O Amor Acontece... escrita por Pattie


Capítulo 22
Capítulo XXI


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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[…]

POV Edward.


Acordei mal-humorado. Hoje faz três anos que os meus pais faleceram… E ainda dói cá dentro. Ainda dói a ausência deles.

Apesar de eu estar numa família que me trata como se eu fosse realmente filho deles, não é igual. Sinto falta dos momentos que passava com os meus pais. Sinto uma tremenda falta de sentir o cheiro da minha mãe, de ouvir os conselhos do meu pai.

Eu nem sempre fui um bom menino. Quando era mais garoto, estava sempre metido em alguma briga, ou aprontava sempre alguma coisa. A minha mãe chamava-me de peste, mas para além da peste que eu era, eu os amava muito, e eles eram e são muito importantes para mim.

Quando eu os perdi, sofri muito. Felizmente, Esme sempre esteve do meu lado, e mesmo quando eu estava revoltado com a morte dos meus pais, Esme cuidava de mim. Até quando eu a tratava mal, ela sempre tinha uma palavra confortante para me oferecer…

Não é fácil viver com o facto que nunca mais irei ver os meus pais… E quando é o aniversário da morte deles, é mais difícil ainda.

Eu não sei explicar… Mas gostava de ter Bella ao meu lado neste momento. Eu e ela nem temos muita confiança, mas a verdade é que me acabei apaixonando por ela e era bom que ela estivesse a meu lado.

Dei por mim, sentado na cama a chorar. Limpei as lágrimas e rumei para o banheiro. Fiz minha higiene matinal e me vesti. Desci para tomar o pequeno-almoço.

Mal desci as primeiras escadas, encarei com Alice que me olhava diferente. Com pena.

- Bom dia. – Pronunciei de forma arrogante. – Está me olhando porquê? Tenho alguma coisa na cara?

Eu odiava que tivessem pena de mim. É a pior atitude que podem ter comigo.

- Bom dia. Hm... É… - ela engasgou-se com as próprias palavras e pulou no meu pescoço para me abraçar. Eu logo a larguei e não deixei que ela me olhasse, lágrimas se acumularam nos meus olhos quando ela me abraçou. Me recompus e fui até à sala. Já estavam todos sentados lá. Esme, Carlisle, Jasper e Rosalie.

- Bom dia. – Eu disse me sentando.

- Bom dia filho. – Respondeu Esme dando ênfase à palavra filho.

- Bom dia. – Responderam os restantes.

Alice se juntou a nós logo a seguir, e o silêncio reinou naqueles minutos que se seguiram. Ninguém falava, e eu não fazia questão de falar.

Ninguém falava por minha causa, porque hoje era aniversário de morte dos meus pais. Aquilo começou a incendiar-me. Fiquei com raiva… Bom, não era raiva. Embora eu não quisesse admitir eu estava triste.

Enfim, hoje estava disposto a perder-me.

- Até logo. – Eu me despedi saindo da mesa.

Saí de casa, fui até à garagem, entrei no meu Volvo e rumei pela estrada fora sem direcção a seguir.

Andei, andei e andei. Perdi a conta às horas que andei na estrada. Lágrimas constantes escorregam pelo meu rosto.

- Porquê? – Eu sussurrei para mim. No fundo eu ainda não aceitava o facto de os ter perdido.

Parei em frente a um bar, estacionei e entrei no mesmo.

- Um whisky. – Eu pedi me sentando ao balcão. – Pelo menos para já.

O senhor que lá estava, serviu-me um, dois, três, quatro… Ops, perdi a conta a quantos whiskys foram. Bebi até não me deixarem mais.

- O senhor não acha que está bebendo demais? – Perguntava o garçon que me serviu o dia todo.

- Não. – Respondi arrogantemente. – Mais um.

- Lamento, mas não podemos servir bebidas alcoólicas a pessoas embriagadas.

Embriagado? Eu? Desta tive que rir!

- Eu não estou embriagado! – Resmunguei.

- Senhor peço que se retire. Já iremos fechar. – Informou-me um senhor mais velho do que aquele que antes me servia.

Paguei a conta e saí resmungando sozinho. Entrei no meu carro e fiquei ali a pensar no que tinha feito… Eu bebi para esquecer, mas no entanto eu ainda me lembrava de tudo. Lembrava-me do motivo que me fez beber. Liguei o carro e andei quilómetros sem rumo. Eu não queria voltar a casa. Então sem pensar rumei em direcção a casa de Bella. Só tinha ido lá uma vez, mas sabia perfeitamente o caminho. Jamais me esqueceria. Cheguei lá, estacionei e saí do carro. As luzes da casa estavam todas desligadas. Estaria Bella a dormir? Lembrei-me que tinha tirado o número de Bella do celular de Alice. Peguei meu celular e procurei seu número na lista telefónica, mal o encontrei, coloquei a chamar.

POV Bella.


Depois da tarde de compras com Alice, eu estava totalmente esgotada. Jantei apenas uma sopa e fui dormir.

Fui acordada pelo barulho do meu celular vibrando. Olhei o relógio e eram 2:05 da madrugada.

 - Mas isto são horas de se ligar? – Resmunguei sozinha pegando o celular. Olhei o número e não conheci. Não fiz questão de atender e pousei-o de novo voltando a dormir.

O celular voltou a vibrar uma, duas, três vezes. Começou a irritar-me, e resolvi atender.

- Alô?!

- Bella? – Uma voz me chamou. Mas eu conhecia aquela voz. Meu corpo inteiro se estremeceu.

- Quem fala? – Eu perguntei tentando não dar bandeira. Eu já sabia que era Edward.

- Edward…

- Porque está me ligando a estas horas? – Meu estado de irritação anterior tinha desaparecido totalmente ao ouvir a voz dele.

- Abre a porta para mim?

- Huh?

- Estou aqui em baixo e… - Não deixei ele e terminar e corri para a janela, afastei a cortina e pude ver o ser carro parado lá fora. Corri para a porta de entrada, sem pensar duas vezes. Tentei fazer o mínimo barulho possível. Abri a porta e lá estava ele.

- Edward, o que faz aqui? – Perguntei sussurrando.

- Precisava te ver. – Ele disse cambaleando em direcção a mim.

- Você está bem? – Ele não parecia bem.

- Sinto a sua falta. – Ele se chegou mais perto de mim e pude sentir o cheiro a álcool e ele emanava.

- Você bebeu? – Eu perguntei incrédula. 


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Notas finais do capítulo

Fui abandonada pelas minhas leitoras :( Desanimei...
Enfim, obrigada a todas as outras que ainda me acompanham!
Até ao próximo capítulo... se ele realmente vier.