POV Bella

Acordei com o som estridente do meu celular. Forcei os meus olhos a abrirem-se enquanto procurava pelo meu celular. Finalmente o encontrei e atendi a chamada sem sequer ver quem era.

– Alô?

– Bella?

– Oi mãe.

– Te acordei meu anjo?

– Uhuum.

– Ai, me desculpa meu anjo. Mas poderia vir aqui no hospital? Seu pai e eu temos um grande favor a pedir-lhe.

– Sim, claro. Vou só tomar um banho, comer alguma coisa e vou para aí.

– Ok. Até já. Eu te amo filha.

– Eu também mãe. – Eu disse e desliguei.

Era Segunda-feira, já estava de férias de Natal, nesta última semana de aulas, foi tudo tão estranho, Edward deixou de falar comigo… Acho que deve ter sido por causa da cena que se passou em casa dele, quando estive lá.

– Idiota. – Sussurrei para mim mesma.

Era óbvio que Edward ficou assustado com minha investida. Com certeza ele ainda ama Tanya… E eu fui estragar uma possível amizade que pudesse haver entre mim e ele. Foi triste…

Flash back on

– Edward? - Eu o chamei quando ele sentou ao meu lado na sala de aula.

– Sim? - Ele me respondeu.

– Bom... eu... eu... - Não sabia o que lhe dizer. - Nós precisamos de conversar.

– Sobre? - Ele perguntou com indiferença.

– Sobre a outra noite em tua casa...

– Bom dia caros alunos. - Cumprimentou o professor entrando na sala de aula.

– A aula vai começar. Depois falamos. - Ele disse e eu não consegui rebater o que ele me disse.

Passaram-se dois dias e eu tentei novamente falar com ele.

– Edward? Será que podemos falar agora? - Eu perguntei reticente.

– Bella, não temos absolutamente nada para falar. E eu preferia que você não falasse mais comigo. - Ele disse e se afastou.

Foi praticamente impossível conter as lágrimas. Chorei desesperadamente. Aquelas palavras suaram tão frias e arrogantes... Suaram de uma forma que eu nunca pensei ouvir.

Flash back off

Enfim. Continuei a falar com Alice, fui com ela às compras. Compramos uma série de roupas bonitinhas para o bebe de Alice. Mas tudo de cores neutras, pois ainda não sabíamos se era menina ou menino. Alice andava empolgadíssima com a sua gravidez, ela mal podia esperar por ter o bebe nos seus braços.

Tomei um banho rápido, vesti as primeiras peças que me apareceram e fui à cozinha pegar algo para comer.

– Claude, o Riley está? – Eu perguntei pegando numa maçã. Riley era o nosso motorista. Eu ainda não tinha a carteira de motorista, então tinha que me contentar com o Riley sempre atrelado a mim.

– Bom dia minha querida. – Ela disse sorrindo. – Sim, ele está lá fora.

– Claude, vou ter com os meus pais ao hospital, a minha mãe pediu para que lá fosse.

– Mas aconteceu alguma coisa? – Claude perguntou me encarando preocupada.

– Acho que não Claude. – Eu disse e pensei melhor. Será que tinha acontecido alguma coisa? Ok, preocupação mode on. – Eu espero que não. – Concluí. – Até logo Claude. – Eu disse saindo para ir ter com o Riley.

Saí ao pátio da casa para ver se Riley lá estava e nada. Mas onde estaria ele? Na garagem, é claro! Fui até à garagem e o chamei.

– Riley?

– Sim? – Ele respondeu.

– Onde estás?

– Aqui menina. – Ele disse saindo debaixo do carro.

– Preciso que me leves ao hospital.

– Porquê? Está machucada? – Ele perguntou levantando. Riley sempre foi super protector comigo e com Emmet. Riley era um senhor dos seus 60 anos, prestava serviços à nossa família há mais de 30.

– Não, relaxa. Minha mãe pediu para eu ir lá. – Eu disse abraçando-o.

– Ah! Que alívio! Então vamos lá. – Ele completou indo até abrindo a porta de trás do carro para eu entrar.

– Unf. – Resmunguei. – Nem penses, eu vou à frente contigo.

– Mas menina… - Ele tentou dizer e eu o interrompi.

– Por favor… - Eu pedi fazendo beicinho.

– Ai, está bem. – Ele sempre cede quando eu choramingo. Corri e lhe dei um beijo da bochecha.

[…]

– Quer que espere aqui? – Riley me perguntou quando chegamos ao hospital.

– Sim, por favor. – Eu disse saindo do carro.

Subi as escadas que davam acesso à entrada do hospital, entrei e fui até à recepção.

Eu já era conhecida lá, então não seria difícil de lá entrar.

– Bella! – Gritou Zafrina, uma amiga da minha mãe. – Como estás grande!

– Olá Zafrina. É… Eu cresci. – Eu disse e ambas rimos.

– O que fazes por aqui?

– Bom, eu vim ter com a minha mãe. Ele pediu que eu aqui viesse.

– Hmm… Então vem comigo que eu te levo até ela.

– Obrigada. – Eu disse e a segui.

Passamos por imensos corredores, o hospital estava cheio de doentes, chegava a dar dó de alguns casos, era por isso que eu não gostava de ir ao hospital.

– Pronto. Esme está a dar a última consulta da manhã, quando a paciente sair, podes entrar. – Disse Zafrina.

Eu assenti e nos despedimos. Sentei-me no sofá que tinha em frente à porta do consultório da minha mãe. Não demorou muito até Esme se despedir da sua paciente e me pedir para entrar.

POV Edward

Depois do que aconteceu entre mim e Bella, eu precisei me afastar dela. Eu precisava entender o que se passava na minha cabeça e no meu coração.

Bella tentou falar comigo duas vezes, e eu praticamente não deixei.

Na segunda vez em que Bella tentou falar comigo, eu fui grosso, arrogante e frio. Percebi que ela ficou machucada com tal atitude... Mas eu também fiquei magoado... Eu não queria tratá-la daquele jeito... Mas eu não podia me aproximar mais dela.

Bella despertava em mim sentimentos que eu desconhecia... Bella fez eu me apaixonar por ela, por aquele jeito tonto de ser. Mas depois da traição de Tanya, eu não sei se estou preparado para me envolvei emocionalmente com alguém...

As aulas terminaram e eu não falei com Bella. Eu sinto falta de ouvir sua voz... Sinto uma falta danada do seu toque. Embora eu apenas a tenha beijado duas vezes, eu já estava totalmente viciado nela.