And All Things Will End escrita por Saáh


Capítulo 23
Capítulo 22 - Preocupações


Notas iniciais do capítulo

Oii gente..
Ok, eu sei que isso é deprimente porque todo mundo que postou cap. hoje ta dizendo isso, maas eu me incluo nessa lista =/
Yeah, pois é, amanhã começam as aulas na facu então voltarei a vida de aparecer em casa só pra dormir *chora*
Vou continuar escrevendo os capítulos sempre que puder (mesmo escondida hihi), mas talvez não atualize a fic com a mesma frequência...
Mas prometo que vou tentar postar pelo menos uns 2 cap. por semana (odeioo quando demoram quase um mês pra atualizar essa bagaça -.-')
Então, queria pedir encarecidamente: NÃO ME ABANDONEM!!
Passando a parte chata, vamos ao que interessa que esses capítulos já estavam meio 'parados' pro meu gosto kkk
Beijoos e boa volta ás aulas a todos!



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Apesar de saber que agora Valary estaria presente de novo, não achava que ela iria tentar fazer alguma coisa depois de tudo o que aconteceu. E realmente, não fez.

Quando ela voltou, todos a encaravam como se estivesse escrito na sua testa "Louca". Acabei ficando até com um pouco de pena dela, apesar de tudo. Suas amigas também a abandonaram e agora eu só via ela e a Michelle andando juntas. Michelle. Essa não perdia uma oportunidade de estar perto do Syn, que tentava a todo custo fugir dela.

Em certo dia, estávamos todos juntos no intervalo na mesa de sempre, quando as duas pararam do lado e Michelle perguntou se podia sentar ali também. Percebi os outros olhando para mim, como se esperassem uma confirmação, mas antes que qualquer um falasse, Michelle puxou duas cadeiras e colocou elas ao lado de Matt e Syn. Claro, fiquei nenhum pouco surpresa com isso.

Silêncio reinou na mesa até que Zacky e Syn voltaram ao assunto sobre guitarras. Michelle praticamente babava em cima do Syn enquanto Valary olhava para suas mãos em cima da mesa. Alguns minutos depois já estávamos todos conversando como se as duas não estivessem ali.

Em certo momento, Matt aproximou-se mais de mim e puxou meu rosto me dando um beijo. Sorri com isso mas logo vi Valary nos encarando com aquele mesmo olhar de ódio. Matt deve ter percebido minha reação porque olhou para trás e encarou ela de volta. Assim que seus olhares se cruzaram, Valary abaixou a cabeça e voltou a olhar para suas mãos. Não entendia como alguém conseguia passar tanto tempo se iludindo desse jeito.

No dia seguinte, na educação física, comecei a me perguntar se essas duas compartilhavam do mesmo ódio por mim, ou sei lá o que. Porque só isso pra explicar o olhar assassino que Michelle estava me jogando. Me mexi desconfortável enquanto ela me encarava do outro lado da quadra, onde as meninas tentavam organizar o time de vôlei.

"Alguém me explica porque a Michelle fica me encarando daquele jeito?" perguntei mas me arrependi segundos depois quando todos viraram e encararam ela. Michelle desviou o olhar rapidamente e fiquei me perguntando se era tão difícil assim para eles serem discretos. Syn deu uma risadinha me tirando dos meus devaneios.

"Acho que eu sei. Mas não pensei que ela fosse ficar te odiando por causa disso. Achei que eu é que seria o alvo." Ele parecia meio confuso.

"Syn... o que você fez?"

"Ok, não me culpe. Foi ela quem provocou isso." Ele disse levantando as mãos em defesa quando Matt o encarou.

"Syn.." Matt disse.

"Tá bom, eu falo. Mas Michelle é uma idiota por agir desse jeito. Sem querer falar nada, mas acho que a loucura da Val tá passando pra ela porque.."

"Para de enrolar mané." The Rev falou dando um tapa na cabeça dele que o olhou com cara feia.

"Nossa, que povo mais curioso viu. Simples: a Michelle veio falar comigo pedindo que eu parasse de ser amigo da Clary." Olhei confusa pra ele.

“E isso é motivo pra ficar me encarando desse jeito?” Syn sorriu.

“É a partir do momento que eu não aceitei. Ai ela mandou escolher entre você e ela, e obviamente eu escolhi você bonitinha.” Ele apertou minha bochecha e eu dei um tapa na sua mão.

“Você fez isso?”

“Lógico. Prefiro mil vezes a sua companhia do que a dela.”

“Ei, pode tira o olho hein.” Matt disse passando os braços em volta de mim.

“Toda sua.” Syn disse rindo. Fiquei meio sem palavras. Não esperava uma atitude assim dele. Acho que eu estava me tornando mais importante do que imaginava. Ou talvez isso fosse só impressão minha, sei lá.


–x-


Estava na cozinha terminando de preparar um lanche, quando meu celular tocou.

“Oi Matt!”

“Oi. Clary, você não vai acreditar. Acabamos de sair da reunião com o produtor e temos uma turnê agendada um mês depois que as aulas terminarem!”

“Sério? Nossa, meus parabéns.”

“É isso ai gatinha, agora teremos fila de fãs pedindo autógrafo.” Reconheci a voz do Johnny.

“Venderemos muitos CD’s e ficaremos famosos!” Zacky falou.

“E teremos muitas gatas para pegar.” Syn disse e eu revirei os olhos.

“Você vêm junto né Clary?” The Rev falou.

“A amor, obrigada por lembrar que eu existo.”

“Ei ei, que história é essa de amor? Certas coisas eu não divido não!” Matt falou e eu ri.

“Brincadeira. Mas vamos ver. Até lá temos tempo.”

“Pense com carinho my love.” The Rev falou e escutei um barulho parecido com um tapa seguido de um palavrão.

“Penso sim, mas sei lá. Acho que vocês irão enjoar me vendo por perto por tanto tempo e..”

Fui interrompida por uma enxurrada de reclamações que consegui entender só algumas palavras.

“EI!” gritei e eles pararam de falar. “Um de cada vez por favor.”

“Você vai e não se discuti mais isso.” Matt falou.

“Que bom saber que eu tenho escolha.” Falei irônica e eles riram.

“Clary, nós vamos até um bar tomar umas pra comemorar. Vem com a gente?” Zacky falou.

“Hum, acho que não. Sei lá, não tô muito legal.”

“O que você tem?” Falaram juntos e não consegui identificar quem estava perguntando.

“A nada de mais. Só uma dorzinha chata. Já já passa.” Pelo menos era isso que estava repetindo pra mim mesma a alguns dias.

“Vou passar dai.” Matt falou.

“Não precisa, pode ir comemor...”

“Já tô chegando” Ele falou e desligou o celular.

Suspirei. Matt se preocupava atoa. Troquei de roupa e peguei uma bolsa, saindo assim que ele chegou.

Matt me levou até o hospital e Dr. Tyler quem me atendeu. Matt insistiu pra entrar junto na sala.

“Mas então Clary, o que você está sentindo?”

“A não é nada demais. Só estou sentindo vontade de fazer xixi toda hora e quando vou sinto uma certa dor e ardência.” Matt me olhou preocupado. Não tinha contado a ele o que estava sentindo.

“Hum. Com que frequência você está bebendo água?” Fiz uma careta.

“Er... algumas vezes.” Dr. Tyler balançou a cabeça em negativa.

“Clary Clary, você não muda mesmo.”

“Ok, eu sei o que isso significa. Só estava tentando pensar que não estava com isso de novo.” Matt me olhou confuso. “Quando era criança, tive infecção urinária umas duas vezes. E eram esses mesmos sintomas.”

“Exatamente. O que me leva a crer que você esteja com infecção novamente. Mas por enquanto não vou receitar nenhum remédio. Quero que você faça um exame de sangue e urina ainda hoje e beba bastante água. Vou viajar hoje a noite e ficarei a próxima semana inteira fora, por causa do feriado, mas peço para alguma das secretarias pegar o resultado e me avisar. Qualquer problema mais sério te aviso.”

Concordei e fiquei aliviada em não precisar tomar aqueles remédios horrorosos de novo. Depois que coletaram o que precisavam para os exames, fui me despedir de Tyler.

“Obrigada.” Disse abraçando ele.

“Por nada minha linda. Prometi a sua mãe que sempre cuidaria de você lembra?” Me afastei mais e Matt aproximou estendendo a mão para ele.

“Obrigado e... desculpe pelo outro dia.” Tyler sorriu amigavelmente e apertou a mão de Matt.

“Tudo bem. Sem problemas.”

Saímos do hospital e Matt praticamente me deu um sermão por não ter contado nada a ele. Mas não me arrependia disso. Odiava que os outros se preocupassem comigo e odiava hospitais também.

No outro dia, fui recebida na escola com várias perguntas de como estava e o que eu tinha. Fiz uma careta.

“Estou bem. É só uma infecção urinária.” Vi 4 olhos se arregalando e Matt suspirou.

“Só? Menina você precisa se cuidar direito hein.” The Rev disse me puxando para os seus braços. Não me importei, adorava os abraços dele.

“Yeah, tô me cuidando.” Disse revirando os olhos sem que eles vissem.

“Mas dá pra você viajar com essa bagaça ai?” Johnny perguntou.

“Viajar?” falei confusa.

“Matt você não convidou ela?” Zacky falou em um tom desaprovador.

“Ei, não olhem assim. Só não tive tempo.” Matt disse.

“É que nos vamos para Indian Rock depois de amanhã. Como semana que vem não temos aula, vamos comemorar lá que as coisas com a banda estão indo bem e tal.”

“Hum, entendi. Por mim, tudo bem.” Disse e eles sorriram.

A tarde eles tiveram mais uma reunião para começar a definir alguns detalhes da turnê que estava prevista para durar de 3 a 4 meses.

Tinha acabado de falar boa noite ao Matt pelo celular, quando ele começou a tocar novamente. Olhei no visor e vi que era um número desconhecido.

“Alô?”

“Clary Faye?” Uma voz masculina falou.

“Sim. Quem fala?”

“David Green. Falei com você logo que seu avô faleceu e fiquei de ajeitar toda a papelada por aqui. Você se lembra?”

“A claro. Oi David. Mas então, está tudo certo?”

“Sim. Na verdade eu precisava que você assinasse alguns papéis de propriedades dele que agora estão em seu nome. Alguns pertences também ainda estão na casa em que vocês moravam e precisávamos definir se você irá alugar ela ou vender, então pensei se você não gostaria de vir para Fountain Valley na próxima semana. Precisávamos decidir tudo isso o quanto antes.”

“Hum, na próxima semana? Vou ver. Te ligo avisando pode ser?”

“Claro, assim já reservo sua hospedagem em algum dos hotéis.”

“Ok, muito obrigada por cuidar de tudo David, te devo uma.”

“Imagina, seu avô também era um grande amigo meu. Tenho certeza que no meu lugar ele faria o mesmo. Mas espero sua ligação então. Até mais.”

“Até.”

Desliguei o celular e fiquei encarando a parede. Voltar para aquela casa era algo que estava tentando adiar o máximo possível. Apesar de sentir saudade, sabia que encontraria muitas lembranças por lá. Fiquei pensando na possibilidade de pedir aos meninos para adiarem a viagem e irem junto comigo. Me sentiria melhor tendo eles por perto.

Acordei no outro dia e fui caminhando calmamente até a escola. Já fazia um tempo que tinha convencido Matt de que não precisávamos ficar grudados um no outro desde a hora que acordássemos. Claro, exceto nos dias em que realmente dormíamos juntos.

Passei pelos portões da escola e vi que o carro de Matt ainda não estava por lá. Caminhando pelos corredores, me sentia estranha, como se todos estivessem olhando para mim de novo. Comecei a prestar atenção e vi que realmente, eles estavam me encarando e cochichando pelos cantos. O que era agora?

Na minha distração, acabei esbarrando em um garoto. Quando abri a boca para pedir desculpas, ele levantou as mãos para o alto e me olhou assustado.

“Por favor, não use uma faca ou uma arma em mim.” E depois começou a rir descontroladamente.

Franzi a testa sem entender o porque daquilo. Ouvi risadinhas em volta e continuei andando até que passei por outro grupo de garotos que falaram alto o bastante para que eu escutasse.

“E depois ainda chamam a Valary de louca. Pelo menos ela não matou ninguém.” Eles também me encaravam e continuei andando pensativa. Entrei no primeiro banheiro que encontrei e joguei uma água no rosto tentando entender.

Enxuguei meu rosto e olhando no espelho, fiquei paralisada quando percebi o que aquilo significava. Faca. Arma. Morte. Assassinato. Meu passado. Eles sabiam!


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