The One That Got Away-You Still Love Me? escrita por lalala


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Nhaa... Então, olá pessoal! ^^
Yeah, sei que eu demorei, mas acreditem, esses dois últimos capítulo (hoje só vou postar um) foram bem difíceis de escrever, sério. Não sei se foram emotivos demais, mas enfim, são sofridos mesmo. Este nem tanto porque é meio que uma ponte para o outro. Por quê?
Estava escrevendo um capítulo só, mas acabou ficando com 4 mil e tantas palavras, então tive que dividi-los ~trágico~
É, espero que gostem^^
Boa leitura lol
~ a parte da conversa do Frank com sua mãe (escrito em Itálico) não é narrado em Frank POV's, certo? Certo.~



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Contava as horas para Frank chegar, enquanto permanecia trancado no quarto pensando se o pai havia esquecido o que iria fazer com ele.

Faltavam apenas alguns minutos para o pequeno chegar. Gerard já sabia que sempre que este falava “venho mais tarde” ou algo do tipo, ele aparecia por volta das seis e meia, sete da tarde.

Passou o quase o dia todo lá, saía vez ou outra quando o pai o chamava, mas por alguma razão que ainda o dava arrepios, não fez nada com Gerard.

Ele não sabia o quanto seu filho estava indo mal no colégio, o quanto passou a faltar e o quanto estava a ponto de desistir de tudo.



E os minutos passavam e passavam... Dessa vez meio que se arrastando, deixando o pequeno Way aflito. Por mais que adorasse o simples fato de que Frank viesse à sua casa, aquela droga de mau pressentimento hora ia, hora voltava para atormentá-lo, fazendo-o questionar-se se era certo fazer aquilo.

Balançava a cabeça freneticamente, tentando pensar em tudo, menos no pior.

– P-reciso dizer tudo a ele... – Suspirou – Tudo mesmo. Mesmo que eu ouça o que não quero ouvir...

Focava essas coisas na cabeça. Frank tinha o perguntado se sabia de todos os seus segredos, e ele disse que sim...

Muitos achariam que era invasão de privacidade, só mais um garoto enxerido querendo saber da vida dos outros. Muita gente, menos Gerard. Gostava daquilo, se sentia um pouco importante, até porque, seus pais não o davam muita atenção, não é? É claro que Donald dava, mas muito mais do que atenção, e isso não convinha ao caso.

De qualquer jeito, mentiu para seu pequeno. Coisa que jurou nunca, em hipótese alguma fazer, e não tinha acontecido até agora. Mas ainda não sabia se era certo contar tudo. Tudo... Era uma coisa muito complexa, não? Mesmo que fosse, sentia que iria explodir se não contasse logo para alguém.

Pensava em qualquer um:

Sua avó...Não acreditaria nele, era óbvio! Era capaz de nem conseguir começar o assunto com ela, pois provavelmente ia começar a reclamar de alguma coisa da vida alheia ou pedir ajuda para cuidar do Mikey.

Talvez o Ray, sempre foi seu melhor amigo depois do Frank... Claro que não! Com certeza sairia contando para a turma toda, e todas as outras pessoas que conhecia...

Quem sabe pudesse apenas escrever uma música ou um texto qualquer, só para desabafar? Sempre fazia isso e melhorava um pouco... Mas seria o suficiente? Provavelmente não...

– Não dá! Tem que ser o Frank! – Gritou choramingando, jogando um de seus travesseiros longe.

– O quê que não dá, filho? – Donald bateu na porta do quarto.

– Ahn, pai...?! – Balançou a cabeça.

– Aconteceu alguma coisa Gee?

Gerard fez uma careta.

– E-estou bem... – Abaixou a cabeça – P-pode ir embora...

– Gerard Arthur Way, já passam das seis horas da tarde e você quase não sai desse quarto! Ande, vamos lá pra sala....

– N-não quero.

– Ouviu o que eu falei?

– S-s-sim.

– Então vamos, saia do quarto.

– Não... Não vai fazer nada comigo, não é? – Falou baixo.

– Já sabe o que vai acontecer... Saia.

– P-por favor, hoje não... – Choramingou.

– Gerard... – Donald resmungou impaciente.

– S-só hoje, por favor, não faça nada... O Frank vem aqui... – Desabou.

– Diga para ele não vir mais. Ponto.

– Não! – Gritou em meio ao choro de novo.

– Gee, pare de chorar, isso não é coisa para garotos como você...

– Ele vai vir sim! Hoje! – Continuou, jogando outro travesseiro contra a porta.

Um silencio contagiou a casa a não ser pelos soluços baixinhos de Gerard, até que Donald resolveu se pronunciar pela última vez:

– Ligue para ele cancelando isso, ou só vai piorar para o seu lado, querido... – Saiu.


Não restava mais o que fazer, quanto mais tentasse escapar de seu pai, mais tudo piorava. O jeito foi ligar para o Iero, já temendo o pior. Novamente.

Alôww... – Uma voz doce e suave percorreu a linha.

– T-tia Linda?

Awn, Gerard! Tudo bem, amor?

S-sim... – Suspirou pesado – Frank está aí?

Ora, ele saiu à uns minutos, disse que ia para sua casa. Já deve estar chegando, na verdade...

Ah não... – Resmungou baixo, mas Linda conseguiu ouvi-lo.

Aconteceu alguma coisa, querido?

– O-o quê?! – Arregalou os olhos – N-n... Não, claro que não! Haha... Foi só pra... Pra...

Está tudo bem mesmo? Fran me contou que você tem faltado às aulas e-

Está tudo ótimo sim, tia Linda!

Linda respirou fundo e ficou sem falar nada por alguns instantes.

Sabe que se tiver algum problema pode contar com a gente, não é? – Desconfiou – Pode vir pra cá o dia que for e...

Estou bem. – Respondeu um pouco impaciente – Obrigado, do mesmo jeito... Agora, preciso desligar...

– Okay, então, até mais! Beijos querido.

Pra você também tia. – Desligaram.

Tratou de colocar o telefone no criado mudo, sentar-se na cama e respirar fundo fechando os olhos.

– Droga... – Suspirou.



– Gerard! – Donald o chamou da sala...

O menor não falou nada, apenas se levantou e foi até onde já imaginava que o pai estaria.

– Ah... Que bom que dessa vez não inventou nada para demorar... – Resmungou – Já desmarcou com seu amiguinho?

– Er... Sobre isso... – Gerard encarou o chão.

– Shhh. – O silenciou com o dedo indicador em seus lábios – Hoje a noite toda é só... Nossa.

– C-c-certo. – Encarou o chão e deixando ser conduzido pelo pai até o sofá.

Agora, para Gerard só restara mesmo rezar para que nada tão ruim acontecesse mesmo.



~Frank POV’s On~

Ok. Estava certo, eu precisava concertar as coisas. Precisava dizer à ele tudo o que sentia. Pronto.

Não podia ser tão difícil, não?

Provavelmente sim. Hoje só vejo colegas da minha sala que pensam somente em ir a essas sociais que o pessoal faz somente para competir quem pega mais garotas. Mas eu não, eu amo a mesma pessoa desde pequeno, desde que o conheci, mesmo que naquela época fosse só amizade.

Mas mesmo assim, os garotos competem sobre ficar com mais garotas, não com outros garotos e vice-versa.

E não é só na minha idade. Parece que hoje todos que têm de doze à dezessete, só querem ficar, cada semana com uma pessoa diferente.

Óbvio que alguns só dizem que é diversão, e que essa é a idade onde fazemos essas coisas.

Minha mãe sabia o quanto eu odiava essas generalizações.

Não pode ser certo você dizer para uma pessoa que acha ela linda e gostosa, que quer passar essa noite com ela, e depois simplesmente fingir que nada daquilo aconteceu! Já conheci gente que beijou garota que nem sabia o nome, mas tinha que pegar ela porque era gostosa.

De qualquer jeito, ainda me perguntavam “porque naquela noite você não ficou com a Jamia? Tava na cara que ela não parava de olhar pra você!

E era verdade, ela parecia mesmo ser um pouco “chegada” a mim, mas não adiantava. Eu não ia corresponder, e mesmo que o Gerard também não, era ele que eu amava. Então, o jeito era dizer que nem tinha visto Jamia lá, ou algo do tipo. Era evidente que pessoas como Simon, Bob e Ray não acreditavam, ?

Mas isso não importava agora. Eu já estava no meio do caminho da casa do Gee, e não tinha mais volta. Bom, até poderia ter, mas eu não faria isso.

Passei a tarde contando tudo que era preciso para minha mãe. Já tinha idade para saber do que eu gostava ou não, então o melhor foi desabafar de uma vez.


“- Mãe...? – Colocou os dois pratos que jaziam na mesa da cozinha para a pia.

– Sim, Fran?

– P-posso falar com você?

– Ora, claro filho!

– Mas... Em particular... – Se aproximou de Linda.

– Sim, sim. Mas querido, estamos sozinhos em casa! – Desconfiou.

– Eu sei... Mas... Não pode ser no meu quarto?

– Como quiser. – Colocaram o resto da louça do almoço na pia e foram até o quarto do pequeno. Linda conseguia ver um tom de nervosismo no filho, mas ainda assim tentava não tocar nesses assuntos, para não deixar o outro desconfortável – Então?

– Bom... – Fechou a porta do quarto, abaixou as persianas da janela, deixando o quarto bem escuro, apenas com a luz de sua luminária no criado-mudo. Correu até sua cama, onde tratou de se sentar e agarrar o travesseiro por alguns instantes. Chamou a mãe para sentar ao seu lado e assim que esta o fez, tentou continuar – É que eu to precisando muito falar umas coisas com você, que já vem acontecendo há um tempinho... – Abaixou a cabeça.

– Está tudo bem Fran? – Tirou uma mecha do cabelo do filho de seu rosto.

– N-não... Sim...? – Balançou forte a cabeça – Não sei! Acho que... Que só depende de você.

– Oras, por quê?! – Se assustou.

– Promete que não vai me bater?

– Claro que não farei isso com você! Nunca!

– Nem me expulsar de casa? Querer perder todo contato comigo? Não me considerar mais seu filho? E... E...

– O que está acontecendo afinal, Frank Anthony Thomas Iero Júnior? – Ela cruzou os braços, mesmo assim, sorrindo de lado.

– E-eu só não quero que não goste mais de mim por causa disso... – Procurou algum ponto do quarto para fixar seu olhar freneticamente.

– Querido, isso nunca vai acontecer. – Acariciou o rosto do filho – Você sabe que eu sempre vou te amar, não importa o que aconteça! Sempre!

–Eu também... – Sorriu tímido.

– Está melhor para falar agora?

– Acho que... Sei lá. – Resmungou – Mas... É que desde o ano passado, está acontecendo uma coisa um tanto... Estranha, é.

– C-como assim?

– É que e-eu... Bom, o Gerard... – De repente, puxou a ponta de seus cabelos com força, jogando o travesseiro longe. Parecia que estava enlouquecendo; e de algum modo, estava mesmo – Mas que droga! Eu gosto muito dele! Muito! – Choramingou.

– F-frank... – Linda se aproximou mais do filho, na esperança de acalmá-lo – Isso é bom querido, você tem que gostar muito dos seus amigos e--

– Não gosto dele como meu amigo! – Desabou de uma vez, deixando-se deitar com a cabeça apoiada no colo da mãe, enquanto as lágrimas já rolavam e seu choro já era alto.

Linda não falou mais nada, apenas afagava as costas do menor em seu colo e fitava um ponto na parede. – E agora? O que falar numa hora dessas? – Pensava, aflita.

– Já falou tudo que sente para ele? – Perguntou, mantendo o tom da voz doce.

– O-o quê? – Frank levantou a cabeça, fitando-a sério e enxugando uma lágrima que ainda caía.

– Você está falando tudo isso para a pessoa errada. – Sorriu – Acho que o próprio Gerard adoraria ouvir tudo isso de você.

– A-acha? – Fungou.

– Tenho certeza. – Assentiu – Nunca viu como ele fica tão bobo ao seu lado? Vocês dois ficam assim, na verdade! – Gargalhou suave.

– Mas... Mas v-você não se importa? Não vai fazer n-nada comigo?! – Volveu a se sentar na cama.

– Eu te disse que sempre vou te amar, não importa o que aconteça. Até porque, você gostar de meninos ou meninas não vai mudar seu caráter, não faz de você uma pessoa boa ou ruim e se alguém não gostar de você por causa disso, é porque ela não merece sua amizade. – Frank parava de chorar aos poucos, a cada palavra que Linda dizia. Era um grande alívio saber que sua mãe não se importava com uma coisa daquelas. Ele não era burro, sabia muito bem o que certas pessoas faziam com gays e bissexuais – tais notícias que já eram até comuns nos jornais -, e já tinha idade o suficiente para saber o que era também.

– É sério isso? – Arregalou os olhos, perplexo.

– Muito. – Sorriu novamente. Frank ainda ia interrompê-la para perguntar mais alguma coisa, mas antes que pudesse fazê-lo, continuou – E não, não vou te expulsar de casa! Muito menos te odiar, Fran! Eu te amo, independente de tudo! – O abraçou.

– Eu... Eu... Obrigado! Muito obrigado! – Afundou a cabeça no pescoço da mãe.

– Apenas só mais uma coisa... – Ele assentiu com a cabeça – Sabe que vai ter quase um mundo inteiro contra você, não é? Não quero ser pessimista nem nada, mas muitos amigos podem querer se afastar de você, até professores às vezes podem começar a te implicar e...

– Eu já sei, mãe! – Gargalhou, fazendo Linda sorrir de leve – Mas não me importo. Desde que o Gee...erard saiba o quanto eu gosto dele, vai estar tudo bem. – Abriu um grande sorriso.

– Own, meu garoto! Está crescendo, que dó... – Riu fazendo-se de triste – Não se preocupe amor, vai dar tudo certo. – Beijou a testa do pequeno.

– Tomara... “

Lembrar disso me deixava feliz, até porque, saber que seus pais o apóiam em algo tão complicado, muda completamente toda a dificuldade. Só esperava que minha mãe estivesse certa de que Gerard também gostasse de mim...



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Notas finais do capítulo

Bom... E aí? Gostaram? ~grilos~
Sério, ainda não acredito que to desde uma pouco da tarde escrevendo isso POKSAOPSA
Então, mais uma coisinha: Vejo vocês nas Reviews, certo?
Bem, no próximo as coisas ficam mais... Tensas, tristes e deprês, certo?² ~queriam que eu dissesse que as coisas iriam esquentar, né? (66666'' tsc tsc -.-
Não tenho o que falar aqui... e.e ~novidade~ Então, até o próximo!
Beijos :* XOXO Adrenaline Dimension