponta dos pés e pegou o celular para ler a mensagem, que dizia:

“Marie, onde você está? Não se esquece do jantar hoje aqui em casa. Beijos Gabrielle.”

— Shit!