Perdida De Amor escrita por Leh


Capítulo 4
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii aqui esta o penúltimo capítulo do ano....Espero que gostem e Comentem....
Como eu venho dizendo essa não é uma história minha, e uma adaptação....Perdida de amor pertence a LILIAN PEAKE...por tanto não achem estranho se verem outro nome diferente....
E Por favor leiam as notas finais sim....
Então vamos ao capítulo...



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Isabella acordou na manhã seguinte com uma batidinha na porta. Uma mulher de uniforme entrou trazendo uma bandeja de comida.


— Eu sou Maggie Jenks, a garçonete-chefe. O sr. Mansen. . . digo, o sr. Jenks, o gerente, meu marido, pediu para lhe trazer esta bandeja. Sinto muito, mas o café da manhã já foi servido... A senhorita se importa de comer isto? — Baixou a bandeja para que Isabella pudesse ver. — Nós cozinhamos especialmente para a senhorita, por ordem do diretor, digo, por ordem de meu marido. Vai gostar, srta. Swan. . .O sorriso dela era amistoso e Isabella teve que aceitar a oferta. Estava com fome e já se sentia bem melhor. A cabeça pesava, mas o ombro não doía tanto. . .— O sr. Mansen pediu para lembrar que o ônibus que vai levar os passageiros para um passeio turístico pela cidade chegará dentro de uma hora, e é melhor a senhorita se apressar. . .Em menos de uma hora ela estava pronta. Quando chegou ao convés superior, a maioria das poltronas estava tomada. Olhando em volta, notou que Edward saía da cabine do comandante, caminhando em direção a ela. Ali estava ele novamente num local onde nenhum outro passageiro seria admitido.


Olhando com curiosidade para Isabella, ele perguntou:


— E então? Está melhor?


— Sim, obrigada.


— Você se lembra de tudo o que aconteceu ontem à noite?— Lembro perfeitamente de que o senhor tentou me afogar na ducha de seu chuveiro gelado...



— Vejo que você ainda não me perdoou, embora eu tenha feito isso com a melhor das intenções. . .



— Não, não perdoei. O senhor... o senhor exagerou, sabe? Eu me senti muito mal. . .



— Foi exatamente por isso que eu agi daquela maneira. Você está tão desacostumada com os efeitos da bebida que nem percebeu quando devia parar. . . Portanto, srta. Swan, deveria estar me agradecendo, e não me agredindo assim. . .Os olhares dos dois se cruzaram. O dele, frio e penetrante. O dela, inseguro, medroso. Isabella sentiu as pernas fraquejarem. Que estaria acontecendo com ela agora?


Qual seria a razão daquele olhar estranho que ele lhe dirigia?Ela agradeceu pelo que ele tinha feito e, nesse instante, ouviu a voz de Alice Whitlock, que gritava do outro lado do convés:



— Isabella! Venha sentar-se a meu lado, querida! Meu marido decidiu ceder-lhe o seu lugar. . .


Enquanto Isabella acenava, Edward Mansen perguntou:


— Tem certeza de que está em condições de fazer os passeios de hoje?


— Já lhe disse que estou bem, sim. O senhor. . . vai também?


— Vou, sim. . . Preferia que eu não fosse?


— Eu... bem, claro que não!


Edward riu diante da confusão de Isabella e ela resolveu explicar melhor para que ele não interpretasse mal suas palavras:


— Sabe? Acho que eu nem sentiria, sua falta se o senhor nãofosse. . .


Isabella sentou-se no ônibus. Jacob não tinha vindo. Em frente de Isabella estavam Alicee Jasper Whitlock e, ao lado dela, a sra. Clearwater.Do outro lado do corredor, Jane Volturi sorria alegremente, sentada ao lado de Edward Mansen. Os pais dela estavam atrás e Isabella achou que aquilo parecia uma festa de família. . .Ela devia estar contente com a viagem, o ônibus percorrendo o caminho entrecortado pelas montanhas repletas de parreiras. Mas a presença daquele homem a perturbava demais. Quando Edward se curvava para Jane, Isabella sentia o coração parar. Se ele falava com qualquer passageiro sentia-se enciumada porque não era com ela. . .
Uma hora depois o ônibus chegou à cidadezinha de Mayschoss. As casinhas eram brancas, com os telhados pintados de vermelho-vivo. Por todos os cantos, até nas janelas e nas soleiras das portas, havia flores em profusão. Nas colinas, parreiras carregadas de uvas, arrumadas em fileiras bem plantadas e cuidadas.
No prédio da fazenda vinícola que visitaram, a sra. Clearwater, Alicee Jasper Whitlock foram falar com outras pessoas. Isabella ficou novamente sozinha. Quando chegaram à adega, Edward Mansen estava a seu lado. Caminhavam por um túnel baixo e escuro, e o ar tinha um forte cheiro de vinho em processo de fermentação. Isabella tremeu, e Edward perguntou:


— Está com frio?


— Sim, um pouco. . . deixei minha blusa no ônibus.


— Se eu soubesse teria avisado. — Seus braços pousaram vagarosamente sobre os ombros dela. — Sente-se melhor assim?


O toque da mão dele produzia um calafrio em sua espinha. Era como se ele a acariciasse, puxando-a lentamente para perto. Será que não via que as outras pessoas olhavam?Jane também notava, mostrando ressentimento. Respondendo à pergunta, Isabella disse:


— Sim, claro. . . Obrigada.


— Você parece não se importar mais tanto que eu a toque — ele disse isso com um olhar irônico.


Isabella corou e não disse nada. Como falar das sensações que aquele toque macio e quase carinhoso provocava nela?


— Já se livrou da ressaca da bebedeira de ontem? Conseguiu recuperar totalmente a lucidez e a dignidade? — ele perguntou.


— Se eu perdi a dignidade, a culpa foi inteiramente sua.


— Muito pelo contrário. Fazendo com que você recuperasse a      sobriedade, eu lhe devolvi sua dignidade, isto sim. . . Mas você não respondeu minha pergunta.


— Bem, se quer saber ainda tenho dor de cabeça.


— Ora, isto se resolve com mais dois comprimidos. E seu ombro, ainda dói?


— Um pouco, quando me movimento muito.


— E você vai processar a companhia?


— Claro que não. . . Afinal de contas, a culpa foi minha.


— Eu sei... Mas você ficaria surpresa ao saber quanta gente processa a companhia mesmo assim, exigindo compensação financeira. . .


Surpresa, Isabella resolveu investigar aquela informação.


— Como é que o senhor sabe disso, sr. Mansen?


— Sim, claro... eu sabia que você ia tentar me pegar nessa armadilha, com sua mania de investigar minha vida particular, Soube disso numa conversa com o comandante. Acho que você já me viu conversando com o comandante.


— Sim, e às vezes fico imaginando como o senhor tem acesso à cabine dele, coisa que nenhum outro passageiro tem. . .


— Pois eu acho bom parar de imaginar, srta. Swan. Estou disposto a permanecer como o "homem misterioso" desta viagem. É isso que eu sou para você, não? Sou o "homem misterioso"? Eu acho até que a viagem assim se torna muito mais interessante para você. Por que não me vê apenas como um homem numa viagem de férias, como todos os demais aqui?


— Bem, eu não sei por quê. . . — e calou-se.


Saindo dos túneis chegaram a um grande salão, onde um guia falou sobre o processo de produção do vinho e disse que todos estavam convidados a experimentar um pouco.
Isabella se separou de Edward, colocando-se na fila dos que iam provar um gole de vinho. Edward puxou-a pelo braço.


— Onde pensa que vai, mocinha?


— Provar um pouco de vinho. . .


— Mas não está com dor de cabeça? Quem tem a cabeça doendo depois do que você fez ontem, certamente está de ressaca. E quem está de ressaca está proibido de tomar vinho...


— Mas eu não estou de ressaca.


— Está sim... E não vai tomar vinho nenhum. Talvez um pouco de suco de uvas, mas vinho não! — Edward apanhou um copo de suco preparado previamente e ofereceu a Isabella.


Isabella não pretendia realmente tomar o vinho, protestou só por causa da atitude arrogante dele. O suco de uvas estava delicioso, mas ela nem agradeceu.


— Vá sentar-se ali, srta. Swan... Eu também irei, num minuto. . .


Por que ela o obedecia? Seria pelo tom autoritário da voz, ou porque queria muito sentar-se ao lado dele? Edward voltou rapidamente.


— Pedi que nos separassem uma dúzia de garrafas do melhor vinho que produzem aqui. Talvez, um dia, possamos tomá-lo juntos... Levantou o copo que tinha nas mãos.— Ao futuro, quando você talvez já tenha desvendado aquele problema que parece ser tão grave em sua vida, isto é, a identidade do "homem misterioso" que viaja no mesmo navio... — 

Os olhos de Edward, por cima do copo, riam dela.


— Edward! — disse a voz fina e irritante da jovem Jane Volturi, vindo detrás deles. — Você se esqueceu de mim, querido! Venha juntar-se à família de novo. . .— Jane o puxou, mas Edward apenas apontou para o lugar vago ao seu lado.


— Estou acompanhado, Jane. . . Sente-se aqui. Não acho mal estar rodeado de moças bonitas. . .


Embora Jane tivesse uma expressão de raiva, sentou-se, dizendo:


— Bem, já que você me chamou de "moça bonita", farei qualquer coisa que você mandar...


Isabella tomou o seu suco de uvas e se levantou, dizendo:


— Desculpe-me, sr. Mansen. . . Enquanto ela se afastava, ele gritou:


— Ei, espere! Onde é que você vai?


— Vou para algum lugar onde eu queira estar, em vez de ficar onde me mandam. . .


O rosto dele endureceu. Isabella dirigiu-lhe um olhar destemido enquanto sentava ao lado da sra. Clearwater, que a recebeu com um largo sorriso.Edward não se aproximou mais dela, dando toda a atenção a Jane Volturi. E a mocinha estava feliz com aquilo, rindo, falando alto o tempo todo, andando aos saltos pelos túneis de volta ao ônibus.
Na hora do almoço, num hotelzinho nas montanhas, Jane tentou por todos os meios sentar-se ao lado de Edward, que parecia apreciar bastante a maneira como ela se grudava nele, procurando agradá-lo.
Quando saíram do hotel, o sol estava quente.


— Você não gosta do calor, querida? — perguntou a sra. Clearwater, notando que Isabella cobria os olhos.Ela fez que não, com a cabeça, e disse:


— Não posso tomar sol demais. . . Tenho uma pele muito delicada...


— E não usa chapéu. . . Acho que você precisa de um chapéu, não acha também, sr. Mansen?


Edward, que naquele instante estava caminhando ao lado delas, concordou:


— Acho que sim. . . Mas creio que você tem um chapéu em sua bagagem, não tem, srta. Swan?


— Eu nunca usei chapéu. . .


— Então é tempo de mudar seus costumes. Você vai ter que proteger a cabeça de alguma maneira. . .


Isabella sentiu-se insultada pelo tom de voz com que ele falava. Respondeu, irritada:


— Minha cabeça é dura. . . Acho que essa proteção já basta. . . Edward sacudiu os ombros, mostrando não se importar.


— Com o tempo você vai aprender. Sim, porque ninguém pode lutar contra a maior força da natureza. . .


O grupo de turistas foi levado para os jardins atrás do hotel, e Isabella notou que Jane puxava Edward para onde quer que fosse, falando e sorrindo.No meio dos jardins havia uma fonte de água natural e só de olhar para ela Isabella se sentiu aliviada. Não resistiu e apanhou um pouco de água com as mãos, passando pela cabeça. Alice notou e ofereceu seu lenço de seda. Se Edward não estivesse a apenas alguns passos, Isabella teria aceitado. Mas não ia fazer coisa alguma que deixasse Edward ainda mais autoconfiante e irônico. Quando disse não a Alice, ouviu Edward dizer:


— Sugiro que aceite a oferta do lenço, srta. Swan. . . 

Isabella insistiu em não aceitar e, com um olhar desafiante, caminhou rápido para juntar-se à sra. Clearwater, que ia adiante.
Dentro do ônibus, o sistema de ar condicionado era suficiente para anular o calor terrível que penetrava pelas janelas. 
Isabella, sentada ao lado da sra. Clearwater, recostou a cabeça contra o banco e fechou os olhos. Se não bebesse alguma coisa bem fresca logo, ia desmaiar. . .
Houve uma parada para o chá, e Isabella bebeu, sedenta. E nem notou o pedaço de bolo de limão servido com o chá. . .
A próxima parada foi no finalzinho da tarde, no vilarejo de Braubach, onde iam visitar o castelo de Marksburg, ficando no topo de uma montanha aparentemente impossível de escalar. O castelo tinha vários séculos e era uma vista linda, com suas pequenas torres e suas altas paredes de pedra. O guia levou-os por um caminho de pedras estreito, difícil de subir. Chegaram aos locais onde antigamente se instalavam os canhões, depois foram para as câmaras de tortura, nos porões. Na friagem,Isabella arrepiou-se. Edward, ao seu lado, perguntou:


— Claro que você não está com frio, não é? Naturalmente deve estar, arrepiada com estes horríveis instrumentos de tortura.


— São horríveis, sim. . . Não sei como aguenta ver essas coisas sem sentir nada. . .


— Talvez porque eu mantenha minha imaginação estacionada, ao contrário de você, que reage apaixonadamente a qualquer coisa mais emocionante que aconteça à sua volta.Se todos fossem iguais a você, entregando-se ao sofrimento como se tivessem passado pelas torturas que imaginam que os prisioneiros antigamente passavam, nada mais faríamos senão ficar por aí, prostrados no chão, chorando e lamentando a vida difícil que teríamos. . .


Ele tinha lido os pensamentos dela.


— Então acha que é tão horrível assim a gente ter sentimentos? O senhor é tão frio e calculista que vê todos que têm sentimentos como pessoas fracas e instáveis emocionalmente. . .


— Foi isso que eu disse? Ora, por favor, não torça as coisas que estou tentando dizer...



Sem dizer mais nada, Edward foi até uma das janelas. Isabella seguiu por uma das estreitas escadas por onde os demais subiam, a passos rápidos. Correu, sem prestar a devida atenção aos passos, e tropeçou, machucando um dos joelhos. Edward ouviu o gemido e correu em seu auxílio, ajudando-a a descer a escada e procurando sondar a profundidade do ferimento. Ele tirou um lenço do bolso e começou a limpar o sangue que escorria.



— Não é preciso ajudar, sr. Mansen. É só um arranhão... 

E voltou a subir as escadas cuidadosamente, sentindo que o joelho doía. Edward a seguiu e Isabella, no topo da escada, parou e agradeceu:


— Obrigada novamente por me ajudar. . .


A visita terminou logo em seguida e, na saída, serviram chá e bolachas aos turistas. Isabella notou que, uma vez mais, Edward estava a seu lado. Ele a segurou pelo braço e a conduziu para uma mesinha vazia.


— Faço questão de convidá-la a tomar café em minha companhia, e, se você ousar dizer não, prometo que quando chegarmos de volta ao navio vou até sua cabine e lhe dou umas palmadas. Agora, diga não, se tiver coragem. . .


— Estou com sede. . . muita sede mesmo!


— Ora. . . Ora. . . então a mocinha admite, para mim, que tem uma fraqueza. Ela está com tanta sede que vai permitir que eu lhe ofereça uma xícara de chá. . . Será que esse detalhe é uma pequena vitória minha?


Edward afastou-se e voltou, instantes depois, com uma bandeja de chá e bolacha. O sol ainda queimava forte, mas Isabella não ousaria proteger a cabeça diante dele.
Em vez disso, procurou se esconder sob a sombra do pára-sol. Sua perna também doía, mas evitava olhar para que ele não notasse. . .
No caminho de volta até o ônibus, Isabella começou a mancar. Procurou por Edward, desejando que ele estivesse por perto, para apóia-la. Ele notou que ela caminhava com dificuldade, sorriu de leve, mas não se aproximou.De volta ao navio, Isabella foi imediatamente para sua cabine. Estava mais do que cansada e o ferimento do joelho começava a latejar. Estava irritada, pois ainda tinha que sair para jantar. . .
Ouviu uma batidinha na porta e Edward entrou, seguido da mulher que lhe trouxera a comida pela manhã.


— Por favor, cuide do ferimento da srta. Swan, sra. Jenks— disse ele à mulher.


Isabella se espantou com o tom de autoridade da voz dele e notou que a mulher não parecia ofendida diante da ordem. Então Edward se voltou para Isabella.


— Pedi que ela fizesse isso como um favor especial para mim. Algumas mulheres fazem o que eu peço sem qualquer reclamação, não é mesmo, sra. Jenks?


— Sim, senhor. . . sr. Mansen.


Ele riu abertamente, parecendo se divertir muito com aquilo. Isabella não conseguiu entender a preocupação de Edward por ela, depois de sua frieza no castelo.
O curativo no joelho de Isabella atraiu a atenção dos outros passageiros. Jacob se mostrou particularmente preocupado. . . provavelmente porque ela não poderia posar para suas fotos enquanto estivesse machucada.
Isabella resolveu dar um passeio pela cidadezinha de Braubach e Jacob se prontificou a acompanhá-la. As luzes da cidade estavam acesas. As ruas eram estreitas e as construções eram todas do estilo típico alemão do interior, lembrando um passado distante. A música moderna de discoteca que se ouvia por toda parte representava um contraste grotesco com o estilo da arquitetura do lugar.
As vitrines, coloridamente iluminadas, eram um convite para um passeio a pé e Jacob, com o braço sobre os ombros de Isabella, parava aqui e ali para observar os artigos expostos. Pararam diante de uma joalheria e Isabella se sentiu atraída por um anel de esmeralda. Ela o achou lindo e disse que aquele anel deveria ser seu. Quando se voltaram para sair, percebeu que Edward Mansen estava atrás deles com as mãos nos bolsos, observando também o lindo anel. com um sorriso disfarçado, Edward perguntou:



— Gosta de olhar vitrines, srta. Swan?


— Que mais posso fazer senão olhar as vitrines? Lembre-se de que, além de as lojas estarem fechadas, eu sou uma pobre professorinha que não tem dinheiro. E aquele anel, então, só em sonho. . .


— É uma pena. . . — disse Edward com ironia. — Isso quer dizer que você vai viver uma vidinha bem modesta quando voltar para seu namoradinho violinista na Inglaterra.— Ele falava de Mike e Isabella sentiu vontade de reagir, tão irritada ficou com aquela observação. Edward continuou: — Certamente não esqueceu o pobre namorado em apenas cinco dias, não é? Aliás, pelo que estou vendo, talvez ele não deva ter mesmo muita confiança em você. . .


Quando saiu, mais tarde, do restaurante do navio, Isabella percebeu alguma coisa diferente no ar.



— Então, srta. Swan? Não está acreditando nos seus ouvidos? — disse Edward Mansen atrás dela.


— Música! Mas como é que sabiam? Como adivinharam? Você disse ao comandante para colocar música ambiente aqui?



— Ora, não fique me olhando como se eu tivesse cometido um crime, srta. Swan. Sim, eu disse ao comandante. Achei ótima a sua sugestão e passei adiante a idéia. Achei que você gostaria...


— Sim, gostei muito. . . Excelente!



Enquanto os outros passageiros caminhavam pelo salão de repouso, aparentemente alegres com a música, Edward, estudando a expressão de Isabella, disse:



— Parece que a música é parte de você. Está em seus ossos, no seu sangue, em sua mente. Estou certo?


— Se eu ficar muito tempo sem ouvir música, sinto falta. Para mim, ela é quase tão necessária quanto a comida. . .



Como podia Isabella dizer tanto de sua personalidade àquele homem? Ele talvez risse dela, achando que sua necessidade de música era mais uma fraqueza. Edward tinha um caráter tão forte, que provavelmente jamais teria que depender de coisa alguma para se sentir seguro, feliz, satisfeito consigo mesmo. . . E, enquanto caminhavam pelo salão de repouso, ele perguntou:



— Reconhece a música, srta. Swan?


— Sim, é um noturno de Chopin...


— Absolutamente certa. E sabe que número é?


— É o número três. . . — disse ela depois de ouvir com atenção por uns instantes.


— Não. . . errou! É o número quatro!



— Como é que o senhor sabe? Por acaso é músico?



— Jamais pense uma coisa dessas a meu respeito! Sou um homem de negócios, simplesmente. Mas gosto de música, e tenho uma boa discoteca em minha casa de Amsterdam.



— E deve ter o melhor equipamento de som para ouvir suas músicas prediletas, também. . .



— Claro, o melhor que existe... Só podia ser, não?



— Invejo o senhor, sr. Mansen. É pecado ter inveja, mas. . .



— Quer dizer que seu equipamento eletrônico é barato e não lhe dá muita satisfação?



— Bem, não é dos piores, mas o que eu queria era caro demais para o meu salário.



Edward sorriu, e o coração dela quase derreteu. Aqueles olhos azuis eram agora doces e cálidos. Isabella sentiu que respondia àquele magnetismo da maneira como ele queria que ela respondesse. Instantes depois, Edward voltou-se para olhar o rio.



— Precisamos combinar para que você venha um dia ouvir o meu som em casa. . . acompanhada de seu futuro marido, claro. . .



— Ele não é... não é muito de viajar, infelizmente. . .



— Pensei que você havia dito à sra. Clearwater que ele está atualmente na Holanda, em concertos pelo país. Uma orquestra que poucos conhecem, não foi mesmo?



Isabella sentiu o coração oprimido. Como podia ela ter descido tão baixo a ponto de armar aquela mentira? E agora como poderia livrar-se dessa mesma mentira? Então, disse:



— Eu adoraria ouvir alguns de seus discos, sr. Mansen. . . mas infelizmente, não acho que será possível.



Mansen parecia surpreso, como se esperasse que ela dissesse mais alguma coisa. Após uma pequena pausa, ele disse:



— Srta. Swan, preste atenção na música... — e parou, vendo a sra. Clearwater extasiada com a surpresa da música ambiente.



— Isto aqui está ficando cada vez melhor. Não é delicioso, sr. Mansen? — disse a sra. Clearwater.



Isabella esperava que Edward Mansen dissesse à sra. Clearwater que era o responsável pela surpresa, mas ele simplesmente olhou para o relógio, desculpou-se e saiu. Ia, provavelmente, à sua cabine, telefonar para a namorada, em Amsterdam. Mas Edward dissera que precisava falar com alguém ali mesmo, no navio. . . Por que teria mentido?
Jacob convidou Isabella para um trago, no bar, mas ela recusou, gentilmente. Preferiu descer para sua cabine e descansar. Estava já deitada quando ouviu Edward Mansen entrar na cabine ao lado. Pela primeira vez desde que a viagem começara, Isabella prestou atenção em todos os ruídos que vinham da cabine de Edward. Podia ouvir cada movimento dele, porque as paredes eram finas demais. Dormiu em seguida e sonhou que estava ao lado dele, sem a parede divisória entre as duas cabines. . .


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Notas finais do capítulo

Hey gente sei que ninguém gosta de ler essas notas finais....Mas quem tá lendo quero que saiba que eu desejo do fundo do coração um ótimo Natal, que Deus abençoe cada leitor e suas famílias e amigos, e que esse natal seja muitoooooo especial pra cada um... Peço que cada um agradeça por tudo que houve ao ano, boa ou ruim agradeça, pois como eu costumo dizer " Os momentos difíceis não servem pra me fazer desistir e sim pra me fazer aprender, lutar e batalhar.... Porque eu não vim pra esse mundo pra desistir eu vim pra esse mundo pra batalhar pra ser feliz, mesmo que pra isso eu tenha que me reerguer muitas vezes..."
Por isso eu Desejo um feliz Natal, e que todos comemorem com quem ama esse dia tão especial pra todos...
*Semana que vem eu volto com o ultimo post do ano....
E gente único presente de natal que eu peço a vocês e que comentem e muitooooooo a fic.....
Bjoksssssss meus amores!!!!!!
FELIZ NATAAAAAAAAAL!!!!!!!!!!!!!



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