Kiss The Rain escrita por Jujuvia


Capítulo 28
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

olá meus lindos leitores!! Finalmente terminei mais um capítulo, eis aqui... quentinho pra vocês!
desculpem pela demora, etc, blábláblá e whyskas sachê... u.ú
Boa leitura



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– Você não vai mesmo? – Mey perguntou, enquanto colocava os brincos, encarou Madeleyne pelo espelho e suspirou desanimadamente.

– Já sabe a resposta. – Madeleyne levantou-se da cama e caminhou lentamente até a sacada.

– É o Bill, não é? – Mey perguntou, segurando a mais velha pelo antebraço.

– Que besteira! Só não quero ir, tenho que ajeitar meu vestido...

– Nick já trouxe seu vestido. – Mey interrompeu, abrindo a porta do guarda-roupas e tirando um vestido rosado de dentro deste.

– Também tenho que ir no estúdio...

– Ele está fechado hoje, é sábado, se esqueceu? – Mey interrompeu novamente, olhando impacientemente para a outra, procurando alguma resposta nos olhos esverdeados e tão sem vida.

– Admita! Sente algo pelo Bill, não pode negar isso. – Mey foi até a penteadeira, ajeitou a franja e retocou o batom.

– Fica bonita com esse batom. – Madeleyne sentou-se ao lado da jovem pálida, de lábios avermelhados e destacados.

– Não muda de assunto, você adora ficar fazendo isso! – Mey observou Madeleyne pelo canto do olho, passou seu perfume de Jasmim e virou-se para a outra.

– Não está enganando à ninguém. Você gosta dele, e se não gosta...

– Mas eu não gosto, é apenas...

– Como eu estava dizendo, se não gosta, pelo menos sente uma enorme vontade de vê-lo novamente, porém não quer admitir... Por isso fica desse jeito, tão pensativa quando vê qualquer coisa que te faça lembrar dele... Outro dia você simplesmente paralisou quando eu disse que não queria chá de maçã e falei em tom de brincadeira que eu era alérgica.


***


– Bill? – Vi uma figura magra e alta entrar no quarto, estava enrolado em uma toalha, cobrindo apenas de sua cintura até os joelhos.

– O..Oi, que.. que sorte eu ti... tive né? – Bill gaguejava por causa do frio, fechei a porta do quarto e liguei o aquecedor, o ajudei a vestir a blusa e o agasalho, virei de costas enquanto ele mesmo vestia a calça de moleton, depois ajeitei a cama dos meus pais e o fiz sentar-se na beirada, enxuguei seus longos fios negros de cabelo enquanto ele abraçava o próprio corpo para espantar o frio.Coloquei a mão em seu peito, seu coração batia acelerado, empurrei-o devagar até repousar a cabeça no travesseiro, puxei três grossas cobertas e o cobri, ele se encolheu e escondeu o rosto em baixo dos cobertores.

– Desculpa, não queria te dar trabalho. – Bill sussurrou, enquanto fechava os olhos e quase adormecia.

– Não se preocupe, me deixaram passar o natal com vocês, o mínimo que posso fazer é deixar que passem a noite aqui. – Coloquei a mão na testa de Bill para ver se ele já estava começando a recuperar uma boa temperatura, ele continuava gelado, seus lábios já estavam um pouco mais vermelhos mas ainda havia um pouco de roxo, lembrei-me do chá que havia feito, corri até a cozinha, peguei duas xícaras com chá de maçã e voltei para o quarto.

– Bill? – Sacudi seu ombro e ele logo levantou o rosto que estava escondido, sentou-se na cama e ficou me observando por algum tempo.

– Trouxe chá.

– É maçã? – Ele perguntou, eu apenas assenti.

– Usou maçã desidratada para fazer o chá? – balancei a cabeça novamente, cofirmando um sim.

– É que eu sou alérgico. – Senti-me envergonhada, deveria ter perguntado se ele era alérgico ou algo do tipo.

– Desculpa, eu não fazia ideia. – Respondi, peguei a xícara de Bill, coloquei-a sobre a bandeja e caminhei até a porta.

– Espera, não precisa, fica aqui comigo por favor. – Aquela frase tão dolorosa voltou a ser repetida, e justamente por um homem deitado sobre uma cama, a cena se distorceu e pude ver meu pai deitado no lugar de Bill, por que esse simples pedido torturou-me tanto?

– Desculpa, o que foi? Falei algo de errado? …


***


– Madeleyne, está me ouvindo? – Perguntou Nick, enquanto servia alguns biscoitos e chá.

– Sim, só estava lembrando de uma conversa que tive com a Mey. – Nick fitou Madeleyne de forma desapontada.

– Eu sei, ela foi para o festival, segurando o coraçãozinho nas mãos.

– Além de gay, ainda é dramático demais. – Madeleyne riu debochadamente.

– Mas você, queridinha, não vive sem mim... E sabe o quanto é importante para a Mey conhecer o incrível Deus do sexo alemão... Um bofe daqueles... – Disse Nick, entregando um prato com biscoitos e uma xícara de chá para Madeleyne.

– NICK!! Mas que coisa, se comporta pelo amor de Deus. – Madeleyne olhou surpresa para Nick, quase engasgando-se com o chá.

– Madeleyne, você não queria vir para o Japão, por medo de não ver o tal Bill... E agora que ele está aqui, você quer fugir dele? – Nick encarou a jovem, que apenas abaixou a cabeça e sussurrou algo para si mesma.

– Bem, apenas pense melhor... Se não quer fazer isso por você, faça pela Mey... – Nick levantou-se da cadeira, pegou seu casaco e as chaves de seu carro, retirando-se do cômodo e deixando Madeleyne sozinha.


***


“- Tudo bem Mey, é apenas o Tom Kaulitz... Apenas o Tom... Um homem, bonito, amigável, apenas o Tom...” – Mey caminhava distraída pelos corredores, perdida em seus milhões de pensamentos e nervosismo, as celebridades a cumprimentavam, porém ela nem percebia, abaixava a cabeça e continuava caminhando apressadamente até a sala do Meet & Greet do Tokio Hotel. Avistou de longe a entrada da sala, ouviu vários gritos e risadas vindas desta, virou-se de costas para a porta e respirou fundo, tomando fôlego e coragem para não ter um ataque de ansiedade quando avistasse os rapazes com quem tanto havia sonhado.


Virou-se para a porta novamente, caminhou de olhos fechados até ser interrompida por um brusco esbarro com alguém.

– MERDA! – Gritou ao sentir suas costas encontrarem o chão com força, permaneceu imóvel por um tempo até acostumar-se com a sensação de dor. Abriu os olhos lentamente e levantou-se de súbito, caminhou furiosa até o outro ser que também estava caído no chão.

– SEU IMBECIL, FILHO DE UMA MÃE, POR ACASO É CEGO? SEU BURRO APRESSADO, SÓ POR QUE SOU PEQUENA ACHA QUE PODE ME ATROPELAR, VÁ TOMAR NO SEU... – O homem levantou o rosto, olhando assustado para Mey, sorriu sem entender de onde aquela pequena garota estaria tirando toda aquela raiva e nervosismo.

– EU JÁ ESTOU NUM DIA PÉSSIMO, CHEGUEI ATRASADA POR QUE A MINHA AMIGA NÃO QUIS VIR COMIGO, A FILA DO MEET & GREET ESTÁ ENORME, A SALA DEVE ESTAR UM INFERNO COM ALIENS SAINDO ATÉ DO BOEIRO... – O homem começou a rir enquanto olhava para a sala atrás de si.

– É verdade, a sala está um caos.

– E TEM MAIS, AGORA SUJEI MEU VESTIDO E O TOM...

– O Tom o quê?

– ELE NEM VAI ME OLHAR DESSE JEITO.

– Nossa! Ele deve ser muito idiota para não te ver.

– MAIS IDIOTA FOI VOCÊ, POR ESBARRAR EM MIM.

– Tem razão, o Tom é muito idiota. – O rapaz ria de todo o nervosismo de Mey.

– NÃO! VOCÊ É IDIOTA... VOCÊ!! – Mey gritava, quase avançando para cima do pescoço do rapaz.

– Sim, Tom Kaulitz é o rei dos idiotas. – O homem deu uma longa e baixa risada.

– NÃO!! VOCÊ ALÉM DE CEGO É... – Mey ouviu uma sútil, porém conhecida, risada. Aos poucos acalmou-se e pode enxergar com mais clareza o ser à sua frente.

– … surdo?...

– Meu irmão diz isso toda hora, eu acho que ando um pouco desligado das coisas, por isso estou um pouco surdo e cego... Mas então, o que dizia, sobre eu tomar no meu...

– Ops! Me desculpa por isso... ãhn, Tom... MEU DEUS!! É O TOM, CARALHO GENTE! É O TOM!!

– Haha, você é muito engraçada... – Tom riu enquanto ajeitava sua camiseta e os dreads.

– Me desculpa de novo, é que.. Eu estou um pouco nervosa hoje.

– É por causa da sua amiga? – Tom perguntou, escorando-se na parede.

– Sim, ela deveria ter vindo comigo. – Mey sentou-se no chão, ao lado de Tom, que a fitava com um sorriso bobo no rosto.

– Bem, pelo visto estou diante de uma fã. – Tom abaixou-se e fitou seriamente os olhos de Mey.

– A sua melhor fã! – A menor respondeu com um sorriso convencido no rosto.

– Claro, afinal quantas fãs iriam me xingar no momento em que me conhecessem?! – Tom riu ironicamente, levantou-se novamente e estendeu a mão para a garota.

– Quantos anos tem? – Tom perguntou, caminhando até a sala do Meet & Greet, sendo seguido por Mey.

– Ãhn, tenho dezenove. – Mey respondeu, desviando o olhar.

– Sério, parece mais nova.

– Muita gente me diz isso, dizem que pareço ter uns dezesseis. – Mey corou violentamente, abaixou a cabeça e calada seguiu Tom.

– Também acho... – Um silêncio incômodo instala-se sobre os dois, que seguem quietos até o Meet & Greet.

– Você ainda não me falou seu nome, me sinto em desvantagem. – Disse Tom, abaixando a cabeça e timidamente fitando o chão.

– Ah, me chamo Meyko Tashimura, mas pode me chamar apenas de Mey.

– Mey... Quer sair comigo?

– Mas ein? – Mey assustasse com o convite repentino, ela rapidamente encara Tom, que continua de cabeça baixa.

– Eu sei que é bem inesperado, mas eu achei você muito divertida...

– Divertida? Eu estava a ponto de te estrangular, poderia ter matado você há uns cinco minutos atrás.

– Eu sei, ainda estou com um pouco de medo, mas uma garota como você é bem diferente, mesmo me xingando você foi sincera, minhas últimas escolhas mentiam muito para mim.

– É POR CAUSA DA PUTA DA RIA? O QUE ELA TE FEZ, FALA QUE EU MATO ELA!! SABIA QUE AQUELA VAGABA SÓ QUERIA TEU DINHEIRO!!

– Haha, calma aí Little Mey. É mais pelo fato de você falar o que vem na sua cabeça, posso estar errado, o que é muito difícil por que mesmo errado eu sempre estou certo, mas você parece ser uma garota muito engraçada, divertida e cheia de ideias doidas. – Disse Tom, enfiando as mãos no bolso e fitando a garota com olhar de psicopata.

– O fato de eu sair xingando uma criatura inocente e um tanto cega como você, já me torna doida. – Mey aliviou a expressão e apenas colocou um tímido sorriso nos lábios.

– Então, nos encontramos no final do J-Festival?

– Sim.

– Perto da mesa dos doces lá no restaurante do segundo andar? – Perguntou Tom, olhando as horas em seu relógio de pulso.

– Claro. – Mey respondeu.

– Então até depois Mey, foi um imenso prazer te conhecer. – Tom abraçou Mey, que correspondeu o abraço da forma mais tímida e desajeitada que podia.


***


– Bill, vou pegar um pouco de água, minha garganta está muito seca. – Disse Georg, apoiando-se no ombro de Bill e levantando-se com dificuldade.

– Tudo bem, mas vá com calma... Sabe, tem fãs. – Sussurrou Bill, olhando receosamente para Georg.
Georg caminhou rapidamente até a mesa de bebidas, serviu um copo de água e sentou-se ofegante em uma cadeira ao lado da mesa.

– Está tudo bem? – Uma jovem de cabelos castanhos, olhos escuros e pele amorenada se aproximou de Georg, colocando uma das mãos em seu ombro e o fitando com preocupação.

– Sim, eu estou bem... É o calor, minha pressão está um pouco baixa. – Georg respondeu, mostrando um sútil sorriso.

– David me falou sobre isso. – A jovem sentou-se ao lado de Georg, colocou um doce sorriso nos lábios e virou-se para o maior.

– O David? – Georg perguntou, franzindo o cenho.

– Desculpe-me, é melhor eu me apresentar... Eu me chamo Larissa. – Disse a jovem.

– Larissa? É um nome bem bonito. – Disse Georg, servindo mais um copo de água.

– Na verdade é Larissa Monique, mas pode me chamar de Lara.

– E por que eu teria tanta intimidade para chamá-la por um apelido?

– Por que eu por acaso sou a nova manager dos Tokio Hotel? David precisava de ajuda e nós nos conhecemos desde a infância, somos quase irmãos. – Lara revirava sua bolsa em busca de alguma coisa, encontrou um pequeno papel e o entregou para Georg.

– Se ele confia em você então está tudo bem. – Disse Georg.

– Se precisar, meu telefone está anotado nesse papel. – Disse Lara, levantando-se da cadeira.

– Ah, sim... – Georg levantou-se também e voltou para a mesa do Meet & Greet.


Georg observava Lara, ela parecia ter um tipo de brilho, algo que era apenas dela, um brilho que ele jamais tinha visto em lugar algum, era um brilho de bondade.


– Ge, me responde uma coisa. – Disse Bill, dando alguns cutucões em Georg.

– O que é? – Perguntou Georg.

– Aquela garota de rosa, ali na frente, é a Madeleyne? – Bill estreitou os olhos, mas com tantos fãs e pessoas andando de um lado para o outro, ficava quase impossível concluir quem era a garota do outro lado da sala.

– Eu acho que... SIM! – Georg gritou, puxando Bill da cadeira e caminhando com este até a garota.

– Madeleyne! – Bill gritou, soltando-se de Georg e empurrando algumas pessoas.

– Bill?! – A garota gritou, fitando o ser alto que exprimia-se entre a multidão para se aproximar dela.

– Madeleyne... – Bill gritou mais uma vez, jogou-se mais uma vez pelo meio da multidão, dessa vez tropeçou e foi de encontro ao chão, em questão de segundos, dezenas de fãs o cercavam, tentavam levantá-lo mas cada um puxava-o apenas para o seu lado, tornando impossível que este levantasse do chão.

– Bill!! – Madeleyne gritou, sentiu alguém puxar seus braços e ser arrastada para longe de toda a confusão.

– Me solta, é o Bill... Ele pode se machucar... Me solta! – Madeleyne continuava com o olhar fixo no aglomerado de pessoas, mas não entendia por que Bill não levantava, ninguém o impedia de fazer tal coisa, ele apenas estava ali, sentado no chão e gritando por ela.

– Bill, levanta! Por que ele não levanta, ajudem ele... ME SOLTA!!

– Desculpe senhorita, mas você é que precisa de ajuda. – Madeleyne virou-se para a pessoa que a segurava, surpreendeu-se ao ver quatro jovens espíritos a segurando com força, enquanto a arrastavam para fora do J-Festival.

– Mas o que está acontecendo? – Madeleyne foi arrastada até um carro, um quinto espírito surgiu de dentro deste e ajudou os demais a prenderem a jovem no carro.

– Por favor, me soltem!

– Não podemos, queremos ser livres. – Um dos espíritos respondeu, Madeleyne sentiu o carro começar a andar.

– Eu posso libertar vocês, não precisam me sequestrar nem nada do tipo.

– São ordens de Josefine.

– Josefine?! – Madeleyne paralisou, sentiu seu corpo inteiro pesar, milhões de perguntas surgiram em sua mente, que aos poucos começava a desligar-se, a visão embaçou-se e aos poucos tornou-se um grande breu.

Ouviu barulhos ensurdecedores e que a angustiavam, uma dor aguda tomou conta de seu corpo e ela rapidamente adormeceu.


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Notas finais do capítulo

MEIN GOTT! E agora?? Tadinha da Madê!!
E essa Mey ein? Que feio Meyzinha.. mentindo para o Tommy u.ú
E o que acharam da Lara?? Como eu tinha dito, uma leitora ganharia a oportunidade de participar da história, e eu escolhi a fofa da Lara_Monique , que escreveu uma das minhas fics favorita (E o céu chorou por nós) e tem acompanhado Kiss The Rain desde o começo...
Obrigado à todos os leitores! Quem sabe numa futura história eu inclua todos vocês ein \o/
Beijos e até o próximo capítulo o



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