– Ain... – Suspiro fechando a porta. - O que você e o Tom ficaram fazendo enquanto eu e o Bill estávamos lá na cozinha? – Sento no sofá novamente.

– Bem, ficamos jogando vídeo-game oras.

– Só isso?! Ele não te assediou, deu em cima de você ou coisa do tipo...

– Não, não...

– Que estranho... Acho que ele não gostou de você. – Ri zoando dela.

– Para ta... O nome dele é Tom né?! Cara, ele é muito gostosinho, pena que ele não me assediou... E aquele irmão dele então, senhor, que homem...

– Ei, ei, ei... Nem pense, em hipótese alguma colocar os olhos no meu Bill!

– Seu Bill? Vocês por um acaso são namorados?

– Não, aiiiiiinda... – Sorri.

– Ele é o seu amor platônico né... – Riu. - Ok... Boa sorte então... Mas, o que você e o Bill ficaram fazendo lá na cozinha?

– Conversamos um pouco...

– Sobre aquela noite na festa?

– Isso mesmo... Eu não entendo o Bill; ele já sabe que eu o amo e não faz nada...

– Ou seja – fez uma pausa - ele não gosta de você... E o pior é que você fica se iludindo igual uma idiota; desculpa amiga, mas é a verdade. Você disse que quando ele está perto, algo te diz que ele gosta de você; mas isso é coisa da sua cabeça porque ele não gosta de você, ele só está tentando ser fofo e gentil. – Enfatizou o “não”. Chorei. Ás vezes a verdade dói.– Para ele a relação de vocês não irá passar de amizade, coloca isso na sua cabeça... – Ingrid me abraça. – Eu tenho certeza disso amiga... Se for para ele ficar vindo aqui na sua casa e te dar falsas esperanças, é melhor você pedir para que ele fique bem longe; ai assim será mais fácil para você seguir a sua vida...

– Mas, ele disse que eu poderia estar...

– Não se iluda Kirsten... – Me interrompe.

– Kate... – A corrijo.

– Kate! Não se iluda... E não fique assim... Eu só falei a verdade, a realidade...

As palavras dela me machucou. Mas, por pior que seja isso, acho que é a pura verdade.

(...)

NO DIA SEGUINTE...

– James! – Entro em sua sala.

– Olá Kirs... Kate...

– Porque você sempre se esquece?

– Sei lá... Kirsten é mais bonito que Kate...

– Aff... – Viro os olhos. – Novo trabalho? – Sorri.

– Novo não, NOVOS trabalhos! Nos últimos dias tenho recebido várias e várias propostas querendo você como modelo!

– Ain... – Bati palminhas de felicidade. Pelo menos a minha vida profissional anda muito boa.

– Separei as melhores propostas e estão aqui... – Me entrega uma pasta. – Dê uma olhada nelas e venha aqui amanhã para nós entrarmos em contato com os responsáveis!

– Ok... – Peguei a pasta toda sorridente. – Até amanhã então... – Se despeço.

– Até...

(...)

Andava em direção ao meu carro quando ouço chamarem o meu nome. Viro-me e vejo Tifanny na porta da agência; ela é a modelo mais nojenta que eu já conheci em toda a minha vida, não gosto nem um pouco dela. Ela veio andando em minha direção pensando que estava em uma passarela.

– Como está? – Pergunta sinicamente.

– Ótima obrigada! – Sorri falsamente.

– Eu não estou nada bem... Por causa de uma certa pessoa... – Observa as unhas.

– Isso por um acaso foi uma indireta para mim?

– Foi... – Responde me encarando. – Você está acabando com a minha carreira profissional.

– Como? Não acredito que estou ouvindo isso... Eu não fiz nada contra você, então...

– Não fez?! Você está com os melhores trabalhos... Já eu estou com os restos que sobraram...

– Isso é problema seu... O que você quer que eu faça? Não posso fazer nada se sou melhor do que você!

– Você nunca será melhor do que eu... É esse povinho que não reconhece a verdadeira beleza...

– Ok... Eu não vou ficar nem mais um minuto ouvindo essas baboseiras que você está falando... – Dei as costas para ela.

– Ei... – Segura o meu braço.

– Tire essa pata do meu braço... – Foi o que ela fez.

– Ou você sai do meu caminho, ou terá uma surpresinha!

– Por um acaso isso é uma ameaça? – Encaro-a.

– Entenda como quiser queridinha... – Dei as costas para ela e entrei no carro.

– Garota retardada! – Falei comigo mesma dando partida no carro.

(...)