POV Bella

Estávamos totalmente de corpo colocado um no outro. O meu rosto estava demasiado perto do dele. Edward aproximou o seu rosto do meu pescoço e arfou. Lá depositou um beijo rápido, senti o meu corpo estremecer, ficar em brasas. Seu rosto voltou à posição inicial, mas desta vez mais perto da minha boca. Vi Edward aproximar-se mais e mais de mim e eu tomei consciência do que estava a acontecer. Eu não podia deixar que aquilo acontecesse. Fiquei com medo da reacção dele, e se voltasse a fugir de mim e voltasse a não falar comigo? Eu não podia deixar que isso acontecesse de novo. Afastei-me num ápice.

– Não, Edward… - Sussurrei. – Eu não posso. – Disse me afastando.

– Porquê? – Edward segurou no meu braço me virando novamente para si. Fiquei durante alguns minutos em silêncio, mas logo Edward exigiu uma resposta de mim. – Me diga, porquê que não pode?

– É que…

– É que o quê? Você é comprometida com alguém? – Ele me perguntou confuso. Eu? Mas ele está louco?

– Eu? Não! – Eu disse abanando a cabeça, Edward suspirou.

– Então porque não pode?

– Bom… Eu não quero que você se afaste de novo. – Eu disse baixando o rosto.

– Prometo não o fazer. Agora vem cá. – Ele disse e me puxou pela cintura. – Não te vou obrigar a me beijar. Mas saiba que… - Aproximou os nossos corpos. – O seu beijo é delicioso. – Riu entre dentes. Senti minhas bochechas corarem.

– O seu beijo também não é de ser deitar fora, mas já provei melhores. – Eu me fiz de difícil. Na verdade, o beijo dele foi o melhor que provei até hoje.

– Ai é? Ok. – Ele disse me soltando e se sentando na cama. Cruzou os braços e fez bico. Eu não consegui me aguentar e soltei uma gargalhada. Ele ficava tão fofo amuado.

– Bobo. – Eu disse rindo. – Estou com fome. Em princípio os meus pais já devem ter ido trabalhar, mas eu preciso ter a certeza. – Se a minha mãe ou o meu pai o vissem aqui, iriam pensar mil e uma coisas erradas.

Edward assentiu com a cabeça. Eu saí do meu quarto e basculhei pela casa procurando algum vestígio dos meus pais. Fui até ao quarto de Sophia que ainda dormia profundamente. Fui até à cozinha.

– Bom dia Claude. Os meus pais já foram? – Eu perguntei ansiosa para que a resposta fosse positiva.

– Bom dia minha querida. Sim, já. – Ela confirmou e eu assenti feliz. Edward poderia sair sem ter que se esconder.

– Ok, obrigada.

– Não comer nada?

– Não. Daqui a pouco eu como.

Claude simplesmente assentiu e eu subi até ao meu quarto para avisar Edward. Abri a porta e ele não estava lá. Mas que raio? Onde estará ele? Bati na porta do banheiro e nada. Onde ele se meteu? Ouvi uns risinhos vindo de fora do quarto. Olhei para trás e estava lá Edward com Sophia no colo.

– Nena! – Ela gritou esticando os braços na minha direcção. Prontamente eu a peguei. Olhei confusa para Edward. Logo ele percebeu e me esclareceu.

– Ouvi a menininha chorar e fui até lá. – Ele disse apertando delicadamente o nariz de Sophia. Ela riu imediatamente.

– Parece que ela gostou de você. – Eu constatei quando Sophia se lançou para o colo de Edward.

– E quem não gosta?

– Convencido. – Retorqui. Edward riu e Sophia o imitou.

[…]

Enfim, ainda convidei Edward para tomar o pequeno-almoço aqui em casa, mas ele recusou. Tinha mais de 100 chamadas de Alice, outras tantas de Carlisle e Esme. Ele achou por bem ir para casa. Quem não gostou da ideia foi Sophia que fez um berreiro quando Edward foi embora.

POV Edward

O corpo de Bella estava totalmente colado ao meu. Gostei daquela posição. Não consegui evitar e aproximei-me do pescoço de Bella. Aspirei o seu cheiro. Era um cheiro maravilhoso que me fez arrepiar totalmente. Dei-lhe um beijo no pescoço sentindo Bella estremecer nos meus braços. Voltei à posição inicial aproximando-me dos seus lábios. Aproximei-me mais e mais e quando estávamos quase a beijar-nos… Bella levanta-se. Eu não percebi aquela reacção. Fiquei confuso. Porque teria ela se afastado?

– Não, Edward… - Sussurrou. – Eu não posso. – Eu me levantei aproximando-me.

– Porquê? – Perguntei segurando o seu braço e fazendo-a se virar para mim. Bella ficou em silêncio. Mas eu precisava saber o motivo daquela rejeição. – Me diga, porquê que não pode?

– É que… - Senti Bella ficar reticente. E aí se fez luz na minha cabeça. Bella possivelmente tinha um namorado e não queria o trair.

– É que o quê? Você é comprometida com alguém? – Perguntei esperando que ela negasse.

– Eu? Não! – Ela disse incrédula e eu suspirei de alívio.

– Então porque não pode? – Eu precisava saber o porquê de ela ter rejeitado o meu beijo.

– Bom… Eu não quero que você se afaste de novo. – Bella confessou. Claro. Agora tudo fez sentido. Da última vez que nos beijamos eu me afastei totalmente, deixei de falar com Bella e tudo mais. Mas isso não iria acontecer desta vez.

– Prometo não o fazer. Agora vem cá. – Segurei sua cintura e a puxei. – Não te vou obrigar a me beijar. Mas saiba que… - Aproximei ainda mais os nossos corpos. – O seu beijo é delicioso. – Eu disse e ri.

– O seu beijo também não é de ser deitar fora, mas já provei melhores. – Eu a olhei incrédulo. Ela estava se fazendo de difícil, então eu entraria no mesmo jogo.

– Ai é? Ok. – Eu a soltei e me sentei na cama amuado. Bella sentou uma gargalhada tão gostosa de se ouvir que esqueci tudo o resto.

– Bobo. – Ela disse rindo. – Estou com fome. Em princípio os meus pais já devem ter ido trabalhar, mas eu preciso ter a certeza. – Bella constatou e eu assenti. Não iria ficar bem, os pais dela me pegarem aqui.

[…]

Estava esperando Bella quando ouvi alguém chorar. Aproximei-me da porta para compreender aquele som. Parecia um bebe chorando. Saí do quarto do Bella em busca daquele som, não foi difícil encontrar. Abri a porta do quarto de onde vinha aquele choro e deparei-me com uma bebe linda. Ela me olhava de olhos arregalados.

– Oi pequena. – Eu disse me aproximando. Ela fez bico. – Não chora. – Pedi pegando-a ao colo. A pequena fez uma careta e eu sorri. Olhei para cima da mesinha de cabeceira que tinha ao lado do berço e vi lá um álbum que dizia: A vida de Sophia. E por baixo tinha uma foto desta bebe. – Sophia. – Eu pronunciei.

– Eu, eu, eu! – Gritou a pequena.

– Você se chama Sophia? – Perguntei e ela assentiu sorrindo. – Olá Sophia, eu sou o Edward. – Eu disse e apertei cuidadosamente a sua bochecha.

– Neno. – Ela disse.

– Neno? O quê? – Perguntei confuso.

– Neno, neno. Tu é neno.

– Não, eu sou Edward. – Eu disse. Sophia abanou a cabeça em negação.

– Neno. – Ela disse e cruzou os pequenos bracinhos.

– Pronto, está bem.

[…]

Vi Bella passar, provavelmente ia para o seu quarto. Peguei e com Sophia no colo fui para lá também. Abri um pouco a porta e vi Bella me procurando.

– Bella anda me procurando. Shiiiiu. – Eu disse baixinho para Sophia.

Sophia soltou uns risos baixinhos, mas foi o suficiente para Bella ouvir. Ela se virou e nos viu.

– Nena! – Sophia gritou esticando os braços na direcção de Bella.

Bella me olhou confusa e percebi que ela não estava entendendo nada.

– Ouvi a menininha chorar e fui até lá. – Eu disse apertando delicadamente o nariz de Sophia. Ela riu imediatamente.

– Parece que ela gostou de você. – Bella disse quando Sophia se lançou para os meus braços.

– E quem não gosta? – Joguei charme rindo.

– Convencido. – Retorquiu. E eu ri enquanto a pequena Sophia me imitava.

[…]

Bella me convidou para tomar o pequeno-almoço com ela e Sophia, mas eu tinha inúmeras chamadas de Alice, Esme e Carlisle. Eles deviam estar preocupados comigo, e eu achei melhor ir para casa. Despedi-me de Bella e Sophia. Vi Sophia fazer bico quando me vim embora. Ela era uma querida. Eu conhecia-a à menos de 15 minutos e já gostava dela. Aquela criança é totalmente encantadora.

Rapidamente cheguei a casa. Deixei o carro na garagem e entrei em casa.

– Edward! – Esme gritou vindo me abraçar. – Você está bem? – Ela me perguntou me observando.

Eu assenti com a cabeça.

– Peço desculpa por não ter avisado que não vinha dormir… - Disse envergonhado.

– Não faz mal, o que interessa é que você está bem. – Carlisle disse vindo me abraçar.

Como era de esperar, Alice me deu um raspanete, quase me bateu. Quis saber onde eu estive, onde dormi, o que fiz, blá blá. Mas eu não disse nada.

– Onde você andou Edward? Ein! – Alice exigia satisfações.

– Andei por aí, baixinha. – Eu disse rindo.

– Edward, nós ficamos preocupados…

– Eu sei, me desculpa…

E depois de muitas vezes eu pedir desculpa, Alice acalmou. Eu subi para o meu quarto e foi inevitável não pensar em Isabella Swan.