Kiss The Rain escrita por Jujuvia


Capítulo 31
O que há com Bill?


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos leitores!
Finalmente o meu pc voltou, e eis aqui mais um capítulo de Kiss The Rain!
Gostaria de pedir que me adicionassem no Facebook, estou sempre dando algumas notícias sobre a fanfic por lá.
http://www.facebook.com/MeyKutz
Boa leitura!



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5 Dias depois


Bill’s POV


Não houve um único dia em que eu não tivesse sonhado com ela.Todas as noites, os mesmos olhos verdes, a mesma garotinha, a mesma dança, o rio, as pedras... As palavras desconexas e sem sentido, tudo martelando minha cabeça durante a noite.O suor escorrendo em minhas costas, em meio ao quarto frio e escuro.

O acidente no barranco, por que tudo aquilo me perturbava? Era apenas estresse, qualquer um ficaria assim se sua amiga fosse sequestrada.... amiga? Era isso mesmo? Depois de seu sumiço na França, em 2010, eu comecei a pensar nela apenas como uma conhecida, que eu queria ter como minha.Era uma desconhecida, minha desconhecida.

Tom ainda não havia falado comigo desde o episódio no banheiro. Eu estava ficando louco? Estava sendo consumido por esse sentimento? Era um sentimento?

Eu precisava saber que ela estava bem, precisava saber que aqueles olhos verdes um dia olhariam para mim com o mesmo desejo que eu a observo.Não era pela aparência, mas sim por que não havia jeito de tirá-la da minha mente, a cada minuto do dia eu a via, ela estava em todos os lugares, menos onde deveria estar...   Comigo..

Cinco noites cheias de pesadelos, cheias de chuva, de calor, de medo, de loucura, de... solidão?!


***


Meyko’s POV


- Ainda bem que vocês moravam juntas, conseguimos muitas coisas dela para fazer as conexões. – Disse Gustav, colocando a caixa de papelão sobre a mesa de vidro.

- Ela tinha muitas fitas de cabelo, pedaços de tecidos, flores artificiais... São coisas simples e úteis. – Falei, cortando a fita durex da caixa com meu canivete.

Estranho não? Uma garota como eu, que aparenta ser tão meiga e inocente, andar por aí com um canivete... Tom o havia me dado no dia em que levei alguns pontos na sobrancelha, caso o Bill... Que besteira, mesmo que fosse para salvar a minha vida, eu não faria isso com o Bill, com nenhum daqueles quatro rapazes.

Foi apenas uma preocupação de Tom, aceitei o canivete para não aborrecê-lo, mas seu uso não seria para grandes coisas, a não ser cortar fitas durex de caixas cheias de objetos de Madeleyne. Do jeito que estávamos indo, precisaríamos de muitos mais, infelizmente...

- Oi, como estão? – Disse Tom, espreguiçando-se ao lado do arco da porta. Era difícil me concentrar nas conexões, quando Tom estava por perto, ele andava pela casa um tanto à vontade demais, tudo bem que era a casa dele, mas precisava andar apenas com um jeans velho por todo o lugar? Me desconcentrando à todo instante, e ainda encarava-me com aquele olhar infantil e malicioso, fingia nem prestar atenção em mim, mas sempre que podia, corria os olhos por mim, mordia os lábios e voltava a fingir-se de desentendido.

Era estranho, eu estava eufórica por estar debaixo do mesmo teto que os meus ídolos, mas eu não conseguia deixar de pensar na Madeleyne... Eu tinha que encontrá-la.

- Estamos bem, já estávamos indo preparar o café. – Disse Gustav, retirando todos os objetos de Madeleyne de dentro da caixa.

- Hum... E...Eu queria falar com a Meyko, se não se importar é claro. – Tom parecia desanimado naquela manhã, apenas pelo sorriso torto e descontente de Gustav eu pude ver que algo não estava bem alí, o loiro apenas assentiu e rumou até a cozinha, fechando a porta da pequena sala de visitas do apartamento.

Tom vestiu a camisa que estava pendurada em seu ombro, esfregou os olhos enquanto bocejava lentamente.

Me encarou por algum tempo, dando um pequeno sorriso sem dentes, respirou fundo, soltando o ar vagarosamente.

- Mey... Eu queria me desculpar com você. – Disse Tom, sentando-se sobre o grande tapete peludo da sala.

- E por que? – Perguntei, sentando-me ao seu lado.

- Eu acho que me aproveitei de você, de um momento de fraqueza... Mas eu não queria ver você chorando, tanta coisa mudou de alguns meses pra cá, e agora eu não consigo ver uma garota chorando, eu fico pensando que é por minha culpa, fico imaginando quantas ex-namoradas minhas devem ter chorado. – Tom falou, desviando o olhar para seus dedos, brincou com o anel que usava, ele estava sempre com aquele anel... Sempre no dedo anelar direito, claro que era besteira, mas era um anel fino de ouro, haviam duas pedras pequenas ao lado do anel, seu aspecto é que me assustava... Parecia tanto com uma aliança, eu nunca quis perguntar se aquele anel era isso mesmo, e nem me importava saber, tinha medo da resposta.

- Tom, não foi por sua culpa, e você não se aproveitou, poderia ter feito algo comigo naquela noite, mas não fez... Por que sente falta da sua ex, e eu de alguma forma pareço com ela, e isso te deixa triste, mas você não quer que eu vá embora, certo? – Perguntei, deitando minha cabeça em seu ombro.

- Sim, eu não quero encontrar outra garota como ela, a sensação de ter sido enganado é horrível, um bolo se formou na minha garganta, eu queria socar o desgraçado do amante dela. E ela, indo para a cama comigo, e logo em seguida fugindo pra foder com ele. É como se eu não tivesse sido bom o bastante pra ela. – Tom escondeu o rosto com as mãos, ouvi sua respiração pesada e dolorosa, era como se eu estivesse assistindo ao seu desmoronamento e não pudesse fazer nada, por que em algum lugar da mente de Tom eu iria magoá-lo do mesmo jeito que a ex dele fez.

- Naquela noite, você disse uma coisa que me machucou um pouco, disse que eu não precisava te amar, bastava ficar do seu lado. Eu não sou esse cara incapaz de amar que foi criado pela mídia, é só que eu não acredito que o amor dure para sempre, mas não era isso que os fãs ouviam, eles só conseguiam escutar “Tom Kaulitz, o Deus do Sexo alemão” durante um tempo isso era legal, mas agora isso já se tornou quase uma vergonha. – Tom continuava daquele jeito, cabeça baixa, olhos sem vida e com respiração pesada.

- Tom, você me fez prometer que não iria mentir para você, eu também quero que prometa uma coisa. – Falei, colocando-me à frente de Tom, segurando seu rosto com as duas mãos.

- O que? – Ele perguntou, fitando-me com um pequeno sorriso sútil.

- Promete que não importa o que aconteça, você vai ficar bem. – Tom franziu o cenho, deixando um grande ponto de interrogação surgir em sua testa.

- Tudo bem, eu prometo. – Disse Tom, inclinando-se em minha direção e depositando um beijo em minha testa.

Ficamos nos encarando por um tempo, sem dizer nada, o silêncio tornava-se mais incômodo a cada minuto, até que Tom o quebrou, com uma leve risada.

Levantou o rosto, exibindo um sorriso malicioso e cheio de travessuras.

- Ainda temos algum tempo até que o Bill e o Georg acordem, o Gustav deve estar ocupado lendo o jornal e a porta dessa sala tem uma chave... – Disse Tom, engatinhando lentamente pelo tapete, fui afastando-me aos poucos, até ser interrompida pelo sofá que bloqueava o meu caminho, agora não podia mais recuar, e eu por acaso queria fugir daquele cara?

Tom afastou a mesinha de centro da sala, me fitou por algum tempo, um pequeno sorriso surgiu em seu lábios, como eu gostava daquele sorriso fino e sem dentes, o olhar infantil e bobo.

Um pouco de luz adentrava por entre as grossas cortinas escuras da sala, deixando um ar misterioso naquele cômodo.Deitei-me sobre o tapete, puxando Tom pela camiseta, passei os dedos por entre seus dreads, aproximando-o lentamente.

- Meyko, eu... Desculpa. – Tom beijou minha testa, levantou-se e rumou até porta, abriu-a e logo sumiu pelo corredor.

O que havia acontecido? Ele mesmo deu a entender que queria algo, seus lábios murmuravam algo que eu não fui capaz de entender.

Eu tinha feito algo de errado, ou era a simples paranóia dele com a ex-namorada?

Estava confusa e não conseguia entender, eu queria que algo tivesse acontecido, talvez nem tanto quanto Tom, mas eu tinha a certeza de que ambas as partes queriam aquilo, pediam por aquilo.

E se Tom já soubesse de toda a mentira que contei à ele? E se fosse apenas um jogo, talvez ele estivesse apenas brincando, para descobrir até onde eu levaria essa farsa.Não! Não podia ser isso, não pode!


***


- A Lara passou por aqui? – Perguntou Georg, surgindo da sala.

- Bom dia pra você também. – Exclamou Bill, bebericando uma grande caneca de café preto.

- Depois que arranjou uma namorada, ele esqueceu de nós! – Disse Gustav, sorrindo matreiro para Georg.

- De ressaca Bill? – Perguntou Georg, levantando o dedo do meio para Gustav enquanto olhava com pena para o Bill.

- Não, até parece, bebi só um copinho...

- E mais três garrafas de uísque. – Tom murmurou de cabeça baixa e olhar tristonho.

- E você Tom, o que tem? – Perguntou Gustav, olhando sutilmente para Meyko.

- Nada, é que não me agrada nem um pouco ver o Bill assim. – Disse Tom, apontando para o irmão que o olhou com indignação.

- Tapa os olhos então! Eu não tenho culpa se tua namoradinha te trocou e ainda levou teu cartão junto!

- O que você disse, Bill? – Perguntou Tom, cerrando os punhos e socando a mesa.

- Vão começar. – Bufou Georg.

- O que você ouviu, eu não teria bebido tanto se você não ficasse me aporrinhando com essa choradeira toda!

- Retira o que disse!

- Ene, a, ó, til... NÃO! Quer que eu desenhe? Quer saber?! Esquece! Vou dar uma volta. – Bufou Bill, pegando sua jaqueta pendurada na cadeira e rumando em direção à porta.

- Se me dão licença, eu vou assistir televisão no meu quarto. – Tom pegou alguns pães e uma grande xícara de café preto, trancou-se em seu quarto, como fazia todas às vezes que algo o chateava.

- Não se preocupa Mey, estamos todos nervosos com essa coisa da Madeleyne ter sumido e a avó maluca dela aparece com umas macumbas, falando de espíritos e besteiras do gênero. – Disse Gustav, abraçando a menor, consolando-a em seu peito.

- Bem, espero que as coisas melhorem, agora eu preciso procurar pela Lara, ela já devia ter me ligado. – Disse Georg, olhando impacientemente para seu relógio.


***


Meyko’s POV


Já deveriam ser seis da tarde quando Josefine voltou ao apartamento dos Tokio Hotel, trazendo consigo alguns livros de aspecto sombrio, contou histórias sobre espíritos, anjos, demônios e pessoas chamadas de mediadores.


Madeleyne era uma dessas pessoas, seu trabalho era assegurar o “descanso” desses espíritos, que antes eram pessoas comuns, com vidas comuns, sonhos comuns e etc.

Se alguém não fizesse essa trabalho, os espíritos se tornariam vingativos, tentariam buscar seu descanso por outros meios, infelizmente a maioria desses meios era, e ainda é, significativamente ameaçador às pessoas que continuam vivas.


Josefine explicou o motivo pelo qual teríamos que encontrar Madeleyne o mais rápido possível, para que evitássemos que os espíritos tornassem-se vingativos. Doideira, não? Numa tarde você conhece o seu ídolo, ele te convida para sair e então sua amiga some sem deixar rastros, você descobre que existem coisas... Seres, que tentarão ferir o maior número de pessoas possíveis, apenas por que sua amiga, uma mediadora, não pode acalmar esses seres.

Tanta informação, digna de parar em um filme. Quem sabe, não é?
- O que é preciso para ser um mediador?  Perguntou Bill, interrompendo os milhares de pensamentos confusos que se formavam em nossas cabeças.

- Eu já sei o que está sugerindo, garoto. Isso não é uma brincadeira, não pense que vai sair por aí caçando fantasminhas. – Disse Josefine, olhando para Bill com desdém. Era como se ela se sentisse superior à ele. Já não era a primeira vez que ela o fitava com aquele jeito debochado, tipo “sua opinião pouco me importa, eu sou melhor, estou acima de você”

- Mas eu quero ajudar! – Disse Bill, cruzando os braços e batendo o pé impacientemente.

- O melhor jeito de ajudar é não atrapalhando. – Josefine retrucou, guardando seus livros velhos e empoeirados dentro de uma caixa.

- Ela também é minha amiga, eu poderia tê-la ajudado, mas algo me segurou. Acho que algo está conspirando...

- Nem tudo são espíritos, às vezes é o próprio destino, você não pode tentar lutar contra ele. – Disse Josefine, interrompendo Bill e voltando-se para ele com aquele mesmo olhar desdenhoso.

- Às vezes, isso significa que não é sempre! Eu quero ajudar! – Bill bufou, gesticulando descontroladamente com as mãos no ar.

- Isso não é uma brincadeira de criança, então cresça e aceite um não! – Bill bufou novamente, soltando o ar com força, virou as costas para nós e rumou até seu quarto, deixando um silêncio incômodo no ambiente.


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Notas finais do capítulo

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