— Porque já está acordada? Qual é, deita aqui e dorme mais. Estávamos muito altos ontem, precisamos dormir mais. — disse John num pequeno resmungo. Ele levantou-se e olhou para ela. — que foi?

— Preciso ir. E preciso ficar sóbria em... — olhou no relógio do celular e deu um pulo. — Deus... Preciso ficar sóbria em 20min, tem como isso?

— Com um bom sexo sim. Vem cá. — disse ele puxando-a pela mão.

— Sai dessa. — ela parou e pensou um pouco. — John, me leva para casa? Por favor?

— Vou pegar as chaves.

...

— Onde você foi? Porque diabos não respondeu minha mensagem? — Lydra disse sem esperar ao menos a garota abrir totalmente a porta.

— Fui numa festa, cheguei tarde e acabei dormindo na casa do Mike. — retrucou rápido indo já para o quarto onde pegou uma trouxa de roupa e já foi para o banheiro.

— Como ela estava? — disse Ray preocupada.

— De óculos escuros. — Lyndra disse sem a encarar.

— Chegou a ver seu braço? — disse Ray, com os olhos lacrimejando já.

— Moletom.

— Acha que ela fez de novo? — desta vez, Ray sentou-se ao lado de Lydra que continuava a fitar a televisão.

— Não sei Ray, mas acho que sim.

Ela começou a chorar.

— Ray, olha só, as outras meninas não estão em casa. Pare de chorar. Nós conversaremos com a Marie depois, e enquanto isso... Olha para mim, Ray, enxugue suas lágrimas porque você conhece a Gabi, ela não gosta de saber o que a Marie anda fazendo.
Elas iriam brigar. Então vem, vamos terminar o jantar.

...

— Cadê a Marie? — Chad perguntou enquanto já estavam á mesa do café-da-manhã, que tinha uma garrafa de vodca ao invés de uma normal jarra de suco de laranja.

— Só notou a falta dela agora? — Mike riu.

— Ela acordou mais cedo, tinha um jantar parece com os amigos lá dela. Levei-a para casa. — John disse sem tirar sua atenção no prato de panquecas.

— Levou ela direitinho? — Tony disse e riu alto.

...

Já estavam todos sentados á mesa. Os pais de Lydra estavam lá para o tal jantar especial. Marie estava com alguns quilos de maquiagem para não deixar transparecer suas olheiras e nem sua cara de suicida. Todos riam e ela apenas sorria e conversava pouco. Até que a mãe de Lydra notou isso e a perguntou o porquê de poucas palavras, sendo que ela era a mais falante de todos lá.

— Oh, Cassandra. Desculpe-me essa minha falta de educação, é que eu tive um trabalho para a faculdade que me custou a noite inteira, e que ainda não está acabado. — sorriu entre os dentes.

— Mas e os namorados? — sim, ela teve que perguntar.

— Estou tranquila em relação a isso. Amanhã irei para o interior ver meus pais.

— Oh, não gostaria de ir conosco hoje? Aproveitar a carona e etc.?

— Seria ótimo, mas ainda tenho que terminar meu trabalho. Obrigada mesmo assim.

Todos da mesa a olharam. Sabiam que não havia merda de trabalho nenhum e que aquela filha-da-puta só estava acabando com a sua vida em meio a tantas drogas e bebidas alcoólicas.

O Jantar já havia acabado, aquelas conversas chatas e o joguinho de quem vai lavar a louça da janta também. Os pais de Lydra já haviam ido embora, e todos estavam assistindo televisão enquanto Marie saia do quarto, já arrumada e com novos quilos de maquiagem para sair novamente. 

— Espero que não tenha droga desta vez, Marie... — Gabrielle disse sem tirar sua atenção da televisão.

A loira a olhou e sentir seu celular tocando novamente. — Estou indo. Tiffany, vamos?

A ruiva veio correndo e sussurrou algo como “eu não sou como ela, relaxa” para os que estavam sentados no sofá e saiu com a loira.

...