Kiss The Rain escrita por Jujuvia


Capítulo 10
Um bom Natal (pt. 3)


Notas iniciais do capítulo

Esse é o capítulo final sobre o natal da Madê, peço que por favor leiam as notas finais =)



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– É o ... – Madeleyne engoliu a saliva e ficou totalmente sem reação ao olhar mais atentamente para o quadro.

– Sim, era uma foto, mas eu retratei na forma de pintura.– Madeleyne observou a pintura, cada detalhe, cada tom de cor usado, cada traço, cada curva.

– Mãe! – Bill tirou o casaco e o colocou por sobre a tela, cobrindo o desenho feito ali, totalmente corado e sem jeito.Tom ria da cena, por que sabia exatamente qual era o quadro.

– Ah Bill! Esse quadro é bonito, eu gosto. – Tom secava os pratos e ria das caretas do irmão, que mal podia ficar ao próprio favor e ria de si mesmo, imaginando o tamanho da vermelhidão em que deveria estar.

– Sim Madeleyne, é um quadro do Bill mais novo, peladinho na banheira. – Tom tirou o casaco do irmão de cima da pintura, e apontou para o bebê na foto, sentado em uma banheira com água, mordendo o que parecia ser um brinquedo de borracha, e ao seu lado estava Tom, virado de costas, batendo palmas.

– Nossa, como eu era bonitinho. – Tom falava enquanto pendurava o quadro na sala de estar.

– Hey, não pendura isso ai, quer que todos vejam o meu...

–BILUZINHO! – Georg gritou da cozinha, atirando uma toalha de mesa em Bill.

– Hey, respeitem tá! Madeleyne não está acostumada com as palhaçadas de vocês! – Simone levantou-se da mesa e levou Madeleyne até o antigo quarto de Bill, onde ela passaria a noite.

– Haha, a Madeleyne viu o Bilu do Bill. – Tom deu uma risada gostosa e abriu um sorriso que era possível ser visto do céu.


***


– Madeleyne, desculpe pelos meninos, eles adoram ficar falando um do outro. – Madeleyne sorriu para Simone, enquanto tirava os sapatos e sentava-se na beirada da cama de Bill.

– Se precisar de qualquer coisa, por favor chame qualquer um de nós, sinta-se em casa querida. – Simone saiu do quarto, fechando a porta atrás de si, deixando Madeleyne sozinha.


A garota levantou-se e foi até a janela, ficou observando a rua por um tempo, pedindo que Josefine se recuperasse logo, mas o que poderia tê-la deixado tão mal, à ponto de ir para o hospital, ela sempre foi tão forte, uma simples gripe ou resfriado não a derrubaria facilmente.

Madeleyne se assutou ao perceber alguém cutucar sua cintura, na forma de uma cócega para surpreendê-la.

A jovem virou-se para trás, e deparou-se com um par de olhos castanhos, vivos e cheios de brilho, um sorriso lindo a confortava, o jovem loiro à sua frente abriu os lábios algumas vezes, tentando dizer algo, mas desistiu.

– Gustav, desculpa, não o vi. – Madeleyne fechou as cortinas do quarto e sentou-se na beirada da cama, sendo acompanhada por Gustav.

– Eu queria saber, se amanhã quer tomar um café comigo. – Gustav perguntou, e em menos de alguns segundos seu rosto já se mostrava rubro, o rapaz baixou o olhar na tentativa de impedir que Madeleyne visse a cor que seu rosto havia adquirido.

– Claro que sim, obrigado pelo convite Gustav. – Madeleyne aproximou-se do loiro, lhe dando um beijo de boa noite na bochecha, o que o fez corar mais do que já estava.

– Que bonitinhos. – Tom entrou no quarto, trazendo consigo uma bandeija com cinco canecas e um prato repleto de biscoitos de natal.

– Vem pessoal. – Tom acenou para alguém no corredor, e logo entraram Bill e Georg, se estapeando levemente, num tipo de briga entre amigos.

– Os dois querem parar! o Bill é o ativo e pronto! – O Kaulitz mais velho largou a bandeija sobre o criado-mudo e logo recebeu um leve soco de Georg.

– Tom, você sabe que na minha vida só existe você, o que ia querer com esse magrelo. – Georg demonstrou grande irônia, enquanto Tom arqueava a sobrancelha e ria cinicamente.

– Madeleyne, sei que deve estar cansada, mas víemos te alegrar um pouco, ideia do gordinho ai. – Bill falou, sentando-se sobre uma almofada no chão, enquanto pegava um biscoito sobre a bandeija.

Gustav pegou mais alguns cobertores no armário que ficava aos pés da cama, entregou um para cada, e em seguida cobriu Madeleyne com um deles, sentando-se novamente ao lado da moça, recebendo alguns olhares malíciosos e nada discretos de Tom e Georg.

– Pra Madeleyne, eu trouxe um chocolate quente, que já está quase esfriando. – Tom entregou uma das canecas para Madeleyne enquanto os outros tratavam de pegar as outras.

– O Bill como é chique, vai tomar chá. – Gustav olhou para o mais magro, que ria da piada do loiro.


Durante aquela noite, nenhum dos cincos foi capaz de dormir antes das duas da manhã, conversaram o quanto podiam, riram e gritaram até que Simone tivesse que dar alguns puxões de orelha nos gêmeos.

Depois das três e meia, Gustav já estava deitado no colo de Madeleyne, dormindo serenamente, Tom já tinha ido para o quarto dormir, Georg comeu mais um pedaço de peru e foi dormir também, estavam apenas Bill e Madeleyne, conversando em sussurros para não acordar o loiro.


– Então Madeleyne, gostou desse natal? – Bill escondeu-se mais um pouco dentro dos cobertores e fitou cuidadosamente a jovem, não deixando escapar nenhum detalhe.

– Foi ótimo, um dos melhores, há tanto tempo que não fico acordada até essa hora. – Bill não teve dificuldades em ver que a garota falava a verdade, ele estava cansado de pessoas que mentiam para ele, aliás, ele mesmo era assim, mentia para si mesmo, dizendo estar bem.

– Sabe, vi que você estava um pouco triste no carro, quando Georg perguntou de onde você era. – Madeleyne abriu um pequeno sorriso sem graça, agradecendo mentalmente à Bill, por ter se preocupado, por ter notado, poucas pessoas sabem reconhecer um sorriso verdadeiro, apenas algumas conseguem ver, que nem todo palhaço é feliz.

– Bem, me sinto um pouco mal sabendo que Josefine está no hospital, sempre tive lembranças ruins no inverno. – Bill levanta-se da almofada onde estava, cuidadosamente tira Gustav de cima da garota e o coloca para dormir ali mesmo, Bill estende a mão para Madeleyne, que apenas o observa, mas ainda assim o segue.

Bill a leva até uma sacada que havia no final do corredor, cobre Madeleyne com seu casaco e fica observando em volta, se preparando para dizer alguma coisa, mas as palavras fogem de seus lábios e de seu raciocínio.

– Sabe, há alguns meses eu estava namorando, tinha planos, pensava em casar, ter filhos, mesmo sendo tão novo ainda. – Bill acendeu um cigarro, deu uma intensa tragada e soltou a fumaça vagarosamente, observando o céu, coberto por algumas poucas nuvens.

– E o que houve? – Madeleyne olhava para a fina fumaça, fazendo formas onduladas pelo ar, enquanto Bill engolia a saliva e respirava fundo.

– Ela se convenceu de que os russos são mais interessantes que os alemães. – Bill deu um sorriso irônico, suspirou algumas vezes e voltou para dentro, trazendo Madeleyne, para que ela não ficasse no frio.

– Entendo, mas sabe, ser sua amiga é legal, e ela como namorada ainda assim não o quis, eu não teria sido tão burra a ponto de... – Bill arqueou a sobrancelha esquerda, e encarou Madeleyne por alguns instantes, seu rosto delicado que mais parecia uma porcelana, havia tomado uma cor avermelhada, a garota apertou os lábios com força, se perguntando que besteira havia falado, para ficar tão nervosa.

– Acho melhor, irmos dormir, vou tirar o Gustav de lá do quarto, assim você pode ir dormir. – Ainda sem graça, Madeleyne ascentiu com a cabeça e seguiu Bill até o quarto.

Bill sacudiu o ombro de Gustav, que logo acordou e entendeu que estava dormindo no lugar errado, o loiro levantou da cama, fez um sinal de boa noite para Madeleyne e saiu do quarto.

– Boa noite, até de manhã. – Bill fechou a porta do quarto, deixando Madeleyne sozinha, não demorou muito para que a jovem caísse no sono, seus últimos pensamentos eram em Josefine, como ela estaria naquela hora? Passar o natal no hospital, não parece ser algo muito bom.


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Notas finais do capítulo

Oii pessoal, primeiramente me desculpem pela demora, tá eu sei, demorei tanto para escrever essa porcaria né.
Demorei 9 dias, eu escrevi um rascunho, dai edite, escrevi outro, excluí, fiz mais um, esqueci de salvar o que estava bom, então desculpem pela demora.
Beijos e até o próximo capítulo.
Ahh, gostaria também de pedir para os meus leitores divulgarem a fic.. Só tenho 5 leitores no momento e nem todos deixam reviews bubu'



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