Perdida De Amor escrita por Leh


Capítulo 5
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

Hey gente...Aqui tá o primeiro post do ano..... Desculpem a demora mas eu fiquei duas semanas de castigo sem pc, e uma semana sem celular... Eu só entrava no nyah pelas Lan House.... Mas passadas duas semanas to de volta pra postar.... Mas uma vez desculpem pela demora....
E como eu venho dizendo essa não é uma história minha, e uma adaptação....Perdida de amor pertence a LILIAN PEAKE...por tanto não achem estranho se verem outro nome diferente....
E Por favor leiam as notas finais sim....
Então vamos ao capítulo...



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Isabella encontrou-se com Edward na manhã seguinte, quando ambos deixavam suas respectivas cabines. Ele a cumprimentou:


— bom dia, srta. Swan... A noite não parece ter sido muito tranquila para você. . . Sua perna ainda dói muito?


Isabella sentiu seu rosto corar. . . Será que Edward ouviu todos os seus movimentos, também?


— Desculpe se eu o incomodei à noite, sr. Mansen.


— Ora, eu estava acordado mesmo... Caminharam juntos pela escada e Isabella informou:


— Meu joelho está bem melhor, obrigada. . .


— Pois não se esqueça de pedir à sra. Jenks que troque o curativo. 


Jane, que já estava sentada à mesa, puxou Edward pelo braço. Ele resistiu à tentativa mal-educada de Jane e disse a Isabella:


— Eu mandei. . . digo, pedi à sra. Jenks que providenciasse a troca de seu curativo. Ela fará como eu pedi... — E sentou-se ao lado de Jane.


Sentindo o rosto queimar, e sem mesmo agradecer, Isabella dirigiu-se a sua própria mesa. Estava ofendida com as maneiras arrogantes de Edward. Como podia ele, um simples passageiro, mandar que a sra. Jenks providenciasse a troca de seu curativo? E por que deveria ela, Isabella, passageira daquele barco como ele, obedecer também às ordens irritantes daquele homem?
Depois do café da manhã, a sra. Jenks veio à sua cabine trocar o curativo. Disse que a ferida estava muito melhor e que Isabella se livraria do curativo muito em breve, desde que não caísse novamente ... Isabella agradeceu.


— Foi um prazer ajudá-la, srta. Swan. O sr. Mansen mandou que eu a atendesse com atenção especial, e eu estarei sempre às ordens se você precisar de mim... -
Saiu educadamente.
Os passageiros estavam no convés superior, tomando sol. Isabella juntou-se a AliceWhitlock, que comentou:


— Lembra daquele anel de esmeralda que você admirou tanto numa vitrine, em Braubach? Pois é, Jasper ficou sabendo por meio de Jacob que o anel era muito bonito, e foi esta manhã dar uma olhada. . . Só que o anel já tinha sumido.


— Quer dizer que alguém o comprou? Mas a joalheria estava fechada e eu estou certa de que não abriu esta manhã antes de o navio sair de Braubach!


— Pode ser, mas alguém comprou o anel, sim. . . Na verdade, Jane viu quando Edward foi à cidade ontem à noite e resolveu apertá-lo contra a parede, porque ela também gostou muito do anel, sabe? E Edward contou que conseguiu acordar o dono da loja e comprar o anel. Ele sabia que não era horário comercial, mas nenhum joalheiro que seja bom da cabeça vai se recusar a vender um anel por tanto dinheiro, à vista, não é mesmo, Isabella?


— Sim. . . Então ele deve ser fabulosamente rico para comprar uma peça de jóia como aquela por tanto dinheiro. Mas por que queria o anel? Era um anel de mulher, e. . .


— Oh, sim. . . Quando Jane perguntou se era para a linda namorada dele, Edward disse que sim. . . Ah, que chique ter tanto dinheiro, não? E que feliz a mulher que é amada por um homem rico... — E Alice se afastou, indo sentar-se ao lado do marido.


A sra. Clearwater chegou e Isabella tentou esconder, com um sorriso, a frustração que sentia porque Edward tinha comprado o anel de que ela tanto gostara para presentear sua namorada. Logo depois viu Edward tomando sol numa cadeira de praia e seu coração deu um salto. Estava com a cabeça repousada e os olhos fechados. Isabella se sentiu profundamente atraída por aquele homem. Mas não podia esquecer que ele pretendia se casar com a garota chamada Tânia, a quem daria o anel, e que deveria ser o amor de sua vida.
Jane, que estava sentada ao lado de Edward, notou que Isabella estava sozinha e desconsolada. Ela sorriu com desdém e murmurou alguma coisa no ouvido de Edward. Ele, em vez de sorrir também, limitou-se a abrir os olhos e olhar em volta. Num salto, levantou-se e fez sinal a Isabella para que fosse sentar-se perto dele e de Jane. Ela fingiu não ver nada e virou o corpo, sendo surpreendida instantes depois pelo toque firme da mão de Edward em seu ombro. Tomando-a pelo braço, ele disse:


— Eu sei que você viu meu sinal, srta. Swan. . . Por favor, venha e sente-se em minha cadeira.


— Não, obrigada... O senhor já tem companhia e eu não quero atrapalhar. . . Darei um jeito de encontrar uma cadeira em outro canto qualquer. Obrigada. . .


Edward era um homem que não apenas gostava das coisas à sua maneira, mas insistia em ser obedecido.


— Você vai me acompanhar, sim. . . Por favor, não faça papel de mártir esta manhã. . . — Sua expressão mostrava que ele estava falando sério, realmente ordenando que ela o seguisse. 


— Seria um favor se você não fizesse escândalo. Afinal, o convés está cheio de gente...



— O senhor está me acusando de querer provocar um escândalo, mas se esquece de que é o senhor mesmo quem está procurando impor a sua vontade. Eu também gosto de tranquilidade, e tenho todo o direito de recusar uma ordem sua... — Desanimada, Isabella percebeu que estava quase chorando. Mesmo assim, o seguiu. Ele a levou até sua cadeira, e ela se viu de repente diante daquele rosto irritante de Jane Volturi.Mostrando-se ofendida pela atitude dele, Jane foi logo dizendo:



— Você realmente é educado, Edward, oferecendo sua cadeira a uma senhora. Acho que é muito mais delicado do que qualquer cidadão inglês. . . vou procurar alguma coisa mais fresca para vestir. Aliás, não sei como a srta. Swan consegue aguentar todo este calor com essas roupas...



Pelo jeito, Edward não concordava com a opinião de Jane a respeito das roupas de Isabella. Ela vestia uma calça de brim azul e uma camiseta de malha sem mangas.E, quando Jane se afastou, Edward se sentou na cadeira dela, ao lado de Isabella. Com um olhar ligeiramente irônico em direção a ela, falou:



— Então, está gostando do sol? — Isabella concordou, sorrindo, e Edward continuou: — Aposto que você vai dizer que fui eu quem encomendou ao sol para brilhar tão agradavelmente esta manhã. Afinal, aos seus olhos eu sou um homem onipotente, capaz de fazer qualquer coisa que queira...



Isabella riu abertamente, reagindo com alegria ao charme dele. O cenário diante deles era simplesmente fantástico: o rio Reno, movimentado com barcos de todas as espécies. Em suas margens, pequenas cidades se sucediam, sempre mostrando pequenos sobrados em estilo tipicamente alemão, ruas movimentadas com gente e veículos. Nas montanhas, a intervalos mais ou menos regulares, surgiam os castelos medievais de pedras, no topo das colinas forradas de parreiras muito verdes e bem-cuidadas. Edward falava, com total conhecimento de causa, sobre os vários tipos de uvas colhidos naquela região e na maneira como se preparavam, ali, os vinhos de altíssima qualidade. E conhecia bastante bem o assunto, e demonstrava, também, conhecer a região. Isabella perguntou:



— O senhor conhece muito bem esta região, não?



— Conheço, sim... E você continua querendo saber tudo sobre meu trabalho, minha vida, não é mesmo? Suas perguntas são cuidadosamente formuladas, srta. Swan, mostrando claramente a sua curiosidade.
Isabella se desculpou. Naquele momento, Jacob apareceu no meio dos outros passageiros, chamando por ela. Seu coração palpitou tristemente, porque sabia que Jacob ia separá-la de Edward Mansen.



— Meu bem, quero que você vá se trocar e vista aquelas calças bem justas e uma blusa de seda que cubra apenas o necessário. Quero que sua barriguinha fique à mostra, porque não há nada como a pele tostada de uma moça bonita para alegrar uma foto dessas. . . Você devia botar um maio e se bronzear um pouco mais. Vai ficar muito melhor nas fotos.



Isabella notou o olhar frio de Edward, e irritou-se diante das observações de Jacob.



— Não vejo qualquer diferença para suas fotos se eu estiver ou não bronzeada. Você não disse que as fotos são para um jornal? Portanto, sairão em preto e branco.



 Por um instante apenas, Jacob pareceu confuso. Depois, disse:


— Ora, queridinha, mesmo numa foto de jornal a gente nota se a pele está bronzeada ou não. . . Vamos! Desça para sua cabine e ponha uma roupa mais apropriada para este calor. . .



Tentando desesperadamente salvar a magia daqueles momentos em companhia de Edward Mansen, Isabella virou-se para ele e se desculpou.



Edward mostrou novamente toda a ironia que podia colocar no olhar e, levantando-se, disse:



— Vá, srta. Swan... Vá ganhar a sua pequena fortuna como modelo de fotografia. Sim, porque como professorinha e como futura esposa de um pobre violinista você não vai mesmo ser capaz de faturar muito na vida. . . — E se afastou, indo juntar-se a Jane Volturi. . .



Jacob, com expressão confusa, perguntou:



— Pequena fortuna? Que é que o homem estava dizendo? Ele pensa que eu vou pagar a você pelas fotos?



— Pensa sim. . . mas eu não vou contar a verdade. Afinal, ele não tem nada com isso. . .



Isabella desceu, trocou de roupa, vestindo algumas peças mais provocantes, como Jacob pedira, e passou a manhã posando, andando daqui para ali no convés superior do barco, sempre observada com atenção pelo olhar frio e irônico de Edward Mansen. Perto dele, Jane Volturi acompanhava atentamente o movimento de Jacob e Isabella.


Em determinado momento, gritou, como se quisesse que todos os passageiros ouvissem:



— Jacob! Acho que vou posar para você agora. . . Edward Mansen tomou Jane pelo braço e disse:



— Desculpe, queridinha, você é linda mesmo, mas acho que não tem todos os atributos necessários para posar para Jacob.


Parecendo ofendida, Jane disse:


— E vai me dizer que a srta. Swan tem tudo o que é preciso? 


Jacob chegou-se para perto dela e disse:



— Claro que ela tem tudo o que é preciso para ser modelo fotográfico, querida, só que não sabe. E isso faz com que Isabella seja ainda melhor como modelo. . . Você é linda, mas é só isso. . . Que mais posso dizer?



— Pode dizer que, se eu sou linda, você vai tirar fotos minhas...— Jane disse isso com uma voz parecida à de uma criança desapontada.
Os passageiros que estavam por perto riram abertamente. Isabella observou tudo, sem dizer nada. Sentia-se feliz por ter vencido Jane. Ao mesmo tempo, estava desapontada pelo olhar sempre frio e irônico de Edward Mansen. . .
O sol estava alto e Isabella, como a maioria das mulheres a bordo, tinha vestido seu maio de duas peças, um biquíni bastante pequeno que provocava exclamações de quase todos os homens. Ela colocou o biquíni disposta a provocar Edward Mansen. Foi fotografada por Jacob até que decidiu descansar um pouco. Sentou-se numa das cadeiras de praia do convés e quase adormecia quando percebeu Edward Mansen sentado na cadeira a seu lado. Teve que se controlar para não demonstrar a emoção que sentia naquele momento. Edward tinha tirado a camisa e seu corpo aparecia, bronzeado. Sua respiração fazia com que o peito dele parecesse saltar em movimentos regulares, e Isabella notou os pêlos dourados que ele tinha em toda aquela área forte, como uma parede de pedra de um castelo medieval. Sentiu uma vontade incontida de erguer a mão e passar os dedos por aquela massa musculosa, na esperança de agradá-lo e receber um carinho equivalente. . .
Vagarosamente, a cabeça de Edward foi se virando, e o olhar dele se encontrou com o dela. Depois seus olhos baixaram para examinar o belo corpo da jovem deitada ao sol. Era uma maneira provocante de olhar, que fazia com que Isabella se sentisse tímida, querendo se esconder. Esperou que ele falasse, que dissesse alguma coisa cumprimentando-a pelo lindo corpo que possuía, mas tudo o que Edward disse foi:



— Você está se arriscando muito tomando sol sem proteção alguma no corpo. . .



— Mas o senhor também está se arriscando. . .



— Sim, mas existe muita diferença. — Baixou novamente o olhar, examinando todo o corpo de Isabella. — Primeiro, porque eu não estou revelando ao sol tanto do meu corpo como você. Além disso, minha pele já está bastante bronzeada, enquanto a sua parece ainda totalmente intocada. . . pelo sol, naturalmente. Acho que você devia vestir uma roupa qualquer por cima desse biquíni tão pequeno e revelador.. .



— Será que não pode parar de me dar ordens? Seja como for prefiro ficar como estou. Aguentarei as consequências... — Isabella falava irritada.



Edward continuou, irônico:



— Como queira. O interessante é que você obedece cegamente tudo o que seu amiguinho fotógrafo lhe diz, sem reclamar. . .



— Faço isso por causa do trabalho, as fotos. . .



— Pelas quais ele certamente está lhe pagando regiamente. . .



O silêncio expressivo que se seguiu foi interrompido pela voz da sra. Clearwater:



— Meu Deus, como você está linda, srta. Swan! Eu estava ali com o sr. Black, e ele estava falando da felicidade que sente por tê-la encontrado. Disse que você é a sua maior descoberta profissional, quê vai torná-la famosa no mundo todo. . .



— Tornar-me famosa pelo mundo? Mas as fotos que está tirando não são para um jornalzinho qualquer de província?



— Bem, foi o que ele disse — continuou a srà. Clearwater. E, bocejando, se desculpou: — Estou tão cansada que é melhor ir para minha cabine. Falei com muita gente e parece que todos estão cansados. Aliás, todos acham que é muito cedo acordar às cinco da manhã com o barulho dos motores do navio. Você também acha, querida?



— Um pouco chato, sim. Tento dormir de novo todas as manhãs, mas não consigo. . .


A sra. Clearwater curvou-se em direção a Edward e perguntou:


— E o senhor, sr. Mansen? Consegue dormir com o barulho?



— Eu certamente poderia dormir direitinho se uma certa jovem que ocupa a cabine ao lado não ficasse virando o corpo na cama a noite toda. . .


— Desculpe-me — disse Isabella, claramente ofendida -, mas se os motores do navio não nos acordassem tão cedo, eu...



A voz da sta. Clearwater, visivelmente surpresa, interrompeu Isabella:


— Então vocês dois ocupam cabines vizinhas? Eu tenho a impressão de que devem ouvir os pensamentos um do outro. . . Sei, porque posso ouvir todos os movimentos do meu vizinho de cabine. As paredes divisórias são tão finas. . .



— Concordo — disse Edward. — Na verdade, acho que as paredes são tão finas que, se eu me concentrasse direito, poderia até ver o que a srta. Swan está fazendo...



— Homem maldoso. . . — disse a sra. Clearwater, com os olhos piscando. — Sei onde seus pensamentos o estão levando, sr. Mansen. Eu também já fui jovem. E tinha um marido tão bonito, tão apaixonadamente ardente...



Isabella sentia todo o seu corpo queimar como se estivesse febril. E tinha vontade de agredir Edward, de lançar qualquer coisa que pudesse contra ele, tal era o grau de sarcasmo que envolvia o seu olhar maldoso. Mais tarde, ainda pela manhã, foi anunciado que um piloto experimentado estava a caminho, para levar o barco por uma região mais perigosa do Reno, cheia de pedras e bancos de areia submersos. Logo depois, uma lancha se aproximou e o piloto subiu, para bordo do Comei. Isabella viu quando ele foi cumprimentado por Edward Mansen com um aperto de mão e sorrisos, como se se conhecessem muito bem. Franziu a testa, irritada, e voltou-se para o outro lado. Mas, dentro de alguns segundos, sentiu Edward novamente a seu lado. Ficou imóvel e calada, esperando que ele dissesse alguma coisa para provocá-la novamente.
O barco já passava por entre os rochedos quando Edward Mansen falou. Referiu-se à lenda de Lorelei, a bela sereia que ficava sentada num daqueles rochedos cantando alegremente, penteando os lindos cabelos loiros e atraindo os navegantes em direção ao rochedo. E perguntou:


— Se eu lhe desse um pente você ficaria sentada num desses rochedos cantando com a bela voz de professora de música que deve ter e atraindo os homens, até mesmo eu, para a morte?


— Não sei como poderia atraí-lo para a morte, sr. Mansen. O senhor parece um homem que controla perfeitamente seu destino e mais ainda as suas emoções. Não é uma pessoa que se deixe dominar pelo canto bonito de nenhuma sereia. . .



— Então, srta. Swan, está me acusando de não ter sentimentos, de não ser capaz de me deixar envolver pelo amor, por exemplo?Isabella ficou calada. Realmente ele parecia, em dados momentos, ser exatamente aquele tipo de pessoa. Mas certamente tinha, debaixo de toda aquela frieza, algum sentimento mais profundo. Como ela nada dissesse, Edward continuou:



— Não consegue responder? Na verdade, acho que você não tem meios de garantir que eu seja um homem tão frio como parece acreditar que eu seja. E acho, igualmente, que você na verdade tem é muito pouca experiência da vida e conhece apenas homens bem diferentes de mim, homens como aquele seu noivo violinista...


— Ele não é meu noivo! — gritou Isabella, irritada.



— Mas não foi isso que você disse à sra. Clearwater, outro dia? Isabella se viu encurralada. Se contasse a ele que armara tudo aquilo como mentira apenas para enganá-lo, Edward provavelmente nunca mais confiaria nela. E isso a assustava, ainda que achasse que nunca mais o veria depois da viagem. Então, procurando as palavras, tentou explicar:



— Bem. . . Mike e eu... Bem, nós. . . nós gostamos muito um do outro. . . sim, nós gostamos um do outro e achamos que. . . bem, achamos que um dia, talvez... a gente possa. . . possa se...



— . . .casar? Era disso mesmo que estávamos falando. . .



— Ora, sr. Mansen, será que não podemos mudar de assunto? Afinal, acho tudo isso absolutamente ridículo!



— Bem, eu acho que foi você mesma quem partiu para o ridículo. Eu estava apenas tentando esclarecer uma coisa, procurando saber de onde você tirou essa mania de achar que eu sou um monstro qualquer. . .



— Eu não acho que o senhor seja nenhum monstro!



— Então, por que me trata de maneira tão provocante?



— Por favor, sr. Mansen. . . Vamos. . . vamos parar com isso. Eu tenho que trocar de roupa para o almoço. Desculpe. . .



O sol estava forte, e a cabeça de Isabella doía. Com um olhar confuso em direção a Edward, ela se afastou, buscando a tranquilidade e a solidão de sua cabine. . .Jacob estava ao lado de Isabella, junto à maioria dos passageiros que observavam enquanto a tripulação do Comet amarrava o barco no píer do porto de Riidesheim. Sem tirar os olhos da manobra, Jacob disse a ela:



— Gostaria que você posasse para algumas fotos aqui. Esta tarde, vista, por favor, aquela blusa cor-de-rosa que eu lhe comprei, aquela com um zíper na frente. E ponha aquelas calças compridas brancas. Vamos subir no bondinho para o alto da montanha e tirar umas fotos lindas de lá...AliceWhitlock, que estava também por perto, não perdeu a oportunidade de observar:


— Ah, que bom! Além de ter um corpinho tão bem-feito, ainda ganha uma fortuna como modelo fotográfico! Isso é que é sorte, não, querida?




Isabella olhou para Jacob, na esperança de que ele desmentisse aquilo. Mas ele apenas a advertiu para que não faltasse ao compromisso. Na verdade, estava se aproveitando de uma situação, procurando fazer com que todos acreditassem que realmente estava pagando a Isabella para as fotos. E chegou a sussurrar no ouvido dela que, afinal de contas, ela iria ganhar todas aquelas roupas!
Isabella não se importava com a opinião dos outros passageiros. Mas se importava, e muito, com os pensamentos de Edward Mansen a seu respeito. E ele estava ali, olhando, e ouviu toda aquela troca de palavras. Sem dúvida, as suspeitas dele de que ela posava para Jacob apenas por interesse financeiro estariam agora devidamente confirmadas.
Foi necessária uma longa caminhada pela encosta da montanha para que o pessoal chegasse ao sistema de cadeiras suspensas por cabos de aço que os levaria ao topo da montanha, onde os turistas iam ver o Monumento Nacional Alemão. Isabella andava ao lado de Jacob, que a segurava pela mão. Logo atrás vinha Edward, segurando na mão de Jane Volturi.
Edward limitava-se a sorrir, examinando o corpo bem vestido de Isabella. A cor do conjunto combinava com ela, e a roupa realmente parecia cara. Devia ter custado uma pequena fortuna a Jacob. Ele sugeriu que Isabella baixasse o zíper da parte da frente da blusa, pois não podia tirar uma foto dela com a roupa escondendo toda a beleza de seu corpo.
Isabella corou, mas levou a mão ao zíper, juntando coragem para aumentar o decote da blusa. Antes que se movesse, notou o olhar curioso de Edward Mansen sobre seu busto. E notou, também, que ele agora estava ao lado dela, tendo feito com que Jacob se afastasse e ficasse ao lado de Jane na fila.Edward curvou-se diante dela e, num murmúrio, disse, com os lábios quase tocando sua orelha:



— Você não vai dizer que está com vergonha de abrir um pouco mais a blusa, não? Afinal, o que é um mero movimento do zíper para revelar um pouco mais do seu corpo diante do verdadeiro escândalo que vimos à bordo do navio, quando você estava com aquele insignificante biquíni? Você não parecia nem um pouco envergonhada naquela hora. . .



— Eu não estava menos coberta que as outras mulheres!



— Talvez não. . . Acontece que o material do seu biquíni certamente provocou pensamentos incríveis na cabeça dos homens que a estavam observando. . .



— Ora, se o senhor não gostou, podia perfeitamente virar o rosto para o outro lado...



— Não gostei? Minha querida, eu nem tenho palavras para descrever o prazer que sentia só de olhar para você. . .


Isabella voltou-se, procurando por Jacob, mas a mão forte de Edward Mansen segurou seu pulso. Já haviam chegado ao fim da fila e estavam prontos para subir numa das cadeiras suspensas que os levaria ao topo da montanha. Edward segurou uma das cadeiras e empurrou Isabella para diante de si, sentando-se a seu lado. Isso tudo aconteceu numa fração de segundos, provocando protestos de Jane, que pretendia sentar-se ao lado de Edward durante a subida. Depois de todo aquele movimento, Isabella se viu de repente em pleno ar.
O ambiente era de completa serenidade. O panorama que se descortinava lá embaixo trazia um prazer que Isabella podia apenas comparar ao de ouvir música. Edward tinha o braço sobre os ombros dela, e isso fazia com que sua emoção aumentasse mais ainda, diante da magia da montanha, o rio lá embaixo, os vinhedos espreguiçando-se maravilhosamente pelas encostas. Em dado momento, perguntou a Edward:


— O senhor já esteve aqui antes?


— Sim. . . — disse ele, secamente.


— Esteve. . . esteve aqui com sua namorada?



— Tânia? Oh, sim. . . claro... — Edward mostrava que nada mais pretendia dizer a respeito. Estaria lembrando saudosamente da mulher que amava, desejando que ela estivesse a seu lado em vez de uma simples professorinha de música?
Não importava onde o pensamento de Edward Mansen estivesse naquele momento. O fato é que Isabella estava envolvida por uma paz e uma alegria que jamais sentira. Era como se ninguém pudesse se intrometer entre os dois. Era algo que ela parecia haver desejado desde o primeiro instante em que viu aquele homem.
Lá embaixo, o panorama era cada vez mais lindo. Viam-se carros pelas estradinhas tortuosas da montanha e, do outro lado do rio, mais colinas cobertas de vinhedos.Bem no sopé da montanha estava a cidadezinha de Riidesheim, onde o navio estava ancorado. A brisa quente da tarde fazia com que os cabelos de Isabella voassem, realçando sua expressão de alegria.
Edward interrompeu seus pensamentos, quando perguntou:


— Então, está feliz? — Sua voz era macia, baixa, parecendo íntima em meio àquele silêncio.


— Sim, estou muito feliz. . . — ela respondeu, sorrindo. Depois, sua testa se franziu involuntariamente. Que estaria ele pensando dela?
Percebendo a mudança, Edward perguntou, mostrando preocupação:


— Por que está com a testa franzida, como se estivesse preocupada?


— Porque. . . bem, porque... — Mas ela não podia falar de suas dúvidas em relação a ele. Virou o rosto para o outro lado e silenciou.



Percebeu que Edward se movia e sentiu imediatamente a mão forte dele sob seu queixo, virando seu rosto para olhá-lo. Sua outra mão encontrou o fecho da blusa de Isabella, e ele baixou ligeiramente o zíper, aproveitando para acariciar a pele macia de seu pescoço. Sem que Isabella tivesse vontade de resistir, os lábios dele pousaram sobre os dela. Depois Edward afastou os lábios mas, numa fração de segundo, aproximou-os novamente da boca de Isabella, num segundo beijo, ainda mais cálido. Finalmente, ele a deixou. Ela, confusa, procurava o que fazer com as mãos, que queriam abraçá-lo e acariciar-lhe o rosto. Simplesmente procurou o zíper e fechou novamente a blusa.Num murmúrio, ele perguntou:




— Ainda está preocupada? Será que eu preciso roubar mais um beijo para que você deixe a preocupação de lado? Acalme-se, por favor. Aproveite a beleza deste passeio. . . Não se esqueça de que você está em férias. Acho que você não tem nada contra um beijo e um pouco de carinho entre um homem e uma jovem e linda mulher como você, neste cenário paradisíaco. . .



— Não devia ter feito isso, sr. Mansen. . . Afinal, eu nem o conheço direito...



— Não. . . não. . . Por favor, não diga isso. Eu me sinto como se fôssemos conhecidos há muitos anos. Espero que você não mecensure por pensar assim... Não consegui me controlar... Você me pareceu tão perdida, tão timidamente linda que. . .O ruído forte da multidão que esperava no final da linha fez com que ele parasse de falar e desviasse sua atenção. Estavam chegando à parte alta da montanha.
Ainda envolvida pela magia daqueles momentos, Isabella achou que realmente não poderia culpá-lo. Não teria ela a culpa? Afinal, havia demonstrado tanta felicidade por estar ali, sozinha com ele, suspensa no ar, admirando uma paisagem que ficaria em sua memória para sempre. E seus sorrisos e suas palavras de alegria, ela talvez tivesse dado a Edward o sinal que ele precisava para beijá-la. . .


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Notas finais do capítulo

AHHHHHHHHHHHHHHHH o primeiro BEIJO do casal que eu sou apaixonada...Daqui pra frente as coisas vão esquentar....
Mais uma vez eu peço desculpas pela demora... e prometo não aprontar mais nada pra não ficar de castigo kkkk'
Quem sabe eu não posto o próximo ainda hoje.... Isso depende de vocês....
E quem gostou comenta e quem não gostou comenta também pra eu saber a opinião....
Então até o próximo post....
Bjoksssss sabor chocolate pra todos..... ^.^



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