Kiss The Rain escrita por Jujuvia


Capítulo 24
Com o passar do tempo


Notas iniciais do capítulo

Nota: Desculpem pelas notas do capítulo anterior, eu havia dito que iríamos para 2012.. O correto seria 2010 --'
Sorry, sorry
e boa leitura :)



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Os fios negros de cabelo balançavam conforme o vento soprava, a fumaça do Marlboro dançava lentamente até sumir da vista daquela figura magra e pálida, que suspirava suas dores silenciosamente.Deu uma última tragada em seu cigarro e fechou a janela onde fumava há poucos instantes atrás, atirou-se bruscamente na cama e fitou o teto, sentia a pele coçar devido à maquiagem borrada que escorria por suas bochechas, manchando a pele alva e macia do jovem homem com jeito de adolescente, coisa que aborrecia seu gêmeo, este detestava ver o caçula agir como se ainda tivesse treze anos e aquela garota fosse seu primeiro de muitos amores, como se Bill não soubesse lidar com algo assim.


Bill levantou-se da cama e caminhou calmamente até a porta de seu quarto, abriu-a e deparou-se com a face desconsertada de seu irmão.

– Está aí há quanto tempo? – Perguntou Bill, virando as costas e olhando fixamente para a janela fechada do outro lado do quarto.

– Desde que você abriu o maço de cigarros. – Respondeu Tom, observando a carteira de cigarros sobre a mesa de Bill, pegou-a e a analisou, era uma carteira nova, que havia sido comprada naquela mesma manhã, notou a falta de pelo menos oito cigarros.

– Você a abriu hoje, em menos de uma hora fumou tudo isso? – Perguntou Tom, amassando a carteira de cigarros e a colocando no bolso de suas enormes calças, Bill virou-se e riu de algo que nem Tom sabia o que podia ser, não sabia se o irmão ria de sua cara ou de si mesmo.

– Como sabe que foi em menos de uma hora, está enganado se pensa que fumei oito cigarros desde às nove da manhã.

– Eu não disse quantos faltavam na carteira, e são apenas dez e meia da manhã, se quer morrer tudo bem, mas que não estrague os pulmões, poderia salvar uma vida com eles. – Tom virou as costas e saiu do quarto, o mais novo correu em seu encontro e segurou seus braços.

– Me desculpa tá bom, mas eu não consigo! Você não entende o que estou sentindo, por que não é capaz de amar! – Um semblante zangado e ao mesmo tempo penoso formou-se no rosto de Tom, bruscamente retirou as mãos do mais novo de seus braços e afastou-se alguns passos.

– Não sou capaz de amar? Desculpe senhor sentimental, se não sou capaz de amar meus amigos, minha família, os animais, nossos fãs... Desculpe se não sou capaz de amar o meu irmão, que age como se eu fosse apenas um bruto que não entende que o motivo de tudo isso é uma vagabunda que achou seu dinheiro mais importante do que passar noites inteiras conversando sobre qualquer assunto, coisa que o idiota incapaz de amar faria sem exigir nada em troca! – Tom virou as costas e trancou-se em seu quarto, havia chegado em um ponto que não sabia mais o que fazer, Bill agia como se apenas ele sofresse por coisas tão bobas assim.


***


– Eles estavam discutindo de novo, Bill se isolou tanto nas últimas semanas. – Disse Georg, secando a louça sobre a pia.

– Ele nem percebeu que Tom também não está bem, às vezes eu acho que eles vão fazer uma terceira guerra mundial a qualquer momento, só de se verem quase pulam no pescoço um do outro. – Gustav completou, enquanto colocava a louça seca sobre a mesa e arranjava os lugares para o almoço.

– Não sei se vou sair hoje, vá se encontrar com a Jaqueline e eu termino as coisas por aqui.

– Obrigado Gee, essa briga deles têm afetado todos nós, talvez devêssemos viajar, isso sempre melhora o clima não é?! – Disse Gustav, caminhando até a porta da frente.

– É uma boa ideia, sinceramente não sei o que deu neles, ultimamente eles têm brigado tanto, como se nem fossem irmãos. Mas eu não posso dizer muito sobre isso, não sei ao certo o que é ter um irmão. – Georg suspirou pesadamente enquanto colocava alguns temperos na comida.

– Mas você tem à mim, não se esqueça. – Gustav sorriu e logo sumiu pela porta, deixando o outro com um sorriso animado no rosto enquanto cantarolava.


***


– Olá aos telespectadores, voltamos agora de um breve intervalo, enquanto nossa última entrevistada se arrumava no camarim, recebam com calorosas palmas a cantora que está entre o top três da música romantica contemporânea.... Madeleyne Klaus Chevalier.

Uma alta garota entra no palco, caminha graciosa até a poltrona de veludo enquanto milhares de palmas a recepcionam.

– Danke, Danke. – Sorriu nervosa enquanto bebia um gole d’água e faz um gesto de agradecimento.

– Do piano para o balé, do balé para o violino, do violino para o canto. É uma jovem muito talentosa, poderia falar um pouco desse amor pelas artes.

– Bem, já dei muitas entrevistas, mas a resposta dessa pergunta sempre será igual, esse amor vem da minha mãe, que me dizia que se eu gosto de algo, não há motivo para não tentar fazê-lo.

– Entendo, segundo uma pesquisa feita na Alemanha, você é a segunda colocada no top três de melhores artistas alemães, mesmo que tenha nascido na França, sua descendência é totalmente alemã não é?

– Nein, sou metade alemã e metade francesa, mas tenho um enorme carinho pela alemanha, minha infância e adolescência se passou toda lá.

– Mas você nasceu na França, quando foi “oficializada” como cidadã alemã, se posso dizer assim?!

– Foi aos seis anos, após a morte da minha mãe.

– E morou na Alemanha por quanto tempo?

– Uns onze anos, morei por lá até os dezessete.

– É verdade que passou seu aniversário de dezoito anos na Rússia, bem pertinho do hotel onde estavam seus concorrentes do top três alemão?

– Concorrentes? Rammstein não é um concorrente e mesmo que fosse, eles não estavam por lá.

– Me refiro aos Tokio Hotel, os conhece?

– Tokio Hotel? Como pude me esquecer?! Encontrei Tom no aeroporto.

– Ele foi buscá-la?

– O que? Não, foi apenas um acaso.

– Hum, com a fama que este jovem leva, pensei que os dois..

– Nein! Não conheço muito a fama dele, mas só pelo jeito que o senhor está falando, penso que imaginou algo como um relacionamento.

– E não houve nada?

– Sei onde quer chegar.. Não, na verdade eu os conheço pessoalmente, mas foi apenas amizade.

– Então conhece os Tokio Hotel, isso é maravilhoso, uma entrevista com eles é o que faltava nesse programa.

– De fato sim, ligarei para Gustav para providenciar isto. – Diz Madeleyne, em tom de brincadeira.

– Faça isso. – O entrevistador ri.

– E poderia falar um pouco sobre eles?

– Na verdade não, faz tempo que não os vejo.

– Sente saudades?

– E quem não sentiria? Eles salvaram o meu Natal uma vez, ainda não os retribui por isto.

– Como faz tempo que não os vê, gostara de dizer algo?

– Ah, sim... Meninos, sinto falta de vocês, espero que esteja tudo bem com todos e que estejam se comportando.

– Por que acha que não se comportariam?

– Tom... Ele é o mais engraçado, quando junta-se com Georg é melhor fugir, são tão engraçados.

– De fato devem ser... Madeleyne Klaus, obri... Klaus?

– Algum problema?

– É irmã de Georg?

– Nein, Klaus é o Gustav. Somos algo do tipo primos de terceiro grau, essa é a parte mais legal, reencontrei um parente desconhecido. – Madeleyne ri.

– Sim, é muito legal. Bem senhorita Klaus, obrigado mais uma vez por arranjar um tempo para nós.

– Eu é que agradeço.

– Espero que volte aqui mais vezes e que tenha uma grande carreira pela frente.

– Obrigado, voltarei sim.


***


– Bill, acorda.. Tá vivo? – Georg riu da cara “hipnotizada” de Bill.

– Era ela... Está tão diferente.. – Bill sorriu, observando a garota de cabelos ondulados e olhos verdes se retirar do palco.

– Como eu disse, Bill é louco de amores por ela. – Tom riu, jogando uma almofada em seu gêmeo e desligando a televisão.

– Não é isso... Só que ela tem algo que consegue prender as pessoas à ela.

– Só você sente isso Bill. – Disse Georg, servindo generosas fatias de pizza para todos.

– Não incomodem o Bill, eu entendo o que ele sente.. É como se ela fosse a amiga que ele perdeu. – Disse Gustav, abraçando Jaqueline que revirava os lhos irônicamente.

– Ele não perdeu, você a roubou dele.. Ursinho. – A ruiva mordeu a bochecha de Gustav e deu um demorado selo em seus lábios.

– Éca, vão se comer em outro lugar... Ursinho.. Eu termino o namoro se minha namorada me chamar assim. – Disse Tom, colocando ketchup sobre sua fatia e a devorando.

– Tom, você nem namora... Só come, de todos os jeitos possíveis. – Disse Georg, dando um soco fraco em Tom, que sorriu malícioso.

– Vão virar velhos amargos e solteiros, que terão uma casa no meio do mato com trinta e três gatos. – Disse Jaqueline, dando alguns tapinhas nas costas de Georg, que a olhou debochadamente.

Todos riam enquanto comiam suas pizzas, exceto Bill, que como uma criança assistindo seu desenho favorito, continuava sentado no chão em frente à televisão, com as pernas cruzadas e um sorriso divertido no rosto.

“Tão linda...” – Bill sussurrou para si mesmo, antes de se levantar e sentar-se à mesa para o jantar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Estava com pouca inspiração e me desculpem pela demora para postar, mas agora comecei a trabalhar... Fico no trabalho das 13 até às 19 horas u.ú
Vou aproveitar que é feriado e postar logo...
E no dia 15, talvez eu poste uns capítulos a mais, por qu ficarei em casa, já que é meu aniversário XD (15 de Maio, junto com a Madeleyne)
Beijos e até o próximo capítulo^^



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