Rose Winchester- A Filha De Sam escrita por Gi


Capítulo 4
Professores Winchester


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem;)



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...–Só se for pra você. Bem, agora é comigo! Coragem Dean, são só adolescentes.- disse a si mesmo.

Dean estava andando pelos corredores da escola a caminho da sala 34, até que sentiu seu ombro colidir com algo. Então virou-se para ver o que tinha atingido, era uma mulher. Provavelmente uma outra professora que não estava na sala dos professores, pois não tinha a visto lá. Ela era diferente das que ele costumava se divertir no passado, usava óculos e aparentava ter uns 35 anos, mas estava bem conservada.

–Me desculpe.- disse Dean abobalhado olhando para ela.

–Tudo bem.- respondeu desajeitada. Num piscar de olhos, já estava longe demais para ele chamá-la pra sair.

–Se concentra, cara!- falou pra si mesmo.- O que eu tô fazendo? Falando sozinho? Tô passando tempo demais sem pegar mulher, preciso ir numa boate. Será que a The Sullivan's Hot fica longe daqui? Chega, pensamentos pervertidos saiam pra lá e desça o Dean intelectual!- quando ele disse isso, meia dúzia de alunos o encararam, achando que não possuía todos os parafusos da cabeça.- Ah, qual é? Ele não existe! Na hora eu invento alguma coisa.- ele olha para o relógio- Tô atrasado!- o Winchester mais velho saiu em disparada para a sala. Que exemplo ele daria para os alunos se chegasse atrasado no seu primeiro dia de trabalho? Se bem que...Ah, a quem vamos enganar? Dean Winchester não poderia ser exemplo pra ninguém, só se fosse para um caminhoneiro ninfomaníaco.

Chegando na sala encontrou uma zona. Aviõezinhos de papel voando por todos os lados; líderes de torcida ensaiando num canto uma coreografia bem ousada, com micro shorts debaixo de saias mais micro ainda; pessoas gritando; ouvindo música e se pegando.

–Eu tô no paraíso! Esse é o meu tipo de aluno! Como não prestam atenção na aula, posso dizer qualquer besteira que nem vão se importar. Acho que vou contar a história dos três porquinhos...- pensou alto- Bem turma, sou o novo professor de história.- inesperadamente, todos os alunos pararam o que estavam fazendo, sentaram-se em seus lugares e fixaram seus olhos em Dean para começar a aula e absorverem conhecimento (ingênuos). Vendo o que estava acontecendo, ele pensou por dois segundos em arrancar as calças e começar a salivar para se fingir de maluco para que todos se assustassem e saíssem correndo, mas não podia fazer isso. A cueca que usava estava furada, então resolveu dizer: - Sou Gregory Harold.

–Mas no quadro de avisos diz: Gregory Handolf.- interrompeu uma menina de aparência esnobe que usava óculos.

–Você está certa, foi uma pegadinha.- falou com um sorriso aberto e os olhos arregalados. Percebendo a cara de "quem contratou esse demente?", voltou a expressão séria, fingindo ser rígido e intelectual.- Então, a aula de hoje vai ser sobre uma grande história de vida de tamanha importância que escutamos desde pequenos.

– Qual? A Guerra Anglo-saxônica?- perguntou a esnobe.- Pois é aí que paramos.

–Ãhn?- perguntou Dean.

–Você por acaso sabe quem foi James Monroe? Qual era a doutrina que ele pregava?- antes que Dean pudesse responder as perguntas (cujas ele não sabia a resposta) a adolescente estranha fez outra.- Você sabe pelo menos quem foi Henry Clay? O homenageado pela nossa escola?

–Algum cantor de rock?- chutou Dean.

–O que? Não! Henry Clay foi um nacionalista americano que propôs a adoção de medidas econômicas , que tornariam-se posteriomente conhecidas como "American System". Estes nacionalistas pediram pela isolação do país em eventos internacionais, e a adoção de tarifas alfandegárias para proteger a economia americana de produtos estrangeiros. A lógica era simples: com a queda das importações de produtos estrangeiros, a indústria nacional cresceria para atender à demanda, gerando empregos, que por sua vez levaram a um aumento em gastos e em consumo no geral - beneficiando assim comerciantes e fazendeiros. Além disso, estas tarifas poderiam ser utilizadas pelo governo onde fosse necessário. O Congresso americano aprovou a criação de um segundo Banco dos Estados Unidos da América, que atuaria como banco central. Este banco causaria grande controvérsia no governo americano, nas duas décadas que seguiriam à sua criação, uma vez que a criação de um banco central dava ao governo maior controle da economia nacional. Outra medida adotada pelo governo foi o aumento aos fundos destinados à construção e manutenção de infra-estrutura no país. Tudo isso depois da Guerra Anglo-saxônica.- Dean estava sem resposta, então decidiu improvisar:

–Boa explicação. Mas hoje a aula vai ser diferente! Como eu dizia, será sobre uma história de vida que mostra como ter precaução é importante... Era uma vez, três porquinhos. Eles eram alegres. O mais novo adorava
brincar, o segundo era músico e o mais velho era muito trabalhador.
Um dia, percebendo que o dono da fazenda iria vender seus filhotes,
a dona Porca juntou suas economias, dividiu-as entre os três porquinhos e
os aconselhou a ir morar longe da fazenda...- antes que Dean pudesse continuar a história emocionante, a esnobe se manifestou:

–Já chega!Os três porquinhos? Que instrutivo!- ironizou- Como se ninguém soubesse que o lobo mal destrói a casa de todos menos a de tijolos!- gritou ela.

–Shhhi... não conta o final.- brincou Dean. A garota se levantou furiosa, andou em direção a porta e saiu da sala.

–Desculpe professor, ela não está em um bom dia hoje.- disse Rose Sullivan, sem graça pela atitude da amiga.

–Ah, tudo bem. Senta aqui mais perto pra ouvir a história.- disse amigável, para tentar se aproximar da sobrinha.

–Acho melhor não.- respondeu com uma cara de "Deus, ele está falando sério?"- Vou buscá-la. Ah, se fizer a chamada, sou Rose Sullivan e ela é Olívia Lenox.- então, saiu correndo atrás da amiga, antes que tivesse problemas.

–Continuando, o porquinho mais novo comprou palha e construiu sua casinha...

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Enquanto isso no corredor:

– Olívia, tá maluca?- perguntou Rose vendo a amiga sentada no chão, encostada na parede.

–Rose, aquele cara é uma piada. Os três porquinhos? Qual é? Na aula do maternal se aprende mais coisa.

–Talvez ele só estivesse tentando fazer brincadeiras pra ganhar o carisma dos alunos.

–Ou ele é um pateta farsante que não deve nem saber soletrar holocausto. Não acha que isso é o mais provável?

–Sim.- admitiu Rose- Mas vamos voltar pra aula, já está acabando. Você usou boa parte do tempo explicando quem era Henry Clay.

–Pelo menos os alunos aprenderam alguma coisa...

–É, viu Oli? Vamos voltar pra lá, os próximos tempos são biologia. São bem melhores.

–Eu não sou fixada em biologia que nem você. Não quero fazer medicina. Sabe que meu lugar é na matemática, como a minha mãe.

–Sim, a Lauren é muito inteligente...

–Nem sei como o Ben saiu dela, ele é uma máquina de estupidez.

–Mas ele só tem 11 anos, não seja tão dura assim.

–Você é boazinha demais, Rose! Nem sei como faz parte da torcida. Lá só tem piriguetes que passam a aula inteira escovando o cabelo oxigenado.

–As pessoas são diferentes, Oli...- suspirou. Em seguida, uma animação tomou conta dela- Mal posso esperar! Semana que vem é meu aniversário de 16.- disse lembrando o fato mais importante pra ela, desde que ganhou seu primeiro prêmio na maratona de ciências.

–Nem me fala, o ruim é que vai estar cheio de garotas sem cérebros e garotos que só pensam com a cabeça de baixo. Ainda vou ter que levar o Ben, maldita hora que aquele Dean Winchester abandonou a minha mãe pra fazer sei lá o quê. Agora eu tenho que ser babá daquele pivete...

–Quanta implicância, hein? Levanta. Precisamos voltar senão vamos nos atrasar pra biologia.- as duas retornaram para a sala e ainda pegaram o professor contando o finalzinho da história:

–E viveram felizes para sempre na casinha de tijolos...Ei, vocês voltaram?- o sinal acaba de tocar.

–Sim, mas já está na hora do segundo tempo.- disse Rose sorrindo.

–Ah, tchau turma!- disse Dean meio constrangido.

–Nossa, esse professor é um gato! Pena que eu não entendi uma parte da história: A do porquê que a casa de tijolos não caiu quando o lobo soprou.- cochichou Meggan Jenkins, uma das líderes de torcida, a mais tapada delas.

Sam entrou na sala e cumprimentou a turma:

–Bom dia.

–Bom dia.- responderam.

–Sou Kevin Harold, professor de biologia.

–Você é casado com o professor de história?- perguntou de deboche Marcos Lion, o garoto mais bagunceiro da turma, capitão do time de futebol.

–Não, sou o irmão dele. Se eu fosse você, não faria brincadeiras com o professor, não sou tolerante com desrespeito.- disse sério- Atenção à chamada: Amanda Cleawterer.

–Presente!- respondeu a menina franzina.

–Aron Szor

...

–Rose Sullivan- Sam estava ansioso para ouvir a voz de sua filha.

–Presente.- respondeu com a voz doce, o que o fez sorrir.

–Sarah Perkins...- depois de terminar a chamada começou a aula- Hoje falaremos sobre o sistema circulatório. Como sabemos, o órgão mais importante desse sistema, é o coração. Nele o sangue é...- os dois tempos passaram bem rápido. Sam estava entusiasmado, pois sempre gostou do corpo humano e ficou mais feliz ainda porque sua filha estava bem interessada na aula. Rose fez diversas perguntas e deixou aparente esse amor pela matéria assim como o pai.

Na hora da saída, os irmãos Winchester e Castiel foram tentar coletar informações, até sondaram um menino magrelo com um skate na mão.

–Ei, queremos falar com você.- Dean o abordou com cara de bravo. A ideia era intimidar.

–Professores...Err...Olha, não fui eu que enchi a mochila dela de chiclete!- exclamou o garoto assustado. Os três só o olhavam confusos.- Tá, fui eu sim! Mas é que ela me xingou de mulambento asqueroso. Eu tinha que dar uma lição naquela patricinha.- confessou.

–Não estamos falando disso.- respondeu Sam.

–Ah, não...então do quê?- perguntou o garoto.

–Queremos que nos diga tudo que sabe sobre Rose Sullivan.- respondeu Dean.

–Por quê? Ela tem namorado e pedofilia é crime, viu?- disse o garoto com pensamentos maldosos sobre os três.

–Não é nada disso!- respondeu Castiel, depois de ficar calado durante um tempão. Ele tinha esses lapsos de estresse do nada.

–Ok, calma grandão.- pediu o garoto assustado com Cas.- O que eu sei sobre ela... Bom, ela faz parte das líderes de torcida; é da produção do anuário escolar; já ganhou vários prêmios de ciências; é muito inteligente; amigas de todos e muito, muito gata também.- falou com um sorrisinho malicioso no rosto.

–Ei, tira esse sorriso do rosto se não quiser morrer, moleque!- ameaçou Sam, em um surto de corujisse de pai. Deixando o garoto que estava apertado para ir ao banheiro, soltar o que estava segurando.

–Desculpa! Desculpa! Me deixa ir agora?- implorou o garoto amedrontado.

–Isso daí é urina?- perguntou Dean arregalando os olhos. O skatista apenas assentiu com a cabeça.- É melhor deixar ele ir, já tá fedendo.- disse virando-se para Sam e Cas.

–Só mais uma pergunta: Quem é o namorado dela?

–É um tal de Jason. Eu não sei mais nada! Por favor, me deixem ir.

–Tá, vai.- liberou Sam. O garoto saiu correndo e direção ao banheiro.- Que é?- perguntou Sam ao ver a cara de espanto que o irmão olhava pra ele.

–Você me assusta as vezes.- respondeu.

–Para de besteira! Agora temos que descobrir quem é esse Jason.- falou Sam sério.

– Ih, baixou o pai coruja.

–Cala boca, Dean! Vamos pra casa, tenho que preparar a aula de amanhã.

–Mais estudo? Que tal a gente se divertir um pouquinho? A The Sullivan's Hot não fica longe.- convidou Dean.

–Não!- responderam Cas e Sam.

–Foi só uma ideia.- eles foram direto para o motel onde estavam hospedados, o dia seguinte seria cheio para Sam.


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Notas finais do capítulo

Obs.:nessa fic o Sam não largou a faculdade de direito como na série e sim de medicina.
Mereço reviews?