And All Things Will End escrita por Saáh


Capítulo 33
Capítulo 32 - Pais e filhos


Notas iniciais do capítulo

Gente? Alguém sentiu minha falta? kkkk'
Eu seii eu seii..demorei mais que o normal..
Desculpem por isso e pelo cap. mediano mais foi o que consegui me desdobrar para escrever em 5 dias..
Tudo por vocês mi amores :)
Então, aproveitando que não tenho as duas primeiras aulas na facu vim aqui alegrar o dia de vcs e salvar o da Ingrid Ferreira...assim eu espero haha'
Obrigadaa por todos os reviews e a baah21 que está deixando reviews em todos os cap... Sinta-se abraçada quando chegar aqui *---*
Espero que gostem de um cap. fofinho (sei lá, prefiro toda aquela história trágica, sangue e tripas maiis néh..)
Beijoos cat's



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Agarrei mais o pescoço de Matt sentindo seu cheiro enquanto ele me carregava. Agora eu entendia ainda mais o significado da frase 'Você só sabe a importância que alguém tem para você quando a perde.'

Eu precisava de Matt sempre e só agora consegui enxergar isso. No final é sempre ele quem está ali por mim.

Respirei fundo tentando parar as lágrimas enquanto Matt me colocava no banco do passageiro do seu carro. Continuei olhando para as gotas de chuva batendo no vidro enquanto ele sentava do meu lado e ficávamos em silêncio.

Podia sentir seu olhar cravado em meu rosto e a minha vontade era de agarrá-lo ali mesmo, mas a preocupação com o bebê falou mais alto. Olhei para o lado finalmente encarando ele.

"Matt, será que a gente pode ir pro hospital?"

Os olhos dele arregalaram e ele se aproximou mais de mim. "Porque? O que você tá sentindo? Tá tudo bem com o bebê?"

Suspirei. É, talvez a preocupação dele fosse só com o bebê mesmo. "Acho que sim, mas queria ter certeza disso. E... acho que eu machuquei meu pulso." Dessa última parte eu já tinha certeza.

Matt levantou a blusa delicadamente no braço em que eu segurava e seu olhar estreitou vendo meu pulso inchado e meio avermelhado.

"Você se machucou ou o Joe fez isso?"

"Como você... Espera aí, isso na sua camisa é sangue?"

"É, mas não é meu."

"Isso eu já percebi, mas de quem é?"

"Do Joe."

Tentei processar por um segundo as palavras dele. Será que Matt sabia o que tinha acontecido depois da última vez que nos vimos ou isso era uma consequência só das marcas nas minhas costas?

"Matt, o que você fez?"

"Um pequeno acerto de contas. Os outros estão terminando o que eu comecei." Ele abriu um sorriso travesso e já até imaginava como deveria estar sendo esse acerto.

Minha vontade era de por um momento poder esquecer todos esses problemas e ficar ali só com Matt. Ele interpretou errado meu silêncio enquanto pensava e virou rapidamente ligando o carro.

“Já estamos indo para o hospital.”

Me encolhi mais no banco enquanto ele acelerava. Matt perguntou algumas vezes se eu estava com dor, mas só respondi que não e voltamos ao silêncio. O clima parecia estar estranho entre nós agora e fiquei me perguntando se aquele beijo repentino no vestiário que tinha causado isso. Parecia ter acontecido a semanas, quando na verdade só fazia um dia.

Dr. Tyler rapidamente me atendeu e constatou que eu estava com uma pequena luxação no pulso. Insisti para que ele não colocasse nenhum gesso, já conhecendo os exageros dele, e acabei ficando só com uma tala com a promessa de que não ficaria mexendo o braço.

De resto acabei tendo que tomar um pouco de soro e glicose na veia pela grande quantidade de horas sem ingerir nenhum alimento. Provavelmente fugiria disso se o bebê não estivesse envolvido. Teria uma consulta no dia seguinte onde faria o ultrassom e confirmaríamos se estava tudo bem mesmo.

Enquanto Matt ia buscar o carro e eu esperava na cobertura da entrada do hospital, fiquei me perguntando para onde iria. Será que ele me aceitaria na casa dele? Matt pareceu ler meus pensamento e assim que entrei no carro ele já começou a falar.

"Você vai ficar lá em casa."

Ele retribuiu o sorriso que eu tinha no rosto. "Mais seus pais não vão achar ruim?"

"Não. Na verdade eles já sabem da gravidez e antes de você entrar nesse carro minha mãe estava praticamente gritando pra que eu levasse você pra lá." Ele deu uma risada como se lembrando de algo divertido.

"O que foi?"

"Ahh ...nada." Continuei olhando para ele que suspirou. "Ok. É que estava imaginando meu pai e minha mãe como avós. Sei lá, é meio bizarra essa cena." Comecei a rir também.

"Não mais do que eu e você como pais."

Matt parou em um semáforo e virou me encarando com as covinhas encantadoras em seu rosto. Nossos olhares ficaram presos um no outro pelo que pareceu muito tempo, até que algum infeliz buzinou atrás de nós e Matt voltou os olhos para a rua amaldiçoando todos.

Kim apareceu assim que pisei na garagem da casa deles.

"Oh meu Deus Clary. Está tudo bem? Fiquei tão preocupada. Você está toda molhada nessa roupa.. precisa de um banho quente antes que pegue um resfriado. Sabe que isso não é nada bom para o bebê e.."

"MÃE". Matt gritou enquanto eu tentava segurar o riso.

"Desculpe." Kim sorriu e me abraçou. "Fiquei com saudades."

"Eu também. Espero não incomodar."

"Oh imagina, eu vou adorar ter você aqui. Aliás, eu e Gary também vamos acompanhar essa gravidez de perto. Nosso primeiro neto."

"Ou neta." disse. Porque as pessoas sempre esqueciam que podia ser uma menina?

Kim pareceu nem prestar atenção ao que eu disse. Seus olhos quase brilhavam enquanto ela fitava minha barriga. Depois de toda essa história de o bebê isso e o bebê aquilo, me lembrei de que o bebê não estaria bem se eu também não estivesse. Olhei para Matt e ele pareceu perceber meu desconforto.

"Bom mãe, se não se importa acho que a Clary precisa descansar." Matt falou interrompendo o relato de Kim de como ela havia encontrado uma loja linda com roupas para bebê.

"Ok, tudo bem, desculpe eu estou exagerando na empolgação." Comecei a rir quando Matt concordou com ela. "Vou deixar vocês a sós. Acredito que também tenham muito o que conversar."

Matt e eu nos olhamos e começamos a andar em direção aos quartos sem dizer nada.

-x-

Terminei de enxugar meus cabelos na toalha e sai do banheiro. Fiquei surpresa quando Matt entregou uma bolsa minha com roupas e sentia que essa história estava cada vez mais mal contada. Caminhava distraída até o quarto de hóspedes quando fui pega de surpresa em um abraço de urso. Pela altura e corpo magricelo, não precisava nem olhar para saber quem era.

"AHH MINHA MAMÃE NUNCA MAIS FAÇA ISSO COMIGO OUVIU! NUNCA MAIS!"

Comecei a rir enquanto ele me balançava em seus braços.

"Ok The Rev, me coloque no chão agora antes que seu sobrinho vire pizza dentro da minha barriga."

Ele me soltou rapidamente com os olhos arregalados e quase cai no chão, mas senti alguém segurando meu braço e vi que era Matt enquanto escutava os outros rindo.

"Só você mesmo pra acreditar nessa desculpinha." Syn disse dando um tapa na nuca do The Rev enquanto eu me aproximava deles que estavam todos espaçosos dentro do quarto de hóspedes.

"Que bom que está tudo bem com você Clary. Ficamos realmente preocupados." Johnny falou enquanto eu sentava na cama e eles ficavam em volta de mim.

"Que lindo. Vocês são uns amores mesmo." disse apertando as bochechas dele que reclamou logo em seguida.

"Ah que ótimo, eles falam que sentiram sua falta e recebem elogios. Eu te encontro depois de horas procurando igual um louco e não recebo nenhum obrigado. NADA." Matt falou em um tom de brincadeira mais podia sentir um leve desconforto na voz dele.

"Tá com ciuminho é?" Syn disse.

Matt deu de ombros e eu sorri para ele. "Obrigada Matt, de verdade!."

Encarei ele por longos segundos e só lembrei que não estávamos sozinhos quando o silêncio se tornou desconfortável. Achei melhor mudar de assunto e saber a verdade de uma vez.

"Mais então, qual é a dessa história com o Joe?"

"O Matt falou o que ele estava fazendo com você." Zacky disse e podia ver a irritação nos olhos de todos eles.

"Sem contar que o diretor falou que você saiu da escola e logo depois o Joe foi atrás de você. Aliás você sabia que aquele canalha deu dinheiro para o diretor não escutar o que você falava e ele aceitou?" Matt falou.

Revirei os olhos "Imaginei mesmo. Mas.. então vocês bateram nele?" perguntei com expectativa.

"SIM. E MUITO. Acho que nunca vi tanto sangue na minha vida." The Rev riu enquanto tinha os braços levantados como se segurasse um troféu.

"Hum.. mas será que alguém viu? Sem contar que o Joe pode muito bem dar queixa por isso. Não quero que vocês tenham problemas por minha causa."

"Clary, escuta bem." Syn se aproximou e abaixou um pouco deixando nossos olhos na mesma altura. "O Joe não vai falar nada, e se falar será pior para ele. Já deixamos isso muito claro. Preocupe-se com você e o bebê ok? Senão você será uma mãe com cabelos brancos."

Comecei a rir e ele sorriu também se afastando. "Ok, tudo bem. Pelo menos acho que vocês devem ter feito um estrago maior do que o meu na cara dele."

"Aquele machucado no rosto dele foi você quem fez?" Matt perguntou surpreso.

"Sim, na verdade acho que sim. Não olhei para ver mas tenho certeza que chutei a cara dele."

"Clary, acho que eu tenho que te ensinar uns golpes melhores." Syn falou e todos riram mas Matt continuava sério. Ele quem se aproximou dessa vez e sentou do meu lado.

"Joe falou sobre planos... o que era exatamente?"

Suspirei. Se eles não gostaram da outra parte, imagina essa. Mas dessa vez não iria esconder deles.

"Ele queria que eu sofresse um aborto para que eu e ele ficássemos juntos."

Tensão se espalhou pelo ar e todos nós acompanhamos pelo olhar quando Matt levantou em silêncio da cama e parou em frente uma cadeira, segurando a parte de cima dela. Sem nenhum aviso ela foi arremessada contra uma parede enquanto Matt gritava.

"EU DEVIA TER MATADO AQUELE FILHA DA PUTA QUANDO TIVE A CHANCE. É ISSO QUE VOU FAZER DA PRÓXIMA VEZ."

Olhava assustada a reação dele. Matt virou me encarando e se aproximou rapidamente segurando meus braços com força.

"Ele nunca mais vai encostar um dedo em você e nem no nosso filho. Eu prometo Clary. Nunca mais!"

"Matt... o que aconteceu?"

Olhei para a porta onde Gary, Kim e Meredith olhavam assustados para nós.

Depois dos ânimos mais acalmados, me sentia extremamente cansada e sonolenta, afinal, tinha passado a noite na rua. Pedi licença a todos e depois de algumas reclamações consegui ficar sozinha no quarto, grande parte com o apoio de Kim. É, talvez não fosse tão ruim ter por perto alguém que soubesse como era estar grávida. Assim que deitei na cama meus olhos fecharam e adormeci.

-x-

The Rev, Zacky, Johnny e Syn também passaram a noite espalhados pela casa do Matt, algo que só descobri quando acordei no outro dia e encontrei The Rev deitado em um colchão no meio do corredor, bem em frente a porta do quarto dos hóspedes.

"Fiquei aqui só para o caso de que você precisasse de alguma coisa." Ele me falou sorrindo.

Nenhum de nós foi para a escola e passamos a manhã inteira conversando sobre assuntos variados. Kim não gostou quando descobriu que eu iria na turnê junto com os meninos, mas depois de alguma insistência e do sorriso angelical do Matt dizendo que eu ligaria todos os dias para falar o que estava sentindo, ela concordou.

Percebi que minha fome estava aumentando mais a cada dia e agora estando em uma casa de verdade acabei deixando meu estômago e o bebê mais felizes. Meredith e Kim viviam me mimando com pratos um mais deliciosos do que o outro. Ás vezes elas exageravam e tinha que insistir que se comesse mais acabaria vomitando, o que não era totalmente mentira.

No final da tarde Matt me levou para a consulta com o Dr. Peter e os meninos insistiram em ir junto.

"Hãn, então Clary, desculpe mas você só pode entrar com um acompanhante."

Olhei para os rostos em expectativa atrás de mim que se tornavam desapontados.

"Eu deixo você ir Matt." The Rev falou e vi Matt revirando os olhos.

"Mas é óbvio que sou que vou, não preciso de você pra deixar."

Os dois começaram uma pequena discussão mas parei eles enquanto Dr. Peter analisava com olhos de águia os 5 garotos tatuados. Entramos dentro da sala e sentamos nas cadeiras de frente para ele.

"Desculpe a pergunta, mas imagino que você seja o pai desse bebê?!"

"Sim." Matt disse com o sorriso com covinhas.

"Ótimo. Não acho certo mesmo mulheres criando sozinhas filhos que não foram só elas que fizeram." Ele deu um olhar severo para Matt que só assentiu. Se não estivesse tão tensa, acredito que teria achado essa cena cômica.

Dr. Peter fez várias perguntas e eu ia respondendo elas automaticamente enquanto Matt ficava em silêncio só observando. Matt também acabou tirando algumas dúvidas e nos dois ficamos meio constrangidos quando Peter informou que a gravidez não era um empecilho para fazermos sexo. Percebendo nosso desconforto ele mudou de assunto rapidamente.

"Bom, então chegou a hora de ver como vai esse bebê."

Sorri enquanto ia até a espécie de maca e Peter preparava os instrumentos para o ultrassom. Matt ficou parado do meu lado observando mais uma vez enquanto Peter passava o 'gel' pela minha barriga e eu tentava enxergar alguma coisa na tela.

"Muito bem, e aqui temos nosso grande bebê." Peter falou depois de ter colocado um CD para gravar as imagens.

Olhei para a tela em expectativa e mais uma vez só tinha a visão do borrão sem graça. Olhei para Matt e ele também tinha uma expressão confusa e os olhos enrrugados como se tentasse enxergar com dificuldade alguma coisa.

"Tem certeza que tem um bebê ai?"

Peter sorriu " Sim e vou provar para vocês."

Ele mexeu em alguns botões e um pouco depois um leve som preencheu a sala. O coração do bebê.


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Notas finais do capítulo

Sinto que o fim se aproxima...



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