Kiss The Rain escrita por Jujuvia


Capítulo 17
Quando tudo começa a desmoronar


Notas iniciais do capítulo

Consegui postar mais um capítulo.. palmas para mim u.u
Amanhã postarei mais dois capítulos, então aguardem :)
Boa leitura



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Gustav observava os pequenos flocos de neve caindo lentamente em um gracioso balé silencioso, sentiu-se em um palco tocando silenciosamente sua bateria imaginária, a chuva gelada de confetis brancos caía graciosamente das nuvens azul escuro no céu.

Observava todas as pessoas caminhando, deslizando na neve que havia se formado nas calçadas, as roupas grossas estavam cobertas de pequenos flocos brancos, que se dissolviam na lã quente.

Olhou para os lados, esperando encontrar os ondulados cabelos castanhos e os olhos esverdeados de Madeleyne, via apenas sorrisos de jovens moças que andavam abraçadas em seus namorados pelas ruas.

Se sentia em um filme antigo, numa daquelas cenas onde o personagem estava sozinho, fitando tudo ao seu redor. Sentiu alguém tocar seu ombro e virou-se bruscamente, como se tivesse visto uma alma, no meio daquela cidade branca e gelada.

Sentiu uma euforia nascer em seu coração ao ver a pele branca e as bochechas rosadas de Madeleyne, segurou as mãos da jovem e a fitou inteira, observando cada detalhe de suas roupas. A menor trajava uma calça jeans preta cintilante, uma blusa grossa de lã roxa, um sobretudo em um tom cinza graffiti e uma bota curta da mesma cor do sobretudo. O loiro levantou o olhar e encarou Madeleyne por alguns instantes, a jovem sustentava uma cor rubra nas bochechas e um sorriso tímido nos lábios.

- Se arrumou tanto só pra sair comigo? – Gustav abraçou a menor e a beijou no rosto, tirando alguns fios de cabelo que estavam por cima dos olhos esverdeados.

- Você também está muito bonito Gustav. – Madeleyne passou as mãos pelos curtos fios loiros de Gustav, retirando a neve que havia caído em sua cabeça.

- Vamos? Eu sei de um restaurante francês muito bom por aqui. – Gustav estendeu a mão para Madeleyne, a menor segurou o antebraço de Gustav e deitou a cabeça em seu ombro.

- Pensei que iríamos para sua casa. – Disse Madeleyne, levantando o rosto e olhando para o chão.

- E vamos mas depois, agora vamos jantar.

- Tudo bem, estou ansiosa mas já vou avisar, eu posso comer mais que você e os meninos juntos. – Gustav riu e envolveu Madeleyne pela cintura.

- Impossível comer mais do que eu, sou o gordinho fofinho da banda. – Disse Gustav, colocando a outra mão no bolso e dando alguns tapinhas na cintura da menor.

- Mas ainda assim é um fofo. – Madeleyne sorriu e deu um beijo na bochecha de Gustav, que corou vilentamente.

***

- Georg por favor, me escuta. – Disse Tom, esfregando as mãos no rosto e segurando-se para não derramar nenhuma lágrima na frente do amigo.

- Como você pôde Tom? Somos amigos, você deveria ficar do meu lado, não dormir com a minha namorada! – Georg gritava enquanto caminhava de um lado para o outro, jogando longe tudo que estivesse em seu caminho.

- Desculpa, eu não sei o que estava pensando, se pudesse voltar atrás eu... – Georg segurou Tom pela camiseta e o encarou fixamente, parecia fuzilá-lo com os olhos, se pudesse jogar Tom em um abismo flamejante, não hesitaria e o faria logo.

- Mas não pode, Tom você não pensa nos seus atos? – Georg colocou as mãos na nuca e virou-se de costas para o de dreads, que escondeu o rosto com as mãos e deixou que aquelas dolorosas lágrimas escorressem por seu rosto.

- Se não posso confiar no meu melhor amigo, não há motivo para continuar no... Tokio... Tokio Hotel. – A voz de Georg falhou mas ele não perdeu a postura decidida, tinha vontade de chorar e não queria odiar Tom, estava longe de odiá-lo, sabia que não era culpa do menor mas a raiva de toda aquela situação não lhe permitia ceder.

- Por favor, não prejudique a banda por minha culpa, por favor Georg. – Georg levantou a mão, num gesto como se pedisse o silêncio de Tom. O maior massageou as têmporas e apertou os olhos, sentou-se em uma poltrona e encarou Tom. 

O de dreads era seu melhor amigo, se conheciam há muito tempo e Georg não seria capaz de dizer algo contra o menor, sentiu-se o maior culpado da história, sempre soube de tudo que Liza fazia de mal mas resolveu esperar até que Tom se arrependesse, talvez não fosse a melhor escolha, mas agora já estava feito.

- Tom, me dá um tempo pra pensar. – Georg levantou-se da poltrona e seguiu por um corredor branco que ficava ao lado da cozinha, entrou em uma porta e deixou Tom sozinho, com o clima pesado e seus soluços de angústia.

***

- Depois o Georg e o Tom foram embora, e o Bill quase foi preso por culpa deles. – Gustav ria e praticamente pulava da cadeira, Madeleyne tentava segurar as risadas mas era difícil não rir das encrencas em que Tom e Georg se metiam.

- Vocês passam bons momentos juntos não é? – Gustav assentiu, enquanto bebia um gole d'água para recuperar o fôlego.

- A comida estava muito boa, agora você irá escolher a sobremesa. – Disse Gustav, brincando com o monte de garfos colocados ao lado do prato.

- Madeleines, vamos comer madeleines! – Madeleyne sorriu, olhando para Gustav que parecia confuso, o loiro olhou para o cardápio e riu timidamente ao ver o nome da sobremesa.

- O que exatamente são madeleines? – Gustav perguntou, segurando uma das mãos da jovem, que corou delicadamente e voltou o olhar para o nada.

- São bolinhos, simplesmente delíciosos e delicados, alguns vem com aroma de bergamota e tem um toque de baunilha. – Disse Madeleyne, a jovem parecia empolgada, tanto com os bolinhos, quanto com o nome da sobremesa.

- Madeleyne, sabe o que eu descobri? – Perguntou Gustav, olhando fixamente para a menor, que interrompeu a euforia e retribuiu o olhar fixo para gustav.

- Que seu pai é primo da minha mãe, mas não tenho certeza se eu e você temos algum parentesco. – Disse Gustav, acariciando as costas da mão de Madeleyne, que encarava o loiro com um pequeno sorriso no canto dos lábios.

- Podemos dizer que somos primos de segundo grau, ou talvez apenas primos, mas como descobriu? – Perguntou Madeleyne, bebericando a taça de suco.

- Eu dei uma olhada no livro da minha família, é uma coisa que a minha bisavó inventou, e lá havia o nome Adam Klaus Vonpart, nunca o conheci, minha mãe disse que é um primo dela e que só se viram duas vezes, depois ele se mudou para o Japão e então todos receberam a notícia de que ele se casou com... Helena? – Madeleyne negativou com a cabeça, olhando para o nada, seus olhos estavam marejados e um sutil sorriso pareceu em seus lábios.

- Helen, apenas Helen. – Madeleyne sorriu e uma solitária lágrima correu por sua face.

- Hey, não chora, eu estou aqui com você. – Gustav segurou as mãos da jovem. Sentiu uma alegria percorrer seu rosto ao ver Madeleyne sorrindo.

- Agora vamos comer esses bolinhos, por que o cheirinho está fazendo meu estômago dançar de alegria. – Disse Gustav, pegando um dos pequenos madeleine.

Madeleyne sorriu e observou o semblante infantil no rosto de Gustav ao morder o bolinho, o loiro suspirou e sorriu para a menor, enquanto limpava o farelo do açúcar que havia grudado em seus lábios.

- Estou começando a gostar das madeleines, tanto como bolinhos quanto pessoas. – Gustav riu enquanto bebia um gole de água e limpava os dedos que estavam sujos de açúcar.

- Madeleyne, eu queria te dizer uma coisa, é que... – Gustav ficou em silêncio ao ouvir as notas de um piano, olhou em volta e não viu ninguém tocando o grande instrumento, Madeleyne arregalou os olhos e lembrou-se de onde vinha a música, tirou o celular de dentro do bolso e estremeceu ao ver o nome Richard na tela do aparelho, seu coração acelerou e quase parou ao mesmo tempo, a respiração falhou e pensamentos ruins preencheram sua mente.

Lentamente levou o aparelho à orelha e apertou uma tecla qualquer.

- Alô? – Ouviu uma voz receosa do outro lado da linha, o corpo ficou fraco e por um momento pensou que fosse desmaiar ali mesmo.

- Doutor Richard, está tudo bem?

- Não Madeleyne, poderia vir até o hospital, é urgente. – Sem que a jovem pudese dizer algo, Richard já havia desligado o telefone. Madeleyne sentiu toda sua alegria momentânea evaporar-se, pensou mil e uma coisas assustadoras em sua mente, levantou-se rapidamente da cadeira e abraçou Gustav, deixou as lágrimas caírem e seu único conforto era o abraço desajeitado do loiro.

- Gustav, eu não quero que isso aconteça de novo, fica do meu lado, por favor. – Madeleyne sussurrou, seu coração parecia estar sendo alfinetado cinco mil vezes, sentia seu mundo desmoronando enquanto Gustav tentava juntar todos os pedaços caídos.

- Sempre Madeleyne, sempre estarei do seu lado.


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Notas finais do capítulo

Ah esse capítulo foi fofo né? Prometo que os próximo serão mais bem elaborados.. eu acho que estava com muito sono quando o escrevi =/
Beijos e até o próximo capítulo XD



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