Percy Jackson E O Mundo Na Escuridão. escrita por Chiclete


Capítulo 8
Fazemos bungee jump no Tártaro.




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Descemos as escadas longas até o submundo, e foi ai que descobrimos que não tínhamos ideia de onde Nyx estava.

–Então onde vamos procurá-la? -perguntou Pollux enquanto dava uma boa olhada em tudo. Não dava pra ler a expressão dele mas ele observava tudo muito atento.

Então apontou para um lugar mais ao longe, o único lugar alegre do Submundo.

–É ali não é? O Elísio?

Todos ficaram em um silêncio meio constrangedor. Dava pra ver que os olhos roxos dele estavam começando a brilhar por causa das lágrimas.

Lyssa olhou pra trás com cara de pena.

A cada hora nós descobrimos uma coisa nova dela: Primeiro nós descobrimos que ela consegue rir, depois ela sabe cantar, e agora ela sente até dó das coisas.

Ela colocou a mão no ombro de Pollux e disse baixinho:

–Ele está em um lugar muito melhor que o nosso. E aposto que ele está muito orgulhoso de você por estar nessa missão.

Sabe, na minha humilde opinião, eu admirava muito Pollux, ele merece mais respeito. O seu irmão gêmeo era tecnicamente a única coisa que ele gostava de verdade. Deve ser horrível ter perdido ele. Eu lembro quando ele tentou fazer um discurso no funeral dele mas não conseguiu de tão triste que estava.

É como se eu perdesse o Tyson. Eu já passei por uma experiencia bem ruim na qual eu achei que ele estava morto, e não foi nada agradável.

Ou como se Connor perdesse o Travis, ou vice versa. Não sei se um viveria sem o outro.

Pollux se recompôs –ou pelo menos tentou.

–Então... Para onde vamos? -perguntou friamente

–Me recuso a ir para o castelo de Hades. -falei atropelando a fala de todos, antes que alguém desse essa maldita ideia.

–Então o que pretende fazer cabeça de alga? -bom, nem preciso dizer quem perguntou isso.

–Olha eu tenho uma ideia mas ela é meio arriscada. -afirmou Lyssa voltando ao seu tom normal e grosseiro de voz.

–Qual é o plano? -perguntamos nós três em uníssono.

Ela pigarreou e deu um passo para trás na defensiva.

–Ok, não me soquem: a Nyx é a Deusa do Submundo, ou era pelo menos. Ela com certeza não está mais no castelo de Hades, nem no Rio Estige, e nem vagando entre as almas. Qual é o outro lugar que sobra? -ela levantou uma das suas sobrancelhas como se quisesse dizer “pois é”.

–Ué, ela está montada no Cérbero? -perguntei

Todos interromperam o momento de choque para me olharem bravos.

–Mas como você é burro. -lamentou Lyssa.

Enquanto isso Annabeth e Pollux começaram a ratear:

–Você não pode estar sugerindo...

–Como nós vamos sobreviver?

–Você é louca? -diziam os dois

–Ah, eu sou mais louca do que vocês pensam... -zombou Lyssa

Então meu cérebro fez lá suas conexões e minha ficha caiu.

–Você...está... sugerindo...oh meus Deuses...como iremos sobreviver no Tártaro?!

Aquilo só podia ser piada.

Havia uma quantidade incontável de monstros no Tártaro, sem contar os Titãs, e todas as outras criaturas que gostam de tripas de semideuses para o jantar.

–Vocês querem salvar a droga do mundo ou não? - e sem nenhum aviso -novamente- Lyssa saiu andando na nossa frente.

Sem outra ideia de plano, nós a acompanhamos.

–Como entraremos lá? -perguntou Pollux. Ainda bem, o fato de estarmos a ponto de mergulhar em um abismo de monstros o distraiu da morte do irmão.

–Pior ainda: como sairemos de lá? -eu disse.

–Outra pergunta Lyssa: como você tem tanta certeza que Nyx está lá? -desconfiou Annabeth.

Annabeth estava totalmente certa. Aquilo poderia não passar de uma simples armadilha. Nós nem conhecíamos a Lyssa, e, pelo jeito que ela age, não duvido nada que ela nos empurre e saia correndo.

Isso me fez ficar meio preocupado.

–Ok então aqui vai nosso plano -Lyssa simplesmente ignorou a pergunta de Annabeth e começou a gritar o nosso lindo plano lá da frente- Pollux faz vinhas gigantescas brotarem em direção ao Tártaro, nós descemos nela e pronto. Os monstros nós resolvemos na hora.

–Oh, que plano complexo. -reclamei

–Quer que eu te empurre como teste pra ver se o chão do Tártaro é fofinho? -ameaçou ela.

–Não muito obrigada, fica pra outra hora.

–Que pena.

Eu sei que provavelmente deve ter sido só uma brincadeira, mas eu e o resto levamos bem a sério.

Já que ela estava longe, nós poderíamos cochichar um plano verdadeiro.

–Ok, não sei se sou só eu, mas ainda não confio muito na Lyssa, e não acho uma boa ideia irmos nos jogando no Tártaro assim, sem mais nem menos. -falou Annabeth bem rápido e baixo.

–Porque vocês acham que ela estaria mentindo? -perguntou Pollux inocente.

–Olha, não sei se vocês perceberam, mas não sabemos nada dela. Não sabemos de quem ela é filha, não sabemos de onde ela veio, não sabemos nem seu sobrenome! E além do mais, como ela sabe de tudo isso? Como ela sabe controlar um Pégaso tão bem? Como ela enfrentou aquele monstro? E quanto ao submundo e Nyx? Vocês não acham que ela encara os fatos muito bem, como se não fosse a primeira vez que ela os enfrenta?

Ela estava absolutamente certa. A primeira vez que você vai ao submundo é de borrar as calças. Você não sai por aí dando ideias para praticar bungee jump no Tártaro.

–E o que iremos fazer então? -perguntei.

–Vocês não vão empurrar ela não é? -assustou-se Pollux.

–Não, não! Não é pra tanto! Vamos fazer assim: só deixamos que ela dessa primeiro, o que não vai ser muito difícil como vocês podem ver. -Annabeth apontou para ela andando lá na frente.


~~~~~~~~


Entramos na caverna e demos de cara para o abismo que parecia ser sem fundo. Lyssa olhou pra ele como se tivesse contemplando uma linda paisagem.

Pollux fez vinhas bem longas que caíam em direção ao abismo. Não sabíamos se as vinhas haviam chegado no chão mas descobriríamos logo logo.

–Então, alguém se voluntaria para ir primeiro? -perguntou Lyssa.

Nós três recuamos tão rápido que ela até se assustou.

–Nossa. Ok né, eu vou.

Ela se ajoelhou na beira do penhasco, e agarrou a vinha.

–Só deixa eu informar vocês de uma coisa: da próxima vez, cochichem mais baixo.

Ela deu um sorrisinho e então seu rosto desapareceu por trás das pedras.



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