Já passava da meia noite; a rua estava vazia e escura, se não fosse por um pequeno detalhe, talvez não tão silencioso assim. Havia um carro em frente á um pequeno edifício, ele buzinava com pequenos — bem pequenos — intervalos. O carro estava quase cheio, mas ainda havia espaço para uma pessoa, no qual estava ligando para o motorista e dizendo algo como “Estou descendo, agora pare de buzinar senão vai acordar meus amigos.”.

Logo, no hall do pequeno prédio, apareceu uma bela garota com cabelos loiros voando contra o vento, correndo meio desajeitada; ao se aproximar mais do carro, deu um pequeno sorriso e logo abriu a porta de trás. Sentou ajeitando seu cabelo.

— Ei. — disse a loira.

— Já estava na hora. — o motorista retrucou num timbre meio impaciente.

Ela sorriu e cumprimentou todos no carro. Ele não demorou a partir cantando pneus.

— Estamos com 150 ml de heroína e 150 ml de coca. Trouxe sua seringa? — disse um dos rapazes do carro para a loira. Ele tinha um cabelo estranho, meio que um moicano com as pontas esverdeadas. A loira sorriu e assentiu com a cabeça.

Não demorou vinte minutos para chegarem ao seu destino. Era num beco escuro. E já conseguiriam ouvir a alta batida da música. Todos saíram do carro, e deu para ver cada pessoa detalhadamente. Havia quatro rapazes e somente a loira de mulher. O motorista, que tinha cabelos na medida dos ombros ondulados, logo cumprimentou a loira, que não pode cumprimenta-lo àquela hora, pois estava no volante. Ele lhe deu um abraço forte, e sussurrou algo no seu ouvido como “que roupa sexy essa...”. A loira riu.

Eles entraram na boate. O lugar estava lotado, e por onde os rapazes passavam tiravam olhares das garotas... Principalmente John. John era o filho-da-puta sacana do grupo. Era lindo, sem sombra de dúvidas, mas não valia nem o feijão que comia.

— Ei, Tony! — um dos seguranças do local disse já os levando para uma área vip.

...

— Ei, Marie. Está em qual altitude? — Mike, o rapaz do cabelo com as pontas esverdeadas disse rindo.

— Oh! Ainda consigo por meus pés no chão! — riu alto, em resposta, a garota.

— Que tal ir por seus pés no chão na pista um pouco comigo? — disse Tony, o garoto com os cabelos lisos e loiros, um depois dos ombros. A garota logo aceitou o convite e foi para a pista junto á ele. John, que estava num canto com sua seringa foi atrás. Estava em falta com garotas.

A batida era forte, e logo quando a loira notou Tony já havia sumido com alguma garota, provavelmente. Mas ela continuou lá. Estava um pouco alta. Ainda não estava acostumada com coca e com heroína. A única droga que já havia experimentado antes, era a maconha, que não lhe dava a mesma sensação das outras.