The One That Got Away-You Still Love Me? escrita por lalala


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

...nada a dizer, o capítulo já tava pronto mas acabei enrolando ahsuashaushasuha ~please, don't kill me, i love you ^^''''~
Boa leitura ;P



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Estava na vizinhança de Gerard; um pequeno bairro com ruas de paralelepípedo, um campo de areia de futebol e vários sobradinhos. Conhecia algumas crianças do lugar, pois desde pequeno sempre ia até lá passar o dia com o maior. Meu pai nunca havia gostado muito disso, valorizava demais o que as pessoas tinham e quando soube que meu melhor amigo morava em condições não muito boas, parou até de falar comigo direito.

Linda diz que não, mas às vezes eu tenho quase certeza de que foi um dos grandes motivos para que se separassem, e sempre que chegavam as semanas de eu ir para a casa dele, só tínhamos uma regra: Não tocar nos assuntos que envolvam o Gerard. Eu só o fazia porque não queria perder contato de vez com meu pai... Por mais que tivesse essas relações – que ele tratava muito sério mesmo – com o trabalho e valores materiais nas pessoas, quando estava comigo, éramos apenas pai e filho, e de um modo ou de outro isso era bom demais.

Finalmente, avistei a pequena casinha – que lembrava um velho chalé de madeira e pedras – que no meio de tantas bem piores, parecia até que estava no lugar errado e precisava ser movida para algum lugar mais bonito.

Tinha um gramado que ia até a calçada com um caminho de terra. Awn, chegava a ser fofo.

Ia bater na porta quando ouvi soluços fracos, vindo de dentro da casa. Hesitei em tocar na maçaneta e olhei para os lados rapidamente para ver se não tinha ninguém por perto.

- É o Gee. – Resmunguei.

Fui até a janela mais baixa da casa, que dava visão direto na sala. Uma cortina fina e clara atrapalhava a visão, mas por ser assim, ela só ficava embaçada.

Semicerrei os olhos tentando ver melhor. Quando peguei o foco da imagem por trás da cortina, arregalei os mesmo e num ato repentino dei um passo para trás.

- Gerard! Meu Gerard! – Pensei segurando para não gritar, balançando a cabeça.

Aquilo não podia estar acontecendo! Voltei para a calçada, ainda com passos assustados sem saber o que fazer. Era horrível, mas agora tudo começava a fazer sentido.

Ninguém era tão tímido como ele sem nenhum motivo. Ninguém tinha tanto medo de tudo sem nenhum motivo. Ninguém era tão inseguro sem nenhum motivo. Ninguém era tão - como ele mesmo havia dito, - estranho sem nenhum motivo.

E agora todos os motivos ficaram muito mais do que claros. Todas as vezes que Donald ia buscá-lo, as desculpas sem sentido do Gerard para ir pra casa sozinho, chegar atrasado e não saber explicar o por quê... Tudo.

E agora eu encontrava os dois ali, no sofá. Era pressão demais para um dia só...

E toda essa pressão se misturou com raiva. Muita raiva. Sei o quanto deve ser difícil para ele contar isso que o pai faz a alguém, mas Gerard mentiu para mim.

Mentiu.

Depois de anos de amizade, depois de eu ter perguntado-o se estava tudo bem, se precisava falar alguma coisa, se sabia de seus segredos, para que pudesse ajudá-lo.

- Seu idiota! – Resmunguei. Peguei uma pedra no começo do gramado de sua casa e me aproximei de novo, jogando-a na mesma janela em que eu estava há pouco tempo, que foi quebrada na hora – Idiota!!! – Gritei.

~Frank POV’s Off~

- M-mas o quê?! – Donald se levantou do sofá e olhou para a janela, agora quebrada cheia de pequenos cacos à sua volta e uma pedra de tamanho médio num canto da sala.

Gerard se sentou rápido, parou de soluçar e fitou a janela assustado.

- F-frank...? – Arregalou os olhos, pensando alto.

De repente foram ouvidas fortes batidas na porta, que mais pareciam chutes. Foram algumas batidas e gritos abafados até tudo parar e se ouvir passos apressados se afastando. Donald deu meia-volta, virando-se para o filho.

- O que eu te disse sobre seu amiguinho?!

- Eu... Eu... – Recuou – Frank?

A mente de Gerard se embaraçou. Poderia ser qualquer outra pessoa ali, menos ele e... - Oh não, ele o viu mesmo ali? Com seu pai? Depois de ter lhe garantido que estava tudo bem? – Balançou a cabeça.

E agora se tomava conta, todo o seu pesadelo ganhara vida. Por sorte, Frank não havia visto nada “demais”, por alguns minutos de antecedência, chegou na hora em que Donald apenas beijava e acariciava o filho, deitado no sofá, e havia tirado apenas seu casaco do colégio.

Poderia ter torcido para que o Iero não tivesse entendido direito, ou que em um ato de burrice, não percebesse nada; mas sabia que Frank tinha visto e percebido tudo, tudo acabado desde o início de sua amizade.

- Não, não, não, não, não, não, não... – Falava baixinho a si mesmo, enquanto passava as mãos pelo cabelo desarrumado – Frank!! – Gritou e saiu correndo porta a fora, desviando do olhar raivoso do pai indignado.

A rua já estava deserta e escura, sendo iluminada apenas por dois ou três postes de luz alaranjada. Gerard ouvia os passos de Frank não muito longe dos seus; aos poucos pôde alcançá-lo.

- Fran... Espera! – Soluçou – N-não é o que parece! – Conseguiu segurar o braço do menor, que parou e virou para o outro, olhando-o com o desdém. Os dois parados no meio da rua – que há essa hora não tinha um carro sequer -, a única coisa que o Way podia fazer essa chorar lutando para que Frank não fosse embora.

- Não é o que parece?! Não é?! Então me diz o que foi aquilo porque tem algo muito errado por aqui! – Cruzou os braços irritado – Você mentiu pra mim, Gerard! Depois de tu-

- Não! Eu n-não menti! – Balançou cabeça – Você não entende, é di-difícil, sabia?!

- E eu poderia ter te ajudado! – Se livrou da mão do maior que apertava vez ou outra – Se você tivesse falado a verdade!

- Falar assim é fácil, não é?! – Esfregou os olhos – O quê queria que eu dissesse...? – Suas palavras sumiam entre os prantos. Acabou se ajoelhando no meio do asfalto frio, cobrindo o rosto com as mãos – Por favor, Frank... Não... Não me deixa aqui! M-me ajuda... P-porque não fingimos que n-nada disso aconteceu...? – Ainda de joelhos, abraçou as pernas do menor, na esperança de ficar com ele ali. Segurava-as com força, laçando elas com os braços.

- Como, Gerard?! Fingir que nada aconteceu?! – Way fitava-o do chão – Olha como seu pai te deixou! E se eu tivesse não tivesse chegado, o que você estaria, como estaria agora?! – Brigou e o outro não respondeu – Você sabe tanto quanto eu!

- Fran... – Apertou a perna do pequeno contra o peito, as lágrimas a caírem sobre seu rosto pálido – M-me dá uma chance... Me ajuda, é s-sério...

O Iero acabou hesitando em responder. Não tinha olhado nos olhos de Gerard uma vez sequer durante toda a discussão, vacilou e abaixou a cabeça, vendo seu melhor amigo ajoelhado à sua frente, implorando para não ser esquecido, dedurado e ter uma amizade perdida. Mal sabia Frank, que essa amizade de que o Way tanto preservava, era nada mais que o mesmo amor que o outro também sentia. Seu choro sofrido e alto, que era interrompido por soluços, fisgava na cabeça do menor; sabia o quanto tudo que viveram até aquele momento, mudaria drasticamente – não do jeito que pensara ao sair de casa, mas também não imaginava que tudo pudesse ficar tão pior – dali em diante.

Mas mesmo assim, sua raiva não diminuía. Ele sabia que estava errado por não querer perdoar o amigo, e só queria ajudá-lo, denunciar o pai, ou o que fosse para ver Gerard melhor, mas eram tantas coisas em sua cabeça agora, que mal pensava direito.

- Desculpe Gerard, - respirou fundo – mas dessa vez, não vai rolar. – Balançou uma das pernas, dando um chute fraco, fazendo o maior soltá-la ainda choramingando.

- Mas... Mas Frank! – Tentou puxá-lo para si novamente, mas o Iero apenas recuou.

- Não se preocupe, não vou sair contando o que seu pai faz com você para todo mundo... – Falou com desprezo – Seu “segredo” está seguro, mas... Não fala mais comigo, ok?

- P-p-por que...?

- Não vou conseguir olhar mais sua carinha... desprezível. – Choramingou, finalmente.

- FRANKIE!

- Te vejo por aí... – Soluçou baixinho. Foi embora ainda se mostrando sério. O que Gerard não viu, foi que quando seu pequeno virou-lhe as costas e saiu a andar de volta para sua casa, a primeira coisa que fez foi deixar uma lágrima solitária e sufocada pela briga, rolar...

- Volta Frankie, por favor... Não me deixa sozinho... – Sussurrou parado na rua, voltando a esconder o rosto com as mãos.

Frank acabou sumindo na escuridão do lugar, provavelmente já fora de sua vizinhança.

De repente duas fortes luzes brancas passaram pela rua em alta velocidade, assustando Gerard, que mesmo assim não foi até a calçada. Quando estas iluminaram intensamente seu rosto, fazendo-o fechar os olhos com medo, ouviu o barulho alto dos freios de um carro. Logo em seguida a porta deste se abrindo e o choro de uma criancinha vindo lá de dentro ecoou mais forte.

- Gee, está tudo bem, amor??! – Correu até ele, agachando-se na altura do outro, com um pequeno garotinho no colo – O que está fazendo aqui?

- Mãe... – Sem nem pensar, a abraçou como se não houvesse amanhã, voltando aos soluços pesados – Quero morrer...

Donna o levou até o carro, colocando-o no banco de trás e ignorando o que o filho havia dito enquanto a abraçava. Gerard pediu para ficar com Mikey no colo, onde permaneceu adormecido depois de parar de chorar com o impacto do carro na freada.

- O que aconteceu, lá na rua, filho? – Sua mãe colocava um pijama em Mikey, ao lado do filho mais velho, que permanecia atrás dela, seguindo-a por onde quer que fosse. Donald já tinha inventado outra coisa para fazer e se afastara de Gerard.

- Acabei de perder a pessoa mais importante da minha vida... – Não aguentou e foi direto para o quarto choramingando, onde ficou de olhos fechados até o dia seguinte, mesmo que quisesse ficar assim para sempre.

~Frank POV’s On~

Cheguei em casa batendo os pés e chorando baixo. Fechei a porta com certa ignorância, fazendo um barulho desagradável que fez com que minha mãe fosse até a entrada.

Ao ver meu estado, parado na porta com a pior expressão possível, correu até meu lado indo me abraçar.

- O que houve?!

- Não q-quero falar sobre i-isso. – Funguei.

- Gerard não correspondeu você, amor? – Afagou meu cabelo.

- N-não foi isso! Eu... Eu nem gosto dele mesmo.

- Fran...

- Vou pro meu quarto... – Não deixei que Linda me dissesse mais nada. Precisava ficar sozinho, recolocar tudo no lugar e muito provavelmente, começar uma vida nova. Sem Gerard Arthur Way.

Pelo menos meu pai ficaria feliz quando soubesse disso...

Me joguei na cama pensando em tudo que disse para ele – Está tudo errado, tudo! – Pensei – Porque tinha que ter acontecido logo hoje?! – Choraminguei – Eu nem... – Arregalei os olhos.

- Nem disse o quanto eu te amava, Gerard... – Afundei o rosto no travesseiro.


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Notas finais do capítulo

'_______' Éh nééh... altas emoções? Sou muito dramática pra escrever? (pior que sou)Frank devia ter ajudado o Gee?? Com certeza, mas é um idiota mesmo u__u ignoreeem
Bom, o próximo capítulo já está sendo feito (foi por isso que demorei também), masa pretendo atualizar outras fic's antes dessa. Enfim, reviews??
Até o próximo galera lol
Beijão