O Melhor Dia da Minha Vida escrita por ladyvalo


Capítulo 7
Parte 7




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Mais uma salva de palmas e, então, o desfile começou. Ao som da orquestra as modelos foram, belamente, entrando uma a uma. As peças da primeira me lembraram Hizaki, com suas enormes saias de babados. No entanto, a segunda lembrou Jasmine You, com flores ornamentadas sutilmente por toda a roupa. O terceiro conjunto foi trazido por um rapaz e este lembrava, bom, a mim mesmo. O modelo vestia uma calça preta de cós bem alto, camisa branca, uma longa capa preta por cima de tudo e uma rosa vermelha na lapela. Fiquei impressionado com a riqueza de detalhes de cada peça. Com certeza, eu iria cumprimentar Mana pelas belíssimas criações.

 

Tudo ocorria bem, quando senti a mão de alguém tocar-me no ombro direito e dizer:

 

- Se importa se eu me sentar aqui?

 

Torci o pescoço para ver quem era e tal qual não foi minha surpresa ao ver meu velho amigo Gackt. Levantei-me e o abracei, dando um leve tapinha nas costas.

 

Eu: Nossa, quanto tempo hein, cara?

 

Gackt: Pois é, muito tempo mesmo.

 

Eu: Tudo bem com você? - nos sentamos.

 

Gackt: Muito bem, e você?

 

Eu: Tendo um dia difícil, mas bem também.

 

Gackt: Eu estava lá do outro lado, sozinho na minha mesa, quando avistei você sozinho aqui também. Aí pensei em vir te cumprimentar e um poderia fazer companhia para o outro.

 

Eu: Fez bem, eu já estava ficando entediado de tanto olhar vestidos. - rimos juntos.

 

Passou-se metade da hora e metade do desfile enquanto continuávamos a conversar animados e tentando prestar atenção em alguma coisa.

 

Lembram-se do medo que senti ao ver que estava sentado debaixo de um lustre? Não foi à toa.

 

Gackt: Estou fazendo um programa de rádio. Por que você não vai lá um dia desses e...

 

CREEEC!

 

Eu: O que foi isso? - olhando para os lados à procura da origem do barulho.

 

CREEEC!

 

Gackt: Cuidado, Kamijo-san! - empurrando-me para o lado, caindo ambos no chão, tudo em fração de segundos.

 

POF! CRÁS!

 

Gritos foram ouvidos. Meus olhos se arregalaram, meu coração disparou a bater como se fosse sair pela boca. Eu estava sentado no chão, ao lado de Gackt, com uma multidão ao redor e todos olhando para o lustre de velas que acabara de cair sobre a nossa mesa.

 

Havia cacos de vidros espalhados e a toalha da mesa começava a se incendiar. O desfile, logicamente, foi interrompido. Um bombeiro de plantão apagou o fogo antes que se alastrasse para o resto do salão. Gackt e eu fomos levantados por várias mãos. Ele estava bem, afinal caíra sobre mim, mas eu nem tanto.

 

Manabu e Klaha vieram ao nosso encontro logo após. O rosto sempre sereno de Mana havia se transformado em uma expressão de extrema preocupação.

 

Klaha: Vocês estão bem?

 

Gackt: Eu estou, mas acho que ele torceu o pé.

 

Eu: Não foi nada, eu estou bem também. Ai! - senti uma pontada nas costas - Só não garanto que sairei daqui andando normalmente.

 

Klaha: Como, mas você já vai?

 

Eu: Não há mais condições de ficar, lamento. Já tive desastres demais por hoje.

 

Klaha: Entendo, está certo. E quem lamenta somos nós. Sentimos muitíssimo!

 

Eu: Que isso, não foi culpa de vocês. Ninguém poderia esperar que o lustre fosse cair, não é? Acidentes acontecem.

 

Klaha: Um infeliz acidente que fará um importante convidado ir embora.

 

Eu: Obrigado. - corei - Bom, vou indo.

 

Klaha: Tudo bem, vá para casa descansar. Ligarei para você amanhã.

 

Despedi-me dele com um aperto de mão. Em seguida, dei um abraço em Mana, que me apertou calorosamente junto dele. Olhou-me querendo dizer algo, mas não havia necessidade de falar, pois percebi naquele olhar o quanto ele estava triste. Por último, virei-me para Gackt.

 

Eu: Você também, ligue-me para... combinarmos o que quer que seja que iria me pedir. Ah, e claro, muito obrigado! Salvou minha vida.

 

Gackt: De nada, amigo. Cuide-se.

 

Klaha: Espero que não se incomode se o motorista de Mana levar você para casa. É o mínimo que podemos fazer.

 

Eu: Aceitarei sim, obrigado.

 

Mais uma vez apertei a mão de cada um e segui, mancando, até o carro que me levaria embora.

 

 

Fim da parte 7.


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Notas finais do capítulo

E esse foi o penúltimo capítulo da nossa história.
Estão prontos para o final?



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