Gazegirl's Day escrita por Sereny Kyle


Capítulo 4
Mensagem da Água




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Akira sentou-se na cama, com o celular ainda na mão. Seus olhos recaíram o aparelho e ele percebeu uma coisa que ainda não tinha visto até aquele momento: uma linha vermelha estava amarrada ali.

– Red! – ele sorriu, tranquilamente, mostrando o fio para os companheiros. Iniciava-se no celular e seguia além da porta, pelo corredor. – Aonde será que isso vai dar?

– “O Destino guiará vocês pro terceiro posto”! – Carolina recitou. – A linha vermelha do Destino!

Todos juntos seguiram o fio, que descia as escadas e os levava de volta ao térreo, passando novamente pela sala de TV, onde Yoshiki ainda estava, agora concentrado em alguma coisa que assistia. Passaram pela sala de jantar atravessaram as portas de vidro que davam para os fundos e terminaram seu percurso na beira da piscina.

– Parece que está lá dentro... – Takanori apertou os olhos, tentando ver. – Amarrada a alguma coisa... Dá pra puxar, Akira?

– É muito fina! Vai arrebentar!

– Vamos ter de pular? – Mariana estranhou, olhando para os lados.

– Não! – o baterista ao seu lado sorriu. – Eu acho que temos de pescar – ele apontou para uma vara de pesca d outro lado, encostada ao muro.

Yuu foi até lá e a trouxe até eles.

– Por que é que Yoshiki-san tem uma vara de pesca em seu quintal? – Takanori brincou e todos riram.

Olhando incerto para os outro, que assentiram para incentivá-lo, o guitarrista jogou o fio um pouco pra trás, para dar impulso e atingiu-o na água, tentando direcioná-lo o mais perto possível de onde estava o embrulho submerso, amarrado ao fio vermelho.

Não foi de primeira que ele conseguiu, mas depois de algum tempo, ele puxou a linha de volta com um embrulho de plástico preso ao anzol.

– Vamos ver aonde nossa Ny-chan vai nos mandar agora... – Ana suspirou.

Pegaram o embrulho, que estava lacrado e dentro dele havia quatro coisas: um quadrinho, retirado da mesma folha do mangá de Nana que encontraram na gravadora; uma borboleta de tecido; um raminho de miosótis e o colar de gota vermelha de Sereny.

– Mais pistas? – Akira se lamentou. – Ela não disse que ia ser uma só?

– “George Koizumi, detetive particular. As donzelas com problemas podem enviar suas cartas para mim” – Carolina leu. – O que será que tem nesse quadrinho pra que ela o coloque aqui de novo? (http://a6.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/375488_2511952312711_1070232697_2597043_1096321979_n.jpg)

– Borboletas também me lembram o George... – Ana refletiu. – Será que ele é a chave?

– Mas e a flor e o colar? Onde entram? – Mariana perguntou. – Miosótis é a capa de Guilty... (http://a7.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc3/28134_1379515122489_1070232697_1113365_3450000_n.jpg)

– O Sugizo-senpai? – os olhos azuis de Monique brilharam intensamente.

– “As donzelas com problemas podem enviar suas cartas para mim”... – a mais nova releu, com uma tonalidade de maior entendimento. – O Sugizo fala assim! – ela pegou seu celular e encontrou o número do senpai, mas ele não atendeu, por mais que chamasse. – Que droga, Sugizo!

– Você tem de mandar uma mensagem pra ele, querida! – Yoshiki apareceu nas portas de vidro, chamando a atenção de todos com sua entrada repentina.

– Uma mensagem? – Carolina confirmou.

– Não soube disso por mim! – o baterista deu um lindo sorriso.

A garota escreveu:

“Estamos com problemas. Onde podemos te encontrar?”

Não demorou muito pra que ela recebesse em resposta:

“Pra onde iria se seu coração fosse partido pelo seu grande amor? Quem buscar quando você busca preencher o vazio de sua noite solitária?”

– Ele está na Casa das Hostesses! – Carol declarou. – Otou-san... Viemos sem nossos carros... – ela disse para Yoshiki e ele sorriu.

– Sua aneki pensou nisso também! – o baterista respondeu. – Ele está lá embaixo!

Todos franziram o cenho e acompanharam o mais velho até sua garagem no subsolo. Estacionado lá havia um grande carro preto, diferente do Black Beauty, mas muito parecido com o carro que o the GazettE usara em 2008, no Gran Finale do Repeated Countless Error. Dentro, sentado no banco do motorista, com um chapéu de chofer e um sorriso encantador, estava o baixista do X JAPAN, Heath.

– Para onde, senhores? – ele brincou.

– Até você está metido nessa, Heath-senpai? – Mariana se admirou, enquanto todos entravam no carro e o baixista sorriu ainda mais.

– Sabe que a Ny-chan não gosta de deixar pontas soltas, não sabe, Mari-chan? – ele gargalhou. – Então? Pra onde querem ir?

– Pra Casa das Hostesses, senpai – Akira respondeu, ajeitando-se no banco.

– Sabe o que é tudo isso, senpai? – Yutaka perguntou e o mais velho deu risada.

– O que eu posso lhes dizer é um charada – Heath sorriu. – “Não há terra, fogo, mar ou ar que consiga me deter. Eu acabo com a escuridão, mas sufocada, posso morrer”.

– Sereny está inventando até enigmas agora? – Takanori reclamou.

– Ela se empenhou de verdade! – o moreno dirigindo sorriu, amavelmente.

– Ela lhe disse a resposta pra charada, senpai? – Yuu perguntou e o outro negou com a cabeça.

– Disse que vocês só encontrarão a resposta no final, mas que precisariam já ir pensando na charada... Parecia muito importante...

– Essa é boa... – Carolina bufou.

– Estão entregues! – ele estacionou. – Boa sorte!

Os oito desceram diante de um prédio não muito alto, no meio de Tóquio, onde as Gazegirls tinham aberto uma boate com o nome “A Casa das Hostesses”, como nos livros de Sereny. Ainda era muito cedo e não teria ninguém trabalhando lá dentro. As luzes de neon estavam acesas e, sentado numa das mesas, com um sobretudo de couro e um chapéu de aba larga, estava Sugizo. Eles se aproximaram, desconfiados.

– Como vão? – o guitarrista se ergueu, com um sorriso charmoso, pegou a mão de Monique e beijou. – Yune Sugihara, ao seu dispor!

– Muito engraçado, Sugizo! – Yuu puxou a namorada pra longe do mais velho, que riu. – Por que não diz logo o que a Ny-chan está aprontando?

– Porque você sabe que eu não sei! – ele sorriu perturbadoramente lindo e sedutor, beijando a mão de Ana, que deu risada.

– Outro que não sabe... – Akira bufou. – Estou achando que ninguém vai dizer o que a Ny-chan está planejando, afinal... – o baixista sentou-se, puxando Ana para seu colo.

O mais velho gargalhou gostosamente.

– Acomodem-se todos! – ele foi até o telão, na parede oposta.

Todos se sentaram nas mesinhas que ficavam espalhadas pelo salão do térreo, observando o guitarrista mais velhos, aparentemente com problemas para ligar o aparelho projetor.

– Ah... Inoue? Uma ajudinha? – Sugizo disse, olhando para o andar superior e todos o imitaram.

– Você é um inútil, Yune! Não era pra saberem ainda que eu estou aqui! – o mais novo desceu as escadas, resmungando.

– Não tem problema! Eu não sei ligar essa coisa! – Inoran revirou os olhos e logo fez com que a imagem de Sereny aparecesse na tela branca novamente.

– Yo de novo, amores! No andar superior da Casa das Hostesses vocês vão encontrar um monte de balões. Dentro de alguns deles, vocês vão encontrar algumas respostas. Divirtam-se! Sugizo, não se esqueça o que me prometeu!

– É, Sugizo! Não se esqueça do que conversamos! – eles ouviram a voz de Kouyou e o guitarrista mais velho gargalhou.

– Mais uma vez, arigato, Inoran-senpai! – a morena voltou a falar e Inoran sorriu. – Boa sorte pra vocês!

– Mais coisas pra fazer? A Ny-chan esquece que eu estou velho já? – Akira se lamentou.

– Anda, preguiçoso! – Ana gargalhou, puxando-o pela mão para subirem as escadas. – Não sei de onde tira que está velho!

Juntos, eles subiram para o andar superior da boate e ele estava cheio de balões de todas as cores: vermelhos, laranjas, azuis, roxos, rosas, brancos, pretos...

– Quando a Ny-chan diz “um monte” de balões, ela não está brincando, né? – Yutaka disse, impressionado.


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Notas finais do capítulo

mereço reviews?