Kiss The Rain escrita por Jujuvia
Notas iniciais do capítulo
Vou compensar a demora, e fazer um capítulo um pouco maior que o normal :)
Desculpem, mas a inspiração demorou para chegar ¬¬ mas aqui está XD
Essa parte do Natal vai dar uns 2 ou 3 capítulos, por isso perdoem a demora ok (:
Madeleyne olhava distraída para a rua, que parecia correr, se afastando ao longe à medida que o carro avançava, as luzes dos postes iluminavam o estreito caminho, totalmente coberto de neve.
Gustav observava Madeleyne, talvez mais do que deveria, e isso deixava a garota um pouco tímida, aquele olhar carinhoso que o rapaz sustentava, fitando as finas ondulações do cabelo castanho da jovem.
- Então, de onde você é? – Perguntou Georg, inclinando-se um pouco para frente e sorrindo.
- Ah, nasci na França, quando completei um ano de idade fui para a Itália com meus pais e meus avós maternos, com três anos fui morar na Inglaterra, e quando minha mãe... – Madeleyne viu uma memória correr em sua mente, sangue, chuva, álcool, definitivamnte uma cena perturbadora para uma criança. - ... Quando minha mãe faleceu, eu tinha cinco anos de idade, então vim morar na Alemanha, com meus avós, estou aqui desde então. – Madeleyne sorriu, tentando camuflar a cena recém vista em sua mente, como se fosse um filme repetitivo, um ciclo vicioso, que a atormentava todos as noites e a cada segundo do dia.
- Ah, eu sinto muito. – Georg olhou para o chão do carro, constrangido pela pergunta.
- Tudo bem, o importante é que ainda tenho Josefine. – Madeleyne sorriu, voltando sua atenção para a rua mais uma vez.
Bill olhava pelo espelho, observando o sorriso despreocupado e angustiante da jovem, por que ela mentia que estava bem? Por que insistia em usar aquela máscara de felicidade, quando era notável a sua dor?
- Chegamos, Madeleyne sei que não nos conhecemos muito bem, mas espero que tenha um bom Natal conosco. – Tom virou-se para trás e sorriu, enquanto a jovem apenas assentia com a cabeça e um doce sorriso.
- Vem, eu te ajudo. – Bill abriu a porta do carro e estendeu a mão para a garota, que parou por alguns segundos, observando Bill, até aquele momento ela não havia notado a presença da maquiagem no rosto do rapaz.
[Madeleyne]
A escura maquiagem, delineando aqueles olhos castanhos, cheios de vida e brilho, quando foi a última vez que vi olhos tão diferentes?
Sabe aquela sensação, quando você olha para alguém, e começa a observar atentamente cada elemento daquele ser? Senti essa mesma sensação ao vê-lo, era incrívelmente tentador o modo como aqueles olhos brilhavam, as roupas escuras constrando-se com a neve que caía, tornando-o único ali.
[/Madeleyne]
- Obrigado. – Madeleyne pegou a mão de Bill e saiu do carro, tomando cuidado para não afundar na grossa neve que havia se formado na entrada da garagem.
- Meninos! Que saudade. – Uma voz alegre e um tanto divertida surgiu de trás de Gustav e Tom, que conversavam do outro lado do carro.
- Mãe, Feliz Natal. – Tom abraçou a dona da voz, uma mulher um pouco mais baixa que ele, com cabelos um tanto ruivos, ou loiros, era difícil de enxergar exatamente a cor dele.
- Bill, vem cá. – A mulher estendeu os braços para Bill, enquanto abria um sorriso. Ainda segurando a mão de Madeleyne, Bill foi em direção da mulher, levando a jovem consigo, que tímida encolheu-se um pouco dentro do casaco.
- Espera, mas quem é essa jovem? – A mulher abraçou Bill, e em seguida segurou as mãos de Madeleyne, um pouco envergonhada com a situação.
- Mas você é linda, então quer dizer que esse ano Bill trouxe uma surpresinha para a família. – Madeleyne corou quase de imediato, sentiu seu rosto esquentar um pouco, enquanto Bill dava algumas risadas da situação.
- Mãe, Madeleyne não é minha namorada, é uma amiga. – Bill sorriu mais um pouco, e olhou para Madeleyne, ainda avermelhada de tímidez.
- Bem, então desculpe-me pelo erro, sou Simone, mãe do Bill e do Tom. – Simone abraça Madeleyne, que agora está um pouco mais calma com a situação.
- Mãe, que cheiro bom, podemos entrar? – Tom pergunta, esfregando as mãos e olhando para dentro da casa.
- Viu, que bobo, cresceu aqui e pede permissão para entrar, claro que pode Tommy. – Tom revira os olhos e ri do apelido de infância, mas sem perder tempo entra dentro da casa.
- Bem, vamos entrar. – Simone abraçou Bill e os dois entraram, conversando um pouco.
- Vem, não precisa ficar com vergonha. – Gustav estendeu a mão para Madeleyne e a levou para dentro, seguindo Georg.
[Madeleyne]
Era um casa como qualquer outra, mas havia algo de diferente, um cheiro de biscoitos, misturando-se com um agradável cheiro de frango, ou peru assado.
Algumas taças, umas garrafas de vinho, aquilo me fazia lembrar de cenas que gostaria de nunca ter visto.
Gustav ia conduzindo-me até o segundo andar da casa, seguindo os gêmeos, que riam e trocavam alguns socos de leve. Dentro de um dos quartos havia um homem chamado Gordon, ele tinha o cabelo um pouco comprido, uma barba bem desenhada e um sorriso alegre, depois de conversar por algum tempo, contínuamos a caminhar por um corredor, onde Bill abriu uma das portas e fez um gesto para que eu entrasse, Gustav e Georg entraram em outra porta e Tom já havia se sumido.
Era um quarto arrumado, todas as paredes eram brancas, exceto a do fundo, que era azulada, havia uma cama de solteiro e um armário.
Bill encostou-se na porta, enquanto eu observava algumas fotos coladas na parede ao lado da cama, haviam alguns pôsteres ao lado das fotos, uma cortina branca, e o quarto cheirava a doces.
[/Madeleyne]
- Esse era o meu quarto, colei todas essas fotos. – Bill ajoelhou-se em cima da cama, pegando algumas fotos que estavam ali, enquanto Madeleyne sentava-se na beirada da cama.
- Pode vir mais aqui, eu não mordo. – Bill sorriu e sentou-se ao lado da jovem, arrumando as fotos em sua mão.
- Veja, este sou eu mais novo, mudei bastante, mas o Tom continua praticamente o mesmo. – Bill entregou duas fotos para Madeleyne, que sorriu ao ver o que parecia um ensaio, Bill tinha o cabelo vermelho, e Tom ainda não usava boné.
- Aqui somos nós dois na páscoa. – Bill mostrou uma foto, onde estava fantasiado de coelho, segurando uma cesta com palha.
- Na Inglaterra tinha uma coisa chamada de caça aos ovos, depois havia um tipo de ceia, e então as crianças saíam para brincar. – Madeleyne sorriu ao lembrar-se da infância, claro que era nova para lembrar da Inglaterra, mas haviam diversas fotos para recordar o que já havia esquecido.
- Admito que fiquei ridículo nessa roupa de coelho. – Bill riu da foto, e olhou para o chão em seguida.
- Não, eu achei fofo. – Madeleyne entregou as fotos para Bill, e sorriu mais um pouco.
- Bem, a neve está forte, acho que terá que dormir aqui essa noite, está tudo bem? – Bill levantou-se da cama e olhou para a janela.
- Ah, bem se sua mãe concordar, então tudo bem. – Madeleyne ajeitou o casaco enquanto olhava para Bill, que virou-se e disse:
- Claro que sim, acho que ela gostou de você. – Madeleyne corou, lembrando-se do pequeno engano de Simone, minutos atrás.
- Bem, eu vou arrumar meu cabelo, ele se desmanchou por causa da neve, tire esse casaco, se sentir frio, dentro do armário há um agasalho de lã, é mais confortável. – Bill virou-se e saiu do quarto.
Madeleyne ficou observando o quarto por mais algum tempo, até decidir abrir o armário e procurar pelo agasalho.
- O que está procurando? – Tom entrou no quarto, surpreendendo a jovem.
- Deixa eu ver, aqui está. – Tom abriu a outra porta e tirou justamente o tal agasalho que Bill havia dito.
- Era isso? – Madeleyne assentiu com a cabeça, e pegou a peça de lã.
- Viu, eu sei de tudo. – Tom olhou para a cama e viu as fotos largadas ali em cima, abriu um sorriso bobo e pegou-as.
- Não acredito que ele mostrou isso, eu era um pouco estranho nessa época. – Tom colou as fotos na parede novamente.
- Você não fala muito não é? – Tom perguntou, abrindo um sorriso, enquanto pendurava o casaco de Madeleyne na porta do armário.
- Quero que sinta-se à vontade, e qualquer coisa... – Tom fez uma pausa e foi até a porta do quarto. – ... Chame o Tom, certo? – Tom sorriu maliciosamente e seguiu pelo corredor.
Aquela frase e o sorriso de Tom fez Madeleyne sentir-se um pouco boba, era uma sensação engraçada, a malícia e simpátia do Kaulitz mais velho a fez sorrir.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ok, vou terminar esse capítulo por aqui, mas prometo que vou postar o outro o mais rápido que puder :D
Beijos XOXO