A Garota Diggory escrita por Bally B


Capítulo 4
Fantasmas


Notas iniciais do capítulo

olá povo, isso é, se é que existe povo.. vou recomeçar a história, espero que apareça alguém pra ler



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Dorinda despertou em meio aos seus pesadelos novamente. Estava cansada de sempre repassar a morte de seu irmão durante o sono, o que vinha acontecendo mais frequentemente desde que chegará a Hogwarts. Algo naquele local fez com que a parte ruim de suas memórias despertasse uma vontade própria e evitassem ser controladas.
Levantou-se e foi até a janela. Em noites ruins ajudava olhar para o céu e observar as estrelas. O que mais gostava ali era o céu, em sua antiga escola quase nunca se era possível ver as estrelas. Estava tão distraída que nem percebeu quando Hermione aproximou-se ao beiral junto a ela.
– Sem sono Dory? - perguntou amistosa
– Acontece frequentemente quando se tão coisas desagradáveis com que sonhar. - deu um sorriso triste para a outra menina.
– Sente muito a falta dele, não é?
– Bastante.
Dory nem se lembrava mais como era estar perto do irmão, passaram tanto tempo separados que difícil dizer como lidavam juntos. Porém, agora era tudo diferente, não estavam apenas separados, como essa condição se tornara eterna.

– Você não tem medo? - Hermione prosseguiu. - Dele?

– E o que mais devo temer Mione? - Suspirou. - Ele já me tirou tudo que tinha. Não há mais nada que eu ame que ele já não me tenha tomado.
– Desculpe, sei que não gosta de falar sobre isso.
– Tudo bem, esses poucos meses em Hogwarts estão me fazendo acostumar. É difícil falar sobre Cedrico, mas não mais impossível.
– Dory, eu gosto muito de você... Quer dizer, ficamos muito amigas nesse tempo, mas eu receio que...
– Hermione, eu não sou mais uma criança. Sei que as coisas pra você estão difíceis. Harry ainda me detesta, acho que sou capaz de convencer até o Ministro da Magia de que não odeio Harry Potter e que ele diz a verdade, mas quanto ao próprio Harry, declaro-me perdedora.
– Eu já tentei de tudo, juro. Rony foi mais persuasível, mas Harry esta tornando tudo impossível!
– Não se meta mais. Vou entender se precisar se afastar, mas adoraria que continuássemos amigas. E quanto a Potter, apenas deixe que ele enxergue a verdade.
– Você tão diferente dele. De Cedrico. Ele era tão mais..
– Cheio de si.
– Isso.
– Cedrico era muitas coisas, em sua maior parte eram boas. Sempre foi convicto de todas suas qualidades, talvez esse tenha sido seu maior erro.
– E você, no entanto, prefere esconder a sete chaves todo seu talento...
– Eu não quero ser grosseira, mas detesto que me comparem a ele. Por favor, você poderia não...
– Perdão, é só que você é tão diferente...
– Foi justamente por isso que fui embora.
– Vocês não se davam bem?
– Sim, nos davamos muito bem. Mas os Diggorys nascem destinados a perfeição, e Cedrico e eu não cabíamos na mesma família. Meu pai só tinha olhos para ele, eu era apenas uma cópia fiel da minha mãe. Haviam disputas demais nos separando, pensei que se viéssemos para a mesma escola isso se tornaria insustentável para nossa relação. Foi por isso que fui para Sibéria, embora ele nunca tenha aceitado minha decisão.

Sua fala seguiu-se pelo silêncio. Hermione se recolheu a cama logo depois, Dorinda porém não conseguiu dormir, então se vestiu e desceu a sala comunal. Se instalou em frente a lareira, vendos as brasas consumindo-se em fogo. Percebeu quando alguém se juntou a ela, mas não reparou em quem era.
– A noite do cemitério.
Potter estava ao seu lado, encarava as chamas. Tinha uma aparência cansada, de quem não tinha uma boa noite de sono a tempos. A iniciativa de conversa surpreendeu a garota, que por um breve momento se esqueceu de responder, o que o fez proceder:
– É ela que faz você acordar? Aos gritos? - A garota apenas assentiu. - Então é verdade... Naquela noite... Você estava lá?
– Sim.
– Hermione me contou do feitiço.
Dorinda nunca esperou que Harry se aproximasse tanto. Desde que chegará vinha buscando constantemente se aproximar do garoto, tanto quanto vinha tentando se afastar de Malfoy. O loiro não havia superado a forma que foi tratado em sua primeira conversa, e vinha constantemente tentando dar o troco.
– Não precisa fazer isso.
– Isso o que?
– Potter, eu sei que não acredita de verdade que eu não te culpo pelo que aconteceu ao meu irmão, e também não quero que se sinta obrigado a nada somente por conta dos apelos de Hermione. Quando estiver preparado para finalmente aceitar a verdade, me procure.
– Posso pelo menos te pedir um favor?
– Sim?
– Me conte... Como foi? Estar lá?
– Horrível. - Suspirou pesadamente. - Eu não devia estar lá, a ligação nunca havia sido tão forte. Não sei o que houve, talvez ele tenha desejado muito isso...
– No que ele estava pensando?
– Ele sabia que havia algo errado. Quando a taça os levou para lá, ele sabia. Ele quis ir embora, mas ainda se sentia em divida com você pela ajuda, e quando finalmente você entendeu o que estava acontecendo, Ced não tinha mais chances. É torturante sabe?
– Depois de um tempo você se acostuma aos fantasmas.
E quanto tempo leva para nos acostumarmos a sermos nós os fantasmas? Foi que pensou, no entanto manteve-se calada.


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Notas finais do capítulo

diga-me pois aquilo que pensa



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