Gazegirl's Day escrita por Sereny Kyle


Capítulo 3
Uma música leva à outra




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– Mas... E essa chave? – Monique perguntou, olhando para a chave na palma de sua mão. – Não é de nenhum dos nossos carros...

– Será do Kou-chan? – Ana se aproximou da amiga, observando também.

– O Mitsubishi tem uma diferente... – Akira respondeu, olhando atentamente também.

– Será que esse botãozinho faz barulho? – a segunda mais nova das garotas experimentou apertá-lo e, não muito longe de onde eles estavam, o alarme de um dos carros começou a apitar.

– Que droga é essa? – os oito escutaram Marcelo, o irmão mais novo de Carolina e Sereny, saindo do carro. – Ah, são vocês! – ele gargalhou. – Vocês demoraram...

– O que está fazendo aqui? – a irmã perguntou, espantada.

– Ué... Como assim? Não desvendaram as pistas? – o garoto estranhou, caminhando até onde os mais velhos tinham parado.

– Sabe das pistas? – Yuu perguntou, se aproximando do mais novo e passando o braço por seus ombros.

– Sete peças de oito? – Marcelo gargalhou. – É... Eu sei disso, sim... Sereny sempre foi louca por caças ao tesouro...

– Sabe então o que sua irmã está aprontando, Marcelo? – Monique perguntou, esperançosa, também se aproximando do garoto.

– Não sei, não... Sei só das sete peças de oito, mas não sei o que significam... A Ny disse que traria vocês até aqui, mas que tinha muito mais para descobrirem...

– E, afinal, o que você está fazendo aqui, Marcelo? – Akira perguntou, impaciente.

– Venham ver o que eu tenho aqui pra vocês! É uma verdadeira Beleza! – o garoto respondeu, entusiasmado.

Eles desviaram de alguns carros para olharem o que o mais novo mostrava. Era um carro negro e lustroso, com duas listras brancas onde estava escrito “Believe”, a marca das Gazegirls, com o B ao contrário, como o de Black Moral. (http://a6.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/386497_2511942032454_1070232697_2597036_312427957_n.jpg)

– Eu lhes apresento o Black Beauty das Gazegirls! Vamos, vamos! Eu ainda tenho de levá-los para a próxima parada. Entrem, entrem!

Todos entraram no carro, rindo do entusiasmo do mais novo e ele se sentou no banco do motorista e ligou o motor.

– Que bonitinho! É nosso choffer? – a irmã zombou e ele revirou os olhos.

– Iie! Vou levá-los agora e depois a Ny disse que eu posso aproveitar esse carro um pouquinho!

– Levar aonde? – Takanori perguntou.

– Como assim “aproveitar o carro”? – Carolina se exaltou. – Não é o carro das Gazegirls?

– Hoje, ele é meu! – o garoto rebateu.

– Não discutam... – Yutaka pediu, complacente. – Aonde está nos levando, afinal, Marcelo?

– Ah, claro! Vocês têm mais uma tarefa pra realizar...

– Quer dizer que tem mais? – Yuu lamentou.

– Ah, tem sim! Com certeza! Mas não me perguntem quantas etapas serão... Isso eu não sei responder...

– Você acha que tem mais de duas? – Mariana perguntou, cheia de espanto.

– Não posso responder a isso, Mari-chan... Ordens superiores! Gomenasai... – o garoto respondeu, pesaroso.

– Mas tem ideia do que ela está fazendo? – Ana perguntou, ansiosa.

– Não posso responder, Aninha... Gomen...

– A Ny-chan lhe disse o que teríamos de fazer agora? – Monique perguntou, com esperança.

– Não posso responder, Nick... Gomen...

– Tem alguma coisa que você possa nos responder? – Carolina disse, impaciente.

– Tem sim... Vocês descem aqui! – o garoto disse, alegremente, parando diante de uma grande casa luxuosa, que os outros ocupantes do carro olharam, espantados. – Ele dirá o que vocês farão...

– Ele? – Carolina olhou intrigada para a casa, enquanto todos desciam do carro.

– Boa sorte! – Marcelo acenou e deu a partida novamente, guiando para longe e buzinando.

– Ah, vocês chegaram! – uma voz alegre e carinhosa chamou a atenção deles, vinda da entrada da casa, do topo da escada. – Entrem!

Yoshiki acenava entusiasmadamente e os quatro casais se aproximara, subiram os degraus da escada branca e atravessaram a entrada da casa, sendo logo seguidos por seu dono, que fechou a porta.

– Otou-san? – Carolina chamou o baterista, a quem se referia carinhosamente como pai, e ele lhe sorriu. – Está metido nisso também?

– Ah! Quando a Ny-chan veio com a ideia, eu logo aceitei! Sempre fui louco por caças ao tesouro e surpresas!

– Então, sabe o que ela está aprontando? – Mariana se aproximou, esperançosa.

– Ah, eu sinto muito... Mas só sei o que cabe a mim lhes passar...

– E o que seria?

– Venham comigo, onegai shimasu! – o baterista sorriu e os conduziu até a sala de TV. – Sentem-se, onegai – ele mostrou os sofás e as poltronas e todos se acomodaram.

Yoshiki apertou o “play” de seu controle remoto e, na televisão, Sereny apareceu, como tinha feito na sala de reuniões da P.S. Company.

– Yo! Vocês chegaram até aqui! Sei que algumas das sete pistas ainda não fizeram muito sentido... Sigam uma música para encontrar a outra, está bem? O Destino guiará vocês pro terceiro posto! Yoshiki-san, arigato mais uma vez por sua ajuda! Boa sorte, pessoal! – como da primeira vez, o vídeo se apagou.

– Sigam uma música pra encontrar a outra? – Akira franziu o cenho.

– Sabe o que significa, otou-san? – Carolina se voltou para o mais velho, que se divertia.

– Hum... Não posso responder, querida... Mas algo me diz que em breve vocês descobrirão... – mal o baterista terminou de falar, eles puderam escutar o som de Baretta tocando bem alto.

– O que é isso? – Mariana franziu o cenho.

– Fiquem à vontade para procurarem – Yoshiki sorriu, perturbadoramente.

Enquanto eles se dividiam para procurar pela casa, o som parava alguns segundos, antes de recomeçar, nunca terminando a música.

– Parece o toque de um telefone – Carolina gritou para os outros.

Eles subiram as escadas para o segundo andar, onde o som parecia mais alto, mas havia muitos quartos por ali. Cada um entrou em um diferente. Akira foi seguindo o som, que aumentava a cada passo e entrou em um dos últimos quartos, quase no final do corredor gigantesco, encontrando sobre a cama o celular que tocava.

– Moshi, moshi? – o baixista atendeu.

– E ai, amigo? – ele ouviu a voz de Kouyou soar, alegremente do outro lado da linha. – Sereny, por acaso, enterrou o celular? Não que eu duvide que ela faria isso mesmo... – o guitarrista falou num tom de voz mais baixo, como se temesse que a garota o escutasse. – Você demorou para atender Espera só um instante, que ela vai falar com você... Sereny – o loiro pareceu afastar o celular do rosto pra chamar a namorada. – Você me deve mil yenes! Akira que atendeu! – ele vibrou.

– Yo! Aki-chan? – a voz da morena soou, contente. – Está se divertindo?

– Você aprontou bastante, baixinha! – ele deu risada, vendo os outros entrarem no quarto. – Vai finalmente dizer o que tudo isso significa?

– Não prestou atenção na última pista, Aki-chan? – ela soou emburrada. – “Sigam uma música para encontrar a outra”... Eu já tinha dito que ainda não era o fim... Afinal, que graça teria? Encontrar um celular tocando? Isso eu faço todos os dias! – o baixista gargalhou alto.

– Gomen... Gomen, baixinha! Não fique brava comigo! Você tem razão, eu não devia esperar de você algo que não fritasse os meus miolos! – foi a vez de ela gargalhar. – Então... O que significa a parte do celular?

– Como você o encontrou primeiro, Aki-chan, você terá a oportunidade de tirar uma dúvida sobre as pistas... Mas só uma... Escolha bem!

– Certo... – o baixista franziu o cenho, repassando mentalmente as pistas e tudo que os levou até ali. Ana se aproximou dele e segurou-lhe a mão bem firme. – Certo, Ny-chan... A oitava peça... É alguma coisa concreta... Ou é uma coisa abstrata? – ele terminou, hesitante e do outro lado da linha, pode escutar uma risada.

– É uma ótima pergunta, Aki-chan! – Sereny respondeu. – A oitava peça é o que vai guiar vocês, querido! Então, não. Não é uma coisa concreta. Mas é um conceito abstrato que pode ser encontrado em coisas concretas... Como, por exemplo, foi o Black Beauty! Como vai ser com a próxima coisa que encontrarem!

– Ah, Ny-chan... Isso foi muito confuso... – ele coçou a cabeça e ela gargalhou.

– Gomen... A oitava peça não é algo concreto... São várias coisas que vão guiá-los até aqui e que vocês vão encontrar sempre com ajuda das sete pistas – a garota respondeu. – Agora, não vou mais atrasá-los! Sigam a próxima música! Estamos esperando vocês! Bip, bip! – e desligou.

– Sigam a próxima música? – ele estranhou. – Ouviram alguma outra música?

Todos os outros negaram, franzindo o cenho, também tentando entender.

– Se uma era Baretta, a outra deve ser Red, não deve?

– Mas onde está tocando Red? – Yuu coçou a cabeça.

Akira sentou-se na cama, com o celular ainda na mão. Seus olhos recaíram o aparelho e ele percebeu uma coisa que ainda não tinha visto até aquele momento: uma linha vermelha estava amarrada ali.

– Red! – ele sorriu, tranquilamente, mostrando o fio para os companheiros. Iniciava-se no celular e seguia além da porta, pelo corredor. – Aonde será que isso vai dar?


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Notas finais do capítulo

o original Black Beauty é do Besouro Verde, se vcs nunca assistiram a esse filme, vejam! é hilário!
mereço reviews?