And All Things Will End escrita por Saáh


Capítulo 14
Capítulo 13 - Loucura mental


Notas iniciais do capítulo

Olá meus pimpolhos.
Esse recado é pra você que está lendo e eu não sei quem é. Não sou do tipo que fica exigindo reviews mas gosto de saber quem são os meus leitores. Olhando o número de leitores e quem já deixou reviews, percebi que não conheço nem metade!! Então, qualquer dia, deixe um recadinho dizendo "Ei, estou gostando da fic" ou "se joga de uma ponte garota". Entendido?? rs
Aproveitem o capítulo com o showzinho da minha Valary louca psicótica (o próximo está ainda melhor!)
Como me animei muito escrevendo, o cap. ficou mega master blaster gigante, então transformei 1 cap. em 2.
Ainda estou acrescentando alguns detalhes no próximo, então lembrem-se disso com carinho quando chegarem no final do cap. e sentirem vontade de me matar haha
Beijoos



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Aproveitamos cada momento daqueles dias. Fomos mais algumas vezes em florestas e cachoeiras, mas todas perto dessa vez. Também passamos uma noite em um bar numa cidade próxima. Na última noite, enquanto chovia, deixei os outros jogando vídeo game e subi para o quarto. Deitei na cama e fiquei pensando nos últimos dias. Eu e Matt estávamos cada vez mais próximos um do outro e eu pensava como seria quando voltássemos para a escola e o restante, até que escutei a porta abrindo e Matt apareceu.

“Posso entrar?” Continuei deitada e sorri para ele.

“Claro.” Ele veio até a cama e deitou do meu lado.

“O que foi? Você saiu de lá sem falar nada.”

“Só estou cansada. Estava pensando como vai ser quando voltarmos.” Disse me virando e ficando de frente para ele. Matt ficou quieto por um tempo.

“É, isso é deprimente. Pensar em voltar. Se pudesse acho que continuaria aqui para sempre.” Ele passou a mão pelo meu rosto e eu suspirei.

Matt se aproximou mais e começou a me beijar. Já fazia algum tempo que não ficávamos sozinhos. Beijei ele também e o ar em volta ficou quente de novo. Matt parou em cima de mim e aproveitei para passear minhas mãos por aqueles braços enquanto ele beijava meu pescoço e depois voltava para a minha boca. Nós rolamos na cama e eu parei em cima dele perto da sua barriga. Sabia que deveria mas não queria parar. Todo o meu corpo desejava Matt e ele também parecia querer o mesmo. Até que a porta do quarto abriu. Paramos de nos beijar e Matt encarou irritado quem tinha acabado de chegar.

“Atrapalhei alguma coisa?” Syn perguntou irônico. Sério? Ele de novo?

“Acho que não preciso nem responder a essa pergunta.” Matt falou de mau humor.

Sai de cima dele e tentei normalizar minha respiração enquanto Syn parava do lado da outra cama.

“Nossa, as coisas estavam bem quentes hein. Se eu tivesse chegado mais tarde seria bom pra ver a Clary sem roupa, mas o restante eu dispensava.” Peguei meu tênis que estava por perto e joguei em cima dele, acertando seu braço.

“Ei” ele disse esfregando a marca vermelha que tinha ficado.

“Agradece que foi ela quem jogou.” Matt disse encarando ele.

“Ok, eu saio daqui. Vou ali no banheiro tomar banho e tentar ver se a teoria da Clary sobre a acústica do hotel é verdadeira.”

“Idiota!” Matt gritou e Syn saiu andando rindo antes que mais alguma coisa acertasse ele.

“Ah, mais uma coisa.” Ele voltou para a sua mala e depois de revirar alguma roupas, pegou algo na mão. “Não se esqueçam disso.” Disse jogando em cima do Matt uma camisinha. Ele saiu correndo e fechou a porta do banheiro.

Olhei para Matt que parecia um pouco envergonhado e comecei a rir. Ele também sorriu e jogou a camisinha em cima da cama do Syn. Saímos de lá e voltamos para onde os outros estavam jogando vídeo game.

Voltamos no outro dia já de tarde e depois do Matt tanto insistir, parei junto com ele na sua casa. Kim me abraçou e disse que já estava com saudades. Jantei com eles e Matt pediu que fosse junto com ele até seu quarto. Quando entramos, ele foi colocar suas malas em algum lugar e eu parei ao lado piano, dedilhando algumas notas.

“Sabe tocar?” Matt perguntou parando atrás de mim.

“Não. Mas sempre admirei quem sabe.” Ele sorriu, sentou no banquinho e começou a tocar uma melodia qualquer. Era doce e calma ao mesmo tempo. Nada que tivesse escutado antes.

“Pensei nessas notas durante esse final de semana. Adivinha quem foi minha inspiração?” Eu sentei ao lado dele e sorri. Ele parou de tocar e segurou minhas mãos. “Talvez seja um pouco cedo pra isso, mas eu gosto de tudo certinho e sei lá, é meio estranho dizer pra minha mãe que nós estamos ‘ficando’, até porque não é só isso que eu quero. Então, Clary, você aceita namorar comigo?” Ele me olhava com expectativa e mais uma vez fiquei sem palavras.

Definitivamente não esperava isso mas sabia que estaria sendo idiota demais se não aceitasse. Com um sorriso me aproximei dele e dei um beijo.

“Sim.” Respondi quando nos afastamos. Matt tinha um sorriso de orelha a orelha.

Ele me levou até em casa e insistiu em subir junto comigo até o apartamento com a desculpa de carregar minhas malas. Não havia ninguém dessa vez e ele ficou lá junto comigo, analisando meu quarto.

“Você era tão bonitinha quando pequena!” Ele disse apontando uma das fotos que eu tinha em um painel.

“Bonitinha? Pra mim isso é apelido de feio.” Ele começou a rir.

“Realmente, você se parece com a sua mãe.” Eu sorri. “E esse imagino que seja seu avô?” Levantei e parei atrás dele o abraçando e olhando para as fotos também.

“Sim.”

“Ele parecia boa pessoa.”

“É, acho que você teria gostado dele. Falta uma foto de vocês.”

“Oh, achei que você nunca iria dizer isso. Foi a primeira coisa que reparei quando olhei pra cá.” Eu revirei os olhos.

Matt continuou lá por mais um tempo até que ficou tarde. Fui junto com ele até a porta e ele ficou parado com uma cara de cachorro pidão. Comecei a rir e me aproximei. Ele me agarrou em mais um daqueles beijos de tirar o fôlego. Quando nos afastamos, ele me abraçou e parou perto da minha orelha sussurrando “Boa noite MINHA namorada!”

Sorri e ele saiu andando enquanto eu observava. Fechei a porta e senti mais um daqueles sorrisos bobos se espalhando pelo meu rosto. Dormi feito uma pedra e acordei com meu celular tocando insistentemente.

“Alô?” atendi com uma voz rouca.

“Clary? Você ainda está dormindo?” Era Matt.

Dei um pulo da cama e comecei a me arrumar correndo enquanto ele me esperava lá embaixo. Matt sorriu quando apareci e tive que concordar em ir de carro, já que naquela hora já deveria estar na escola.

Não havia muitas pessoas pelos corredores quando chegamos mas mesmo assim todos olhavam para as nossas mãos que estavam juntas. Passamos por uma das amigas da Valary e fiquei imaginando quanto tempo demoraria para ela vir falar comigo agora. As aulas passaram tranquilamente e na hora do intervalo todos já sabiam que eu e Matt estávamos juntos. Pelo menos era isso que parecia.

Nos sentamos na mesa com os outros e ficamos conversando como sempre.

“Vocês dois viraram celebridades. São o assunto da escola hoje e provavelmente pelo resto da semana.” Johnny disse e eu fiz uma careta enquanto eles riam.

“Que seja, não devo satisfação de nada pra nenhum deles.” Matt falou se aproximando e me beijando. Percebi que o refeitório ficou em silêncio por um momento e quando olhei em volta, todos estavam olhando para nós. The Rev começou a rir alto enquanto Matt encarava algumas pessoas que desviaram o olhar rapidamente.

Mesmo assim, eu ainda me sentia desconfortável com todos aqueles olhares e resolvi ir até o banheiro. Mas no caminho, Jessica parou na minha frente e me arrastou para um canto.

“Oh meu Deus, agora você não tem como negar. Você e o Matt estão juntos certo?” Seus olhos praticamente brilhavam e outras meninas estavam em volta de mim me olhando com expectativa. Pelo jeito ninguém sabia tomar conta da própria vida mesmo.

“Sim. Estamos namorando.” Ela começou a dar pulinhos na minha frente.

“Awwn que coisa mais linda! Como é o beijo dele? Te faz suspirar e tudo mais? E como ele te pediu em namoro? Você já conhece os pais dele? Ele conhece os seus?” Eram poucas as pessoas que sabiam do meu histórico familiar e Jessica não era uma delas. As outras garotas também me enchiam de perguntas todas ao mesmo tempo.

“Er.. então, se vocês me dão licença, eu preciso realmente ir no banheiro. Depois nos conversamos ok?”

Não esperei que elas respondessem e sai andando escutando um coro de “Ahhh” vindo delas. Que seja. Minha vida não era novela para ficarem acompanhando.

Fiquei aliviada quando vi que não havia mais ninguém no banheiro. Olhei para o espelho e abaixei jogando uma água no rosto. Ainda estava com sono. Quando tinha acabado de secar meu rosto a porta se abriu. Não liguei muito, mas me virei quando escutei ela sendo trancada. Era Valary e mais duas amigas, uma delas com a chave na mão. Ficamos nos encarando por alguns segundos até que ela começou a se aproximar de mim, com as duas como sombras atrás dela. Não me mexi. Só fiquei tentando entender o que ela queria. Valary parou na minha frente e apontou um dedo na minha cara.

"Você sua vadiazinha, disse que não tinha nada com o Matt, mas olha só agora, fica andando de mãos dadas com ele e agarrando tudo aquilo que ME PERTENCE." Esse discurso de novo? Será que ela não cansava?

Suspirei e dei a volta por elas indo em direção a porta mas Valary segurou meu braço com aquelas unhas de Zé do Caixão.

"Ei!"

"Ei você. Não me dê as costas quando estou falando."

"Prefiro ignorar palavras idiotas." Ela apertou mais ainda meu braço e aquilo começou a doer. "Da pra soltar meu braço e devolver a chave da porta?"

"Não. Não dá. Eu é quem dito as regras por aqui e você só vai sair quando eu terminar o que vim fazer."

"Que seria..." perguntei desconfiando que não era boa coisa.

"Ensinar a você a nunca mais tocar, falar, e principalmente BEIJAR o que é meu!" Comecei a rir.

"Seu?"

"Sim. Talvez eu tenha que refrescar a sua memória e lembrar de um certo beijo da semana passada. Sabe, foi o Matt quem quis conversar comigo a sós e me agarrou. Isso só mostra o quanto você é insignificante para ele. Então poupe seu tempo e deixe ele com quem realmente interessa!" Eu via em seu olhar o quanto aquilo era mentira, mas ela queria acreditar. Era como se ela tivesse criado e vivesse em um mundo que os dois estavam juntos e isso a impedisse de enxergar a realidade. Comecei a me perguntar se ela realmente tinha problemas mentais ou se era só imaginação minha.

"É mesmo? Por acaso acho que não foi você quem ele pediu em namoro." Valary ficou chocada por um momento e tentei aproveitar para soltar meu braço mas foi como se uma chama de ódio acendesse em seu olhar. Ela apertou mais ainda e eu senti suas unhas perfurando minha pele.

"MENTIROSA!" Ela gritou mas uma das suas amigas se aproximou e eu vi ela sussurrando que era verdade. Por um momento pensei que Valary fosse começar a chorar. Mas, ao contrário, ela começou a rir friamente e eu vi suas amigas trocando olhares preocupados. "Bem, muito simples então. Eu só preciso tirar você do meu caminho." Ela me empurrou, fazendo com que eu batesse as costas em uma parede. Tentei soltar meu braço mas ela ainda apertava firme. Vi sangue saindo de onde as unhas dela estavam. Respirei fundo por um segundo.

"Valary, sério. Acho que não precisamos de nada disso. Ou o que você pensa em fazer? Lutar 3 contra 1?" Disse olhando para as amigas dela que pareciam mais querer estar longe dali.

"Não é uma má ideia. Mas você merece sofrer. Quem sabe te matar lenta e dolorosamente?" Valary disse com um sorriso nos lábios. Fiquei paralisada com isso. Sim, ela estava pirando! "Ashley, me dê aquele estilete." Todas nós arregalamos os olhos.

"O que?"

Valary virou para ela com aquele olhar totalmente da vaca louca. "Anda. AGORA!" Quando a garota colocou a mão no bolso e começou a tirar o objeto, percebi o quanto aquilo estava fora de controle.

Valary se distraiu por um momento e eu vi minha chance de fugir. Empurrei ela conseguindo libertar meu braço. Mas antes que alcançasse a porta ela pulou em cima de mim, levando nós duas para o chão. Valary ficou me dando tapinhas idiotas que eu tentava desviar. Consegui me afastar e antes que ela acertasse mais algum tapa, juntei toda a raiva que estava sentindo e dei um soco na cara dela que caiu para trás e ficou com os olhos fechados. As outras duas meninas estavam encolhidas em um canto com expressões assustadas.

"Abram essa porta logo!" Gritei para as duas. Elas correram para a porta com a chave na mão e quando eu ia levantar, um puxão na minha perna fez com que eu caísse de novo. Valary estava em cima de mim com o estilete na mão. Seu olhar ia além da loucura.

"Agora, você MORRE!" Ela gritou abaixando a mão com tudo e eu senti uma dor na minha barriga. Tentei impedir ela com a minha mão mas não estava dando muito certo. Quando ela ia me acertar de novo, ficou paralisada ao som de uma voz.

"VALARY!" Era o Matt.


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Notas finais do capítulo

Devo começar a preparar minha cova?? =X