Conversa vai e conversa vem, descobrimos que os dois meninos tinham 17 anos e Sophie tinha 16. Eles vieram para o Brasil em férias e estavam voltando para Paris, onde moravam desde que tinham 10 anos. Seus amigos estavam organizando uma festa de boas-vindas para eles e eles nos chamaram. O engraçado era que, o menino “meio moreno/meio loiro” vivia dando em cima de mim, e o outro, em cima da Blair, que estava para arrebentar a cara dele. Mas eu sabia que ela estava amando, aquela louca. Despedimos-nos dos nossos pais e entramos no avião.

Soph, Jer e Ty (sim, nós já estávamos nos chamando pelos apelidos, graças a minha querida e maravilhosa amiga totalmente sem vergonha. No sentido literal da palavra.) estavam longe da gente no avião, mas nós havíamos trocados celulares e Twitter e Facebooks e etc. Jeremy me mandava mensagens toda hora e eu sempre respondia. Ele era legal. A última mensagem que ele havia mandado, era uma piada sobre uma mulher que estava no avião e que já tinha passado por mim, então eu simplesmente ri. Blair, com toda a delicadeza dela, me olhou com uma mega cara “mas já? pelo amor de Deus, Scar.”

– Blair, nem vem. Você acha que me engana mexendo no celular escondida, né linda? – falei.

– Shiiii, Scar, shiiiii! Dorme aí, vai.

O resto da viagem foi tranqüilo e *Pierre*, o motorista do pai da Blair já estava nos esperando no aeroporto com uma plaquinha “Mrs. Blair Russeau”. A Blair quase socou o “francês gorduchito” como ela dizia.

– Pra que uma PLACA com o meu NOME? – ela falou, ainda surtando no carro que o motorista dirigia. Chegamos na casa de Blair e eu fiquei chocada. Que merda de casa GIGANTE era aquela? E linda... Eu podia morar lá pelo resto da eternidade. Blair foi para o quarto dela e me levou até o meu. Holy shit. Agora sim eu estava feliz. Tomei banho no meu quarto enquanto Blair tomava no dela. Coloquei meu pijama e desci. Blair estava na sala de TV comendo panquecas. Fui na cozinha, peguei a minha e sentei ao lado dela. Terminamos de comer, e fomos dormir.