And All Things Will End escrita por Saáh


Capítulo 32
Capítulo 31 - Sonhos ou pesadelos?


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas de my life..
Mais um capítulo fresquinho pra vocês.
Obrigadaa a aquelas que não andaram cheirando umas e ainda deixam reviews..porque néh, sei lá o que que foi que possuiu os outros leitores desssa fic que sumiram u.u'
E hum.. ninguém acertou aonde a Clary foi. Nenhum lugar muito 'ohh' na verdade haha
Mas espero que gostem :)
Beijoos e boa leitura.



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POV Matt

Olhei confuso para o meu celular. Porque a Clary tinha dado um toque e agora quando eu ligo ela não atende? Tentei mais uma vez e dessa vez apareceu a mensagem que o celular estava desligado.

Estranho, muito estranho. Será que ela tinha perdido o celular de novo? Ou... sido assaltada?

Dei um pulo da minha cama e corri para o carro já em direção ao prédio dela. João me falou que ela ainda não havia chegado e sinceramente, não tinha motivos pra desconfiar dele. Então perguntei por Joe, mas ele também não estava lá. Uma pena.

Voltei para o carro e dirigi até a casa do Syn já que havíamos combinado de nos encontrar para conversar sobre a turnê. Os outros já estavam lá quando cheguei.

“Zacky, a Clary tava normal quando vocês foram deixar ela em casa?” Ele me olhou parecendo estar desconfortável e eu já estreitei o olhar. “Zacky...”

“Ok, a gente não levou ela pra casa.”

“O QUE?”

“Mas foi o The Rev quem falou pra gente não levar.”

Encarei The Rev que estava sentado do outro lado da sala e por pouco não voei em seu pescoço. “PORQUE VOCÊ FEZ ISSO?”

“Ei calma. Eu encontrei com ela quando a aula terminou, mas a inspetora pediu que ela fosse até a direção.. acho que o diretor queria falar sobre a gravidez ou algo assim. Até pensei em ir junto ou ficar lá esperando mas a inspetora mandou eu ir embora porque iria demorar essa conversa.”

“E ai você simplesmente foi embora?”

The Rev deu de ombros. “Fui... porque? “

“Porque agora não consigo falar com ela e em casa ela também não chegou.”

“Calma Matt, ás vezes ela ainda tá na escola.” Syn falou.

“Ah essa hora? Não... não acho provável. Não queria deixar ela sozinha, ainda mais depois de descobrir o que aquele filha da puta anda fazendo.”

“Quem?” Johnny perguntou.

Contei a eles as marcas nas costas da Clary e a pequena confirmação de que era Joe o responsável por isso.

“E o que você tá esperando pra ir lá quebrar a cara dele?” The Rev praticamente gritou.

“Não sei.. me controlando pra não matar aquele desgraçado.”

“Mata! Se não matar eu mesmo mato.” Syn falou já ficando de pé e os outros seguiram seu movimento.

“Esse cara não tá batendo só na Clary. Ele tá batendo no teu filho também e isso não tem nem o que pensa.” Zacky falou exaltado.

“Ei calma ai vocês agora.. ele também não estava no prédio a hora que eu fui lá. Ou vocês acham que eu vou deixar por isso mesmo?”

Eles pareceram ler meus pensamentos e abriram sorrisos macabros.


–x-


Estava ali parado na frente do prédio de novo. Já tinha ido na escola e simplesmente ninguém viu ela saindo. Segundo João, Joe havia aparecido no prédio rapidamente e havia saído de novo. E nada da Clary.

Isso era desesperador na verdade, não saber aonde meu filho estava.. aonde ela estava. As horas foram passando e eu tentava pensar que ela estava bem mas isso não era normal. Obviamente meus pais perceberam a tensão quando voltei para casa.

“Matt você não vai jantar?”

“Não mãe, tô sem fome.”

“Matt... volta aqui.”

Com um longo suspiro desci os degraus que havia subido e fui até a copa aonde ela e meu pai estavam sentados na mesa.

“O que está acontecendo Matt? Você anda estranho esses dias. É alguma coisa com a escola? A banda?”

“Não pai... na verdade, acho que preciso contar uma coisa pra vocês. É... sobre a Clary.”

“Vocês voltaram? A meu Deus que maravilha, você sabe que gostei dela né e acho que vocês dois têm que ficar juntos mesmo. Não gostei nenhum pouco de saber que vocês tinham brigado e..”

“MÃE... a gente não voltou. Tecnicamente.”

“Como assim Matt?” Gary me olhou confuso e vi a mesma expressão no rosto da minha mãe. Respirei fundo e criei coragem. Era agora.

“É que a Clary.. está grávida. De um filho meu.”

Olhei atentamente para os dois. Kim tinha um olhar assustado e Gary uma expressão neutra. Engoli seco e fui surpreendido por um tapa forte nas minhas costas.

“Esse é meu filho, orgulho do pai! E então, quando é o casório?”

“Casório? Não pai.. a gente não vai casar.”

“COMO NÃO?” Ele gritou e Kim segurou suas mãos forte.

“Matt, explique essa história direito. Como assim a Clary está grávida e vocês não estão juntos?”

“Nós tivemos algumas brigas mas eu não sabia da gravidez até pouco tempo atrás. Sei que vocês devem achar que sou muito novo pra tudo isso mas vou dar conta. E se precisar eu arranjo algum emprego.. além disso tem a banda e...” Falei tudo de uma vez até que Kim segurou minha mão.

“Matt, nós vamos te apoiar não importa qual for a sua decisão. Não é mesmo Gary?”

Meu pai ainda parecia meio abalado mas sorriu mesmo assim. “É. Mas.. eu tenho cara de quem é avô?”

Comecei a rir. Nesse momento percebi a sorte que tinha em ter pais como eles.

“Mas Matt, ainda não acho certo vocês dois estarem separados.”

“Eu sei mãe, mas isso é um assunto um tanto quanto.. complicado.”


–x-


Olhei desesperado para os corredores sem nenhum sinal da Clary.

“Calma Matt, a gente vai achar ela.” Johnny falou tentando parecer convincente.

“Ela não passou a noite em casa, você tem noção disso? E a única coisa que tenho é uma chamada perdida vinda de um telefone público. Só pode ter sido dela!” Maldita hora em que fui tomar banho e fiquei longe do celular.

Passei a mão pela minha cabeça puxando alguns fios de cabelo, como se arrancá-los fosse resolver os meus problemas.

“Matt, pode vir falar com o diretor.” A inspetora mal terminou de falar e eu já passava pela porta.

“Matt, que surpresa recebe-lo aqui por vontade própria. Em que posso ajudar?”

“Pois é, as coisas mudam. Precisava saber de uma coisa. A Clary esteve aqui ontem né?”

Ele se mexeu desconfortável na cadeira e vi quando uma gota de suor brotou na testa dele.

“Sim... conversamos sobre a gravidez. Você já deve saber que ela..”

“Sim eu sei e eu sou pai dessa criança. Adoraria escutar todo o sermão que você passou pra ela mas no momento estou mais preocupado em encontra-la. Você sabe para onde ela foi depois que saiu daqui?”

O rosto dele se tornou mais branco que o normal. “Ela não apareceu desde ontem?”

“Não... e acho que você sabe de alguma coisa.” Olhei torto para ele que praticamente deu um pulo da cadeira.

“Nã..não... não sei de nada.”

“Não mesmo?”

Ele me encarou por um tempo e depois abaixou a cabeça tampando o rosto com as mãos.

“Oh meu Deus. O que eu fiz!”

“O QUE VOCÊ FEZ?” gritei levantando da cadeira e ele me olhou rapidamente assustado.

“Não calma, calma... Eu ... acho que fiz uma besteira.”

“Que besteira?” perguntei dando a volta na mesa e ele levantou se afastando de mim.

“Eu fingi que não escutei o que ela falou.. apesar de ser gravíssimo, mas entenda, eu precisava do dinheiro.. Eles me pagam muito mal aqui.”

“Que dinheiro? Do que você tá falando?” Parei na frente dele que já suava igual se tivesse corrido uma maratona.

“Ele apareceu aqui e ofereceu dinheiro para que eu não dissesse nada se ela falasse algo demais. Isso não é uma conduta certa de diretor, eu sei, mas acabei aceitando porque realmente precisava. Mas eu não sabia... não esperava ouvir o que ela disse. E desconfiei de que havia uma ameaça por trás das palavras dele mas não achei que ele fosse tomar uma atitude.. que ela fosse sumir.”

“QUEM?” gritei segurando a gola da camisa dele.

“O tio dela.. Joe. Ele esteve aqui ontem na nossa conversa e saiu logo depois dela.”

Meio segundo depois eu já estava atravessando as portas imaginando mentalmente todas as torturas para aquele desgraçado. Os outros perguntaram o que era mas eu estava puto demais e não sairia boa coisa se abrisse a boca.

Entrei no carro e sai dirigindo a toda velocidade com todos eles junto comigo.

“JOÃO”. Gritei.

“Oi Matt... O que foi? Alguma coisa aconteceu com a Srta. Clary?” Ele falou quando viu todos nós parados no portão.

“Não. Ela ainda não voltou né?”

“Não.. Mas o Sr. Joe voltou agora a pouco. Ele não estava com uma aparência muito boa.” E ficaria ainda pior.

“Ótimo. João abra o portão.”

“O que? Porque?”

“Porque sim.”

“Mas existem câmeras... Eu posso perder o emprego por isso.”

“Então diga que eu te ameacei.”

“Mas você não..”

Estiquei meu braço pelas grades e puxei ele pelo pescoço.” Só abra o portão.”

Soltei João e ele imediatamente abriu o portão.

“Fiquem aqui.”

“Nem pensar, eu vou junto.” Syn disse parando do meu lado.

“Eu tam..”

“Não, vocês ficam.”

“Matt...”

“Ok Syn, você vem, mas vocês ficam AQUI. A diversão de vocês vem mais tarde.”

“Droga!” Zacky e Johnny falaram juntos.

“Rinoceronte querido: dê uns bons socos por mim.” The Rev falou e Syn deu uma risada escandalosa.

Começamos a subir até o apartamento dela e minha raiva só aumentava quanto mais próximo eu chegava daquele andar.

Bati com força na porta enquanto Syn apertava insistentemente a campainha.

“MAIS QUE PORRA É ESSA?” Escutamos alguém gritando de lá de dentro e Syn estralou os dedos da mão.

Joe abriu a porta com cara de poucos amigos que se tornou pior ainda quando viu quem era. Ótimo, nosso ódio era mútuo. Me segurei com toda a minha boa vontade pra não dar um soco nele naquela mesma hora. Percebi que seu rosto parecia meio inchado e um machucado estava marcado na sua bochecha de forma estranha.

“O que..”

“Cadê a Clary?”

Ele me olhou atentamente e começou a rir. “Ah e você não sabe?”

Sério? Ele tava pedindo pra apanhar. “Cadê. Ela.” Falei pausadamente e sua expressão fechou.

“Se eu soubesse provavelmente não estaria aqui agora.”

Ele ia fechar a porta mas Syn esticou o braço e ao mesmo tempo entrei no apartamento indo em direção ao quarto dela.

“Ei, você não pode entrar aqui assim não. Eu vou chamar a polícia.”

“CHAMA. Quem sabe assim você vai preso.”

Olhei atentamente para cada detalhe no quarto. A cama ainda estava arrumada e tudo parecia no lugar. Voltei para a sala e encontrei Syn encarando Joe enquanto quase arrancava a porta das dobradiças. Ele sabia que eu é quem daria o primeiro soco. Era questão de honra isso!

“Me fala agora aonde ela tá ou...” Parei de andar e encarei o canto da sala. “Aquela é a mochila dela?”

Joe estreitou o olhar enquanto eu me aproximava da mochila que parecia ter passado pela chuva.

“E o celular dela?” Syn falou e olhei para onde ele encarava. Sim, era o celular dela em cima da mesa.

“ME FALA AGORA AONDE ELA TÁ SEU DESGRAÇADO!” disse me aproximando de Joe e Syn olhava com expectativa.

“Já disse, se soubesse não estaria aqui agora aturando vocês. Provavelmente estaria realizando meus planos.”

“Que planos?” Falei encurtando mais a distância entre sua cara idiota e minha mão.

“Os planos em que você e nem aquele bebê bastardo atrapalham a nossa vida.”

Ele não falou isso!

Meio milésimo de segundo depois minha mão acertava um soco naquela cara tapada. Joe bateu a cabeça na parede atrás dele e acabou caindo no chão. Parei em cima dele e continuei dando socos relembrando das palavras dele. “Bebê bastardo”. Não.. ele nunca mais ia dizer isso.

Parei quando ele já estava quase apagando. Sangue jorrava do nariz e da boca dele, além de haver cortes no supercílio e no queixo. Agarrei a gola da camisa dele e trouxe seu rosto pra perto do meu.

“Pra onde você levou ela?”

Joe ainda assim riu. “Adivinhe!”

Ele com certeza estava testando minha paciência. Dei um soco bem no estômago dele e apertei sua garganta. “Aonde.”

Quando ele não falou nada, dei outro soco e apertei mais sua garganta. “Acho melhor você falar.”

“Naquele bairro afastado perto da rodovia 77.”

“Mesmo?”

“Sim!” Ele tentou gritar.

“Acho melhor você não estar mentindo.”

“E eu acho melhor você encontrar ela antes de mim se ainda quiser ter um filho.”

Dei outro soco na cara dele e levantei. Syn me olhava com expectativa e se aproximou dando alguns chutes na barriga dele também.

“Syn você já sabe o que fazer.”

“Sei.” Ele falou sorrindo.

Syn pegou Joe que ainda permanecia meio acordado e jogou seu corpo pelos ombros, saindo andando do apartamento. Voltei para o quarto da Clary e peguei algumas roupas colocando em uma bolsa que encontrei. Ela não ficaria de jeito nenhum naquela casa. Quando estava quase saindo do quarto, vi o quadro com as fotos. Me aproximei mais e fiquei olhando para a nossa foto juntos. Eu vou te achar meu amor, espere que eu vou te achar.


–x-


[ http://www.youtube.com/watch?v=thHT3adDVwE ]

Ei, ei, Amor.
Olhando todas as coisas que eu fiz
Nunca pensei que acharia alguém
para compartilhar os sonhos que só eu tinha visto
Trancado na minha parte mais profunda de mim
Eu aproveitei a chance para apostar na vida
Não havia mais nada para esconder


Rodava pelas ruas observando cada pessoa e tentando achar a Clary. Quando sai do prédio, Syn e os outros estavam levando Joe para um canto onde provavelmente cada um descontaria a raiva que estava sentindo dele. Esperava que isso doesse muito.

Suspirei e continuei dirigindo olhando para as ruas. Acho que já tinha passado em todos os lugares perto ou não de onde Joe havia falado. E se ele estivesse mentindo?

Tentava acreditar que não, senão teria um lugar muito mais amplo e difícil pra encontrar ela. Mas eu não ia desistir. Ia até o fim do mundo se pra isso fosse achar a Clary.


E estou gritando:
Ei, ei, Amor.
você não vai deixar o seu toque neste coração que está partido?
Eu não posso respirar quando você não esta aqui
Hei, amor você não vai me levantar nas asas que voam alto
e sobre as estrelas que brilham lá no alto?


Quando já passava do meio-dia e começou a chover de novo, parei o carro e encostei a cabeça no volante. Pense como a Clary, Matt. Se você fosse ela, para onde iria?

Ok, ela já tinha tentado falar comigo. Pelo menos era isso o que achava. Hospital? Dr. Tyler? Não, estava longe de lá. Hum.. talvez nessa hora ela procurasse algum conhecido, mas qual é, ela só falava comigo e os meninos. Duvidava que ela procuraria outra pessoa ou mesmo alguém da escola. Talvez a mãe e o avô se eles estivessem vivos.

Mas... eles não estavam fisicamente. Levantei a cabeça e olhei mais atentamente o caminho. Não era longe. Será que ela estava lá, com eles?



Ei, ei, Amor.
Pensando em todas as coisas em que nós fizemos
Nós assistimos as ondas inundarem o sol,
Nós compartilhamos os sonhos que ambos vimos
os tornamos realidade
Nós encontramos uma maneira de resistir ao teste do tempo,
Todas as nossas dúvidas deixamos para trás
Se você nunca amar, então você nunca pode perder,
E eu espero sempre estar com você


Passei pelos portões do cemitério e tentei refazer o mesmo caminho de quando tinha vindo com ela. Aonde é que ficava o túmulo mesmo?

Fui caminhando lentamente no silêncio aonde só escutava meus passos e os pingos de chuva caindo. Observava as várias estátuas e comecei a me perguntar se ela estaria aqui mesmo. Tudo bem, ela sempre foi meio estranha. Sorri um pouco até que vi a conhecida estátua branca de um anjo. Andei mais rápido até lá e meu coração disparou quando vi outro anjo encolhido no chão.



Se a escuridão cair sobre nossos corações
Lembre-se dos sonhos no começo


Me aproximei lentamente e sentei na frente dela. Clary estava com a cabeça apoiada nos joelhos enquanto o moletom cobria seu rosto. Nas pernas e nas mãos consegui ver alguns machucados. Ela levantou a cabeça quando pareceu ter percebido minha presença e me olhou com tristeza. Havia mais um ralado em sua bochecha mas as lágrimas começaram a escorrer sobre ele e ela pulou em meus braços chorando mais uma vez.

Abracei ela também e me surpreendi quando senti uma lágrima escorrendo pelo meu rosto. Chorar não era algo com que estava acostumado mas pelo menos eram lágrimas de felicidade.

Ajeitei melhor Clary em meus braços e levantei carregando ela em direção a saída do cemitério. Me aproximei de seu rosto e dei um beijo na testa dela.

“Eu vou cuidar de você agora.”


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Notas finais do capítulo

Amaram? Odiaram? Faleeem comigoo =P



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