Harry Potter E A Revolta Dos Lâncatropos escrita por jujuba


Capítulo 15
Tribos.


Notas iniciais do capítulo

Entooooooon, mais um capitulo para voces! Amando mesmo os comentário, obrigada por recomendar a fanfic, Anna Harrison!
ENJOY!



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Anabelle não se despediu de mim quando chegamos á Sala Comunal. Ela simplesmente retirou a capa e correu para o seu dormitório. Eu fiquei como um bobo olhando-a subir as escadas e sumir por elas. O que diabos estava acontecendo? Será que eu beijava tão mal assim que foi por isso que ela parou o beijo? No meu ponto de vista estava bom até demais, mas vai que para ela não estava... Só de pensar nisso eu já me senti mal.

Os dias que se seguiram eu tentei falar com Anabelle, mas nenhum resultado aparente. Ela respondia educadamente, mas não prolongava os assuntos e sempre quando Cho chegava ela saia. O clima entre eu e Cho também não estava nada bom. Depois do jogo contra Lufa-Lufa – vencemos – eu não tinha mais assunto com Cho, o jogo dela demoraria um pouco e ela não se mostrava muito empolgada com ele. Seja como for os momentos com elas só não era piores por que na maior parte deles nos beijávamos.

- Eu não estou aprendendo nada! Nada do que eu já não saiba! – Hermione dizia furiosa na manhã de domingo. Já tinha se passado uma semana desde que eu beijei Anabelle.

- Para ser sincero, Mione, eu não acho que voce aprende algo em Hogwarts, voce sempre sabe de tudo! Na minha opinião voce só vem para ter algo para fazer no ano letivo – Ron disse mastigando um grande bacon.

- Na minha opinião, eu não pedi a sua opinião! – Mione retrucou brava. Ron não se incomodou com isso, sabia que ela só estava falando assim porque estava nervosa, logo mais ela se desculpava pelo o que tinha dito.

- Onde vocês vão passar o Natal? – Anabelle perguntou olhando para o seu suco. Ela tinha uma expressão distante e parecia cansada, muito cansada. Seus olhos não tinham mais aquele brilho que sempre chamavam a minha atenção, ela tinha olheiras em baixo dos olhos e parecia fraca. Será que ela andava se alimentando direito?

- Todos vamos passar com... – eu me calei – Na casa de onde viemos. – falei significativamente.

- Hm. – ela respondeu sem olhar para nenhum de nós.

- Anabelle, voce tem certeza que está bem? – Mione pousou a mão no ombro dela, olhava-a preocupada e hesitante. – Não acha melhor ir a enfermaria?

Anabelle exibiu um sorriso divertido e ao mesmo tempo estranho, porque era um tanto sinistro e ao mesmo tempo cansado.

- Madame Pomfrey não pode fazer nada por mim – disse enigmaticamente.

- Não quer nos contar o que está acontecendo? Talvez podemos ajudar. – falei muito mais preocupado que Hermione. Anabelle estava com uma aparência tão frágil! Como se ela fosse se quebrar sob um simples olhar severo.

- Está tudo bem comigo. – falou firme, mas sua voz falhou em certas partes. Ela fechou os olhos forte e respirou fundo. – Eu preciso terminar o meu dever de História da Magia. Se vocês me derem licença. – e saiu da mesa quase que correndo.

- O que é que essa menina tem? Ela está começando a me assustar – Ron disse olhando por onde Anabelle tinha saído.

- Eu não sei – Mione suspirou e massageou suas temporas. – Mas ontem de noite ela não voltou para o quarto. Quando eu perguntei onde ela estava, ela disse que estava com Dumbledore.

- Isso não faz sentido – eu falei franzindo o cenho – Dumbledore valoriza o toque de recolher e sobre voce ter uma boa noite de sono. Ele não iria interferir nisto.

- Eu sei, percebi que ela estava mentindo, o queixo dela treme quando ela faz isso – Mione revelou – Particularmente – se inclinou para frente, como para contar um segredo – Acho que tem a ver com Midnight. Ela está toda agitada e Anabelle também está agitada.

- Isso é só por causa da ligação que elas tem – Ron rolou os olhos – Eu não sei muito sobre lâncatropos, mas uma coisa minha mãe explicou: É burrice ficar com a ligação o tempo todo, compartilhando tudo, isso vira um hábito e quando voce está em perigo é mais complicado para retirar a ligação.

- Será que a ligação está fazendo algum mal para ela? – franzi o cenho – Eu não acho que Midnight faria algo ruim para Anabelle.

- A Belle pode ter insistido em continuar com a ligação... a questão central é: Porque? – Mione disse séria.

Aquela duvida me assolou o dia inteiro, de tarde nós fomos andar pela escola e notamos a fina fumaça que saia da chaminé de Hagrid. Nos entreolhamos animados e saímos em disparada para a casa dele. Quando chegamos perto vimos pela janelinha que Dolores Umbridge estava por lá. Mudamos nossa rota e corremos para trás das enormes aboboras que Hagrid plantava em seu jardim. Este ano a professora achou melhor enfeitiçar aboboras do que usar as de Hagrid.

Ficamos observando durante uns cinco minutos até Dolores sair com cara de maus amigos da casa de Hagrid. Ela fechou a porta atrás de si e fez uma careta de desgosto, então puxou um perfume de sua bolsinha rosa de mão e borrifou na entrada da casa de Hagrid e depois se borrifou um pouco. Saiu com o nariz em pé em direção ao castelo. Quando ela já estava longe o suficiente nós tres saímos detrás das aboboras e fomos até a porta de Hagrid.

- Argh – Ron disse tampando o nariz – Que cheiro horrível!

- O perfume de Anabelle é adocicado, mas isto já é exagero de doce – Hermione também colocou a mão no nariz. Eu prendia a respiração então bati na porta de Hagrid. Ele atendeu com uma cara um tanto desafiadora e nós três arfamos.

Hagrid tinha vários machucados pelo rosto e possuía uma carne ensanguentada na cara.

- Ah, são vocês! Que saudade de vocês três! Entrem, entrem! – ele abriu a porta, mas Hagrid sabia que viemos atrás de respostas, por isso estava todo simpático. Eu não duvidava nada que seu próximo passo seria falar sobre um monte de coisas que não eram interessantes para nós. – Fiquei sabendo que ganhou o jogo semana passada, Harry, isso é ótimo! Este ano podemos levar a taça para a Grifinória!

- Que bom que voce ficou sabendo! – Mione disse doce, mas seu olhar era astuto – O que nos incomoda é como que voce sabe, já que se ausentou por dois meses da escola.

Hagrid pigarreou e sentou-se na enorme cadeira de madeira. – Isso é assunto de Hogwarts. Eu não posso falar nada sobre isso, sinto muito.

- Ah, qual é Hagrid, sabemos que mais cedo ou mais tarde voce vai falar. Para que fazer drama? – Ron disse sorrindo amigável, mas seu comentário aborreceu Hagrid e ele se manteve mais calado do que nunca.

- Você ficou sabendo, Anabelle está em Hogwarts, a afilhada de Dumbledore – Hermione mudou de assunto.

- Sim! Eu fiquei sabendo! – Hagrid parecia mais animado agora – Ela é uma garota muito doce, sabe. Eu encontrei com ela antes de ir para as montanhas... – e se calou, nos olhando estupefato.

- ARRA! – Ron disse – Então o senhor andou pelas montanhas, é senhor Hagrid? O que fazia por lá?

- Um pouco de ar livre, vocês não são os únicos que tiram férias – Hagrid tirou a carne do rosto e jogou para Canino, que a comeu feliz.

- Você tem muito ar livre por aqui, Hagrid – Mione rolou os olhos – Você é o guarda-caça da escola, ar livre é o que não lhe falta.

- Isso não é assunto de vocês! Então, por favor, não me façam falar mais nada sobre isso. É de extrema importância. – Hagrid quase implorou.

Suspirei – Certo, não vamos mais falar sobre isso. – eu cedi. – Mas voce sabe que de qualquer forma vamos saber – dei de ombros – Além do mais também fazemos parte da Ordem...

- Shhhh! – Hagrid olhou preocupado pela janela. – Dolores ou qualquer outra pessoa pode escutar. Desde quando vocês são da – diminuiu a voz – Ordem?

- Bem – Mione me olhou com olhos estreitos – Não somos exatamente, exatamente da Ordem.

Hagrid ergueu uma sobrancelha.

- Mas nós sabemos do que acontece ao redor. – falei – Anabelle nos conta tudo.

- E como Anabelle sabe dessas coisas, eu creio que Dumbledore não fique compartilhando preocupações com ela – Hagrid parecia duvidoso, como se acha que nós estávamos mentindo para que ele contasse mais.

- Ela tem Midnight – Ron rolou os olhos – Midnight conta tudo para ela e ela conta tudo para nós.

- Midnight! – Hagrid bateu a mao grande de leve na testa – Havia me esquecido dela.

- Pois é, podemos perguntar para ela e ela nos dirá. – eu disse, isso soou um pouco como uma chantagem, mas era nossa ultima jogada, já que eu sabia que Anabelle não andava nos contando nada.

Hagrid bufou – Certo, certo. – então abaixou as cortinas de suas janelas e trancou bem a porta. – O que eu vou lhes contar é algo muito, muito sério. Não contem para ninguém.

- Não vamos contar! – Ron se inclinou ansioso.

- Eu estava a procura de gigantes – Hagrid disse com um tom de orgulho.

Ron murchou a cara – Gigantes? Que chato, esperava mais.

Hermione deu um leve tapa em seu braço e fechou a cara para ele. – Porque estava atrás de gigantes, Hagrid?

- Para recrutá-los. Há muito tempo atrás Dumbledore tinha alguns aliados gigantes. Os Comensais estão tentando a todo custo reunir aliados para o lado de Você-Sabe-Quem. Então Dumbledore tem que fazer o mesmo. Não é fácil, gigantes não gostam de bruxos.

- Voces conseguiram alguns?

Hagrid fez uma careta – Eu espero que sim. Alguns se lembrar de Dumbledore com carinho, mas o líder deles, o novo líder deles, é mais para o mal do que para o bem. Espero conseguir alguns. – suspirou.

- Será que é por isso que Anabelle anda tão estranha? Preocupada se vamos ou não conseguir aliados? – perguntei a todos.

- Ah não, não! – Hagrid balançou a cabeça e exibiu um sorriso triste – Ela tem problemas muito maiores do que reunir aliados.

- Sabemos da revolta dos lâncatropos. – eu falei – Mas pensei que isso fosse problema da Midnight.

- Se é problema da Midnight é problema da Anabelle também – Hagrid suspirou – Acontece que mais um lâncatropo se juntou aos Comensais e muitos estão começando a duvidar de Midnight. A confusão gera briga e as brigas geram separação. É claro que em quesito de lâncatropos temos muito ao nosso lado, o que é excelente, mas ter uma separação de tribos neste momento não é o melhor.

- Separação de tribos? – Hermione perguntou confusa.

- Sim, oras, Anabelle não contou sobre as tribos para vocês?

- Deve ter contado, mas nós provavelmente não demos muita atenção – Ron pensou rápido.

- Bom, há três tribos pelo mundo todo de lâncatropos. – Hagrid explicou – É lá onde seus donos encontram com outros donos. Se eu não me engano Anabelle é da tribo Bêni. É de lá que Midnight vem, os donos pertencem as tribos que os seus lâncatropos viveram antes deles. Quando Scar saiu da tribo com um outro lâncatropo, houve um consenso entre os lideres das tres tribos e eles decidiram que seria melhor juntar-se.

- Pensei que Midnight fosse a única líder. – falei.

- Ela é mais como a líder das lideres, mas a tribo dela precisa de uma líder e no caso é ela – Hagrid explicou gentilmente. – Esse agrupamento muitas duvidas foram expostas e até agora ainda é um pandemônio total, ninguém sabe que caminho seguir, que caminho é melhor para seus donos. Nas duas tribos é apenas de lâncatropos que possuem donos, apenas a de Midnight tem a mistura com lâncatropos sem dono. Acontece que os lâncatropos estão preocupados com seus donos e é isso o que os impedem de tomar um lado, porque isso afetaria o dono também. – nos olhou sério – Não foi só a posição de Midnight que foi questionada, foi a de Anabelle também. É claro que ela disse que estava do seu lado, Harry, mas isto tem trago grandes problemas para ela.

- Como o que, por exemplo? – engoli em seco.

Hagrid suspirou – Eu sei apenas a ponta do iceberg, tenho certeza que os outros sabem mais, porque eu estava isolado e tudo mais. Mas pelo o que eu fiquei sabendo, Anabelle anda muito conectada a Midnight, isso não é realmente um problema, o problema é que se Midnight precisar ficar uma semana acordada sem dormir, ela fica, mas Anabelle não aguenta. E como ela está a todo o momento conectada a ela, ela tem sonhos com o que acontece nas tribos e as preocupações. É arriscado, Dumbledore já falou para ela não fazer isso, mas é um modo que Anabelle pode ficar de olho em Midnight e vice-versa, as duas não suportam ficar muito tempo longe uma das outras.

- Isso é terrível! – Mione disse.

- Não é de todo o mal. – Hagrid disse colocando uma nova carne em seu rosto – O dono de Scar, ele é de uma tribo e ele está tentando influenciar os outros donos a ir para o lado deles, todos, absolutamente todos os lâncatropos estão de olho em seus donos, estão usando todas as suas forças para não deixar que algum feitiço proibido faça o dono escolher um lado. Eles ainda estão em cima do muro e o nosso medo é que se a briga estourar, eles não fazerem nada. Anabelle tem tentado ajudar Midnight a falar com os outros donos, é por isso que ela não foi para a viagem de Hogsmead, Dumbledore que me contou isso. Os dois tem tentado fazer o possível e o impossível para não deixar que mais lâncatropos se afastem. Entao é ai que o dono de Scar faz a zona novamente – rosnou – O terceiro lâncatropo que ele reuniu possui um dono, eu não sei quem é, mas este dono tentou fazer um ataque a Anabelle. Foi no dia do jogo, Dumbledore disse que ela tinha saído do jogo para se encontrar com Midnight perto da floresta e foi ai que o lâncatropo do dono apareceu, quase arrancando a cabeça dela fora.

Todos nós ficamos em silencio e Hermione tinha a mao na boca.

- Os... – Ron disse com dificuldade – Os lâncatropos que não tem dono, correm risco de ir para o lado de Você-Sabe-Quem?

- Não, todos já definiram seu lado com Midnight, mas há duas tribos inteiras confusas, isso não é bom.

- É por isso que ela anda tão abatida – Mione disse suspirando.

- Como assim? – perguntei.

- Harry, é obvio. Anabelle odeia guerra, voce sabe disso, sabe também que ela controla muito as atitudes de Midnight. É que vocês não ficam tanto tempo com ela como eu, depois das aulas. Midnight se ofende com muita facilidade, quando alguma menina faz um comentário que Anabelle não aprova, Midnight que arrancar a cabeça da menina, então Anabelle faz de tudo para controlar o humor de Midnight, ela tem esse poder sobre ela, de influenciar seu humor. É a fase em que elas estão passando, uma pode despertar o sentimento em outra – explicou mais detalhadamente – Anabelle deve estar segurando Midnight para não matar este lâncatropo.

- E porque ela faria isso? O lâncatropo quase arrancou a cabeça dela?! – Ron disse indignado, assim como eu estava.

- Porque isso incitaria a guerra. – Mione respondeu e Hagrid concordou – Não podemos saber se Você-Sabe-Quem está matando ou o que ele está fazendo, mas ele ainda não fez nenhum ataque. Atacar algum aliado dele, incita a guerra. Anabelle me contou que controlar o humor do lâncatropo não é fácil, porque eles são muito intensos, o que eles sentem é tão forte que torna o pensamento racional que eles tem completamente irrelevante. Ela está se desgastando para a guerra não começar.

Agora as coisas faziam sentindo e o sacrifício que Anabelle estava fazendo me fez ficar deprimido. Ela estava se machucando e eu não gostava de como isso soava.

- Eu tenho que ir – falei levantando-me e correndo porta a fora. Eu tinha que encontra-la. Ela não podia passar por isso sozinha, eu não deixaria.

Corri por todo o castelo e não a encontrei, na Sala Comunal as meninas disseram que ela não estava no quarto ou no banheiro. Onde é que ela estava?! Lembrei-me (como uma luz no fim do túnel) de onde eu a tinha encontrado quando ela estava deprimida. Tinha sido em frente ao lago negro. Fui para lá o mais depressa que eu pude, tinha muitos alunos pelos corredores, mas eu a encontrei.

Diminui a corrida e passei a andar rápido. Eu passei por muitos estudantes que ficaram me encarando, eu não queria que eles ouvissem a minha conversa com Anabelle – por mais que ela estivesse longe. Mesmo assim fui até a mesma e sentei-me ao seu lado, sem dizer nada. De repente, todas as palavras haviam sumido da minha boca. Ela não mexeu um musculo.

Em um impulso eu delicadamente coloquei a minha mão sobre a dela, apertando a mao pequena entre a minha.

- Quando vai aprender que não precisa lidar com os problemas sozinha? – perguntei suavemente.

Ela me olhou, sua aparência estava melhor, mas eu vi que era apenas maquiagem. Então ela se atirou em meus braços, me abraçando e chorando ao mesmo tempo.

- Doí tanto! – falou entre soluços – Minha cabeça dói tanto, Harry! Eu sinto que ela vai explodir a qualquer minuto! – continuava a chorar. A abracei mais forte, como se isso fosse fazer a dor parar. Senti meus olhos marejarem, mas eu não choraria, ela precisava de alguém como suporte, não para chorar junto com ela. Eu odiava ter a confirmação de que ela estava machucada.

- Não tem como parar a dor?

Ela balançou a cabeça, ainda chorando baixo – É uma consequência. – falou fungando.

- Midnight não pode te ajudar nisso? Ela não pode se controlar? – de repente eu senti raiva de Midnight.

- Ela faz o que pode, mas é... – um soluço – Ela é movida por seus sentimentos... – outro soluço – Eles controlam mais do que 60% de suas ações. O instinto vem dos sentimentos e para isso eles tem que ser intensos. – aos poucos ela ia se controlando.

Acariciei seus cabelos ondulados. – Vamos dar um jeito – falei baixo em seu ouvido – Vamos fazer isso passar. Talvez Hermione realmente esteja certa e Madame Pomfrey possa fazer algo.

Anabelle fungou – Eu não quero contar para ela o porque das dores.

- Não precisa – ri curtamente – Madame Pomfrey não faz muitas perguntas sobre o seu problema, geralmente ela só o cura. Prefere não ficar a par do que os alunos estão aprontando.

Anabelle não respondeu nada, apenas e abraçou mais forte e enterrou seu rosto em meu pescoço. Ficamos um bom tempo assim, sem dizer nada.

Quando o choro realmente cessou, ela se levantou lentamente, mas eu não queria deixa-la, embora não fosse força-la a ficar em meus braços.

- Obrigada por me encontrar – falou com a voz rouca por causa do choro.

- É para isso que os... – eu parei no meio da frase. Definitivamente nós não éramos apenas amigos, porque “apenas amigos” não sentem isso o que sentimos. – Estou aqui para isso.

Anabelle mandou-me aquele olhar que me fez querer beijá-la, eu acho que era inconsciente da parte dela, mas a vontade surgiu mais forte do que a primeira vez. Eu inclinei meu rosto, mas ela se afastou um tanto assustada.

- Porque faz essas coisas? – perguntou um pouco aborrecida.

- Que coisa? – perguntei confuso. Era ela que fazia aquela coisa com os olhos!

- Você fica... me olhando deste jeito! – acusou. – Não podemos deixar... – parou um pouco – Deixar o que aconteceu no banheiro acontecer novamente.

Algo dentro de mim se retorceu. – Porque não? – perguntei, não era uma boa pergunta, porque talvez ela estivesse certa, mas saiu sem um real comando.

- Porque voce está com a Cho! – ela sibilou para mim – E eu não vou ser responsável por um término, Harry, todo mundo sempre disse que voce sempre gostou dela, então agora que vocês estão juntos... aquilo acontece... – fechou os olhos com força – Não é bom.

Ah, é bom sim! Aquilo foi muito bom! Pensei, mas não disse nada.

- Somos amigos, não somos? – ela perguntou depois de um tempo em silencio – Quero dizer, é bom sermos apenas isso, não é?

- Claro – falei vagamente. – Claro é...

Ela sorriu de leve. – Eu vou até a Madame Pomfrey, voce me acompanha?

- Claro. – falei e levantei-me.

Ia ser um loooooooooongo ano letivo. 


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Notas finais do capítulo

UUUUUUUUUUUUUUUUUUH, que tenso, coitada da nossa Anabelle ):
Uma ajuda do Harry até eu me sacrificava assim, kkkkkkk, espero que voces curtam, então vamos comentar, ok?
Beijos e se cuidem!
XOXO ;*