And All Things Will End escrita por Saáh


Capítulo 30
Capítulo 29 - Planos


Notas iniciais do capítulo

E aii minha gentee..
Seguinte, tava puta da vida com isso aquee..
Qual é, o número de leitores só aumentava e os reviews CADÊ?? CADÊ??
Poiis é, nenhum oi nem nada...me senti forever alone na bagaça :(
Lembrem-se, a única coisa que ganho com isso aqui é o reconhecimento de vocês pelo que escrevo!
Entãoo queria agradecer a quem me fez realmente feliz:
*as lindas maravilhosas que comentam sempree nos cap., sim vcs me fazem extremamente feliz =D
* a Steph, uma das autoras que eu maiis gosto e mandou uma recomendação *O*. Obrigadaa mais uma vez, cap. dedicado pra tu ;)
* e a Hanna, uma das autoras que eu tbm mais gosto e que começou a acompanhar a fic, então quando chegar nesse cap., sinta-se abraçada *--*
Beijoos gatas e boa leitura!



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Amigos. Essa palavra de repente se tornou extremamente estranha.

Passei o resto do dia junto com Matt contando como havia descoberto por acaso que estava grávida, o ultrassom e prometendo que ele iria me acompanhar todas as próximas vezes que fosse ao médico. Também falei que havia perdido meu celular, mas já estava com um número novo. Ele estranhou mas não fez mais perguntas, o que foi um alívio. Depois de tudo explicado voltei para o apartamento me sentindo mais tranquila quando não encontrei ninguém por lá.

No dia seguinte Syn, Zacky e Johnny vieram me buscar para a escola e isso se repetiu pelo resto da semana. Todo dia pelo menos 2 deles estavam ali me esperando e na saída Matt aparecia. Nunca entendi porque sempre encontrava eles conversando com o porteiro mas não fiz mais perguntas. Matt aos poucos também começou a andar mais perto de mim dentro da escola e a cada dia escutava menos fofocas relacionadas com a minha vida.

Tudo começava a ir bem, até que na quinta feira a aula de educação física foi na quadra.

“Você não vai jogar de jeito nenhum.” Matt disse segurando meu braço.

“Matt, para com isso. Eu vou jogar sim.”

“Não, não vai.”

“Algum problema por aqui.” O professor disse se aproximando enquanto os outros meninos nos encaravam.

“Não.” Falei ao mesmo tempo em que Matt disse “Sim.”

O professor nos olhou confuso. “Sim ou não?”

“Na verdade a Clary não está se sentindo muito bem então eu estava tentando convencê-la de que hoje era melhor ela não jogar.”

Fuzilei Matt enquanto o professor me olhou preocupado.

“É mesmo? O que você está sentindo? Acho melhor ir até a enfermaria então e..”

“NÃO” disse um pouco alto demais. “Não precisa, eu estou bem. O Matt é que é exagerado. Eu juro, se não me sentir bem paro de jogar.”

“Ok, mas o que você tem?”

“Ah... uma dor de cabeça chata só isso.”

Matt me olhou estranho mas o professor não viu. Depois que ele saiu de perto, Matt me puxou para um canto e sussurrou perto do meu ouvido.

“Porque você não falou a verdade?”

“Porque se ele souber, isso provavelmente vai chegar na direção, se é que já não chegou né. Mas enfim, eles podem querer chamar a Liss ou o Joe aqui, e não queria que eles soubessem tão cedo sobre essa gravidez.”

“Hum.. verdade. Desculpe, não tinha lembrado desse detalhe. Mas ainda acho que você não deveria jogar.”

“Eu estou bem Matt. E.. você já falou alguma coisa para os seus pais?”

Matt suspirou. “Não, estou pensando em como contar isso.”

Voltamos para quadra e acabei nem jogando muito mesmo. Apesar de estar bem, estava me sentindo cansada muito facilmente. Passei a tarde na casa do Matt vendo mais um ensaio dos garotos.

Depois Matt ainda quis que eu fosse junto com ele contar para os seus pais sobre a gravidez, mas não achei certo. Essa era uma conversa só deles. Com muita insistência acabei fazendo com que ele concordasse comigo. E ele mais uma vez adiou contar a verdade.

Quando cheguei no apartamento perdi totalmente a fome que estava sentindo. Dei de cara com Joe sentado no sofá assistindo filme na maldita TV. Acordei no outro dia totalmente sem ânimo mas fui para a escola mesmo assim.

O intervalo finalmente chegou e a falta de comida estava me matando praticamente.

“Clary, tá tudo bem?” Matt perguntou preocupado.

“Sim, só estou com fome.”

“Você parece meio pálida.” Syn falou e vi os olhares de todos eles com preocupação.

“Eu tô bem, já disse. Só preciso comer.”

“Eu vou lá.” Matt disse empurrando a cadeira pra trás.

“Não precisa, eu vou.”

“Não, você fica. Me diz o que você quer comer que eu...”

Matt foi interrompido por duas cadeiras sendo arrastadas. Olhei para o lado e encontrei Michelle e Valary sentando na nossa mesa.

“O que vocês querem?” Matt perguntou irritado.

“Nada. Só viemos ver se está tudo bem com a Clary e o bebê. Sabe querida, como sua amiga tenho que dizer: você não está com uma aparência muito boa hoje.” Michelle falou na maior naturalidade.

“Sério? E você acho que cheiro alguns antes de vir aqui querida.” Disse irônica e vi Johnny tentando esconder uma risada.

“Tanto faz. Achei que você gostaria disso.”

Michelle pegou um pote que ela tinha deixado em cima da mesa, tirou a tampa e empurrou ele deixando bem na minha frente. Abaixei o olhar para ver o que era ao mesmo tempo em que o cheiro me atingiu.

Só consegui saber o que era justamente pelo cheiro que sempre odiei. Peixe. Na verdade dentro do pote estava mais um emaranhado de escamas, tripas e sangue. Poucos segundos se passaram até que um enjoo forte me atingisse.

Escutei uma risadinha antes de levantar e sair correndo o mais rápido possível até o banheiro mais próximo. Qualquer resto de comida que ainda tivesse no meu estômago acabou indo embora.

Levantei bem devagar enquanto sentia as paredes rodando um pouco. Respirei fundo e fui até a pia lavando a minha boca o máximo que pude quando escutei batidas fortes na porta.

“Clary, você tá bem?” Era a voz do Matt.

“Sim, só um minuto. Já estou saindo.”

Enxuguei minha boca mas acabei virando rápido demais na hora de voltar a andar e percebi tardiamente quando minhas pernas ficaram moles. Senti o chão frio batendo em meu rosto antes que a escuridão aparecesse.

-x-

O chão se movia. Não, eu é que estava me movendo na verdade. Alguém me carregava e não precisava abrir os olhos pra saber quem era. Meu estômago começou a revirar de novo e apertei firme a camisa de quem me segurava.

“Matt, por favor para de andar.” Disse ainda com os olhos fechados.

Ele diminuiu o passo mas não parou.

Abri os olhos e vi sua expressão preocupada e assustada me encarando. Percebi que os outros também estavam em volta. O enjoo ficou mais forte mas antes que eu falasse Zacky abriu uma porta e reconheci que estávamos na enfermaria.

“O que aconteceu?”

A enfermeira disse já levantando da cadeira enquanto Matt caminhava até uma maca e me deitava cuidadosamente lá. Ele virou para falar com a enfermeira e eu olhei desesperadamente para os lados, vendo aliviada a porta de um banheiro.

“Ela desmaiou dentro do banheiro e ...”

Matt parou de falar no momento em que passei correndo por eles e fui até o banheiro. Só tive tempo de fechar a porta e me aproximar da pia antes que meu enjoo mostrasse seus efeitos.

Escutei quando a enfermeira pediu que todos eles saíssem, e os protestos escandalosos que fizeram. Um pouco depois tudo ficou silencioso e a enfermeira entrou no banheiro.

“Você não parece nada bem.”

Dei um sorriso triste e ela me ajudou a andar até a maca novamente.

“Qual seu nome?”

“Clary.”

“Eu sou a Hailey. O que você está sentindo exatamente?”

Suspirei. “Só um enjoo. Não comi nada já a algumas horas, então acho que por isso que desmaiei.”

“Mas esses enjoos estão acontecendo com muita frequência?”

“Não.” Menti.

“Não mesmo? Ou será que eu escutei errado os boatos de que uma aluna com o mesmo nome que o seu está grávida?” Oh merda.

“Ok, sou eu mesma. Eu estou grávida.”

Ela sorriu. “Tudo bem, não precisa se preocupar. E não é certo ficar tantas horas sem se alimentar estando nas suas condições.”

“Eu sei, mas já estava indo comer então não precisa se preocupar.” Disse levantando da maca e me apoiando nela quando tudo começou a rodar de novo.

“Fique quieta aqui por um tempo, você precisa de repouso e se hidratar melhor.”

“Posso fazer isso na minha casa na verdade.”

“Mas você é teimosa mesmo hein.” Hailey disse fazendo uma careta. “Ok, vou te liberar então contanto que você prometa que realmente irá se alimentar direito e repousar.”

“Sim, eu prometo.”

Ela me analisou por um tempo e deu de ombros. “Certo. Acho que agora posso deixar os 5 desesperados entrarem de novo.”

Ri da cara que ela vez. Quando a porta foi destrancada, Hailey mal conseguiu abrir ela antes que a sala fosse invadida pelos 5 tatuados que eu amava. Eles me rodearam e começaram a fazer milhares de perguntas ao mesmo tempo.

“QUIETOS OU COLOCO VOCÊS PRA FORA DE NOVO!” Hailey gritou e eles pararam de falar no mesmo instante. “Oh céus. Mas é sempre assim?”

“Quase sempre.” Falei rindo.

Depois de tudo explicado, sai da escola “escoltada”. Matt insistiu que eu ficasse na casa dele, já que Kim e Gary estavam viajando e só voltariam no domingo. Não me importei com isso. Qualquer atividade que envolvesse ficar longe do Joe já era lucro. Todos os garotos também foram para lá e passamos o dia no quarto do Matt jogando vídeo game, vendo filmes e falando besteira.

Ninguém comentou nada sobre o que tinha acontecido no intervalo, mas isso só serviu para que a minha raiva com aqueles clones malditos aumentasse. Como elas podiam ser tão vadias assim?

A noite chegou e todos foram embora. Tomei um banho e não me importei em ficar só com a minha calcinha e a camiseta que Matt havia me emprestado. Ele deu uma bela olhada para as minha pernas quando me viu, mas não comentou nada.  Acabei dormindo enquanto esperava Matt sair do banho.

Acordei no meio da noite com uma vontade louca de fazer xixi. Me surpreendi um pouco quando abri os olhos e vi que Matt estava deitado do meu lado na cama, mas nem me importei. Tentei fazer o mínimo de barulho possível para não acordar ele e acabei me assustando quando abri a porta do banheiro e encontrei Matt parado lá com uma cara de quem tinha caído da cama.

“Tá tudo bem?” Ele disse esfregando os olhos.

“Sim... porque você tá de pé?” Matt parecia tentar fazer um esforço imenso pra deixar os olhos abertos.

“Fiquei preocupado quando vi que você não estava do meu lado.” Ele me assustou dando um tapa no próprio rosto e pareceu acordar. “Mas tá tudo bem mesmo?” Matt me analisou de cima até embaixo.

“Sim, só precisava fazer xixi.”

Revirei os olhos e voltei pra cama seguida por ele. Ficamos ali em um silêncio completo e achei que iria dormir de novo até que Matt começou a falar.

“Clary, posso te pedir uma coisa meio estranha?”

Olhei para o lado e consegui enxergar seu rosto pela luz fraca que vinha por debaixo da porta do quarto. Matt fazia uma careta engraçada mas tentei não rir.

“Depende... o que?”

Ele se aproximou um pouco mais e senti sua respiração batendo em meu rosto quando ele respondeu.

“Posso passar a mão na sua barriga?”

Abri a boca para responder mas ele me interrompeu. “Eu sei, isso é estranho mas é que sei lá... eu meio que venho sonhando com isso a alguns dias. Mas também vou entender e aceitar se você não...”

“Tudo bem.”

Ele parou de falar e me encarou “Mesmo?”

“Aham.” Sorri e ele sorriu também.

Matt aproximou lentamente sua mão e apoiou ela delicadamente em cima da minha barriga. Ele não fez nenhum movimento e também não tinha nenhum contato direto já que a camisa estava por baixo da sua mão, mas olhando em seu rosto percebi o quanto aquele momento estava significando para ele.

Depois de um tempo Matt se aproximou mais de mim e apoio a cabeça no travesseiro perto do meu ombro sem em nenhum momento mover a mão de onde ela estava. Não dissemos nada e acabamos dormindo assim.

-x-

Subia as escadas com um sorriso bobo nos lábios relembrando o final de semana.

No sábado passei o dia junto com os meninos no ensaio e em um show a noite. Eles aproveitaram para conversar com o produtor só para confirmar a minha presença na turnê deles. Tentei insistir que não iria mas até o próprio produtor ficou falando que eu ia depois que Matt explicou a situação para ele.

“Agora os shows estão aumentando e vamos ganhar um bom dinheiro com essa turnê, mas se for preciso eu arranjo outro emprego, sem problemas. E tenho certeza que meus pais também vão querer ajudar quando eu contar.” Matt falou quando começamos a pensar nos gastos que teríamos com o bebê.

O local aonde ele ficaria também serviu para que quebrássemos a cabeça pensando. No final resolvi que procuraria o juiz para tentar provar que não precisava mais morar no mesmo lugar que Liss, e principalmente Joe. Não iria deixar esse bebê nenhum segundo perto deles.

A noite acabamos dormindo da mesma forma que no dia anterior. Era incrível como apesar de ainda não ter nenhum sinal externo de que estava grávida, essa criança já significava tudo para nós pelo simples fato de existir.

Tinha convencido Matt a me trazer para casa antes que seus pais aparecessem. Abri a porta do apartamento e segui para o meu quarto pegando uma roupa limpa e indo tomar um banho.

Quando sai, encontrei Joe deitado na minha cama passando o mesmo cinto de antes de um braço para o outro. Dei alguns passos para trás mas ele levantou rapidamente da cama e se aproximou.

“Aonde você passou o final de semana?”

“Não tenho que dar satisfações de nada para você.”

“Na verdade, tem sim. A partir do momento em que faço uma pergunta, espero respostas da mesma.”

“Desculpa mas nem tudo vai ser do jeito que você quer.”

Joe me olhou irritado e se aproximou mas sai correndo para a sala com ele vindo atrás de mim. Senti quando a fivela acertou minhas costas mas continuei correndo e consegui dar a volta pelo sofá, voltando pelo corredor até o meu quarto.

Ele conseguiu acertar mais 2 vezes as minhas costas, mas na terceira o cinto pegou em parte do meu braço. Entrei no quarto correndo e tranquei a porta enquanto ele esbravejava do outro lado.

-x-

Eu estava tensa e tinha mais do que motivos pra isso. Tentei parecer o mais normal possível no outro dia, mas era difícil enganar o Matt.

“Tá tudo bem mesmo Clary?” Ele perguntou pela milionésima vez.

“Sim.” Eu mesma não entendia porque não contava logo a verdade pra ele. Acho que só não queria mais confusão.

Estranhei quando na última aula o professor de educação física pediu que eu fosse falar com ele antes que começasse o jogo.

“Clary só queria dizer que se quiser não precisa ficar jogando. Eu te passo algum trabalho para que você não fique sem nota.”

“Como assim?” perguntei confusa. Ele suspirou.

“Eu sei e todos os outros professores já sabem que você está grávida.”

Merda e mil vezes merda. “Co... como vocês sabem?”

“A Hailey teve que passar a direção que você esteve presente na enfermaria, e o porque disso.” E eu que achei ela simpática.

“Tudo bem, vou continuar jogando normalmente se não se importa. Se sentir alguma coisa te aviso.”

Dei as costas e fui para onde os garotos observavam a conversa.

“O que ele queria?” The Rev perguntou.

“Ele sabe. Todos sabem que eu estou grávida.” Falei incrédula.

Eles tentaram me tranquilizar mas por algum motivo sentia que isso não iria resultar em algo bom. O jogo começou e consegui me distrair até o momento em que corri e senti meu estômago revirando de novo.

Resolvi que era melhor parar mesmo. Fiz um sinal para os garotos de que estava tudo bem e falei para o professor que ficaria no vestiário. Chegando no local fechado e abafado me senti sufocada e tirei a blusa me aproximando da pia e jogando água no meu corpo.

Apoiei meus braços na pia respirando fundo e passei mais água na minha nuca e por fim no rosto. Já estava me sentindo melhor quando escutei a porta do vestiário sendo fechada. Fiquei surpresa ao ver pelo reflexo do espelho que era Matt quem estava ali, no vestiário feminino. Mas ele não viu que eu o observava. Seu olhar estava fixo nas minhas costas.


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Notas finais do capítulo

Desculpem se tiver algum erro, tô postando correndo aquee.
O que acham que o Matt vai fazer ? *O*