Kiss The Rain escrita por Jujuvia


Capítulo 29
Sete dias de sumiço


Notas iniciais do capítulo

HALLO! Meus lindos leitores... Me desculpem por toda essa demora desgraçada --'
Eis aqui um capítulo com 3000 palavras, para compensa-los pela demora xD
Boa leitura!



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“- Como ela pode ter feito isto? Pensei que jogássemos no mesmo time e de repente um grupo de espíritos dão um jeito de sumir comigo, à mando de Josefine... tão escuro, frio, molhado, cheiro de grama... Tão frio.”

***

- EU NÃO QUERO DESCULPAS! LEVANTEM SEUS RABOS GORDOS DESSAS CADEIRAS E PROCUREM PELA MADELEYNE! – Mey gritava, enquanto segurava com firmeza a gola da camiseta de um policial.

- Senhorita, por favor acalme-se! Não há mais o que fazer, já se passaram cinco dias e não tivemos nenhum sinal de que ela está viva. – Disse o delegado, segurando os braços de Mey e a afastando do policial.

- NÃO! SÓ ESTÃO COM PREGUIÇA DE TIRAR ESSA BUNDA DA CADEIRA! O QUE FOI, DELEGADO? SUAS ROSQUINHAS E CAFÉ VÃO FUGIR?! – Mey esbravejou, batendo com força sobre a mesa e olhando fixamente para o grupo de policiais.

- Mey, por favor se acalma. – Disse Tom, abraçando a menor pelas costas e afagando seus cabelos.

- Tom... – A jovem arregalou os olhos, desvencilhou-se do abraço de Tom e o fitou confusamente.

- Fica calma, pelo jeito eles não podem ajudar. – Tom olhou com desdém para os policiais, que receosos observavam o grupo formado por quatro homens fortes e uma garota que parecia ser a mais valentona de todos.

- Obrigado e tenham um bom dia. – Tom puxou Mey para fora da delegacia, a menor protestou silenciosamente, mas logo rendeu-se à força do Kaulitz mais velho.

***

- Tom... – Mey sussurrou, olhando tímida para o mais velho.

- O que foi? Está com fome? – Tom perguntou, abaixando o volume da televisão.

- Não, eu queria te agradecer. – Mey engatinhou lentamente pela cama, enrolou-se em um cobertor e sentou-se ao lado de Tom.

- Posso saber por que? – Perguntou Tom.

- Lá na delegacia, eu perdi a razão, quase tentei matar um daqueles políciais.

- É mocinha, você poderia ser presa...

- Poderia nada, a lei determina que eu vá para um reformatório.

- Está louca é? Você seria presa ou algo do tipo, já é maior de idade. – Tom trocou de canal enquanto observava Mey pelo canto do olho.

- Ah, sim! É verdade, não ligo muito para a minha idade, então até me esqueço. – Mey abriu um sorriso amarelo, escondeu o rosto debaixo do cobertor e fingiu se interessar pelo programa que passava na televisão.

- De qualquer modo, eu estou com fome... Sinta-se em casa, Mey. – Disse Tom, engolindo a saliva e levantando-se da cama.

“- Mey, não estraga as coisas.” – Pensou Mey, seguindo Tom até a cozinha.

***

- Jose, Todos pensam que Madeleyne morreu, por que não foi atrás dela ainda? – Perguntou Trix, entregando uma xícara de chá para Josefine.

- Por que a velha não sabe onde ela está, os espíritos ainda não disseram para onde levaram a garota. – Disse Manson, ajeitando sua jaqueta em frente ao espelho.

- Ora meu irmão, não seja tá rude com Josefine, ela é uma boa senhora. – Trix deu um leve soco no ombro de Manson e sentou-se em uma poltrona no canto da sala.

- Tudo bem, conheço esse gênio insuportável de Manson. – Josefine sorveu um gole do chá, enquanto fitava Manson com um olhar debochado.

- Fala demais, para uma velha que pode morrer há qualquer momento. –Manson atirou-se em cima do sofá ao lado de Trix e Josefine.

- Jose... Os espíritos chegaram. – Trix olhou fixamente para o nada, três jovens espíritos surgiram por entre as paredes da casa, com um sorriso confiante rasgando-lhes a face morta e acinzentada.

- E então? – Perguntou Josefine.

- Fizemos o que pediu, ela está em um barranco ao Sul daqui. – Um dos espíritos respondeu.

- Marcamos o local com pilhas de pedras do rio que havia por perto. – Disse o outro espírito.

- Perfeito! Manson... são todos seus. – Disse Josefine, virando as costas aos espíritos.

- Mas o que? E a nossa liberdade? – Os espíritos perguntaram em uníssono.

- Escutem bem, sumam daqui ou irão conhecer meu irmão caçula... – Disse Manson, espreguiçando-se no sofá.

- Mania de envolver o pequeno Luci nos seus negócios sujos! É mais preguiçoso do que um gato gordo. – Disse Trix, acompanhando Josefine.

- Não quero perder meu tempo com um bando de espíritos de adolescentes, o inferno já está cheio desses pivetes ingratos. – Disse Manson, evaporando pouco a pouco.

- Meu irmão já deixou o recado, não apareçam aqui novamente, do contrário conhecerão um lugar muito quente, que chamo de lar. – Disse Trix, fechando a porta da sala e deixando os espíritos sozinhos no cômodo.

- Eles nos enganaram! – Esbravejou o espírito mais baixo.

- Não se preocupe, daremos o troco um dia... – Dito isto, os espíritos desapareceram.

***

3 dias depois

- Mey, está tudo bem? – Tom perguntou, retirando alguns fios do rosto da menor.

- Sim, só estou um pouco nervosa, acham que a Madeleyne está bem... E se ela..

- NÃO! É claro que ela está bem! – Bill exclamou, um silêncio incômodo instalou-se no local, Mey mexia os lábios algumas vezes, tentando dizer algo à Bill, mas este apenas virou as costas e rumou até o quarto, trancando-se lá dentro, como sempre fazia quando algo o aborrecia.

- Meyko, fique calma. O Bill está um pouco estranho ultimamente. –  Disse Georg, colocando seu celular e as chaves no bolso de seu jeans.

- Por que? –  Mey perguntou, esfregando os braços devido ao frio que fazia naquele dia.

- Ele disse que no dia em que a viu no J-Festival, algo o empurrou para o chão e não o deixava levantar, mas eu vi com meus próprios olhos que não havia nada em volta dele, a multidão de fãs se afastou de Bill quando ele caiu, e mesmo que todos estivessem longe, ele gritava e se debatia. –  Georg sentou-se no braço do sofá ao lado de Tom, ajeitou seu anel no dedo anelar e suspirou.

- E ontem fomos para a piscina coberta do prédio, ele retirou a camiseta e tinha algumas marcas nos braços. –  Tom esfregou as mãos, apoiou os cotovelos nos joelhos e fitou o chão, como se este fosse a coisa mais interessante de todo o mundo.

- Marcas? –  Mey perguntou, olhando preocupada para Tom.

- Sim, marcas de mãos... Pode ter sido apenas impressão minha. – Disse Tom, levantando-se do sofá e caminhando até a janela.

- Eu espero que tenha sido mesmo. Se me dão licença eu tenho que encontrar a Lara. –  Georg estampou um pequeno sorriso no rosto, abraçou Mey e rumou até a porta.

- Tem saído bastante com ela. –  Tom riu divertidamente, olhou malicioso para Georg enquanto arqueava a sobrancelha.

- Desde que você não dê em cima dela. –  Georg fitou Tom cinicamente, o de dreads fechou o rosto num semblante irritado.

- Já faz quase cinco anos, dá para esquecer isso? –  Tom bufou, enquanto observava o céu.

- Estou apenas te lembrando, para não fazer burrice de novo. –  Georg saiu do apartamento. Mey olhava confusa para Tom, afinal do que os dois falavam? A menor sentiu-se perdida e o pior, completamente esquecida, presenciou uma breve briga de Georg e Tom, e os dois haviam agido como se ela não estivesse presente.

- Mey, o Gustav precisa da sua ajuda... Ele quer comprar um presente para uma pessoa, pode acompanhá-lo? –  Tom perguntou, ainda de costas para a menor.

- Sim... Tom...

- Está tudo bem, eu preciso ficar sozinho. – Tom espalmou as mãos no vidro da janela, enquanto observava Georg conversando com Lara do outro lado da rua.

***

- Mey, o que acha deste colar? – Gustav perguntou, mostrando uma correntinha de prata com um pingente em forma de flor-de-lís.

- É lindo.

- É um símbolo francês. – Disse Gustav, admirando a jóia.

- Por que está tão calmo? A Madeleyne desapareceu e você está...

- Eu sei que ela está bem. – Gustav demonstrou um semblante otimista com um tímido sorriso nos lábios.

- Como pode ter tanta certeza?

- O Bill me disse. – Gustav entregou o colar para uma funcionária da joalheria e virou-se para Mey.

- E como ele pode ter certeza disso?

- Ele não tem certeza, apenas sabe que ela está bem. – Gustav sorriu tão sereno que chegou a arrepiar Meyko, afinal como eles podiam estar certos disso? Já havia se passado uma semana e nada de Madeleyne aparecer.

- Com licença, você é o Gustav Klaus? – Uma senhora acompanhado de uma jovem gótica perguntou ao loiro que acabara de pegar um embrulho no balcão da joalheria.

- Sim, por que? – Gustav perguntou, ele sabia que conhecia aquela senhora de algum lugar, seu rosto não era desconhecido.

- Graças à Deus o encontrei! Procurei um de vocês por toda parte. – Disse a senhora, abrindo sua bolsa e tirando algumas fotos desta. Entregou-as à Gustav e sorriu fracamente.

- Madeleyne? – Perguntou Gustav, observando as fotos em sua mão.

- Fico feliz que tenha se lembrado dela. – Disse a senhora.

- E você é a Josefine, não é? – Gustav perguntou, entregando as fotos à senhora.

- Sim, preciso de um favor seu.

- Que tipo de favor?

- Se eu disser você não vai acreditar, pode vir até a minha casa?

***

- Então Georg, continua com a pressão baixa? – Lara perguntou, enquanto brincava delicadamente com os dedos em volta da borda de uma taça de cristal.

- Sim, estou bem melhor. Isso sempre acontece quando viajamos, o fuso horário me deixa um pouco desconfortável. – Disse Georg, desviando o olhar para todos os lugares do restaurante, evitando fitar as duas orbes castanhas que o observavam fixamente.

- Está nervoso? Tinha algum compromisso? Se quiser podemos sair outro dia, eu não...

- Está tudo bem, é que estou com a sensação de que já te conheço de algum lugar.

- Mesmo? De onde? – Lara perguntou, apoiando os cotovelos na mesa e olhando serenamente para Georg.

- Não apenas de um lugar, mas de vários... É como se já tivesse te visto em todos os lugares que visitei. Devo estar louco. – Georg riu desconfortavelmente.

- Não haveria graça no mundo se não fossem os loucos. – Lara inclinou a cabeça para o lado, o que fez com que Georg não pudesse mais desviar o olhar, ele olhava fixamente para a garota, sem entender que tipo de charme ela tinha para deixá-lo com sensações tão estranhas e boas.

- Então você será nossa nova manager? – Georg mudou de assunto enquanto sorvia um gole de seu vinho branco.

- Na verdade eu não serei apenas manager, mas também um tipo de psicóloga de vocês. – Disse Lara.

- É por causa dos gêmeos, não é?

- Sim, David me disse que eles andam um pouco estranhos.

- Bill está nervoso, qualquer coisa o tira do sério. Tom está carente e deprimido, ele diz ter conhecido a garota da vida dele, mas três semanas depois ela sumiu com o cartão dele.

- Não sabia que as coisas estavam tão sérias assim.

- Não faz o tipo do Tom se apaixonar, mas certas pessoas podem mudar outras, não é?

- Não certas pessoas, Georg... Mas sim as pessoas que se esforçam para isso.

- Isso parece o tipo de coisa que o Bill diria. Você é daquele tipo de garota romântica?

- Sem rótulos por favor, pare de falar de “tipos” e comece a falar de personalidades.

- Ok, você é uma personalidade rara. – Disse Georg, mostrando um sútil sorriso.

- A linha de raciocínio segue bem por aí...

- Por que não pediu sobremesa? – Perguntou Georg, enquanto comia seu sorvete de morango.

- Não gosto muito de doces, prefiro salgados.

- Ah, é um desperdício, esse sorvete está muito bom... – Disse Georg, olhando maliciosamente para Lara, enquanto colocava outra colherada de sorvete em sua boca.

- Que bom, então coma o resto. – Lara desviou o olhar, fazendo uma careta debochada e risonha.

- Não quer mesmo? – Perguntou Georg, estendendo a colher com sorvete para Lara.

- Não, obrigado.

- Abre a boca, lá vem o aviãozinho.

- Mas o que? Ficou louco é? – Lara riu do semblante bobo que Georg fazia.

- “Não haveria graça no mundo se não fossem os loucos” - Disse Georg, afinando a voz para imitar a frase dita por Lara.

- Por acaso esqueceu de tomar seus remédios para não fazer idiotices? – Perguntou Lara, enquanto ria das caretas de Georg.

- Se não comer o sorvete eu vou subir na mesa e imitar um porco assustado.

- Faça, a reputação de louco vai ser toda sua.

- Só uma colherada, não vai te matar... Abre a boca, se não o avião vai derreter.

- Só para não passar por um mico desses, eu vou aceitar. – Disse Lara, tentando pegar a colher da mão de Georg, mas este desviou e fitou a jovem com um semblante debochado.

- Deixa que eu faço isso.

- Georg..

- Shiu, sem protestos por favor... Abre a boca. – Lara revirou os olhos e logo em seguida os fechou, abriu a boca devagar e sentiu o gosto gelado de morango em sua língua.

- Viu, não foi tão ruim assim. – Disse Georg, comendo outra colherada de sorvete.

Lara olhou em volta e percebeu que algumas mulheres, acompanhadas de seus namorados a observavam, algumas cutucavam seus parceiros e cochichavam alguma coisa.

O rosto de Lara corou violentamente, sem passar despercebido por Georg, que começou a rir, ou melhor, gargalhar.

- Que bonitinha. – Disse Georg, bebericando um pouco de seu vinho.

***

Gustav’s POV

Eu não entendia o que Josefine queria dizer, ela contava histórias confusas sobre espíritos, anjos, demônios, morte... Coisas que eu achava impossíveis de existirem.Mas a cada argumento, uma mudança súbita das reações de Mey apenas confirmava tudo o que Josefine dizia.

Mey falou sobre um diário e que acreditava que este não passava de uma besteira de Madeleyne, mas quando sua avó disse sobre o diário de vida de um... mediador?! Esta foi a palavra que ela utilizou cinco ou seis vezes.Saímos de seu apartamento com mais perguntas do que respostas, aquilo tudo era mesmo real? Ela havia me pedido para fazer uma conexão, precisava apenas que eu me deitasse em uma cama e me concentrasse em Madeleyne, se fizesse da maneira certa seria capaz de encontrá-la.

Ela precisava saber se Madeleyne estava viva, e a confirmação de sua morte abalou tanto à mim quanto à Mey, que suportou de toda a forma que podia, segurou as lágrimas e as derrubou apenas quando já estávamos no nosso apartamento, ao lado dos gêmeos.

Bill trancou-se em seu quarto mais uma vez, Tom consolava Mey e eu apenas fiquei alí, incapaz de expressar qualquer emoção, eu não queria acreditar que Madeleyne poderia estar morta, ou talvez já acreditasse nisso, mas minha ficha ainda não havia caído.Se fosse mesmo verdade tudo o que Josefine havia dito, como Madê poderia ter sumido sem deixar rastros? Uma garota que supostamente libertava espíritos e estava destinada a enfrentar demônios, falar com anjos e a lidar com a própria morte, como ela poderia ter sumido por tão pouca coisa?

***

Tom’s POV

- Já se sente melhor? – Perguntei, adentrando o banheiro e me deparando com uma jovem tão sem vida, escorada ao lado da banheira. Ela soluçava quietinha, para que ninguém a ouvisse, levantou o olhar algumas vezes, mas não era capaz de conter o choro para me dizer alguma coisa.

- Faz uma semana que não vejo minha amiga, e quando tenho a chance de saber se ela está bem, descubro que ela está morta. – Disse Mey, escondendo o rosto entre os joelhos, não pude deixar de reparar a roupa que ela vestia, um pequeno short branco, uma regata rosa e nenhum sutiã. Vê-la daquele jeito, inocente e perdida deu-me cada vez mais vontade de aproximar-me, mas isso não seria me aproveitar de um momento de fraqueza? E se fosse isso que ela quisesse, ou até isso o que ela precisasse?

Sentei-me ao seu lado, puxei-a para meu colo, deitei sua cabeça em minha clavícula. Senti as gotas quentes de seu choro escorrendo pelo meu peito, uma de suas mãos agarrou com força o tecido da minha camiseta e os sútis soluços tornaram-se quase um desabafo em voz alta, afaguei seus cabelos e a puxei mais para mim.

- Vou ficar aqui até essa dor passar. – Duas orbes castanhas e molhadas voltaram-se para mim, umedeci os lábios e depositei um pequeno selo em sua testa.

Mey enlaçou meu pescoço com os braços, puxando-me para perto de seus rosados lábios, sequei as lágrimas que escorriam pelas rubras bochechas tão macias.

Aproximei nossos rostos, fundindo nossas respirações numa só, o que eu estava esperando? Não era tão difícil, já tinha feito aquilo milhares de vezes, mas algo me impedia, por que ela tinha que se parecer tanto com Karen? Talvez fosse a minha chance de consertar as coisas, traí Karen tantas vezes e quando comecei a realmente me apaixonar por ela, fui trocado pelo meu próprio dinheiro.

- Tom... – Mey sussurrou, segurando a barra da minha camiseta, a ajudei a tirá-la, ela parou por alguns instantes, passou a admirar meu peito, sorri um pouco, o rostinho tão sereno e transbordando de felicidade no olhar, parecia uma criança ao ganhar o brinquedo que tanto queria.

Lentamente retirei a regata rosa que Mey trajava, ela desviou o olhar envergonhada. Eu estava certo, por baixo da regata havia apenas um par de seios. Segurei-a pela cintura, de imediato senti a pele alva arrepiar-se, depositei um beijo em seu pescoço e outro em sua clavícula, tinha tanta vontade de tocá-la. No dia em que nos esbarramos no J-Festival, senti seus macios seios baterem contra meu peito, vê-la com aquele vestido justo, delineando suas curvas tão jovens e sensuais.

O rosto parecia ter sido esculpido numa porcelana, despertando um lado meu que poucos conhecem, nem mesmo Bill deve conhecer este meu lado. Não é um lado romântico, longe disso! Está mais para uma obsessão, fiquei obcecado por aquela garota no dia em que ela me derrubou, literalmente.

Estava tão obcecado para tê-la, que quando finalmente a consegui eu não sabia o que fazer. Eu não queria sexo, queria apenas poder tocá-la, deixar minhas mãos passearem por seu corpo, queria apenas matar minhas curiosidades, igual a quando você entra em uma loja e vê tantas coisas interessantes, você não se contenta em apenas olhar, você precisa tocar, pegar, segurar, sentir a textura.

Era isso que eu queria, queria sentir a textura daquela pele, deixar o cheiro dela impregnado nas minhas roupas, na minha cama, em mim. Aquele cheiro doce de Jasmim, cheiro delicado, sútil, marcante... Cheiro de flor, uma flor de porcelana.

Estiquei minha camiseta sobre o chão e deitei Mey por cima desta, deitei por cima de seu corpo, sem soltar o peso. Aproximei os lábios lentamente de seus seios, mas não era por eles que eu buscava, pelo menos não agora.Subi os lábios, arrastando-os suavemente por sua pele, até encontrar os delicados e rosados lábios que tanto desejava, envolvi-os com volúpia, num beijo ansioso, meio errado, curioso.

Desacelerei o ritmo, para não perder todo o fôlego de uma vez só, queria aproveitar aquele momento antes de sentir falta de um pouco de ar.

- Tom... – Mey murmurou em meio ao beijo, afastei nossos lábios e fitei os castanhos olhos amendoados.

- Não precisa me amar, mas fica aqui comigo... Por favor. – Novamente seus olhos deixaram algumas lágrimas caírem, enxuguei-as e depositei um delicado selo em sua testa.

- Você confia em mim? – Perguntei, levantando-a do chão e a segurando no meu colo.

- Sim, de olhos fechados. – Ela respondeu, rodeando meus pescoço com as mãos e escondendo o rosto em meu peito.

- Então descanse. – Levei-a até o quarto, a vesti com uma de minhas camisetas e deitei-a sobre a cama.

- Mas... – Coloquei o indicador sobre seus lábios, sorri gentilmente e deitei-me ao seu lado.

- Reputação é mesmo uma desgraça, se você tenta agir diferente, as pessoas acham que você mudou, quando na verdade você só tenta ser você mesmo. – Falei enquanto cobria Meyko, ela sorriu, talvez por que tivesse entendido o que eu queria dizer com aquela frase, ou justamente por que não a tinha entendido.

Afaguei seus cabelos até que ela dormisse, não demorou muito e eu também já estava entregue ao mundo dos sonhos.

A minha obsessão ainda não havia terminado, mas eu estava tão eufórico por dentro, andava tão ansioso por aquela garota e quando tinha ela somente para mim, não consegui raciocinar direito, senti-me um novato inexperiente naquele momento. Como se tivesse voltado aos meus treze anos de idade, quando jogar videogame com meu irmão era mais importante do que procurar garotas.


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Notas finais do capítulo

óbvio que o Tom e a Mey iriam se dar uns pegas u.ú
Acharam que ficou muito mimimi esse Tom da fic??
Se quiserem já meto um hentai bem pegado hoho' (eita Kiva, para com isso kk')
Qualquer erro no capítulo, me avisem ok^^
Beijos e até o próximo capítulo.
Aliás, a minha demora tem um motivo... Minha irmãzinha nasceu ontem às 21 horas (agora é 00:24 de segunda-feira) então imaginam a ansiedade que estava aqui em casa né? Totalmente sem inspiração pra postar de tanto nervosismo u.ú



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