Kiss The Rain escrita por Jujuvia
Notas iniciais do capítulo
Hallo XD
Mais um capítulo para vocês meu queridos leitores ♥
Espero que gostem :)
Queria me desculpar por um pequeno erro que cometi no último capítulo e se encontrarem um erro nesse capítulo, por favor me avisem nos reviews..
Fico tão distraída que as vezes nem percebo D:
“Madeleyne, acorde, precisa acordar...
Preste atenção minha pequena, por favor, acorde...”
Madeleyne abriu os olhos assustada, sentou-se entre as grossas cobertas de sua cama enquanto escondia seu rosto entre os joelhos, abraçou-se nas próprias pernas, como uma criança tentando proteger-se de algo. Ouviu sons vindos do corredor e logo a porta de seu quarto abriu-se rapidamente, esta bateu na mesa ao lado derrubando um porta-retrato, onde havia uma foto de Madeleyne com os quatro rapazes alemães... Bill, Tom, Georg e Gustav.
– Que bom que já acordou. – Disse Josefine, olhando friamente para a jovem.
– Como sabia que...
– Sabe que posso sentir a energia das almas.. Aliás, a alma de sua mãe estava fraca ontem à noite, usou o cordão não foi? – Madeleyne engoliu a saliva e olhou receosa para a mulher a sua frente, o olhar tão doce de Josefine havia se perdido em algum lugar na Alemanha, via uma criatura totalmente diferente à sua frente, sentia não mais conhecer a doce mulher que havia lhe criado.
– Eu não o usei, não houve nada de mais ontem à noite.
– MENINA INGRATA, NÃO MINTA! – Josefine estendeu os braços, colocando as mãos dentro da blusa da menor e puxando o cordão prateado, que rompeu-se.
– Josefine, devolva o cordão, por favor. – Madeleyne levantou-se da cama, mas Josefine já havia saído do quarto e trancado a porta pelo lado de fora. A jovem forçava a maçaneta mas esta não cedia.
– Josefine, por favor abra a porta, devolva-me o cordão. – A garota de cabelos ondulados surrava a porta até machucar os frágeis dedos magros, chutou-a algumas vezes, deixando mais doloridos ainda seus maltratados pés de bailarina.
– Por favor, devolva. – Madeleyne sussurrou, escorando-se na porta e deslizando por esta até sentar-se no chão frio, encolheu-se entre suas pernas e chorou.
***
– Mamãe, quem lhe deu este cordão? – Perguntou a pequena garota, sentada no colo de Helen.
– Eu o comprei, quando ficar mais velha ele será seu. – Disse a mulher, escovando os delicados fios de cabelo da garota.
– Mas cuide bem dele, não importa o que aconteça comigo, se estiver com este cordão eu sempre estarei do teu lado. – A mulher beijou a testa da pequena garota e sorriu gentilmente.
***
“Madeleyne, acorde, precisa acordar...
Preste atenção minha pequena, por favor, acorde...”
Ouviu uma voz doce chamar-lhe ao longe, abriu os olhos lentamente e deparou-se com um grande bosque, levantou-se do chão e olhou atentamente para os lados, havia névoa em todo lugar e o céu estava coberto por terríveis nuvens negras.
– Madeleyne. – A garota virou-se para trás e surpreendeu-se com a figura de Helen, tão pálida, tão doce. As lágrimas começaram a formar-se e a vontade de tocá-la e desejar que aquilo não fosse um sonho logo começou a tomar conta da garota.
– Escute-me, não é hora para chorar. – Madeleyne assentiu enquanto esfregava os olhos para secar as lágrimas. Respirou fundo e observou a figura da mãe.
– Precisou de mim ontem, por que? – Perguntou Helen, segurando as mãos da jovem.
– Me senti fraca, precisei de você... Desculpe-me se...
– Shh, não lamente querida, fez um lindo trabalho. – Helen abraçou a jovem e afagou seus ondulados cabelos.
– Querida, precisa acordar, precisa ver em quem deve confiar, antes que seja tarde – Disse Helen, olhando fixamente para Madeleyne.
–Tarde? Tarde para o que? – Perguntou Madeleyne, afastando-se de Helen.
– Antes que... – Helen arregalou os olhos e segurou as mãos de Madeleyne.
– Prenda seu cabelo querida, prenda-o sempre. – Helen pronunciou a última frase confusa e logo desapareceu, uma forte tempestade começou a formar-se dentro do bosque, sentiu fortes dores e logo tudo desapareceu, deixando apenas um espaço vazio no meio do nada.
***
– Madeleyne, dormiu atrás da porta e nesse chão frio, pode pegar um resfriado. – Disse Josefine, abrindo a porta do quarto e afagando os cabelos da jovem.
– Jose? Você tinha razão, Bill me trará problemas. – Madeleyne levantou-se e rapidamente abraçou Josefine.
– Eu lhe disse.. Mas ainda assim não lhe devolverei o cordão, precisa saber a hora certa para usá-lo. – Madeleyne assentiu enquanto espreguiçava-se lentamente.
– Já é noite, Natasha, sua professora de balé, passou aqui, estava preocupada. – Madeleyne arregalou os olhos, correu até a janela e soltou um suspiro chateado ao observar apenas o véu negro da noite.
– Perdi a aula.
– Tudo bem, agora vamos fazer o jantar e tocar piano mais tarde, o que acha? – Madeleyne abriu um sorriso contente em seu rosto e correu até Josefine, havia enganado-se...Talvez fosse apenas coisa da sua cabeça, sabia que Josefine jamais mudaria.
***
“Olá rapazes, aqui é Madeleyne.Gostaria de pedir-lhes que não mandem-me cartas, não terei tempo para lê-las e mesmo que tivesse, tenho certeza de que há coisas mais importantes para fazer. Espero que entendam..”
Madeleyne Chevalier
– Esta carta não é dela. – Exclamou Gustav, arremessando a carta dentro da lareira.
– Ah é? E como sabe ein? – Perguntou Tom, cruzando os braços e bufando de raiva.
– Ela teria usado o sobrenome Klaus na assinatura. – Gustav enterrou as mãos dentro de bolso e sentou-se ao lado de Bill.
– Gustav tem razão, ela não...
– PAREM DE SE ENGANAR! NÃO QUEREM ACREDITAR NISSO, POR QUE OS DOIS ESTÃO CAÍDOS DE AMORES POR ELA! PAREM DE SER TÃO IDIOTAS! – Tom gritou e subiu as escadas furiosamente, bateu com força a porta de seu quarto, deixando um clima desconfortável para os outros três.
– Então Georg, vai ficar do lado do Tom, como sempre. – Disse Gustav, recebendo um olhar frio e desconfortável de Georg, que retirou-se da sala e foi para o quarto de hóspedes.
– Gustav, acha que ela...
– Não Bill! Tenho certeza absoluta que não! – Disse Gustav, desviando o olhar para as cinzas da carta na lareira, suspirou pesadamente e retirou-se da sala também, deixando Bill sozinho, atormentado com aquela dúvida...
5 meses depois (15/05) ***
– Já está tudo pronto para a viagem? – Perguntou Josefine, segurando uma bandeja de biscoitos.
– Sim, estou muito ansiosa... Finalmente vou para a Rússia, minha professora de balé nasceu lá. – Disse Madeleyne, observando o vapor que saía do bule de chá.
– Fico feliz que tenha gostado do meu presente. – Josefine sentou-se à mesa e observou a jovem tomar seu café.
“Já se passaram cinco meses, aqueles rapazes não mandaram mais cartas, que bom que tudo está saindo como planejei.” – Pensou Josefine, olhando distraidamente para os talheres da mesa.
– Acho melhor eu ir agora, o avião parte às dez da manhã. – Madeleyne tomou um último gole de café e levantou-se da mesa, correu até a sala e levou as malas até a porta de entrada.
– Quer que eu a leve no aeroporto? – Perguntou Josefine, colocando uma porção de biscoitos na bolsa da jovem.
– Está tudo bem, eu vou sozinha. – Madeleyne pegou as malas e despediu-se de Josefine.
***
– Tom, viu meu cachecol? – Perguntou Bill, abrindo a porta do banheiro e correndo pelo corredor, trancou-se em seu quarto e revirou as malas, procurando por alguma roupa.
– Você deixou na mala preta. – Disse Tom, abrindo a porta e deparando-se com seu gêmeo semi-nu.
– PORRA BILL! POR QUE NÃO ME AVISOU! – Gritou Tom, virando-se de costas e amaldiçoando-se por não ter batido na porta.
– Idiota, até parece que você não tem o corpo igual ao meu. – Bill deu uma risada cinica e jogou a toalha ao lado do irmão, que bufou raivosamente mas não pode deixar de rir da situação.
– Sim, mas eu sou gostoso, você é uma escova de limpar mangueiras por dentro. – Tom riu, recebendo um leve soco de seu gêmeo.
– Em qual mala você disse que estava meu cachecol? – Tom virou-se lentamente e sorriu aliviado ao ver seu gêmeo vestido.
– Na mala preta. – Bill olhou para suas malas e riu debochadamente de Tom, como se todas as suas malas fossem de cores diferentes. Tom riu do mesmo jeito debochado do irmão e abriu a menor mala.
– Você é tão organizado que precisa da minha ajuda pra saber em qual mala colocou suas coisas, compre malas de cores diferentes, seu rockeiro doido. – Tom entregou o cachecol para Bill e deu leves tapas em seu ombro, riu descontraido e se retirou do quarto.
– As malas são minhas e se eu quiser compro todas da mesma cor! – Bill debruçou-se no arco da porta e gritou para seu gêmeo que já havia sumido em algum dos quartos do apartamento.
– Frio, detesto frio... Tom e suas ideias malucas de viagens. – Bill cochichou para si mesmo, enquanto ria ao lembrar-se o quanto Tom o incomodou para que viajassem para a Rússia.
– Londres também é fria... Será que ela está bem?! – Perguntou para si mesmo, abrindo as grossas cortinas da janela e olhando para o sol fraco que lutava contra o frio naquela manhã.
***
– Georch, se o Bill perguntar onde eu fui, diga que estou no aeroporto... O Jost pediu-me para buscá-lo. – Disse Tom, vestindo um enorme casaco azul e colocando um de seus bonés.
– Certo e não me chame assim, se não terei que te chamar de Tomuff. – Disse Georg, tomando um gole de café.
– Chame-me de papaizinho e eu já fico feliz, até mais minha querida. – Tom riu, enquanto abria a porta do apartamento, sentiu uma almofada ser arremessada contra ele, se revidasse iria atrasar-se para buscar David, então apenas olhou divertidamente para o amigo e saiu do local.
***
Os olhares cruzaram-se naquele momento, Tom fitou os olhos esverdeados e mil perguntas surgiram em sua mente no mesmo momento, o que ela fazia ali? Por que havia sido tão indiferente naquela carta? Não queria perguntar essas coisas à si mesmo, aproximou-se da jovem que sorriu ao vê-lo, deixou as malas ao lado dos bancos e pulou sobre ele, lhe dando um abraço quase sufocante.Mas por que? Por um momento acreditou em Gustav e Bill, ela não poderia ter escrito aquela carta tão fria.
– Tom, é tão bom te ver, onde estão os outros? – Madeleyne recuou alguns passos e olhou animadamente para o maior.
– Ma... Madeleyne, por que escreveu aquilo e agora está agindo assim, como se...
– Escrevi? O que eu escrevi Tom? Está falando da carta? – Tom assentiu, olhando confusamente para os olhos hipnotizantes da garota.
– Eu a escrevi com tanto carinho, não gostaram? – Tom arregalou os olhos, apertou as mãos com força e desviou o olhar.
– Se está tentando ser irônica, saiba que conseguiu. – Tom virou as costas e caminhou a passos largos para longe da garota.
– Tom, espera. – Madeleyne correu até o moreno e segurou seu braço, ele virou-se e a fitou confuso.
– Do que está falando? Eu lembro perfeitamente do que escrevi, disse que estava com saudades, que em Maio viria para a Rússia, por que é meu aniversário... Afinal Tom, que carta vocês receberam? – Tom arregalou os olhos, lembrando-se de que não poderia provar o contrário, já que Gustav havia jogado a carta na lareira.
– Pergunte aos outros, a carta que recebemos dizia mais ou menos assim, que você não queria receber cartas nossas, por que não tinha tempo e mesmo que tivesse não iria lê-las. – Madeleyne enrugou o cenho e olhou para o nada.
– Mas eu tenho certeza de que escrevi o que acabei de lhe dizer. – Madeleyne esfregou as mãos e virou as costas, caminhando até suas malas e sentando-se em um dos bancos ao lado delas.
– Tudo bem, deixa pra lá. Deve ter sido uma brincadeira de mau gosto. – Tom sentou-se ao lado da garota, olhou sutilmente para os lados e a abraçou.
– Agora eu estou confusa, mas posso provar que não escrevi isso, tenho o rascunho da carta no meu caderno de anotações. – Madeleyne abriu uma de suas malas e fitou um pequeno objeto reluzente, pegou-o e arregalou os olhos ao ver uma presilha prateada, que até então nem sabia que existia.
– Mas, o que é...
– Está tudo bem? Parece que viu um fantasma.. – Tom segurou os ombros de Madeleyne e esta pareceu acordar de um pesadelo, estava gelada e pálida e seu semblante era igual ao de uma pessoa assustada.
– Fantasma, onde? – A garota virou-se rapidamente para Tom, mas seu olhar estava em todos os cantos possíveis do aeroporto.
– Madeleyne.. Está bem? – Perguntou Tom, sacudindo-a levemente.
– Sim, estou... Tom preciso ir, foi muito bom te reencontrar. – Madeleyne colocou a presilha dentro da mala, abraçou o moreno e sumiu rapidamente, escondendo-se no meio da multidão. Queria ir atrás dela, mas já notava alguns olhares curiosos vindos em sua direção. Colocou o capuz e correu até a saída do aeroporto, olhou em volta mas Madeleyne havia sumido.
– O que aconteceu com ela?! – Perguntou para si mesmo, enquanto olhava confuso para os lados.
***
– Eu espero que não tenha esquecido-se do nosso acordo, Josefine. – Disse o ser, sentando-se em uma das poltronas e olhando fixamente para a mulher que sorria confiante.
– Claro que não, ela está tão focada no balé que mal poderá se fortalecer. – Josefine tomou um gole de chá e um sorriso triunfante rasgou seu rosto.
– Ótimo, do contrário esqueça o que combinamos, mas trocando o assunto... Percebi que Helen está forte novamente, pensei que tinha pegado o cordão. – Disse o ser, batendo as compridas unhas contra a mesa de vidro e olhando cinicamente para Josefine.
– Mas eu o peguei, está aqui. – Josefine jogou o cordão prateado sobre a mesa. O ser estranho o avaliou cuidadosamente e notou a falta das pequenas pedras de quartzo rosa e turmalina.
– Não estão aqui, onde as colocou? – O ser exaltou-se, jogando o cordão e o pingente na lareira.
– Como não, tenho certeza de que estavam! – Josefine exclamou, levantando-se da poltrona e correndo até a lareira, arregalou os olhos ao ver que nada de anormal havia acontecido ao fogo.
– Como eu disse, o fogo não mudou... Significa que não há nenhuma pedra aí.. Josefine, se está tentando me enganar...
– Jamais! Vou procurar pelas pedras. – Disse Josefine, olhando assustada e confusa para o ser, que acabar de levantar-se da poltrona e ir em sua direção.
– Ótimo, sabe que se tentar enganar-me... Vai pagar caro, não vou testar apenas sua neta, mas você também. – O ser segurou com força os pulsos de Josefine, que sentiu sua pele queimar e congelar-se ao mesmo tempo.
– Não se preocupe, as pedras devem ter caído em algum lugar do meu quarto. – O ser a soltou e caminhou lentamente até a estante de fotos que havia atrás das poltronas.
– Quem são estes garotos? – O ser pegou um dos porta retratos e observou atentamente os rosto dos quatro rapazes ao lado de Madeleyne.
– Não se preocupe com eles, já os afastei dela.
– Na verdade, posso lhe dar umas dezenas a mais... Se me trouxer o garoto afeminado.
– Ele se chama Bill e é famoso, a morte dele traria problemas... – Disse Josefine, pegando o porta retratos das mãos do ser e o colocando sobre a estante novamente.
– Se não me trouxer ele, irei retirar centenas de você... E sabe o que irá acontecer, você irá virar pó, sua velha desprezível! – O ser arremessou Josefine contra a parede, que caiu quase inconsciente no chão.
– Espero que tenha entendido... – O ser desapareceu enquanto Josefine adormecia aos poucos, olhou uma última vez para o porta retratos e fitou fixamente o rosto de Bill, sorrindo ao lado de Madeleyne enquanto a envolvia em um abraço.
– Está com seus dias contados... – Sussurrou para si mesma e logo adormeceu.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Já sei... devem estar muito confusos... '-'
O próximo capítulo será o último dessa temporada, então espero que tenham gostado da fic até aqui.. E gostaria de avisar que essa fic irá render uma continuação e será um presente meu para uma de minhas leitores... Querem uma dica de como será?
Podemos dizer que será sobre anjos e a leitora premiada será a...
Fiquem na curiosidade XD
AH, E SE QUISEREM SABER DE ONDE EU TIREI A NATASHA... LEIAM "E O CÉU CHOROU POR NÓS" ... EU RECOMENDO! (https://www.fanfiction.com.br/historia/164572/E_o_ceu_chorou_por_nos) ELA É ESSENCIAL PARA VOCÊS CONSEGUIREM ENTENDER A MORAL DO NOME DA FIC^^