Kiss The Rain escrita por Jujuvia


Capítulo 30
Os sonhos


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores do meu alt+3 o/
gostaria de pedir novamente aos lindos leitores fantasmas que deixem seus preciosos reviews, não dói e é de graça, viu?!
2bjs



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3 Dias depois

Bill’s POV

Era como se milhões de facas atravessassem meu peito, sentia dores terríveis, um pouco de sangue escorria lentamente pelo vidro que ainda se mantinha inteiro nas janelas do carro.

Tinha sido uma queda e tanto, deveria agradecer ao fato de estar vivo e inteiro,Caminhei lentamente pelo meio daquele bosque, tremia de frio, minhas pernas insistiam em fraquejar a cada passo que eu dava.

Lembro-me apenas de estar dirigindo de volta para a casa, quando de repente eu não conseguia me mover, o carro acelerava cada vez mais, não podia apertar o freio e muito menos esticar os braços até o volante.

Saltei para fora da estrada, que ficava logo acima de um bosque.

O carro voou por alguns instantes, até cair no meio das árvores, como eu disse, devo agradecer por estar vivo.

Caminhei até não poder mais, cheguei até a margem de um pequeno rio que corria por ali, cinco pilhas de pedras estavam dispostas em volta deste, mas o que mais me chamou a atenção foi a silhueta de uma jovem, largada à própria sorte no meio das pilhas de pedra.

Aproximei-me do corpo, mas a cada passo seu tamanho diminuía, até que ficasse do tamanho de uma boneca, peguei-a em minhas mãos, era uma pequena boneca de porcelana... Tinha olhos verdes, cabelos ondulados e castanho, parecia-se tanto com... Ma...

- AAAAHH!! – Gritei desesperado, sentindo uma dor aguda em meu peito, rasguei os lençóis da cama na tentativa inútil de fazer a dor parar.

- Bill?? – Tom adentrou o quarto, jogou-se sobre a cama e me abraçou, segurando meus braços com força.

- Pare com isso! Está se machucando sozinho, pare por favor!! – Tom gritava, enquanto me levantava da cama e me puxava para o banheiro, eu só conseguia me debater, eu sabia que era meu irmão que estava ali me segurando, mas a cada olhar dele a dor aumentava, estava desesperado, precisava que essa dor parasse, faria de tudo para fazê-la parar.

- Tom, o que houve? – Ouvi a voz de Mey, que olhava-me assustada, por um instante me senti a vítima, desvencilhei-me dos braços de Tom e avancei para cima da garota. Céus! Por que fiz isso? Segurei-a pelo moletom que trajava e a joguei contra o espelho que ficava ao lado da pia.

- Meyko! – Tom gritou, correu até a garota, pegou-a no colo e correu até o quarto, deixando-a sobre a minha cama.

Tom voltou rapidamente até o banheiro, retirou a chave que ficava do lado de dentro deste, fechou a porta, trancando-me sozinho.

Escorei-me na porta e tudo que podia ouvir era a respiração acelerada de Tom, ouvi um pequeno soluçar e palavras inaudíveis do meu irmão.

Depois de algum tempo eu já não podia ouvir mais nada, ele não estava mais ali, e também não iria me deixar sair do banheiro tão cedo.

O que eu fiz? O que aconteceu comigo? Só agora percebi que estava sangrando, várias marcas de arranhões profundos podiam ser visto no meu peito e braços, que diabos aconteceu?

Tom disse que eu estava me machucando sozinho, eu fiz isso durante aquele sonho estranho?Por que fiz? Por que machuquei Meyko? Tom nunca me perdoaria por tê-la machucado, nossa relação ia de mal à pior nesses últimos dias, agora eu havia acabado de estragar o pouco que restava...

Por que eu fiz isso? Era só o que eu conseguia me perguntar.

***

Gustav’s POV

- Continue tentando Gustav, precisamos ter cem por cento de certeza de que ela não morreu! – Era apenas o que Josefine conseguia dizer, havíamos descoberto que talvez Madeleyne ainda estivesse viva.
Ontem Josefine havia conseguido me convencer de toda essa história de Mediadores, espíritos, demônios e anjos. Ela me mostrou tantas coisas, tantos fatos, argumentos... Todos me convenceram, conseguiram mudar meu ponto de vista.

E agora vejam só, ela já falava algo sobre me tornar um mediador caso não conseguíssemos encontrar Madeleyne ainda com vida.

Estávamos tentando fazer uma espécie de “conexão” , se eu conseguisse me conectar com a mente Madeleyne, seria capaz de descobrir o exato lugar onde ela está.

Mas de nada adiantava, Josefine dizia que eu ainda não tinha experiência suficiente para isso.E

u não entendia o que era essa tal de experiência, mas sabia que precisava consegui-la de alguma maneira.

- Gustav, vamos tentar outra pessoa... Preciso falar com a Meyko, pode me levar até o apartamento dela? – Josefine perguntou, guardando os objetos utilizados na conexão.

- Sim, mas ela não está no apartamento, desde que Madeleyne sumiu ela está morando com os gêmeos, parece que ela não pode ficar sozinha no apartamento.

- É uma daquelas coisas de faculdade, enquanto ela não completar dezoito anos, precisa de um responsável maior de idade morando com ela. – Disse Trix, surgindo do corredor que levava até os quartos. Essa garota causava-me arrepios, carregava sempre um olhar bondoso, porém um sorriso malígno nos lábios, usava um pingente de Yin-Yang, que ficava pendurado em uma corrente avermelhada.

Sempre que se aproximava de mim, um arrepio gelado percorria minha espinha.

- Mas Meyko já tem dezenove, ela poderia ficar sozinha.

- Dezenove? Estamos falando da mesma garota? – Josefine perguntou.

- Ela não parece ter dezenove anos de idade, mas todas as garotas daqui do Japão parecem ser bem mais novas do que realmente são. – Falei, levantando-me da grande mesa redonda.

- É verdade. – Disse Trix, olhando para Josefine com um sorriso perturbador.

- E o Bill, como ele está? – Trix perguntou, abrindo as grossas cortinas vermelhas da sala.

- Acho que está bem. – Respondi, desconfiado da pergunta.

- Ainda bem, às vezes o Manson exagera um pouco. – Trix recebeu um olhar frio de Josefine, sorriu cinicamente e caminhou até o corredor de onde havia surgido.

- Não dê ouvidos às besteiras que ela diz. – Disse Josefine, dando leves tapinhas no meu ombro.

***

Bill’s POV

Já haviam se passado algumas horas desde que Tom havia levado Meyko até o hospital, ela precisaria tomar alguns pontos acima da sobrancelha.Tive tempo suficiente para refletir sobre o que tinha feito, era como se eu tivesse me transformado num animal selvagem, ataquei por medo, por defesa... Mas do que? Ninguém tentou me fazer mal, mas a sensação era de ameaça... Como se eu estivesse ficando louco.

Sentei-me sobre o banco que ficava perto do piano de Tom, ele finalmente estava se dedicando totalmente àquele instrumento tão bonito e lustroso. De vez em quando eu tentava formar algumas notas, mas apenas quando estava sozinho, Tom já havia me ensinado a tocar violão, e devo dizer que foi a muito custo, depois do que fiz com Mey, eu não seria capaz de pedir mais nada ao meu irmão. Por que fiz aquilo?!
Vi a luz da rua refletida sobre a superfície negra do piano, ela parecia dançar, moldou-se lentamente, adquirindo a forma de um rosto.... Um rosto?!Era Madeleyne... Eu só podia estar ficando louco!

- Bill... – Uma voz sussurrou, enquanto tudo tornava-se branco, naquele momento existia apenas eu, o piano e uma linda silhueta que dançava lentamente pelo ar.

- Venha me buscar... – A voz sussurrou novamente, a silhueta continuava a dançar, era apenas uma figura com longos cabelos cacheados, que a envolviam por inteiro, cobrindo seu rosto.

- Onde? – Perguntei, mas não obtive resposta.Aos poucos aquela garota que dançava se aproximou de mim, e a cada passo tornava-se menor, como no sonho que tive na noite anterior, ela viraria uma boneca de porcelana novamente?

- Minha mãe me dizia que o rio era perigoso, a água sempre me fez mal... Mas ela é tão linda. – A voz sussurrou novamente, mas dessa vez não era uma voz adulta como antes, parecia uma criança.

A garota que dançava havia se tornado uma pequena garotinha, com grandes olhos castanhos, pele alva e finos cabelos ondulados.

- A água sempre foi perigosa para mim, mas a chuva me mantém viva... Precisa me buscar, antes que a chuva acabe. – Disse a garotinha, que dançava em pequenos pulinhos, dando contínuas voltas pelo espaço vazio.

- A chuva? Está chovendo no lugar onde você está?

- Ela sempre me machucou, e agora está triste, ela está chorando...

- Poderia dizer alguma coisa que faça sentido?- Cinco jovens, cinco pilhas de pedras, na margem, o verde tornou-se escuro... sem vida... apenas por um fio, pela chuva... Beije-a... Agora faz sentido?

- Só piorou as coisas. Quem devo beijar?

- A chuva, ainda não entendeu? Ela está triste, só quer ser amada, a outra nunca permitiu, sempre a escondeu do mundo, escondeu os sentimentos dela, por medo de morrer.

- Por favor, diga algo que faça algum sentido, não consigo entender, não consigo.

- Se junte ao inimigo, para encontrar a chuva, quando a encontrar... Beije-a, salve a chuva. – Disse a pequena garota, afastando-se de mim.

- A chuva é a Madeleyne? – Perguntei, indo atrás da garotinha.- Você é o seu maior medo... Qual seu medo Bill? Perder Tom? Então você é o Tom... Ela tem medo da chuva, do frio, da neve... O inverno a machuca tanto, você é o seu medo, ela é a solidão, é a chuva, é a morte, o abandono, o vazio sem amor... Esse é o princípio da nossa existência, você é o seu medo... Qual seu medo? A outra tem medo da morte, então ela é a morte, tudo dentro dela é morte. – Aos poucos a visão da sala do piano ia voltando, a garotinha sumiu aos poucos, deixando apenas sua risada infantil em meus ouvidos.Ouvi tantas coisas confusas e sem sentido... Você é o seu medo... O que ela quis dizer?

***

Meyko’s POV

- Eu não consigo entender o que deu nele, agora há pouco o vi falando com o piano. – Disse Tom, tomando em apenas um gole, um copo inteiro de água com açúcar.

- Ele deve estar perturbado. – Disse Trix, acariciando as costas de Tom.

- Sim, essa coisa de possessões demoníacas existem? – Tom perguntou.

- É apenas uma história para assustar os padres sem fé, o que eles enfrentam, na verdade, são espíritos que não conseguem descansar. – Disse Trix, sentando-se ao lado de Tom e segurando suas mãos.

- Vai ficar tudo bem, eu prometo.. Tomy. – Trix sorriu de um jeito incrivelmente enojante, a vontade que tive foi de estrangulá-la naquele momento.

- Obrigado. – Tom levantou-se do sofá, aproximou-se de mim, depositando um selo nos pontos que havia levado acima da sobrancelha.

- Desculpem fazê-los esperar, o chá da conexão demora um pouquinho até atingir o ponto perfeito. – Disse Josefine, carregando uma bandeja com um grande prato fundo de porcelana.Despejou um líquido quase preto dentro deste, tirou uma fita de cetim do bolso e a jogou dentro do recipiente.

- Essa é a única coisa que tenho de Madeleyne, portando será a segunda e última conexão que faremos... Se concentre bastante Meyko. – Disse Josefine, me entregando o recipiente com o líquido escuro.

- Beba tudo, vai se sentir um pouco exausta durante e depois da conexão, mas não se preocupe.

- Tudo bem. – Bebi o chá negro, tinha um gosto realmente nojento, cheirava à plantas mortas e à terra úmida. Por um momento pensei que aquilo fosse lodo, segurei a mão de Tom enquanto terminava de beber aquela mistura de água e coisas que eu nem gostaria de saber o que eram.

Senti uma dor de cabeça enorme, minha temperatura aumentava rapidamente, sentia o súor escorrendo pela minha testa, coloquei o prato de porcelana sobre a mesa no centro da sala, me ajoelhei e rapidamente tirei o casaco que vestia.

- O que está acontecendo? Mey, você está bem? – Tom perguntou, me segurando pelos ombros e chacoalhando-me um pouco.

- Está tudo bem Tom, ela vai ficar bem... Meyko, o que está vendo ou ouvindo? – Josefine perguntou, segurando as mãos de Tom para que ele se acalmasse.

- Tem um rio e está chovendo, tem uma garota no chão.

- Pode se aproximar dela? – Perguntou Josefine.

- Estou tentando, mas minhas pernas não se movem, está doendo... Falta ar. – Comecei a tossir com força, podia sentir o tapete molhado abaixo de minhas mãos, eu estava tossindo água? Era como se tivesse uma pedra presa nos meus pés, me arrastando para o fundo daquele rio.

Meus pulmões expremiam-se cada vez mais, a angústia de buscar ar e não conseguir encontrá-lo, eu precisava sair dalí, minha cabeça começava a pesar e aos poucos eu apenas adormeci.

Acordei muito tempo depois, já era noite e minha cabeça ainda doía um pouco.

Olhei em volta e percebi que não estava sozinha, Tom dormia do outro lado da cama, segurando meu casaco.

Passei a mão por seu rosto, ele despertou, levantando-se rapidamente e me abraçando.

- Pensei que não fosse mais acordar! – Ele sussurrou, afagando meus cabelos e soluçando baixinho.

- Está chorando? – Perguntei, acariciando suas costas.

- Não, é que caiu uma sujeirinha no meu olho. – Disse Tom, afastando-se lentamente e esfregando os olhos.

- Eu fiquei preocupado, você parecia estar se afogando. – Tom sussurrou, desviando o olhar para os lençóis.

- Está tudo bem agora. – Abracei-o com força, enlaçando seu pescoço e sentindo aquele cheiro tão refrescante que ele tinha. Suas mãos seguraram minha cintura com firmeza, deitei-me lentamente, puxando Tom para cima de mim, ele escondeu o rosto na curva do meu pescoço, a respiração quente e descompassada arrepiava cada parte de mim.

- Tom... – Arranhei suas costas levemente, arrancando um pequeno gemido de Tom, ele levantou-se e me encarou por alguns segundos, suspirou pesadamente e sorriu um pouco.

- Eu não consigo, você me deixa muito feliz, me diverte bastante, mas... Olhar para você me deixa triste. 

- Por que?- Você parece tão inalcançável para mim. – Disse Tom, desviando o olhar para os lados.

- Mas eu estou aqui, só para você. – Falei, segurando seu rosto com as duas mãos.

- Eu sei, mas eu fico triste. – Tom mordeu o lábio inferior, olhando para os travesseiros.

- Por que? – Perguntei, passando os dedos por entre os compridos dreads negros.

- Por que você me lembra ela... A Karen. – Tom levantou-se, engatinhou até a beirada da cama e ficou alí por um tempo, suspirando e fitando o chão.

- Quem é ela? – Perguntei, me aproximando de Tom e o abraçando pelas costas.

- Eu não sei, pensei que sabia... Eu sempre fui idiota, dava esperanças falsas às minhas namoradas, e quando me apaixonei, recebi o troco por ter magoado tanto.

- Se quiser eu vou embora, se eu te deixo triste é melhor você não me ver.

- Não! Me mostra que você é diferente, promete que nunca vai mentir pra mim.

- Tom... eu....

- Promete! Por favor, promete que não vai esconder nada de mim.

- Eu... Eu prometo.

- Obrigado. – Me envolveu em um abraço, escondi meu rosto em seu peito, eu não seria capaz de olhá-lo depois de ter feito uma promessa falsa.Se me dissessem que Tom Kaulitz havia se apaixonado de verdade, eu não teria acreditado nunca... Mas os olhos sem vida e quase transbordando algumas lágrimas me disseram isso, convencendo-me na mesma hora.

E logo eu tinha que me parecer com essa tal Karen? Eu não tinha culpa se ela só estava de olho no dinheiro... E talvez Tom pensasse o mesmo de mim se descobrisse que eu tinha apenas dezesseis anos de idade.

***

- Está um tédio aqui, o David sempre reclama quando eu me atraso, eu não posso chegar nem dois minutos atrasados, mas ele pode né?! – Georg esbravejou, dedilhando seu baixo verde e fazendo caretas de deboche.

- Devo estar louco, agora fico pelo estúdio sozinho, em plena madrugada, e ainda conversando comigo mesmo! Calma, Georg! Você só está cansado, entediado e querendo matar o Jost. Ah é, e falando so-zi-nho! Nossa, como você é otário, imbecil, retardado. Deveria ter escolhido a minha cama, seu imprestável!

- Eu sabia que os loucos falavam sozinhos, mas não que faziam questão de se xingarem. – Disse Lara, olhando com um ar debochado para Georg, ela ajeitou alguns papeis que trazia consigo, tentando disfarçar a risada.

- Ah... Eu não sabia que tinha mais alguém aqui, pensei que estava sozinho. – Disse Georg, colocando seu baixo no suporte e olhando envergonhado para Lara.

- Se quiser eu vou embora e você pode continuar essa conversa tão emocionante com sua criança interior. – Lara riu, fazendo com que alguns dos papeis que segurava caíssem no chão.

- Ah, eu te ajudo a pegar. – Disse Georg, se abaixando para pegar os papeis.

- Não precisa. – Na mesma hora em que Georg levantava, Lara abaixou-se, fazendo com que os dois batessem as testas um no outro.

- Eu sou muito desastrado, me desculpa... Ai Georg, seu burro! Desse jeito atrapalhado vai matar alguém! – Georg esbravejou contra si mesmo, dando alguns pequenos tapas na cabeça.

- Vai me matar de rir, isso sim! – Disse Lara, esfregando a testa.

- O que estava fazendo aqui até essa hora? – Georg perguntou, entregando para Lara os papeis que havia recolhido.

- Estava organizando os demos, imprimindo possíveis capas do novo álbum, passando as composições do Bill para o computador e afinando os violões favoritos do Tom. – Disse Lara, colocando os papeis sobre a mesa de centro da pequena sala de lazer da banda.

- Você toca? – Perguntou Georg, sentando-se no sofá, esticou-se para pegar seu baixo e logo começou a dedilhá-lo.

- Só de vez em quando, não tenho muito tempo, e eu também nem consegui terminar as aulas de baixo.

- Eu poderia te ensinar.- Você deve ter coisas mais importantes para fazer do que ficar algum tempo do meu lado. – Disse Lara, pegando seus papeis e rumando em direção ao corredor.

- Lara, espera... Claro que não, se quiser eu posso te ensinar. – Disse Georg, colocando seu baixo sobre o sofá e indo atrás de Lara.

- Eu não sei se quero ficar algum tempo do lado de um cara tão louco e atrapalhado, você pode tentar me matar quando eu dormir.

- Ah é, como se eu fosse ficar no seu quarto... – Georg e Lara entreolharam-se, as duas faces coraram quase que de imediato.

- Mudando de assunto... Quer ir no cinema? – Georg perguntou.

- Quando? Não sei se tenho tempo para um louco assassino.

- Agora, tem uma sessão daqui uns vinte minutos, e não é muito longe.

- Que tipo de filme? São duas da manhã, só pode ser pornogra...

- NÃO! Eu nem gosto desse tipo de coisa... éca, coisa de macho carente, cinco contra um, descabelar palhaço, éca.. é nojento. – Disse Georg, fazendo algumas caretas.

- Além de louco é gay? Que tipo de homem não gosta de sexo? Quanto mais descubro sobre você, mais fico preocupada com meu bem estar e sanidade mental, tomara que não seja contagioso. – Lara olhou com um ar irônico para Georg, arqueou uma das sobrancelhas e cruzou os braços.

- Haha, engraçadinha... Estou morrendo de rir! – Disse Georg, debochando de Lara.

- Mas tudo bem, eu aceito o seu convite, mas prometa que eu irei voltar sã e salva para casa.

- Tudo bem, prometo não tentar te matar.... Hoje..

- Haha, agora sou eu que estou morrendo de rir. – Disse Lara, colocando suas luvas e cachecol.

- Não morra ainda, temos que ir ao cinema primeiro, se bem que eu acho que gente morta paga só a metade do ingresso.

- Se continuar assim, nós dois pagaremos apenas meia entrada.

- Quem vai me matar? Você?! Até parece. – Georg gargalhou, inclinando-se para trás, como se fosse um daqueles vilões convencidos de desenhos animados.

- É o que veremos. – Disse Lara, dando um leve soco no ombro de Georg.


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Notas finais do capítulo

A Lara deve estar surtando com esse Gezão todo atrapalhado e fofo... eu estou u.ú
E esse Tom ein... acho que tô deixando ele meio aboiolado na minha fic u.ú vou colocar um hentai logo, logo.... eu acho '-'
Beijos e até a próxima!



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