Kiss The Rain escrita por Jujuvia


Capítulo 27
Preparando-se para o J-Festival


Notas iniciais do capítulo

HALLO! o/
Finalmente estou de volta, com mais um capítulo, aliás um big capítulo XD
Desculpem-me pela demora, esse foi o mais rápido que consegui atualizar.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/181322/chapter/27

Madeleyne ajeitava algumas faixas que haviam sido escolhidas para decorar o corredor que levava até o banheiro da grande estrutura do J-Festival.

– Madê, Madê! – Mey gritava, ou melhor, berrava pelo corredor, nos últimos dias aquela garota divertia muito à Madeleyne, pelo seu jeito infantil e meigo.

Madeleyne virou-se na direção da garota e riu do esforço que ela fazia para equilibrar vários copos de café.

– Seu café, aliás, o Nick pediu para você ir no carro buscar os desenhos que ele fez para as roupas da Girls’ Generation... Ah, esqueci de te dizer, eu sou uma das primas da Sunny. Ela vai se apresentar aqui no J-Festival. – Mey sentou-se no chão e começou a arrumar os copos de café sobre a bandeja.

– Sério? Em que grupo ela toca? – Perguntou Madeleyne, ajudando Mey a ajeitar os copos.

– Ela não toca, ela canta e dança. Ah... Ela nasceu no mesmo ano que os Kaulitz. – Madeleyne rolou os olhos e fitou Mey, que rapidamente disfarçou.

– Ela é como uma irmã pra mim, já que eu sou filha única, ela sempre vinha brincar comigo. – Mey sorriu, tirou um pedaço de papel do bolso e o entregou para Madeleyne.

– Essa é uma foto minha com a Girls’ Generation, elas são muito divertidas. Faz um bom tempo que não falo com elas, fiquei muito feliz quando você me convidou para ser sua assistente.

– Eu é que agradeço, você tem se esforçado bastante. – Madeleyne sorveu um grande gole de café e caminhou até a entrada do corredor.

– Vou ver se o Nick precisa de ajuda, se eu não ficar controlando ele vai dar em cima dos rapazes da filmagem, que estão verificando as câmeras. – Mey levantou-se do chão, pegou a bandeja e entregou a chave do carro de Nick para Madeleyne.


***


– Tom, tem certeza de que é aqui? – Perguntou Bill, observando a grande estrutura, parecia-lhe um tanto deserta e sem vida, não poderia ser ali o local escolhido para o J-Festival.

– É aqui sim, deixa de ser cabeça dura! – Tom resmungou, contemplando as grandes janelas do lugar.

– Eu estou cansado, quero café... Bill você é o empregado, vá buscar café. – Disse Georg, pendurado na janela do carro de Tom, como se fosse uma criança entediada.

– Eu vou, por que é mais certo que a cafeteria seja o local do J-Festival do que essa coisa aí, que mais parece um estacionamento. – Bill rumou para a cafeteria, que ficava duas quadras dalí.

– Não entende nada de arquitetura. – Tom virou-se para seu carro e sentiu o sangue ferver ao ver Georg daquele jeito, praticamente todo torto, com os pés sobre os bancos e pendurado na porta do carro.

– Georg, vou dizer apenas uma vez.. SAI DO MEU CARRO... – Tom segurou-se para não ir alí e puxar Georg para fora do carro.

– Tom, querido amigo... Eu quero conhecer algumas garotas, será que podemos sair daqui? – Disse Georg, no mesmo tom de voz que o de dreads.

– Fiquem aqui, eu vou lá dentro perguntar que horas começará o J-Festival. – Tom colocou os óculos escuros e adentou o prédio, era um tanto escuro, o que fez com que tropeçasse algumas vezes.

Avistou um vulto passar correndo, parecia uma garota baixa, de cabelos curtos, carregando alguns copos de café.

– Com licença, eu gostaria de... – Tom fitou o lugar procurando pela garota, mas esta já havia sumido, aquele lugar aparentava ser a área dos camarins.

– Mey... – Tom ouviu uma voz vinda de uma daquelas portas, caminhou lentamente observando cada uma das portas.

– Mey, avisa pro Nick que... Tom? – Tom virou-se para trás, rapidamente seus olhos encontraram as duas orbes esverdeadas, sorriu ao ver a figura confusa logo à sua frente.

– Madeleyne? Mas quanta coincidência.

– Pois é, minha vida tem tido muitas coincidências ultimamente. – Madeleyne abraçou Tom, que a levantou do chão e a girou no ar.

– O que está fazendo aqui? – Tom perguntou, soltando Madeleyne.

– Sou uma das apresentadoras do J-Festival, mas no momento estou ajudando na organização. – Madeleyne fechou a porta de onde havia saído, fitou Tom por alguns instantes, pensando que aquilo seria um sonho, se o rapaz estava ali... Então sem dúvidas, Bill estaria junto.

– Isso é muito legal, eu estou bastante interessado no J-Festival, agora que sei que você está aqui, com certeza ficarei do início ao fim! – Disse Tom, verificando as horas em seu relógio de pulso, um silêncio incômodo tomou conta do lugar, o de dreads fitava o chão, como se ele fosse a coisa mais interessante do mundo.

– Então... Como está o Bill? – Madeleyne perguntou, colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha.

– Ele está bem, finalmente aquela ex-namorada dele largou do nosso pé... Ela é daquele tipinho que só pensa em dinheiro. – Disse Tom, enfiando as mãos dentro do bolso do casaco.

– Acho que a vi uma única vez, parecia uma Barbie... – Madeleyne riu ao lembrar-se da aparência de Ketlyn.

– E você? … Continua solteira? – Tom perguntou, num ar malícioso.

– Sim e pretendo continuar assim. – Madeleyne cortou qualquer esperança de Tom, que fechou a cara num beicinho decepcionado.

– Uma pena... Isso é egoísmo da sua parte, privar os homens de uma garota tão bonita. – Disse Tom, acariciando o rosto de Madeleyne.

– Você é hilário Tom, quase me mata de tanto rir. – Madeleyne segurou a mão de Tom e riu num ar debochado.

– Você não se acha bonita? Por que sabe, se eu fosse um pouco mais decente com certeza namoraria com você. – Tom umedeceu os lábios e aproximou-se da jovem, que recuou alguns passos.

– Eu acho que sou sem graça, muito comum, entende? E aliás, falou bem... “Se”. – Madeleyne riu, olhou para baixo e notou que ainda segurava a mão de Tom, que levemente acariciava seus delicados dedos.

– Bem, eu tenho que ir... Te vejo no J-Festival. – Tom abraçou Madeleyne, lentamente se aproximou do rosto da jovem e depositou um pequeno selo em seus lábios, sorriu malicioso e rapidamente saiu do prédio.

O que aconteceu aqui?” – Pensou Madeleyne, tocando os lábios com a ponta dos dedos.


***


Hey você! Nós somos o Tokio Hotel e gostaríamos de convidar você para um incrível evento de música, culinária e cultura japonesa! – Disse Bill, sorrindo para a câmera à sua frente.

– Estaremos no J-Festival durante os dias quinze e dezesseis de Setembro, prontos para conhecer à todos nossos fãs do Japão. – Tom completou, segurando o microfone e sorrindo.

– E o que haverá por lá, Gustav? – Perguntou Georg.

– Concurso de cosplays, entrevistas com escritores de mangás, karaokê e diversos meet & greet com mais de trinta grupos de J-Pop e J-Rock, incluindo algumas bandas europeias, assim como nós. – Respondeu Gustav.

– Por isso contamos com a visita de todos, beijos e até o J-Festival! – Completou Bill.


***


– MADELEEEEEYYYNEEEE!!!! – Mey gritou, correndo desesperadamente pelo apartamento, esbarrou em alguns vasos de flores mas não importou-se muito, avistou a jovem de cabelos ondulados deitada sobre o sofá, lendo o livro “Coraline”, pulou sobre a garota e a encarou com olhos de um cão pidão.

– O que houve? Por que gritou desse jeito? – Madeleyne perguntou, empurrando Mey para o chão.

– OS TOKIO HOTEL! VÃO ESTAR NO J-FESTIVAL!! POR FAVOR, ME APRESENTA PRA ELES.. EU TENHO QUE CONHECER O TOM!! EU NECESSITO DISSO PARA VIVER, SABE O QUANTO É IMPORTANTE PRA MIM? VOU MORRER SE NÃO ABRAÇAR ELE, EU DEPENDO DISSO PARA CONTINUAR SENDO FELIZ NA MINHA VIDA! ME APRESENTA PRA ELES, PELO AMOR DE DEUS!! – Madeleyne arregalou os olhos, ficou imóvel por alguns instantes, não sabia se ficava nervosa com a garota com jeito de fã psicopata à sua frente ou ao fato de saber que Tom não estava brincando e falou a verdade quando disse que estaria no J-Festival.

– Mas quando eles vão aparecer? – Madeleyne perguntou, marcando o livro na página em que havia parado a leitura.

– Nos dias quinze e dezesseis. – Mey respondeu, enquanto rolava de felicidade no chão.

– Justamente nos dias que eu não vou, mas divirta-se! – Madeleyne levantou-se do sofá e caminhou até a cozinha.

– Mas o que? Tá zoando com a minha cara! Para de se fazer de louca! Sabe que se eu for sozinha eles nem vão dar muita importância, afinal imagina quantos fãs vão ter por lá.

– Eles amam todos os fãs, boa sorte Mey. – Disse Madeleyne, abrindo a geladeira e pegando uma tigela de morangos.

– Mas, você como sendo da equipe do festival, pode conseguir com que eu passe facilmente pela multidão. – Mey retrucou, sentando-se no balcão da cozinha.

– Isso é injusto com os outros fãs. – Madeleyne respondeu, pegando uma caixa de cereais de dentro do armário.

– Eu sei, mas Madeleyne, mesmo que eu consiga vê-los, eles talvez nem queiram conversar comigo. – Disse Mey, entortando os lábios em um beicinho.

– Nem vem, eu já disse que não vou. Durante esses dias eu vou sair com o Nick. – Madeleyne sentou-se ao lado de Mey.

– Por acaso sair com ele é mais importante do que me ajudar a conquistar o Tom? – Mey abaixou a cabeça, fingindo chorar.

– Mey, não faz drama... Credo nunca vi uma garota tão dramática! E é importante que eu saia com o Nick, vamos comprar algumas coisas para a minha apresentação no festival. – Disse Madeleyne, comendo um dos morangos.

– Madê, por favor... – Mey pegou uma colher e começou a comer os cereais.

– Mey, diga que me conhece, isso vai bastar. Tenho certeza de que pelo menos o Gustav vai querer falar com você. – Madeleyne também pegou uma colher e serviu-se de uma porção de cereais com morangos.

– Me anima muito saber que meu futuro noivo vai preferir as outras garotas e o Gustav é que vai dar em cima de mim. – Mey desviou o olhar, enquanto desenhava círculos imaginários sobre o balcão.

– Vai nada, ele tem a Jaque.

– Jaque? Quem é essa? – Madeleyne sentiu a espinha congelar, como pôde ter sido tão idiota ao ponto de deixar escapar que um dos Tokio Hotel tinha namorada.

– Ninguém, esquece o que eu disse... – Madeleyne virou o rosto, tentando disfarçar.

– NÃO ACREDITO QUE ELE TEM NAMORADA! O QUE MAIS NÃO ME DISSE? O TOM SE CASOU? OU CONTINUA TENDO UM CASO COM A RIA? – Mey saltou do balcão, colocou as mãos na cintura e encarou Madeleyne seriamente.

– Isso não, ele chutou ela já faz três meses. – Disse Madeleyne, com um semblante debochado e despreocupado.

– MADELEYNE! – Mey exclamou.

– Tá... Não falo mais nada, apenas o Gustav está namorando, mas você não pode dizer à ninguém, é um segredo. Nunca vi nada sobre eles na internet, e é melhor assim, Gustav é tímido e não gosta de ficar se expondo.

– Eu sei, mas é que... Como eu nunca desconfiei? – Mey sentou-se novamente, formando um bico torto nos lábios.

– Fica calma, esses dois simplesmente se escondem muito bem, até acho certo que se escondam, a Jaque é muito legal pra ser chamada de vadia pelas fãs dos rapazes.

– Se você diz, mas se fosse com o Tom, daí a história seria outra.- Falando nele, ontem ele esteve no prédio do J-Festival. – Disse Madeleyne, já se preparando para gritos histéricos da garota.

– MAS O QUE? E VOCÊ NEM PARA ME CHAMAR! – Madeleyne riu e olhou debochadamente para Mey.

– Você o teria visto, se não estivesse com tanta pressa de comer os muffins do Nick.

– Eu tenho culpa do câmera ser gay e guloso, ele ia comer todos os muffins que o Nick fez. – Mey fechou o rosto novamente, desviando o olhar e murmurando alguma coisa para si mesma.

– Não se preocupa, você vai conhecê-los em breve. – Disse Madeleyne, levantando-se do balcão.

– Vai me apresentar para eles? – Mey sentiu toda aquela mágica alegria esperançosa retornar, abriu um largo sorriso e aproximou-se de Madeleyne.

– Não, como eu já disse, você vai vê-los amanhã no Meet & Greet. Boa sorte. – Madeleyne colocou a colher dentro da pia e caminhou em direção aos quartos, Mey ouviu o som de uma porta fechando-se, suspirou pesadamente e praguejou alguma coisa.


***


– Josefine, tenho péssimas notícias. – Disse Trix, adentrando o quarto da “simpática” senhora.

– O que houve? – Josefine perguntou, levantando-se da poltrona ao lado da penteadeira.

– Fui dormir, para fazer o que você me pediu... E tinha razão, é a Madeleyne, ela...

– Como eu suspeitava irmãzinha. – Manson interrompeu, um frio instalou-se pelo cômodo, Trix revirou os olhos enquanto cruzava os braços e olhava cinicamente para o ser.

– Lúcifer não está gostando do rumo das coisas, Madeleyne está ficando muito forte, velha tola. Ela está treinando sem a sua ajuda! – Disse Manson, socando o espelho da penteadeira e o partindo em dezenas de pedaços.

– Eu não imaginava, manipulei os organizadores daquele maldito festival, para que a convidassem, assim ela ficaria ocupada. – Disse Josefine, fitando os estilhaços do espelho.

– Fique calma Jose, você me chamou para te ajudar, comigo aqui tudo vai dar certo. – Trix levou Josefine até a cama, abraçou-a de forma aconchegante e afagou seus compridos fios de cabelo.

– Irmãzinha, só pra te lembrar de uma coisinha simples.. Fui eu quem matou Hellen, por que você não conseguiu nem se aproximar da casa dela! – Disse Manson, mordendo um dos estilhaços do espelho e o mastigando.

– Cale a boca Manson! Você não tem outros pactos para fazer por aí, ou algumas entregas do Lúcifer para receber? – Trix perguntou, socando a boca do estômago de Manson.

– Vadia! Te chamaria de filha de uma cadela se não fossemos irmãos! – Manson cuspiu os cacos de vidro e encarou a garota à sua frente.

– Sabe que Lúcifer sempre gostou mais de mim, por isso você me odeia tanto.

– Vá fazer uma de suas premonições e me diga quem vai ganhar o torneio de boxe, será mais útil, sua vidente do quinto dos infernos! – Manson desapareceu, deixando apenas o clima frio no ar.

– Não se preocupe Josefine, assim que Lúcifer tiver a sua neta, e eu tiver o Bill, lhe daremos mais quinhentos anos de vida... Cada um. – Trix beijou o rosto de Josefine e assim como Manson, também desapareceu, levando consigo o cheiro de sangue seco e enxofre.

E agora, o que farei?” – Pensou Josefine.

– Senhora Chevalier, posso lhe dar uma sugestão? – O espírito de uma garota surgiu de um dos cantos do quarto, sentou-se na poltrona e encarou Josefine fixamente.

– Bem que eu havia sentido uma presença de angústia. – Josefine afaga lentamente os cabelos da jovem.

– Posso lhe ajudar com a sua neta, posso deixá-la fraca, com a ajuda dos meus amigos.

– Pode? – Josefine surpreende-se com a notícia.

– Sim, morremos ano passado, quando estávamos indo para a praia, mas nunca conseguimos atravessar o portão. – Josefine não deu muita importância à história do jovem espírito, apenas sorria ao pensar que agora tudo daria certo.

– Entendo, querem oferecer sua ajuda em troca de descanso?!- Exatamente.

– Faça como quiser, apenas dê um jeito de deixar Madeleyne Klaus Chevalier fraca o bastante para que Manson a derrote facilmente, mas não a mate, a vida dela vale mil anos para mim.

– Como quiser, mas depois disso, quero que liberte eu e meus amigos. – A jovem respondeu, olhando contente para Josefine.

– Claro, até já tenho um novo mediador em mente.- Seja como quiser, assim que fizermos nossa parte eu voltarei. – O espírito da garota caminha até o canto do quarto de onde surgiu e rapidamente desaparece.

Perfeito, tudo dará certo e eu não preciso mover um único dedo” – Josefine pensa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aposto que adoraram saber que na minha fic, o Tom terminou com a Ria antes do aniversário dele, desse ano! Imagina se isso acontece mesmo?? (Vai acontecer, a Trix me disse u.ú)
E falando nela, o que acharam? Ela é irmã do Manson, da família caramunhão hoho' só que ela pelo menos é piedosa, diferente do senhor Manson irritadinho da Silva (melhor não zoar com ele, vai que ele puxe meu pé de noite kk')
Aliás, recomendo que vocês escutem Girls' Generation (Oh!, Run Devil Run, Genie, The Boys, Gee e Into The New World, ouvi essas músicas enquanto escrevia esse capítulo o/)
Beijos e até o próximo cap :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Kiss The Rain" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.