Destiny escrita por TahRodriguess


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Séculos depois eu posto... sorry, eu esqueço. Sequer sei se tem alguém lendo então não me importei muito... enfim, Boa Leitura (;



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Ontem o Chris se mudou – só se passou uma semana, até que foi rápido – por isso eu tenho certeza que não o verei online, de qualquer modo, estou ocupada demais para entrar no computador hoje. Depois da escola eu tenho dentista – odeio dentista e não é pouco, tenho trauma, de não sei da onde, do dentista, não do e sim de, qualquer dentista – e por ser bem longe de onde eu moro, demoro para chegar tanto lá quanto em casa, depois tenho que comprar alguma coisa para minha mãe e, enfim, não vou chegar em casa tão cedo.

Depois do banho me arrumei de um jeito qualquer, quero dizer, qualquer roupa, qualquer coisa. Meu all star surrado no pé e a minha cara de quem morreu e esqueceu de deitar – pura má vontade – assim eu estava pronta para ir.

Peguei o ônibus perto da minha casa, e sentei já sentindo o tédio de rodar tanto até chegar o meu destino – tudo por preguiça de andar até o outro ponto, para pegar o ônibus que iria direto para onde eu queria. Eu estava com os meus fones de ouvido inseparáveis até que senti que a música não faria muito efeito para me manter um pouco mais entretida, então acessei a internet – meus pais chegam a ser hilários às vezes, por exemplo, reclamam todo o santo dia por eu ficar horas no computador e no final de tudo me dão um celular com acesso a internet. Já que eles quiseram me dar, quem sou eu para recusar?

Bom, o dentista foi mais rápido e tranquilo do que eu esperava – sempre é, mas eu nunca deixo de ficar nervosa – então saí e fui andando pela rua movimentada do centro. Já sabia que iria demorar para chegar em casa, o que me entediou ainda mais, preferia dez mil vezes estar na frente do computador – vicio? Talvez. Provavelmente sim – e isso me deu uma ideia, voltar a entrar na internet no meu celular, na esperança que a Liz ou o Chris estivessem on, mas não estavam então desliguei, já que ninguém mais conversaria comigo, aqui em Atlanta não tenho amigos além da Liz, tinha no Brasil, mas hoje vejo que eles não eram bem amigos. Bom, adoravam dizer que sentiam falta da amiguinha que tinha ido para os Estados Unidos, durante mais ou menos um ano conversavam comigo direto e diziam sentir minha fala, mas depois de um tempo, simplesmente sumiram. Hoje, três, quatro anos depois vejo que era só um jeito de se aparecer, ninguém nunca se importou comigo. Que bela vida a minha.

Virei uma esquina saindo da principal, sabia que se esperasse o ônibus no ponto dali, teria que pegar o que rodava como barata tonta e ainda por cima lotado, então, resolvi ir para dentro do bairro pegar num ponto mais vazio um ônibus, que apesar de me fazer andar um pouco para chegar em casa, eu iria sentada.

O ponto era na frente onde skatistas costumavam ir, mas era mais a noite então eu nunca os via, ou quase nunca – não saia muito de casa e sempre que saia era de dia – então nem ligava muito, mas antes de eu por os meus fones de ouvido para ouvir qualquer coisa enquanto esperava o ônibus – já que ninguém estava on, a minha saída era a música – olhei para frente e vi um garoto andando de skate – milagre – mas a questão não era essa. Tinha uma pedra enorme na direção em que ia e ele não pareceu notar.

– Cuidado! – foi o mesmo que não ter gritado.

A roda do Skate foi travada pela pedra e ele foi com tudo para o chão. Corri até lá.

– Tudo bem? – me agachei perto do menino e procurei examinar bem para ver se não tinha machucado nada, pelo menos visivelmente.

– Tudo sim – ele disse com certa dificuldade e se apoiando nos cotovelos.

– Desculpa, acho que a queda seria menos pior se eu não tivesse gritado.

– Acho que não, do jeito que eu estava distraído, foi bom você ter me acordado – míseros segundos de silêncio depois – Ai, é melhor da próxima eu usar capacete – ele pôs a mão atrás da cabeça e tentou se levantar.

– Calma, eu te ajudo – assim fiz, dei a mão e ajudei para que se levantasse, sentando no chão – Que ideia também, porque não anda de capacete? Sei lá, joelheira também – olhei para o joelho dele e foi sorte ele estar de calça jeans.

– Ah não! A minha calça! Que droga! – tinha um belo rasgado na perna esquerda, se não tivesse de jeans, provavelmente teria ralado o joelho muito feio.

– Toma cuidado da próxima vez, para não se machucar mais.

– Ok mamãe – ri.

– Não acredito – fiquei em pé – eu dando bronca num garoto que acabei de conhecer.

– Um garoto que – ele estendeu a mão para mim e eu franzi a testa – acabou de cair e está todo dolorido para se levantar sozinho por isso está pedindo ajuda?

– Ah! Desculpa – segurei sua mão e o ajudei a ficar de pé.

– E um garoto que quer levar a garota que o ajudou para tomar sorvete. Topa?

– Mas nem sei seu nome!

– Podemos pular a formalidade para quando estivermos tomando sorvete.

– Mas eu nem te conheço, vai que quer me fazer algum mal? – não era a coisa mais inteligente a se dizer, mesmo se alguém realmente te quisesse fazer mal, mas saiu.

– Se eu quisesse te fazer mal, já teria feito não acha? – realmente, mas mesmo assim.

Ouvi um barulho de carro, ou melhor, de ônibus e quando olhei para o outro lado da rua, era justamente o ônibus que eu deveria ter entrado.

– Ah não! Que droga! Meu ônibus!

– Era nesse que você iria?

– Sim.

– Hum... acho que é mais um motivo para você aceitar o meu sorvete.

– Você é insistente sabia? – sorri.

– Sempre me dizem isso – ele também sorria.

– Certo, vamos! Se for para morrer que seja agora, não estou perdendo muita coisa mesmo – dei de ombros e ele riu.

O garoto era divertido, engraçado e bonito, sim, muito bonito. Tinha o cabelo castanho claro em cima da testa, quase como um franjão, tipo isso. As bochechas ficavam facilmente avermelhadas, talvez por ser tão branquinho. Já os olhos, eu não consegui identificar se era castanho bem claro ou verde bem escuro, talvez meio termo, não sei. Ele era o tipo de garoto que a puberdade fez bem, parecia que quando criança era a coisa mais fofa do mundo e agora, é mais do que simplesmente fofo. Atraente, pode ser, mas não adiantaria muita coisa já que quando fui embora – quase anoitecendo, o que queria dizer que se ele não me matou, meus pais me matariam – eu nem sequer sabia seu nome.



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Notas finais do capítulo

E aí? Se alguém estiver lendo, desculpe a demora... por favor, reviews se tiver lendo (;



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