O vento trazia o perfume dessa mulher, era um perfume doce e agradável.

Eu olhava incessantemente para ela, ela era realmente parecida com--

Meus pensamentos foram interrompidos por Ling.-Você está bem cara? tá parado ai a uns dez minutos.-Ele me perguntou com um certo ar de preocupação. -Sim,eu tô bem, foi coisa minha.-Foi o que eu respondi.E assim que terminei de falar, uma voz na minha cabeça resolveu me perguntar:''Quem é essa mulher? Você andou traindo a Karin é? E com uma mulher mais velha? hehehe.Mais velhas são mais experientes. Não se preocupe, não irei contar pra ninguém.''

Frente a provocação do inveja, eu respondi:''Cale a boca Inveja, eu nunca trai a Pardal.É que essa mulher é tão parecida com--'' Novamente eu fui interrompido por Ling.-Cara, vamos continuar parados aqui?-Ele me perguntou.Algo me indicava que Ling estava com fome.Talvez o motivo fosse a brriga dele rugindo tão alto quanto um leão, ou o fato dele ter dito:''Cara, eu to com muita fome.''-Vamos até aquela casa, quem sabe não consigimos uma comida grátis hein?-Isso foi o que eu disse.Mais o que eu pensei foi:''Assim eu posso ter certeza de que ela é ou não--''Meus pensamentos foram novamente interrompidos por Ling que dizia: ''Simbora!''.

Aceleramos nossas motos, não tanto quanto antes claro, creio eu que 300km/h pra andar vinte metros é muito exagero.Chegando na casa, eu olheia para a mulher.Discretamente eu a olhei dos pés à cabeça,Ela realmente se parecia co--

Um simpático ''Olá'' interrompeu meus pensamentos.

-Somos viajantes-eu disse.-e como está quase na hora do almoço...bem... isso é até meio chato...mais será que poderíamos comer aqui?-Eu disse.mais o que estava em minha cabeça era:''Será eu é mera coincidência, ou ela realmente é--''

Outra vez meus pensamentos foram interrompidos.Ela sorriu e disse:''Claro, mais isso pode demorar um pouco.Eu ainda nem terminei de colher os ingredientes.''

Caceta, ela realmente é parecida com--

Outra vez meus pensamentos são interrompidos, dessa vez por Ling.

-Vamos ajudar-Ele disse prontamente, quase se esquecendo de sua fome.

O que eu poderia dizer agora? ''Vá se fuder Ling, eu não vou ajudar.''ou quem sabe:''Eu não ajudo nem que me paguem.'' ela estava recebendo-nos em sua casa, e iria dividir sua comido conosco. eu resolvi ajudar. Demorou cerca de meia hora pra terminarmos o serviço.Ling já estava quase morrendo de tanta fome, eu tive que carregá-lo da plantação de milho até a casa da mulher.Ela era vegetariana, então não teve carne em nossa refeição. O que não me incomodou, já que eu como qualquer coisa que dê pra mastigar.A comida acabou logo, eu esperei todos terminarem de comer. Ela comeu 2 pratos de comida, Ling 3 e u só 25, pra não ser mal-educado.E não,não comi os pratos, só a comida que estava nos pratos.Eu só como so meus pratos, quando estou lá em casa,e com muita fome.Eu perguntei o motivo dela ser vegetariana.

-Eu criei todos esses animais, me dá pena de matá-los, por isso não como mais animas.-Foi o que ela me respondeu.Uma dúvida pairava no ar.Eu resolvi perguntar.

-Qual o seu nome?-Eu precisava saber.

-Marie... eu acho.-Ela respondeu relutante.

-Por que você não tem certeza?-Perguntou Ling.

-Um dia eu acordei aqui nessa casa, sem memória nenhuma.Um simpático casl de velhinhos, que provavelmente eram ou foram médicos, nunca perguntei.Cuidava de mim.Eles entregaram-me o que pertencia à mim, que estava comigo, quando eles me encontraram desacordada nesse rio.E tudo o que indicava meu possível nome era essa pulseira, com ''Marie'' escrito.-Ela nos explicou.

Eu estremeci ao ver a pulseira. Era igual à que eu fiz e dei pra--

-Pulseira bonita.-Ling disse interrompendo meus pensamentos novamente.

Interessante a maneira como meus pensamentos sempre são interrompidos quando eu vou dizer que ela é--

-Seria ainda mais bonita se eu pudesse agradecer quem me deu.-Disse ela, interrompendo os pensamentos de quem? Parabéns pra quem disse que interrompeu os meus pensamentos.Chega disso, eagora eu vou falar que ela é m--

-Vai que foi um namorado, ou seu marido, ou coisa parecida.-Disse Ling interrompendo-me.

-Foi seu irmão.Seu irmão mais novo.-Eu afirmei sem hesitar.

-Como você pode ter tanta certeza?-Ela me perguntou um pouco assustada.

Nessa hora os dois olhavam pra mim, confusos e assustados.

-Eu te dei ela.-Afirmei.-Essa mecha, é do gurpo de batalha Katsoji.Você é Katsoji Marie, me treinava, e você fundou o grupo de batalha Katsoji, que era só um nome assustador pra nós treinarmos em paz. Só nós dois faziamos parte disso, essa mecha é a nossa marca, é uma mecha mágica, por isso não sai por mais que você lave.-Eu concluí.

-Não posso acreditar nisso.-Ela me disse com a voz trêmula.

Eu me levantei, e usei minha perna direita para ersse chute.Como eu imaginei, ela parou meu chute com apenas dois dedos.

-Pode parar minha perna direita com essa agilidade, e com dois dedos, sem dúvida você é a minha irmã, a melhor Katsoji em batalha corpo-a-corpo e armada.Eu fiz essa pulseira pra você de prata pura, não misturada com essa substãncia do demônio que o governo usa pra tornar menos precioso esses metais.A placa onde está escrito seu nome é de ouro puro, e as letras são de diamantes.É provavelmente uma das coisas mais caras que eu já fiz.-Eu afirmei, mais a expressão dela ainda demonstrava não acreditar em mim.

-E a sua mecha, seu cabelo é perfeitamente negro, não tem nada azul nele.-Ela me disse.

Um segredinho pra vocês, que nem o Trovão sabe:eu pinto meu cabelo.

Eu sai da casa, e os dois me acompanharam.Fui até o rio e passei água no meu cabelo. Com as minhas mãos eu pegava água, têz vezes foi o necessário para mostrar a mecha azul, que ia desde o começo do meu cabelo até o fim.Assim que viu a mecha ela caiu no chão de joelhos, e por um minuto sua expressão ficou vazia. depois ela se levantou dizendo se lembrar de tudo o que aconteceu. o mais triste foi quando ela disse finalmente poder voltar pra nossa família.Eu a abracei e contei tudo o que aconteceu. Ela começou a chorar incessantemente.Eu abracei-a mais forte até ela parar de chorar.Depois ela me beijou. A tristeza em seu rosto ainda era visível, ela tentava disfarçar. seu olhos estava vermelhos, e lágrimas caíam discretamente.Sua voz estava trêmula e falhava as vezes. Entre as plavras ela soluçava, ela falou para dormirmos ali.Nós comemos. Essa noite, eu tive aquele maldito pesadlo outra vez. Qual pesadelo? Eu revejo várias e várias vezes aquelas imagens horríveis. De quando Ikoichi matou Quase toda a nossa família. Eu acordei. E não mais dormi esta noite. Eu pude escutar minha irmã chorando. Eu sai de lá, fui até lá fora, perto da plantação de milho. Olhando para as estrelas eu podia sentir a tristeza de minha irmã. Misturada com a minha.Nessa noite... eu chorei. Em meio à minhas lágrimas, eu pude escutar alguém se aproximando. Era um homem de aprência de uns 33 anos. Não tinha barba, seus cabelos prateados brilhavam.Ele segurava um cajado com uma pedra brilhante que eu não pude ver o que era, ela brilhava num tom azul. Era quase ''aconchegante''.

-Acalme-se, você irá enfrentar muitos problemas pela frente, mais sempre terá amigos, lembre-se disso.Irá perder coisas importantes, mais não é culpa sua.

Eu não sabia o que falar para aquele homem. Mais antes que eu tivesse tempo de falar algo, ele bateu com o cajado no chão, um brilho intenso invadiu meus olhos ofuscando-me. e quando voltei a enxergar... ele havia sumido.Voltei para meu quarto.Esperei até amanhecer. Tomamos café, e fomos para o Norte, minha irmã disse que não poderia abandonar aquela casa.Mais se precisássemos, era só chamar.Seguimos finalmente para nosso destino.