Percy Jackson E O Mundo Na Escuridão. escrita por Chiclete


Capítulo 9
Visitamos um azilo no Tártaro.


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu tive que dividir esse capítulo no meio porque ele estava ficando um pouco grande.
Esse capítulo e o prox. são bem reveladores LOL



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Bianca DiAngelo. Foi sua culpa Percy Jackson.”

As vozes do Tártaro estavam começando a me irritar. E não era só eu, dava para ver que os outros também estavam levemente perturbados, as vozes tocavam nos assuntos mais frágeis da mente da pessoa.

Pollux sabia que as vozes não eram verdadeiras, mas mesmo assim, ele fechava os olhos com força, e gritava algumas vezes para espantá-las. Já tinha uma ideia de qual voz estava em sua mente.

Fomos descendo a vinha em uma queda que parecia infinita, e quanto mais fundo, mais fortes as vozes ficavam, e começaram a surgir monstros aéreos tentando nos atacar. Nossa pequena sorte é que eles ficavam mais fracos por aqui.

Já estávamos descendo à duas horas e não conseguíamos ver o fundo.

–Bom, talvez o negócio não tenha fundo... – eu disse

Nossas mãos já estavam queimando, não aguentaríamos muito mais tempo. Já a sede não era problema, as uvas de Pollux eram bem divinas.

Nota mental: nunca mais tentar descer um penhasco sem fundo segurando cachos de uva enquanto vozes te atormentam e monstros tentam docemente te matar.

Annabeth estava pendurada na vinha acima de mim, e Pollux acima dela.

–Ai! Obrigada pelo chute na cara!

–Cale a boca cabeça de alga.

–Ei... Alguém mais esta vendo aquilo?

Pollux apontou para um lugar mais a esquerda na parede do Tártaro. A principio eu não tinha visto nada, mas quando eu olhei com mais atenção, havia um grande buraco lá. Um buraco não, estava mais para uma caverna.

–Nós precisamos chegar lá. – afirmou Lyssa, e mais uma vez, sem aviso nenhum, começou a pegar impulso empurrando o pé contra as pedras.

Houve uma bela gritaria assustada da nossa parte, que poderia ser facilmente confundido com um coro de papagaios.

–O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? -berrou Pollux

–Nós estamos cansados e precisamos descansar um pouco antes de continuar oras! Agora me ajudem!

Lindo, agora além de bungee jump, nós iríamos meigamente brincar de balanço no Tártaro.

Apoiamos as pernas na parede, e começamos a correr com o corpo na horizontal.

–Nós viramos o Homem Aranha!

O que eu descobri que foi um comentário bem desnecessário da minha parte porque Annabeth e Lyssa me chutaram, uma de cada lado.

–Tá mais para Tarzan – concluiu Pollux.

Corríamos cada vez mais, em tentativa de chegar no buraco.

Quando estávamos bem perto do orifício, Lyssa simplesmente pulou da vinha e – não sei como, – conseguiu cair dentro da caverna.

A corda perdeu boa parte do seu balanço, e nós quase caímos.

–Obrigada Lyssa! – berrou Annabeth

–Venham, voltem a balançar, eu vou segurar a ponta da corda.

Precisamos de mais uns seis impulsos para que ela pegasse a corda.

–Vai...desce...logo! gemeu Lyssa.

O chão da caverna não era muito colaborativo para nossa vida, porque ele era liso, e Lyssa, por mais que ela tivesse muita força nos braços, não conseguiria segurar a corda para sempre. Aquilo virou um cabo de guerra, na qual a gravidade tinha uma grande vantagem sobre agente.

Desci o mais rápido que pude, e assim que eu coloquei os pés no chão da caverna, segurei a extremidade da corda para ajudar.

Mesmo com a minha ajuda, eu e Lyssa estávamos quase na beirada.

Quando Annabeth pulou para dentro da caverna, ela trombou diretamente com Lyssa, e as duas caíram no chão da caverna, deixando só eu segurando a corda com o peso de Pollux.

Tarde demais: quando ele estava quase pondo o pé na caverna eu soltei a corda acidentalmente.

Graças á todos os Deuses do Olimpo, eu consegui segurar ele pela mão, antes que despencasse no abismo.

Logo em seguida senti alguém segurando meu pé.

–Lyssa! Nos ajude! – Annabeth suplicou.

Olhei de relance para trás. E eu só vi Lyssa sumindo na escuridão da caverna enquanto Annabeth segurava meu pé com toda a sua força.

E os monstros começaram a vir.

–Segure minha outra mão! – Pollux com esforço conseguiu segurá-la, mas Annabeth não conseguiria nos puxar de volta.

–Pollux, vinhas! – berrou Annabeth dezesperada, escorregando lentamente pelo chão liso.

–Não dá! Boa parte do meu poder se esgotou com as outras vinhas!

Monstros chegaram voando extremamente rápido e começaram a puxar Pollux pelo pé. Ele conseguiu chutar uns quatro mas a quantidade que eles estavam vindo eram absurdas.

Ou agente soltava Pollux, ou todos morriam.

Mas eu não soltei. Não pelo fato de que eu morreria se ele morresse também, mas pelo fato de que eu o considerava um amigo agora.

Minha barriga já estava escorregando pela beirada, e estávamos sendo levados cada vez mais rápido á queda. Deu para ouvir soluços de desespero de Annabeth.

Então eu senti mais duas mãos segurando meu outro pé.

–Vocês realmente acharam que eu iria deixar vocês aqui seus idiotas? - perguntou Lyssa – Eu trouxe ajuda também.

Agora que o peso estava mais equilibrado eu já havia parado de escorregar, mas os monstros começaram a chegar com mais frequência.

Então tudo aconteceu muito rápido: os monstros foram ricocheteados para longe, e nós para dentro da caverna.

Caímos um em cima do outro, sem entender nada, mas de certa forma, aliviados.

–Vamos levantem-se logo, vocês estão atrapalhando o meu não-fazer-nada. – murmurou uma voz feminina bem doce, mas rígida.

Meu abdomem estava sangrando devido ao atrito com a borda cortante do Tártaro.

Nos sentamos, ainda cansados, e tentamos procurar da onde vinha a fonte da voz.

Então uma mulher tirou a capa que a cobria, e então ficou visível para nós.

Era uma mulher que tinha aparência de uns vinte e cinco anos, mas ela tinha pele de gente velha. Era como se a velhice tivesse vindo de repente e a atingido em sua plena juventude.

Ah. E ela usava um vestido com o tecido feito simplesmente de estrelas. Que piscavam e tudo.

Annabeth e Lyssa se curvaram diante á ela. Eu só imitei.

–Ora vamos, não precisa dessa babaquice toda, sigam-me, vou levá-los a um lugar melhor. Se é que é possível.

Ela seguiu mais para o fundo da caverna e nós fomos atrás.


~~~~~~~~


–Então você é a Nyx? -eu perguntei perplexo.

O que, novamente, foi uma pergunta bem ridícula.

–Sim. Grande coisa. O que vocês querem? – ela perguntou enquanto se sentava em uma rocha que era da altura exata de um banco.

Nós tínhamos adentrado uns cem metros para dentro da caverna, que por motivos ainda não identificáveis, havia um pequeno brilho, e assim conseguíamos ver a cada uns dos outros.

–Hum... Como achar um jeito razoável para se dizer isso... Seu irmão do mal, Eberus. que eventualmente já foi seu marido, renasceu e esta colocando o mundo sobre uma eterna noite. Se não fizemos nada ele colocará todos em um sono eterno. Se é que me entende. – eu disse delicadamente

–Eu já sei de tudo isso. – afirmou ela enquanto examinava as próprias unhas.

Todos ficaram em silêncio por um tempo.

–Hum... E então? – pressionou Annabeth.

–E então o que?

Ok aquela velha já estava complicando as coisas.

–Você vai nos ajudar? – perguntou Pollux timidamente.

–Primeira coisa: Perseus Jackson, nunca mais me chame de velha. – todos me olharam nervosos  Segunda coisa: Depois que o mundo me der o respeito que eu mereço, eu posso até pensar no caso de vocês.

–Que respeito Sra. Nyx? – perguntou Lyssa.

Nyx finalmente deu um sorriso.

–Por acaso vocês sabem quem foi a primeira Deusa a surgir no mundo? Todos acham que foi Gaia. Pois não foi. Fui eu. Eu junto com o meu irmão Eberus. Os dois primeiros Deuses da Terra.

Ok, ela foi a primeira Deusa a existir e ela não é velha.

–Eu ouvi isso Perseus. ih, droga – Essa minha aparência de velha não é uma coisa que eu queria que estivesse estampada no meu rosto, é claro. Você é lerdo ou o quê? - Annabeth deixou escapar uma risada - Assim como eu não queria estar trancafiada aqui no Tártaro. Outro motivo para eu não poder ajudá-los.

Ela se levantou e começou a andar lentamente ao nosso redor.

–Como você foi trancafiada aqui? -perguntou Pollux.

–Sentem-se que agora é uma história mais longa. – nós nos encostamos na parede mais próximas e escorregamos para o chão. – Ok, eu estava alegremente andando nos arredores do Monte Olimpo, esperando que chegasse meu horário de trabalho anoite, mas então a escuridão me achou primeiro. De alguma forma Eberus conseguiu se infiltrar no Empire State, e então eu fui raptada. Junto com ele. - a Deusa apontou para a parte ainda escura da caverna, de onde um velhinho estava emergindo das sombras.

–Ei, olha só, semideusas! - e o velho foi andando com dificuldade até nós.

A voz do velho era extremamente familiar e não combinava com sua aparência. Sua voz soava mais nova que as suas rugas.

–Ah não. - Nyx o segurou pelo braço. - Você da em cima de semideusas até no Tártaro Apolo?

Apolo.

Aquela coisa enrrugada era Apolo.


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Notas finais do capítulo

Deixe uma review porfavor, faz muito bem ao autor, e motiva ele a escrever mais :)



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