Mas Eu Não Me Importo. escrita por Sophie


Capítulo 3
III


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!



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Eu sabia que ele estava irritado comigo. Meu “sobrinho” tinha razão. Estávamos tentando sair a meses e eu sempre cancelava por causa do trabalho. Talvez eu tivesse que desistir.

            Da vida social ou do trabalho? Era a questão, eu só estava adiando a escolha. Felipe entrou na sala.

            - Já estou indo - evitei a fala dele.

            Taxista assassinado.Porque as pessoas odeiam tanto os taxistas? Eles sempre acabam sendo assassinados.

            Cheguei na cena do crime, não havia queixa do desaparecimento, será que esse homem não tinha família? Aparentemente não, a faca ainda estava cravada em seu coração, sem digitais, obviamente. Seria necessário identificar o homem, procedimento padrão. Que ódio, sempre a mesma coisa.

            -Marcos Carvalho – disse Felipe do carro.

            - Mas que me....?

            - O homem- ele apontou para o cadáver- chamava-se Marcos Carvalho

            Ótimo, agora sabia o nome do homem que arruinara meu final de semana.

            - Descobriu mais alguma coisa?

            - Divorciado. Homem trabalhador,vivia invisível, porque alguém mataria ele?

            - Vamos descobrir mais sobre a noite em que morreu, entrevistaremos os seguranças de boates dessa região, eles são os que vêem tudo.

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Eram três horas e meia, ainda tinha uma hora, restavam-lhe duas opções, a primeira era vendedora numa loja legal, tinha roupas bonitas, mas vendedora, credo. Os outros vendedores disseram que ela tinha o perfil de uma garota da loja, e o gerente pediria seu PIN do BBM, era incrível como os BlackBerry’s tinham dominado o mundo.

Segurava o folheto da segunda opção, Fernanda a mataria, mas era tão melhor, testes para guitarrista de uma banda, era perfeito. No folheto estava escrito que os testes começariam três e meia, estava atrasada, claro. Mas assim era melhor.

Esperavam ao lado da porta da garagem mais três pessoas, um homem de vinte e três anos, com um cabelo comprido; um de dezenove que fedia a maconha e uma mulher de terno.

- Nome e idade. - disse ela

- An?

-Nome e idade.

- Sofia, 20 anos. – menti, se uma coisa que a vida havia me ensinado era que não devia sair falando a verdade pra todo mundo.

-Obrigada.- disse ela , anotando meu nome numa prancheta.

Sentei-me no chão, coloquei os fones de ouvido, precisava decidir que música tocaria.

- Chucky Kentucky? – Um homem de uns vinte anos abriu a porta, ele era bonito.

O homem de cabelo comprido se levantou.

- Vai lá Chucky Kentucky, e aproveita e trás um balde de frango pra mim.- disse sorrindo com desprezo, precisava deixar claro que era superior.

O homem da porta deixou escapar uma risada pelo nariz, pisquei pra ele. Chucky entrou, e saiu cinco minutos depois.

- Dave.... hm, só Dave mesmo- o mesmo homem da porta disse.

O menino que cheirava maconha se levantou.

-É demais pra mim, não agüento a pressão! – gritou

- Ah, então tá.- acenei para ele , indiferente.

Ele saiu andando. Levantei-me. O homem da porta abriu a boca e olhou para a prancheta.

-Não, não precisa.

Haviam quatro homens sentados, junto com o da porta, que acabara de se unir a eles. Todos lindos, mais um loiro em especial chamou minha atenção.

- Preciso de uma guitarra.

O loiro me deu uma guitarra roxa.

- Muito bem – disse - eu toco, mas não canto, vou tocar “If Today Was Your Last Day “, alguém disposto a cantar?

Silêncio.

- Vou considerar isso como não.- disse por fim

Toquei a música.

- Então?

O louro começou a falar.

- Estaríamos muito interessados em ter você na nossa banda.

- Olha, eu vou ser direta – comecei - eu preciso de dinheiro, se não for ter dinheiro, não vai dar.

- Nós fazemos alguns shows.

- Tudo bem, eu realmente fui com a cara de vocês, então vou entrar.

Eles sorriam.

- Vai ser ótimo ter você aqui Sofia.

- Antes de tudo, eu não me chamo Sofia, o meu nome é Gabriela, mas pode me chamar de Gabi, e eu tenho dezoito anos, não vinte.

- Não tem problema, eu sou o Tom – disse o loiro - Esse, apontou pro que abrira a porta, é o Mike, o Daniel é esse moreno e esse de olho verde é o Rique.

-Tá – repeti , apontando – Tom, Mike, Daniel e Rique.

- E você a Gabi.

O meu celular tocou. Merda,eram quatro e meia.

- Tenho que ir.

Peguei o PIN dos quatro e fui embora correndo.

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-E vocês acham que vai dar certo? – disse Tom

-Ah, tem que dar, ou você quer tocar com um cara chamado Chucky Kentucky? – disse Mike - Ela é a nossa única opção.

-E é incrível – completou Tom.

-Olha quem tá apaixonado – os três cantarolaram.

-Tá, tá, tanto faz.- o celular tocou - Alo?

Era seu pai.

- EU NÃO SOU IGUAL VOCÊ, PORRA! – gritou Tom – EU NÃO TO INTERRESSADO!

E desligou furiosamente o telefone.

- Onde estávamos ?– disse ele , virando-se para os três amigos.


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Notas finais do capítulo

Gente, se gostaram por favor, deixem reviews! Não sei mais se vou continuar postando, acho que ninguem tá lendo....