And All Things Will End escrita por Saáh


Capítulo 21
Capítulo 20 - Heróis


Notas iniciais do capítulo

Oii gente...
Tenho que dizer : VOCÊS SÃO FODAAA!!
Recebi 10 reviews no último capítulo (um recorde!) e ameii cada um deles.
Por causa disso, esse cap. vai especialmente a todos vocês que comentaram pelo menos uma vez, e principalmente para aquelas que comentam sempree. Porque sim leitores fantasmas, eu sei que vocês estão por aqui =P
E também queria dar as boas-vindas aos novos leitores.. Se quiserem criticar ou elogiar já sabem onde me encontrar ;)
Capítulo com um pouquinho de ação e inspiração ao som de "Riot" do Three Days Grace. Amo eles quase do mesmo tanto que amo A7x, e apesar de ter encontrado pouquissimas pessoas que conhecem a banda, recomendo e muitooo o som.
Vocês ainda irão encontrar mais algumas músicas deles por aqui rsrs.
É isso. Beijoos e espero que gostem.



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POV Clary


Mais que droga! O destino só podia me odiar profundamente mesmo. Era sempre assim, quando eu começava a ser feliz, tinha que acontecer alguma coisa para estragar. Tive um dos melhores finais de semana da minha vida e depois simplesmente fiz a burrice de voltar para casa.

Sim, porque se tivesse escutado Matt e ficado com ele, não teria que aguentar mais uma das idiotices de Liss que agora simplesmente decidiu que “não cozinho mais para você”, ou seja, vire-se e arranje comida.

E se tudo isso não fosse uma babaquice e a mais pura realidade, não teria que ir até um supermercado de noite para arranjar o que comer, e no caminho não teria sido sequestrada por Derek.

Respirei fundo tentando me acalmar. A todo momento ficava prestando atenção nos que estavam ali, tentando entender o que iriam fazer. Derek estava sentado no banco do carona enquanto um cara que nunca tinha visto dirigia. Do meu lado haviam outros 2 que eu também não conhecia. Imaginei que foi proposital trazer eles ao invés daqueles amiguinhos da escola. Esses mais pareciam seguranças de boate ou lutadores de boxe. Me sentia pequena ao lado deles e isso não era algo bom.

Após ter certeza de qual era o endereço que o GPS tinha sido programado para ir, peguei meu celular no bolso de trás da calça. Sim, eles foram burros o suficiente de não lembrarem de me revistar. Melhor para mim. Como minhas mãos estavam amarradas para trás, só tive que usar a memória e seguir a teclas digitando um texto sem ver. Desejava imensamente que Matt tivesse entendido a mensagem.

Fiquei paralisada quando meu celular começou a tocar. Eles perceberam e Derek atendeu, mas eu já sabia quem era. Queria dar um grito ou dizer qualquer coisa, mas o pano amarrado na minha boca impedia isso. Vamos lá Matt, por favor, entenda aquela mensagem!

O carro diminuiu a velocidade e tentei enxergar aonde estávamos, mas tudo era escuro. O que consegui ver foram mais 2 gigantes perto de um portão. Tinha como piorar ainda mais?!

Quando estacionaram, um dos caras que estava do meu lado puxou meu braço e foi me empurrando para dentro da casa. Parecia uma chácara ou algo assim, com uma casa bem grande até onde conseguia ver. Fomos mais para o fundo até que ele parou em frente uma porta, desamarrou minhas mãos e me empurrou para dentro de um quarto.

Com minhas mãos livres, tirei o pano da minha boca e olhei em volta. Parecia um daqueles quartos de hotéis que são preparados para lua de mel. Não gostei nenhum pouco. Antes que pudesse pensar em mais alguma coisa, escutei a porta sendo trancada. Olhei para trás e Derek estava parado lá. Comecei a me afastar enquanto ele se aproximava, até que a parede impediu que eu fosse para mais algum lugar.

“Enfim sós.” Ele disse sorrindo e parando na minha frente.

“Derek, me deixe ir. Por favor. Não temos mais nada para terminar.”

“De novo esse papo. É claro que temos! Ou vou ter que refrescar sua memória?” Ele aproximou seu rosto do meu e eu me esquivei. “De um jeito ou de outro você sabe que isso vai acontecer. Então, o que me diz?”

“Preciso ir ao banheiro.” Disse e ele pareceu surpreso.

“O que? Mais porque?”

“Porque sim uai.”

Ele me olhou desconfiado. “Precisa mesmo?”

“Sim.” Tentei parecer sincera.

“Ok. É naquela porta ali.”

Caminhei até o banheiro e tranquei a porta. Meu primeiro instinto foi olhar para a janela, o que não me animou. Pequena demais para passar por ali, sem contar as grades. Pense Clary, pense!

Ok, suponhamos que Matt tenha entendido a mensagem e esteja vindo para cá. Terei que ficar enrolando Derek até ele chegar. Mas como faria isso? Sim, o pensamento mais maluco passou pela minha cabeça, mas era o único jeito. Depois de muito pensar, respirei fundo e imaginando Matt aparecendo ali, sai do banheiro.

Derek ficou me encarando enquanto caminhava e sentava ao seu lado.

“E então?”

“Você tinha razão.”

“No que?”

“Quando nos conhecemos, disse que ainda ficaríamos juntos e que eu é que não queria enxergar isso. Agora, acho que concordo com você.” Ele pareceu surpreso.

“É mesmo? E o que a fez mudar de ideia?”

“Você... e tudo isso aqui. Matt não faria o mesmo.” Esperava que ele não percebesse o quanto me enojava dizer aquilo.

“Que bom saber disso.” Ele se aproximou e dessa vez, contra minha vontade, não me esquivei. Beijei ele de volta me sentindo a pessoa mais suja por fazer isso. Mas era a única saída. Se continuasse resistindo, Derek só apressaria as coisas. Esperava que fazendo o que ele queria, tudo ocorresse mais devagar. Pelo menos era assim que via ele agindo.

Derek interrompeu o beijo e me olhou maravilhado. Ele voltou a me beijar em seguida e senti uma de suas mãos esfregando a minha coxa e subindo um pouco mais. Oh céus, isso não! Até a minha ideia maluca tinha limites.

“Derek, por favor.” Disse me afastando.

“Não é isso o que você quer também?”

“Não... agora.”

“Porque não?” Respondi a primeira coisa que passou pela minha cabeça.

“Porque... eu sou virgem.”

Ele pareceu duvidar por um segundo, mas sua expressão se iluminou com isso. Ok, péssima ideia se isso virasse um incentivo para me estuprar. Ele levantou a mão e segurou meu rosto. Tive que reprimir o impulso de me afastar.

"Sério? Matt deve ser um viado mesmo."

"Eu é que não quis... Na verdade, acho que ele não me atraia muito." Não, ele me atraia por completo!

"E eu?" Tentei dar um sorriso convincente.

"Você sim" Derek sorriu e se aproximou para me beijar mas acabei recuando um pouco. Ele olhou desconfiado e ficou me encarando. "Se você não se importar, não queria apressar muito as coisas. Sabe como é, estou um pouco nervosa com tudo isso." Não era totalmente mentira.

"Ok, mas o que você quer que eu faça então?" Quem sabe me deixar ir embora hein idiota?

"Que tal esperar um pouco, só pra eu me acostumar com a ideia de nós dois...juntos." Fiquei olhando com expectativa enquanto ele pensava. Vamos lá, aceita!

"Está bem." Um suspirou de alívio acabou saindo pela minha boca. "Mas já aviso: não sou uma pessoa muito paciente."

Estava ferrada! Matt, cadê você?



POV Matt



"Matt, acho melhor você tirar um pouco o pé do acelerador." Johnny falou enquanto segurava firme no banco.

"É Matt, se eu levar uma multa por alta velocidade você é quem vai pagar." Syn disse pelo telefone que estava no viva voz. Ele, The Rev e Zacky vinham no carro logo atrás de mim. Sabia que eles falavam isso pra tentar me distrair mas era impossível desviar meus pensamentos de Derek sendo destroçado enquanto Clary estivesse segura. Apertei mais forte ainda o volante, e consequentemente, meu pé no acelerador.

"MATT PORRA! DIMINUI!" Johnny gritou.

"Ei, diminui Matt, já estamos chegando." Zacky falou e com essa frase sai dos meus pensamentos assassinos. Tirei o pé do acelerador e Johnny pareceu relaxar do meu lado. "Vira na próxima rua a direita."

Zacky estava com um GPS e um mapa vendo qual era o melhor caminho. Assim que virei, diminui um pouco quando vi muros de chácaras se aproximando.

"Qual delas Zacky?"

"Hum... de acordo com isso aqui, é uma das chácaras mais afastadas."

"A gente deveria só passar lá em frente primeiro." The Rev falou.

"Não, já vamos invadir tudo logo de uma vez." Johnny disse.

"Matt, vira a próxima a esquerda e depois a direita de novo. É a chácara na outra esquina."

"Ok, vamos só passar em frente e ver como está." disse. Minha vontade era invadir tudo mesmo, mas sabia que era mais sensato observar primeiro.

Quando virei na última esquina, todos ficamos em silêncio. Haviam dois caras ao lado do portão da chácara. Vi que os dois tinham armas na cintura.

"Posso atropela?" Syn falou sussurrando.

"Se quiser dar perda total no seu carro, pode!" Johnny disse e acabei sorrindo um pouco com isso.

Percebi que não fui o único que ficou tenso ao ver aqueles caras.

"Porra, ele é algum mafioso e a gente não sabia? Vocês viram só o tamanho daqueles dois?" The Rev falou.

"E as câmeras no portão." Zacky disse.

"E as armas" acrescentei.

"Matt, muito obrigado por namorar a Clary. Ela torna a vida muito mais emocionante." Syn falou meio irônico.

"Ela não teve culpa." disse e todos ficaram em silêncio.

"Acho melhor pararmos aqui." Zacky falou e eu e Syn estacionamos os carros. Saímos e formamos um círculo em volta do mapa.

"Ok. Acho que a gente deveria tentar entrar por essa parte aqui. Não tenho uma planta dessa chácara, mas ela parece ser do mesmo jeito que as outras." Zacky falou.

"Eu acho que deveríamos chamar a polícia." The Rev disse e escutei Syn bufando.

"Claro. Qual é, são só dois caras naquele portão. Nós estamos em 5. Só o Matt já vale por 1 e meio." Ignorei a piadinha e fiquei pensando melhor.

"Vocês dois tem razão. The Rev ligue para a polícia, e Johnny, vá buscar aqueles pedaços de metal no carro."

"Nós vamos derrubar eles?" Johnny disse com o rosto em expectativa.

"Sim. Mas não na frente daquelas câmeras. Depois, nós pulamos o muro e entramos na casa. É melhor acabar com esses dois primeiro. Vai que eles entram sem a gente perceber. Lá dentro provavelmente há mais alguns."

"Isso!" Johnny disse e saiu em direção ao carro.

Cada um pegou alguma coisa para usar como arma e fomos em direção ao portão. Iria acabar com aquilo logo e com quem entrasse no meu caminho.

"Só mais uma coisa. Quando entrarmos lá dentro, batam em quem quiserem, menos no Derek. Dele eu mesmo cuido!"



POV Clary



Derek me entregou uma taça de champanhe e sentou do meu lado no sofá da sala.

"O que é isso?" perguntei apontando para um aparelho que estava em seu pulso.

"Bem, caso eu tenha qualquer tipo de problema, é só apertar esse botão que um dos meus seguranças aparecerá aqui, enquanto os outros ficarão em alerta." Ele me lançou um olhar significativo. Claro, agora sim parecia ainda mais impossível fugir dali.

"Interessante. Mas como você conseguiu todos esses seguranças? E essa chácara... linda." Enquanto ele bebia o champanhe, olhei disfarçadamente para a minha taça. Não custava nada ele colocar algum remédio junto com a minha bebida de novo.

"Eles? Bom, na verdade, não são seguranças do tipo que você está imaginando. São todos ex-detentos, ou fugitivos da prisão e da polícia. Estão cumprindo favores que devem ao meu pai. Inclusive, essa chácara é dele." Meus olhos se arregalaram.

"Ex-detentos? Mas você não fica com medo deles?" Derek começou a rir.

"Não. Eles não fariam nada comigo." Percebi o duplo sentido nessa frase. Com ele não fariam nada, mas comigo ou qualquer outra pessoa...

Fiquei quieta e Derek levantou para encher sua taça com mais champanhe. Aproveitei que ele estava de costas e despejei um pouco em uma plantinha que estava do meu lado. Melhor a planta bêbada do que eu dopada. Quando ele virou de novo, estava retirando a taça da minha boca, como se tivesse acabado de beber. Ele sorriu e isso só fez com que eu desconfiasse ainda mais daquela bebida.

"Mas então, seu pai deve ter muito dinheiro não é?" disse tentando parecer interessada.

"Sim. E consequentemente, eu também tenho."

"Que ótimo saber isso." Sorri para ele. "Vocês devem ser bem próximos."

Derek fez uma careta. "Não. Vejo ele uma vez por ano, e olhe lá." Estava falando aquilo tentando enrolar ele, mas por um momento comecei a ficar realmente curiosa com essa história.

"Sério? Mas porque?"

"Ele viaja muito a trabalho. Sem contar que, apesar de ser seu filho predileto, ele ainda tem muitos outros para visitar."

"Outros... filhos?"

"Sim. Meu pai tem praticamente um filho em cada estado, e até em outros países. Eu ficava junto com a minha mãe, mas preferia mesmo quando ele estava por perto. Era divertido. Ele me levava naqueles casas de stripper, entre outras coisas."

"Mas você tinha quantos anos?"

"Uns 9 ou 10." Claro, agora eu entendia perfeitamente esse jeito dele.

"Bem precoce não?"

"Ah, não acho. Isso me ajudou. Com quase 14 anos perdi minha virgindade, o que foi até um pouco tarde para o meu pai. Ele me trouxe nessa chácara e tinha uma garota, uns 2 anos mais velha que eu, desacordada no meu quarto. Nesse dia descobri o que era o Boa noite Cinderela. Meu pai demonstrou primeiro o que eu deveria fazer e depois, deixou que eu ficasse me divertindo com ela." Tive que segurar a ânsia de vômito que me deu ao escutar isso. E eu que achava que meu pai era um idiota.

"Mas, você não acha isso errado?" Ele pareceu incrédulo.

"Lógico que não. Não estou fazendo nada de errado." Ele se aproximou mais e encaixou sua mão em meu pescoço, passando um dedo pela minha bochecha. "Meu pai me ensinou muito bem. Vocês mulheres são só um objeto criado para satisfazer as vontades dos homens. Posso escolher quem eu quiser, a hora que quiser." Ele falava isso tão naturalmente, como se dissesse que 1 +1 é 2. "Aquilo que aconteceu da outra vez não foi nada. Já fiz isso milhares e milhares de vezes com outras."

"E nunca teve problemas por causa disso?" Minha voz saiu em um sussurro fraco.

"Não, quase sempre elas não se lembram de nada. Digamos que você foi uma exceção. Já teria deixado quieto e procurado outra, mas tem algo em você que realmente me fascina." Ele se aproximou mais e me beijou, mas afastei ele rapidamente.

"Derek por favor, eu ainda estou pensando."

"Não tem mais o que pensar."

"Por favor." disse suplicante.

"Ok. Vou até o banheiro. Continue ai pensando mais um pouco. Aproveite para terminar o seu champanhe, você quase não bebeu."

Concordei e assim que ele saiu, despejei na planta o resto de bebida que tinha na taça. Olhei para os lados e vi uma porta de vidro que parecia dar no quintal. Levantei e fui andando calmamente até lá, só para o caso de alguém me ver. Encostei a mão na fechadura e por incrível que pareça, não estava trancada. A porta abriu e eu me encolhia um pouco a cada ruído que ela fazia. Sai para o que parecia ser uma varanda e percebi que estava nos fundos da chácara. Mais a frente conseguia ver o muro. Alto, mais melhor do que não tentar nada. Dei mais alguns passos disfarçadamente, até que um barulho de folhas fez com que eu congelasse no lugar. Quando virei para o lado, esforcei um pouco para enxergar na escuridão e quase chorei de felicidade vendo Zacky e The Rev parados do lado de uma árvore perto do muro. Eles sorriram e Zacky fez um sinal para que eu ficasse aonde estava. Eles aproximaram mais um pouco até que escutei passos vindo de dentro da casa.

"Clary?"

Olhei para Zacky e The Rev e não havia mais nada, mas sabia que eles estavam ali.

"Sim?" falei me aproximando da porta de novo quando Derek apareceu.

"O que está fazendo aqui?" Ele perguntou irritado já segurando meu braço com força.

"Nada. Só quis ver um pouco mais da chácara." Sorri um pouco mais estava tensa.

"Não estava tentando fugir?"

"Não! De onde você tirou essa ideia?"

Ele não respondeu. Só puxou meu braço me arrastando para dentro da casa de novo. Pelo menos a porta continuou aberta e me sentia melhor sabendo que Zacky e The Rev estavam por perto. Matt também deveria estar. Tentei esconder minha felicidade mas nem foi preciso muito esforço. Derek me jogou com tudo no sofá e veio pra cima de mim me beijando.

"Derek... Já disse... estou pensan..." Tentava dizer entre os beijos que ele me dava mas ele me interrompeu.

"Você já pensou demais. Agora eu vou tomar uma atitude." Ele começou a puxar minha blusa para cima e eu tentei impedir.

"Não, Derek pare!"

"Parar, mas porque? Você disse que se sente atraída por mim."

"Disse... mas não sei se esse é o momento certo pra isso..."

"É Clary. É o momento certo. Uma hora você tem que perder esse medo." Respirei fundo e vi duas sombras perto do vidro.

"Ok, tudo bem."

Derek sorriu e tirou minha blusa. Levantei um pouco mais e enquanto ele salivava no meu pescoço, comecei a puxar sua blusa vendo Zacky e The Rev entrando na sala. Zacky tinha uma expressão confusa e The Rev me olhava divertido. Que vontade de bater nesses dois! Fiz um gesto com a mão para que eles acertassem Derek. Zacky pegou uma garrafa enquanto eu sentia as mãos de Derek abrindo o feixe do meu sutiã. Enquanto Zacky acertava um golpe na cabeça do Derek, eu abaixava a mão tentando fazer com que nada aparecesse.

"Desculpe Matt." Zacky disse e fiquei sem entender o porque disso.

Derek caiu no chão gemendo e eu levantei do sofá e corri até os dois.

"Obrigada!" disse enquanto eles me abraçavam. "Agora, The Rev, será que você pode fechar meu sutiã ?" disse dando as costas para ele.

"Uol, você não sabe por quanto tempo esperei por isso!" Sorri um pouco e enquanto ele fazia isso, vi Syn entrando por uma outra porta. Ele parou de andar e ficou nos olhando.

"Sabia que deveria ter ficado junto com o Zacky. Droga! Mas gostei do sutiã Clary." Mostrei o dedo do meio pra ele que sorriu.

"Cadê o Matt e o Johnny?" Zacky perguntou.

"Foram olhar em uns outros quartos. Devem estar quase chegando aqui."

Olhei para o chão e vi Derek esparramado com cacos de vidro em volta. Não sabia se ele estava desmaiado ou fingindo, até que vi sua mão em cima do pulso.

"Vamos embora." disse puxando o braço do Syn e do The Rev que eram os mais próximos.

"Por que? Eles já estão quase aqui." Syn disse.

"Vamos!" Mas antes que conseguíssemos sair, 2 caras apareceram na porta nos encarando. Eles não pensaram duas vezes e foram pra cima de nós. Syn me empurrou para um canto enquanto uma luta de 3 contra 2 acontecia. Não era algo tão desproporcional assim, considerando o tamanho desses caras. Dei mais alguns passos para trás, até que senti braços me envolvendo. E não eram os do Matt.

"Não queria fugir né?" Derek começou a me puxar mais dei uma cotovelada na sua costela e ele me soltou. Sai correndo pela casa enquanto escutava seus passos vindo atrás de mim. Até que quando virei em um corredor, consegui ver no último quarto Matt e Johnny brigando com alguém.

"MATT!" gritei.

Ele olhou automaticamente para o corredor e veio ao meu encontro. Enquanto se aproximava, ele fez um leve sinal para que eu abaixasse. Fiz o que ele pediu e Matt passou por mim correndo, indo de frente para o Derek, já dando um soco na cara dele e o derrubando no chão.

Enquanto Matt batia mais e mais nele e eu via sangue manchando a parede, uma enxurrada de palavrões saia gritada pela boca do Matt.

"SEU IDIOTA IMBECIL! PENSA QUE É QUEM PRA FICAR FAZENDO ISSO HEIN FILHO DE UMA PUTA!" E de um puto, pensei.

Até que escutei um barulho e corri para o quarto de onde Matt saiu. Johnny estava tentando terminar uma briga com um cara, mais um outro estava impedindo ele de continuar. Peguei um pedaço de metal e acertei com tudo a cabeça de um deles. Vi 2 pares de olhos me encarando surpresos e um terceiro se fechando. Johnny sorriu para mim e comecei a ajudar ele a derrubar o outro, mas esse era mais alto que o Matt!

Acabei me distraindo quando um soco acertou o rosto de Johnny e ele caiu batendo as costas no chão e quando vi, mãos gigantes estavam em meu pescoço me arrastando até a parede. Meus pés não estavam mais tocando no chão e sentia meu pulmão implorando por ar quando escutei um clique e o cara olhou para a porta. Nunca fiquei tão feliz em ver um policial.

"Solta ela."

Ele fez isso na hora levantando as mãos acima da cabeça e eu cai no chão puxando o ar de volta.


–x-


Havia tantos policiais andando por aquela chácara que me sentia meio desorientada. Derek tinha 6 seguranças com a bela reputação que ele havia me falado. Todos foram presos, de novo.

Derek saiu de lá desacordado, carregado em uma maca e com o rosto totalmente desfigurado, enquanto Matt tinha um sorriso nos lábios. E isso que ele ainda havia ficado triste por não ter batido mais.

No momento estávamos em um canto respondendo as perguntas de alguns investigadores. Mesmo assim, eu me sentia feliz por eles terem se importado comigo e arriscado suas vidas para virem me salvar. Olhei para o céu e observei fixamente as duas estrelas que estavam perto da lua. É, vocês devem estar felizes também. Sim, porque agora tenho pessoas que gostam de mim e me protegem. Meus 5 heróis tatuados.


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Notas finais do capítulo

Pra quem não lembra, a mãe da Clary falava que quando morresse se tornaria a estrela perto da lua. As duas estrelas no caso seriam a mãe dela e o avô. (Brega eu sei, mas é a minha criatividade infeliz haha)