Companheiro (a) escrita por Chase_Aphrodite, RaeRae


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Divertam-se!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/180181/chapter/15

Capítulo 15

Rachel não consiguia associar bem o que estava acontecendo.

“Levem-na!” Sr. Doninha ordenou.

“NÃO!” a voz de Rachel soou. “Eu quero entender antes.”

Shelby a olhou com lágrimas escorrendo dos olhos.

“Quando eu tinha 18 anos meu  único sonho, meu objetivo era chegar a Broadway. Mas, eu precisava de dinheiro para me manter. Vi um anúncio no jornal para ser barriga de aluguel para um casal gay. Eu conheci os dois. Era ótimos, fizemos alguns teste, e claro que minha condição jamais seria identificada pelos testes. Nove meses em Ohio e eu teria dinheiro para dois anos em New York. Mas... Quando você nasceu... As enfermeiras imediatamente te pegaram para limpar e te levarem aos seus pais... Quando elas estava te limpando, você virou a cabecinha e olhou pra mim. Eu fui para New York, mas jamais consegui...” Shelby suspirou. “Eu voltei à Ohio e tornei-me treinadora de corais. Cheguei ao Vocal Adrenaline... Tinha o hábito de observar o inimigo. Foi quando eu te vi nas Seccionais. E... Eu vi tanto de mim em você.” Shelby sorriu imensamente com orgulho. “Mas, muito melhor sem dúvida. Eu tentei falar com você, eu sabia que a transformação devia estar se aproximando. Porém, tem um grupo de Lobos perto das fronteiras... Demorei um tempo para conseguir passar e... Criar coragem para vir até aqui.”

Rachel a olhou, chocada. E logo veio a raiva.

“Você me vendeu.” ela afirmou sem dó.

“Não! É claro que não! Eu fiz o que achei melhor! Seus pais eram os melhores!”

Rachel a olhou, magoada. Virando as costas e com o olhar baixo saiu andando em direção ao rio.

“Bem, levem-na!” Sr. Doninha ordenou.

“Rachel!” Helena chamou dando um passo em direção a morena. Mas, Quinn já havia se adiantado e seguia o mesmo caminho tentando alcançar a Alfa.

Rachel correu. Ela só queria sair dali. Precisava ficar sozinha por um tempo. Ouviu Helena gritando por ela, e passos. Mas não parou. Nunca. Até que entrou no rio. A água batia em seus tornozelos e quase não havia correnteza. A morena se ajoelhou na água sem se importar se o jeans iria estragar.

“Rachel?” a voz doce de Quinn a chamou. A loira se aproximou devagar e segurou a mão da Alfa entre as suas. “Vamos, vamos sentar na margem.”

Rachel deixou-se ser guiada. Mas, assim que as duas sentaram-se, a morena olhou para a lua e deixou as grossas lágrimas caírem.

“Eu sou um monstro...” Rachel murmurou “Nem mesmo minha mãe, uma pessoa que supostamente é programada para me amar, me quis.”

Quinn a olhou, chocada. Não, aquela não podia ser a sua Rachel Berry.

“Rachel, não acredite nisso. Ela fez o que achou que precisava fazer. Mas, se arrependeu. Qualquer um Rachel, explodiria de orgulho de te ter como filha.”

Rachel bufou irritada. “Sim, todos querem uma assassina filha. Porque é isso que eu sou Quinn...” a voz quebrou no nome da Companheira “uma assassina.”

“Não! É claro que não!”

“Eu ia matar Sam Evans! Eu queria tê-lo matado!”

Quinn a segurou pelos ombros olhando em seus olhos.

“Rachel, você acabou de se transformar e tem muito poder. É normal sentir a pressão. Quanto a Sam Evans... Ele atacou sem permissão em seu território. Você fez o que todo Alfa faria.”

“Eu quis te atacar...”

“Mas, não atacou.”

“Mesmo assim.”

Quinn a abraçou com força e tudo o que Rachel sentiu foi a lufada de perfume que veio através do cabelo e a pele macia contra a sua.

“Eu estou aqui. Ninguém chegaria aqui a tempo. Se você realmente quisesse, já teria me matado. Mas, não o fez. Eu confio em você.”

Rachel respirou fundo e abraçou de volta. Mas, tudo que ela desejava no momento era que Shelby Corcoran nunca tivesse aparecido em Lima, Ohio.

* * *

“Onde vocês duas pensam que vão?” Indira perguntou abrindo a porta do quarto. Ela ouvira passos no corredor e sabia que tinha tudo pra ser Santana.

“Nós queremos saber o que está acontecendo” a caçula Lopez respondeu determinada. Brittany estava ao seu lado. A loirinha parecia fazer um grande esforço para manter-se acordada.

“O conselho está em reunião. Isso é tudo que você precisa saber.” abuela entrou na conversa, saindo de seu próprio quarto.

Santana deu um sorriso de zombaria “Na nossa sala de estar?”

“É sobre a mãe da Rachel?”Brittany perguntou sonolenta, antes que alguém pudesse contestar a pergunta de Santana.

Indira sorriu levemente para a loira, numa tentativa fraca de mostrar que estava tudo bem apesar da resposta que daria “Creio que sim.”

“Você está sendo irracional!” veio na voz exaltada de Russel.

As mulheres Lopez trocaram um olhar. Santana deu um passo em direção ao som, mas um comando de Indira a parou:

“Santana, não!” Santana era um lobo bem mais dominante, mas isso realmente não importa quando se recebe uma ordem da mãe “As coisas já estão bem agitadas lá embaixo sem o seu temperamento. Além disso, você sabe que não tem permissão para invadir uma reunião do conselho.”

“Mas Rachel é minha amiga” a latina parou quando percebeu o que havia dito “Bem, ela é... Ela não é tão ruim quanto eu pensava.”

“O Alfa precisa presidir o julgamento. É a tradição!” agora era Michael (Sr. Doninha) quem estava gritando.

“Do que eles estão falando?” Santana perguntou aturdida “Eles não podem esperar que a Rachel conduza o julgamento da própria mãe, certo?”

“Receio que isso é o que manda a lei, Santana.” Abuela respondeu grave “Uma vez que o Alfa Verdadeiro de uma alcatéia é revelado, ele tem o dever de comandar os julgamentos mais importantes. O conselho e a alcatéia podem dar suas opiniões e estarão presentes durante todo o processo, mas o veredicto vem do Alfa.”

“Mas você...”

“Sem ‘mas’, querida.”

Brittany deu um bocejo.

“Agora leve sua companheira para o quarto antes que ela caia e durma aqui no corredor.”

“O Sr. Fabray não irá permitir que isso aconteça. Ele vai fazer alguma coisa.” Santana declarou. Ela sempre tinha que ter a última palavra. A latina agarrou Brittanny pela cintura e a puxou de volta para o quarto.

“Esperemos que você esteja certa, mi nieta. Esperemos.” Rosalinda murmurou.

Indira a olhou, preocupada.

“O quanto será ruim se Russel não tiver sucesso?”

“Muito.” Abuela disse séria “Se a Alfa condenar a própria mãe, poderá ser vista como alguém fria e sem coração. E um líder deve ser amado pelo seu povo. Mas se a declarar inocente, considerando todas as evidencias provando o contrário, Rachel parecerá fraca. Parecerá que ela coloca os interesses pessoais antes das nossas leis. E um líder precisa ser respeitado.”

“Você acha que Russel tem alguma chance?”

“Quem sabe? Aqueles velhos lá embaixo são muito agarrados às tradições. Mas nunca se deve duvidar de um Fabray.” abuela completou um pouco mais forte “Agora volte você também para o quarto, e reze para que o melhor aconteça.”

Indira assentiu.

“Boa noite, Abuela!”

“Boa noite!”

As duas fecharam as portas. Ambas sabendo que nenhuma delas iria dormir essa noite.

Enquanto isso na sala

“Você está sendo irracional!” Russel vociferou.

“É a lei. Você não pode ir contra as nossas tradições...”

“Como se você se importasse muito sobre tradições, Michael” ele interrompeu em tom acusatório.

“O que você quer dizer com isso?”

“Você sabe muito bem o que quero dizer. Você não é tão discreto quanto pensa.”

“Eu não sei do que você está falando” Sr. Doninha parecia levemente nervoso. Alguns outros conselheiros moveram-se inquietos.

“Se eu fosse você, tomaria cuidado. Traição é um crime punível com a morte.”

“Russel!” Aliester, um dos conselheiros mais antigos, repreendeu “Se você tem alguma denuncia formal a fazer, estamos ouvindo. Porém muito cuidado para não levantar acusações levianas.” ele não parecia realmente irritado. O conselheiro estava mais preocupado com as consequências que uma acusação sem provas poderiam trazer a Russel.

Isso pareceu trazer alguma razão ao Sr. Fabray. Ele tomou algumas respirações.

Michael aproveitou a deixa:

“Pois bem, nossas leis mandam que a Alfa presida o julgamento e dê a sentença quando se trata de grandes questões. E essa é uma grande questão.”

“Sim,” Ramon ponderou “mas também é necessário haver um pouco de bom senso. Rachel é uma das partes envolvidas. Não seria ético que ela assumisse essa responsabilidade.”

Alguns balançaram a cabeça em concordância.

“Mas ela é o nosso Alfa Verdadeiro.” Sr. Doninha disse com um leve tom de zombaria “A escolhida. Não é de se esperar que tenha a capacidade e o discernimento de liderança? Não se defende tanto que o Alfa Verdadeiro nasce como um líder nato, possuindo todas as habilidades necessárias para comandar e prover a Alcatéia?”

“Eu não acho que...”

“O Alfa precisa presidir o julgamento. É a tradição.” Michel reforçou irritado.

“Bem,” Ramon falou novamente “acho que todos estamos um pouco exaltados. Por que não deixamos para nos reunirmos novamente amanhã? Hoje os acontecimentos ainda estão muito quentes em nossas cabeças. A acusada está mantida em segurança. Nós podemos deixar para falar amanhã.”

“Não. Nós não podemos adiar essa isso. Preparativos devem ser feitos. Temos que tomar a decisão o mais rápido possível.” Michael rebateu.

A maioria concordou.

* * *

Já passava das três da manhã quando abuela entrou pela porta do quarto de Santana. Brittany dormia na cama da companheira, mas a latina mais nova olhava perdida em pensamentos para fora da janela. Ela virou lentamente para encarar a avó.

“Eu imaginei que você estaria acordada.” Rosalinda disse com uma expressão grave. “O conselho tomou a decisão.”

“E então?” Santana estava ansiosa, mas ao mesmo tempo não tinha certeza se queria saber a resposta.

“Sinto muito, mi nieta. Eles decidiram que ela deve liderar o julgamento.”

Santana assentiu.

Abuela virou e saiu do quarto.

A latina mais nova voltou a encarar a noite através da janela.

* * *

“Os outros conselheiros já foram. Você vai ficar essa noite?” Dr. Lopez perguntou a Russel. Eles estavam trancados no escritório do médico.

“Não. Judy deve estar preocupada.”

Ramon assentiu. Ele entregou uma bebida ao amigo.

“Foi bom que você tenha se oferecido para dar a noticia a Rachel”

Russel deu um gole em seu uísque.

“Não poderia ser diferente. Eu estou treinando-a. Nós passamos muito tempo juntos nesses últimos meses. Tinha que ser eu.” ele tinha um olhar triste “Ela é uma boa garota. Ela não merecia passar por tudo disso.”

Ramon ouviu em silêncio enquanto o amigo falava. Era raro ver Russel tão emotivo. A garota realmente deve tê-lo conquistado.

“Quando você pretende dizer a ela?”

“Na segunda-feira. Ela já tem muito para lidar no que resta do final de semana.”

* * *

Judy lia seu livro com calma enquanto Russel anotava algo em seu caderno. O silêncio permanecia na casa dos Fabrays. Da forma mais confortável possível. Russel fechou o caderno com força e deslizou até a cozinha olhando através da janela.

“Está tudo bem?” Judy perguntou.

Russel cerrou os olhos as nuvens escuras que se formavam no céu.

“Vem tempestade por aí. Das grandes.” disse. E os dois sabiam que não era sobre o tempo que ele estava se referindo.

“Já faz 18 anos...” pensou “Eu preciso de sua ajuda Ephraim. Agora mais do que nunca.”

* * *

Segunda-feira - Glee Club

“Olá, garotos! Desculpem pelo atraso. Eu estava corrigindo algumas provas e acabei perdendo a noção do tempo.”

“Certo,” Santana resmungou “só se correr atrás da Srta. Pillsbury virou sinônimo de corrigir provas.”

O professor preferiu ignorar a latina.

“Vocês ficarão felizes em saber que encontrei uma música do Journey para executarmos hoje.” ele falou animado, puxando algumas partituras da bolsa e caminhando em direção aos gleek’s “Rachel, você pega a liderança e...” Sr. Schue parou quando enfim percebeu que a morena não estava ali. Uma olhada mais completa na sala denunciou que ela não era a única faltando “Onde estão Rachel e Quinn?”

Ninguém sabia a resposta para essa pergunta. Mas Santana sorriu maliciosamente imaginando as várias possibilidades.

Rachel escolheu esse instante para entrar na sala. A Alfa não disse nada, apenas sentou em seu lugar de sempre ao lado de Noah. Ela não pareceu perceber todos os olhares em cima dela.

“Rachel” Puck chamou, mas a judia não demonstrou reação. Ele deu uma cotovelada leve na morena para chamar sua atenção. Funcionou.

“O quê?” ela pediu irritada. O judeu fez um sinal abrangendo todos na sala e como eles estavam encarando-a.

“Vocês não têm nada melhor pra fazer do que ficar olhando pra mim”?

Os gleek’s se assustaram com a agressividade no tom da morena. Eles haviam ouvido o boato de que hoje ela estava fora do seu normal. Alguns até presenciaram como Rachel deu um olho roxo a Azimio quando ele jogou uma raspadinha em uma caloura. Mas ninguém nunca imaginou que a morena se atrasaria para Glee.

“Rachel,” Sr. Schue foi o único com coragem para falar. Ele achava que estava protegido por ser um professor. Quanta ingenuidade “por que você se atrasou?”

“Eu tinha coisas mais importantes para fazer com meu tempo.”

“Mais importantes que Glee?” Kurt perguntou aturdido. Mas se calou depois do olhar que a Alfa lançou sobre ele.

“Rachel,” Sr. Schue começou novamente “eu tenho notado que você não está mais tão atenta ao club. Você não luta mais pelos solos, não dá tantas ideias e agora começou a chegar atrasada. Eu não...”

O discurso do professor foi interrompido por uma risada alta. Rachel estava gargalhando. Lágrimas começaram a escorrer pelos olhos da morena. Ela achava isso tudo tão engraçado. Rachel segurou a barriga, de tanto rir ela estava ficando com uma coloração avermelhada. A morena parou apenas o suficiente para olhar ao redor da sala, e sorriu ainda mais difícil quando percebeu que ninguém a estava acompanhando.

 “Por que vocês não estão rindo?” a morena perguntou entre gargalhadas.

“Eu não vejo qual o motivo para risadas.”

Esse foi o Sr. Schue.

“Você não perc-” a morena parou tentando se controlar “Você não percebe a ironia? Vocês nunca gostaram de mim, e agora o senhor reclama por eu ter parado com algumas das coisas que fizeram muitos de vocês me odiarem.”

“Nós nunca odiamos você, Rachel.” o professor disse num tom condescendente irritante.

“Não? Entre todos os apelidos, xingamentos e raspadinhas, vocês poderiam ter me enganado.”

Alguns olharam envergonhados, outros não.

“Ah, não se faça de inocente. Você mandou aquela pobre garota para uma casa de crack, porque estava com medo da concorrência nos solos.” Mercedes disparou.

Noah responde por Rachel.

“Não. Ela não fez isso.” o judeu defendeu.

“Do que você está falando? Ela mesma confessou.”

“Rachel não mandou a Sunshine para casa de crack nenhuma. Ela só disse isso a vocês como uma piada. Nós nunca pensamos que vocês acreditariam.”

Agora Santana estava confusa. “Então por que ela saiu daqui e foi para o Vocal Adrenaline?”

“Porque eu disse a ela como pessoas como nós são tratadas em Mckinley High. Ela não aguentaria o bullying. E no Carmel os membros do coral são tratados como deuses. Além disso, eles ganham salário dos patrocinadores, e esse dinheiro poderia ajudar a família da Sun. Eles têm passado por momentos difíceis.”

“Sun?” Santana perguntou.

“Nós saímos algumas vezes.”

Rachel viu o sorriso malicioso da latina.

“Como amigas.” ela ressaltou.

“Nós estamos saindo do tópico aqui.” Sr. Schue destacou.

“Sim, e qual era mesmo o assunto? Ah, sim, atrasos.” Rachel disse sarcástica. “É realmente engraçado ouvir o senhor, que nunca apareceu numa reunião na hora certa, reclamando sobre isso.”

“Bem, eu só... Eu só...”

“Admita Sr. Schue, se há alguém aqui não está comprometido o bastante com o New Directions, esse alguém é o senhor. Mas o que se podia esperar de um treinador que não tem qualquer qualificação para estar no cargo que assumiu?”

“Eu tenho muito experiência,” o professor se empertigou “quando eu estava na escola...”

“Sim, nós já sabemos. Vocês ganharam muitos títulos, e bláh, bláh, bláh. Mas quando foi isso mesmo? Antes ou depois dos dinossauros serem instintos?”

Com essa Santana sorriu.

“Rachel, esse não é...” Sr. Schue tentou.

“Por favor, o senhor não vai começar a cantar um rap, vai?”

“Rachel, eu não vou admitir esse tipo de desrespeito.” ele disse, sério. Mas seu olhar mudou, e ele acrescentou numa voz baixa preocupada: “Você realmente não gosta quando eu canto rap?”

Rachel revirou os olhos. Ela puxou a mochila sobre as costas e começou a andar para a porta.

“Aonde você vai?” o professor perguntou.

“Sair.”

“Se você passar por essa porta, perderá o solo e o dueto para Sectional.”

A morena nem olhou para trás.

“Você promete?” ela zombou, sem hesitar nem por um segundo.

“O que está acontecendo com você.” Sr. schue perguntou quando ela estava a um passo da soleira da porta “Nós somos sua família.”

Isso fez a morena parar.

Os lobos na sala (e Kurt) se mexeram inquietos quando sentiram algo fluir da Alfa.

Ela virou-se para encarar a sala. Seu rosto parecia esculpido em uma pedra de gelo, tão fria era sua expressão. E quando ela falou sua voz era macia, mas cortante, como veludo envolvendo uma lâmina afiada.

“Então eu tenho mais um motivo para sair. Família nunca me trouxe qualquer coisa além de dor.”

A morena virou-se e deixou a sala.

* * *

Quinn envolveu-se na toalha branca macia. O vapor de banho preenchia a maior parte dos vestiários. A melhor parte de ser capitã das Cheerios vinha com a pior parte. Era a última a deixar os treinos, mas tinha todo o vestiário para si.

Rachel entrou nos vestiários quase rosnando de raiva. Depois da maravilhosa discussão com Schuester, mais a lua cheia, ela precisava de algumas respostas. E no momento só havia uma loba em toda a escola que poderia dá-las.

A morena seguiu o cheiro de Quinn. Mas, ao avistar a loira congelou. A boca se entreabriu um pouco. Ver Quinn Fabray enrolada em uma toalha branca recém-saída do banho era demais.

“Q-q-quinn.” gaguejou.

A loira virou-se. Os olhos de Rachel Berry estavam pretos, e suas pupilas haviam dobrado de tamanho.

“Rachel...” Quinn exclamou ficando vermelha. Ia pegar uma roupa para tentar falar com a Alfa, melhor vestida.

Rachel acompanhou uma pequena gota escorrer pelo pescoço de Quinn e pousar no vale dos seios. Ela sentiu-se enciumada daquela gotinha. Passando pela pele de Quinn, tocando em lugares nunca tocados... Calor.

Quando Quinn piscou Rachel já estava em cima dela olhando-a profundamente. Quinn deu um passo para trás sentindo-se desconfortável. Os poucos trajes, a maldita lua cheia, e o olhar de Rachel realmente não estavam ajudando. A cada passo para trás que a loira dava, Rachel dava um para frente. A loira sentiu o metal frio do armário contra suas costas. A morena colocou cada um de seus braços ao lado de Quinn impedindo que ela escapasse.

Rachel deixou os olhos deslizarem para baixo, vendo toda a pele exposta. Tão perfeita... Quinn acompanhou o olhar de Rachel sobre seu corpo. Parecia que a cada segundo os olhos iam ficando mais escuros, e o cheiro de Alfa mais forte. Com a movimentação a toalha havia se soltando um pouco, e deslizou para baixo, até ficar cobrindo dos mamilos da loira para baixo. Quinn ergueu a mão para subir novamente.

Rachel rosnou. Forte. Quinn era tão perfeita. Estava tão perto. Ela não deixaria sua companheira se afastar agora. Não mais. Um dos braços enrolou Quinn pela cintura a deixando ainda mais perto, até que o hálito das duas se misturassem. Com sua outra, lentamente, Rachel subiu deslizando da cintura até a lateral do seio direito de Quinn. A loira ofegou. A mão continuou subindo e seguindo o rosto delicado, passando suavemente sobre os lábios.

Rachel afundou o rosto no pescoço de Quinn aspirando o cheiro. A loira fechou os olhos, tentando se controlar. Rachel subiu beijando os ombros nus, seguindo pelo pescoço até alcançar a orelha, mordendo a levemente.

Quinn gemeu, e isso foi o impulso o suficiente para Rachel deixar uma de suas mãos caírem até a coxa, forte dos anos de treinamento Sylvester. Sem muita delicadeza, Rachel apertou sabendo que na pele leitosa ficaria a marca de sua mão.

Com a maior calma que conseguiu reunir ia subindo lentamente, enquanto beijava o pescoço de Quinn.

A Fabray arfou. Ela sabia muito bem para onde as coisas estavam caminhando. Mas, ela não queria. Ela não se sentia pronta, ela não queria que fosse no vestiário, muito menos daquele jeito.

“Rachel...” disse empurrando de leve os ombros da morena. “P-pare. Por favor, Rachel.”

A morena afastou-se observando os olhos verdes. Rachel quase engasgou ao ver o medo e o quão assustada a Cheerio estava. Sem nenhuma palavra ela se afastou da loira e saiu do vestiário.

Quinn respirou fundo, e uma pequena lágrima escorreu pela bochecha corada. Trocando-se lentamente, não se importando que não iria ao Glee naquele dia.

* * *

Rachel franziu a testa como ela aumentou ao máximo o volume do Ipod. A música explodiu em seus ouvidos, fazendo o fone vibrar na batida da música. Ela desejava que a melodia que entrava pelas suas orelhas inundasse sua cabeça e dominasse seus pensamentos. Ela não queria ter que pensar em nada. E a raiva, por mais libertadora que fosse, não podia comandar suas atitudes para sempre.

O toque da campainha trouxe Rache de volta ao momento presente, ela nem percebera que havia fugido dele. Isso sempre acontecia. A morena tentava não pensar, mas quando percebia já estava completamente envolvida em lembranças e pensamentos ruins. Então a campainha foi bem vinda, a pessoa que estaria na porta nem tanto.

Ela desceu as escadas e caminhou em direção a entrada. Se não fosse por sua ótima audição, ela nunca teria ouvido a campainha tocando, não com a música tão alta.

Antes mesmo de deixar o quarto, Rachel já sabia quem estava à porta. Aquele cheiro não podia ser ignorado. Ainda que a Alfa não tivesse esses sentidos superiores, ela saberia que era Quinn. Rachel sempre teve um jeito de sentir quando a loira estava por perto.

Ela abriu a porta já com a intenção de mandar Quinn embora, mas quando os olhos avelã encontraram os seus, os pensamentos driblaram-se para fora de sua mente. Essa era outra coisa que sempre acontecia com a morena. A beleza de Quinn era atordoante. Rachel tentava se preparar antes de encarar a loira, mas a maioria das vezes, como agora, qualquer esforço era mandado para fora da janela após enfrentar aquelas íris avelãs.

“Oi!” Quinn cumprimentou.

Um minuto se passou antes que Rachel pudesse encontrar a própria voz “O que você está fazendo aqui?” ela perguntou.

A morena teve vontade de rolar os olhos em zombaria para si mesma quando percebeu o quanto sua voz parecia grossa. Era bastante claro que ela havia feito algum esforço para falar uma frase tão simples. “Patética”, ela repreendeu-se.

“Falando com você.” Quinn disse com um sorriso, repetindo as palavras que Rachel havia lhe dito alguns dias atrás.

Rachel também percebeu.

“Você se acha engraçada.” a morena disse, não realmente irritada. Ela nunca poderia ficar chateada quando Quinn sorria dessa maneira.

“Você não vai me convidar para entrar?”

Rachel não respondeu.

“É falta de educação deixar as pessoas do lado de fora.”

A morena levantou uma sobrancelha sarcástica.

Quinn continuou “Eu sei que também é falta de educação aparecer sem avisar. Mas dois erros não fazem um acerto, então seja superior e me convide de uma vez.”

Rachel rolou os olhos para a loira, mas deu um passo para o lado e permitiu que ela entrasse.

Quinn tomou uma respiração profunda quando passou ao lado da morena, tentando aspirar o máximo possível do aroma natural da Alfa.

Rachel fechou a porta depois que a loira entrou. Mas antes que Quinn pudesse dizer qualquer coisa, a morena começou a andar em direção a escada e subir os primeiros degraus.

“Aonde você vai?”

A Alfa parou no meio da escada “Você vê, Quinn, essa é a coisa de aparecer sem avisar, as pessoas fazem planos que não envolvem você.” ela respondeu, depois se virou e continuou a subir.

Quinn passou alguns segundos sem saber muito bem como reagir. Então ela lembrou-se o porquê de estar ali. Dando um suspiro profundo, ela seguiu à procura de Rachel.

A loira ficou em dúvida por um momento sobre para onde a morena teria ido, mas ela viu uma porta entreaberta e uma voz conhecida cantarolando.

Quinn entrou no quarto, e não seria exagero dizer que tomou um susto. Ela esperava que o quarto de Rachel fosse cheio de babados e cores fortes, com cartazes da Broadway por todos os lados. Mas parecia o quarto de uma adolescente normal. Havia uma estante tomando quase uma parede com DVDs e CDs. As cores eram neutras e tudo estava metodicamente organizado.

Rachel assistia a loira, enquanto Quinn analisava o quarto.

“Surpresa?” a morena perguntou após alguns minutos.

“Eu esperava algo um pouco mais...” Quinn não sabia bem a palavra a usar.

“Rachel Berry?” a morena ofereceu. Quinn assentiu. “Era assim até alguns dias atrás, mas eu percebi que já não combinava comigo. E um quarto precisa refletir a personalidade do seu dono, certo? Além dos mais, estava me trazendo algumas lembranças desconfortáveis.”

Quinn assentiu em entendimento. Mas ela ainda tinha uma dúvida “Por que você manteve aquele?” ela apontava para o único cartaz restante.

“Uma garota não pode viver sem um pouco de Barbra em sua vida.” Rachel respondeu com um sorriso.

E por um momento Quinn achou que estivesse vendo a boa e velha Rachel Berry. Mas isso não durou muito. Logo uma sombra tomou contas do olhar da morena. Foi só então que Quinn percebeu as olheiras sob os olhos de Rachel.

“Você parece horrível.” a loira destacou antes que pudesse se parar.

Rachel deu um sorrisinho cínico. “Obrigada.”

“Não. Espera...” Quinn se atrapalhou “Eu não quis dizer isso assim. Eu só...”

“Esta tudo bem, Quinn” Rachel garantiu “Eu entendi o que você quis dizer.”

Quinn sorriu aliviada. Ela voltou a encarar Rachel e a preocupação retornou “Você tem dormido?” ela perguntou. Rachel deu de ombros. Quinn estava começando a ficar irritada com a despreocupação da morena “Onde está a garota que dizia precisar de oito horas de sono diárias?”

Rachel deu um pequeno sorriso sem humor, doloroso de assistir. Ela fitou Quinn diretamente nos olhos “Aquela garota não existe mais.”

Ela parecia tão derrotada, isso cortou o coração de Quinn.

“Rachel, eu...” a loira começou.

Mas Rachel a interrompeu. Ela não queria que ninguém sentisse pena dela, muito menos Quinn Fabray.

“Por que você veio aqui?”

“Eu soube do que aconteceu hoje no Glee Club.”

“E?”

“E eu queria ver como você está.”

Rachel se levantou. Ela deixou o Ipod sobre a mesa. Aquilo estava sendo inútil. “Bem, você já viu.”

Quinn pretendia dar uma resposta afiada, mas o retorno malcriado morreu em sua língua quando a loira viu a postura cansada de Rachel. A rainha de gelo derreteu.

Ela deu um passo hesitante em direção a morena, Rachel não levantou a cabeça ou demonstrou qualquer reação. Quinn alcançou a Alfa. Estando tão perto, ela percebeu melhor as olheiras de Rachel. A morena parecia tão pequena.

“Rachel?” Quinn chamou.

Rachel levantou o rosto, mas não olhou para a loira. Quinn segurou o queixo da Alfa levemente com a ponta dos dedos, obrigando Rachel a encara-la. A pele de Rachel era tão suave. Sem perceber, Quinn estava acariciando o rosto da morena. Rachel deixou a cabeça cair contra o toque da loira.

“Você tem dormido?”

Ela deu de ombros.

Quinn parou as caricias. Rachel resmungou. A loira sorriu e voltou ao que estava fazendo "Quando foi a última vez que você dormiu?"

"Uns dois dias atrás." dessa vez a morena respondeu, quase de forma automática. Ela estava concentrada na sensação do toque de Quinn.

Quinn mordeu o lábio inferior para resistir à vontade de repreender a morena pela negligência consigo mesma. Mas a loira optou por usar a mão livre e puxar Rachel delicadamente em direção a cama.

“O que você está fazendo?” a Alfa questionou quando percebeu a intenção de Quinn.

“Cuidando de você.”

“Quinn”

"Deite-se" a loira cortou e a empurrou levemente para deitar no travesseiro. Rachel girou as pernas para cima da cama.

"Eu não preciso que você cuide de mim" ela bufou, e logo em seguida não conseguiu controlar um bocejo.

"É obvio que não." Quinn zombou.

Rachel olhou atentamente nos olhos da loira, quase como se estivesse procurando alguma coisa nas profundezas cor de avelã. E Quinn tentou mostrar com um olhar que a morena podia confiar nela. Apenas um momento depois, parecia que Rachel tinha encontrado o que estava procurando, antes que Quinn pudesse processar outro pensamento, o olhar da morena tornou-se mais suave e levemente esperançoso.

 “Enquanto você dorme um pouco” Quinn começou com uma voz um tanto rouca “eu vou preparar o jantar.”

“Quinn, isso não é...”

“Descanse, Rachel.” Quinn insistiu num tom que deixava claro que não aceitaria protestos, e Rachel não queria discutir. Ela estava realmente cansada, e com Quinn aqui, pela primeira vez desde que Shelby apareceu, ela sentiu que podia dormir em paz. O problema é que quando Quinn virou-se para sair, Rachel percebeu que não queria ficar sozinha, não ainda.

Rachel segurou o pulso da loira. Quinn olhou para ela com uma expressão interrogativa. A morena se afastou para o outro lado da cama, deixando um espaço livre em um convite silencioso. Um convite que não podia ser negado. Quinn subiu na cama e relaxou no aroma que a rodeou.

* * *

Isso não é como Quinn havia planejado a noite... Ok, se a loira fosse bastante sincera consigo mesma, ela admitiria que esperava aproximar-se um pouco mais de Rachel. Mas isso? Isso estava além de qualquer expectativa.

Rachel havia adormecido após alguns minutos, a morena parecia exausta. Quinn pretendia esperar apenas um pouco antes de sair da cama, até que o sono da morena estivesse profundo o bastante para ela não acordar quando Quinn se levantasse. Mas a loira caiu na besteira de olhar para Rachel enquanto ela dormia. A morena parecia tão tranquila. Quinn não conseguia desviar o olhar, ou se levantar para preparar o jantar como havia prometido. É só que, estar ali parecia tão certo.

Rachel era do tipo que se movia enquanto dormia. O braço da Alfa acabou possessivamente jogado sobre a cintura de Quinn, a morena puxou a loira para mais perto. Elas ficaram com seus rostos separados por apenas alguns centímetros. Quinn podia sentir a respiração da Alfa sobre seus lábios. A loira estava travando uma batalha interna intensa, tentando se impedir de fazer o que cada fibra em seu corpo ordenava. Ela não queria deixar passar essa oportunidade de provar os lábios da morena, mas seria certo fazer isso enquanto Rachel dormia?  Ela não estaria se aproveitando da confiança da morena? Quinn não queria arriscar.

Rachel se mexeu novamente. O movimento pegou Quinn desprevenida e lançou a loira para frente. Seus lábios pousaram sobre os da morena, num toque delicado. Ela se afastou hesitantemente, sua visão presa na boca carnuda. Quinn lambeu os próprios lábios, mas elas estavam tão perto que sua língua acabou roçando os de Rachel. A loira soltou um gemido. Ela se assustou com a própria reação e olhou para cima com medo do som ter acordado a morena. Quinn encontrou os olhos de Rachel abertos, fitando-a intensamente, recusando-se a desviar o olhar. As bochechas da loira queimaram, mas ela tampouco se permitiu desistir do olhar.

O ar ficou pesado, e tudo tão silencioso que seria possível ouvir um alfinete cair, o único som existem era os das respirações das duas. Elas olharam uma para a outra. Rachel levou a mão que estava na cintura de Quinn para o rosto da loira, o polegar acariciando o canto dos lábios de Quinn.

"Tão bela." Rachel sussurrou em um suspiro.

Elas ficaram ali, na mesma posição, no que pareceu ser para sempre, e Rachel podia sentir seu coração batendo violentamente em seu peito com a possibilidade do que poderia acontecer a seguir.

Quinn fez o primeiro movimento. Levou apenas um instante para uma pressão dolorosamente macia descer sobre os lábios de Rachel. Foi apenas um leve roçar, muito parecido com o primeiro contato das duas, quando Rachel puxou a loira em seu sono.

"Quinn" Rachel alertou, mas não fez nenhum movimento para se afastar. E Quinn tomou isso como uma permissão para continuar.

O beijo foi suave e inocente. Ambas pareciam ainda estar tentando descobrir se isso era real. Com medo demais de se deixar levar para no fim acordar e descobrir que foi tudo um sonho.

Rachel puxou para trás, terminando o beijo. Ela encostou a testa na de Quinn, seus olhos se conectaram. A morena prendeu a respiração, antecipando encontrar arrependimento e acusações. Mas o que ela achou foi algo que nunca esperara encontrar, carinho e um leve ar de adoração. Um olhar espantado nasceu nos olhos de Rachel quando Quinn lentamente colocou a mão em seu rosto, deixando as pontas dos dedos trilharem leves caricias sobre seus lábios.

Quinn tinha feito o primeiro movimento e agora Rachel não iria mais se segurar. Dessa vez foi a morena quem começou o beijo.

Ela capturou os lábios da loira num beijo muito menos casto do que o primeiro. Não havia nada de inocente. Era desesperado e apaixonado. Desejo, querer, vontade, todos esses sentimentos se misturavam, tentando ganhar o domínio. Rachel não pediu passagem para sua língua entrar entre os lábios da loira, ela invadiu, tomando tudo. Elas só se afastaram quando seus pulmões queimaram, e a necessidade de ar era demais para aguentar.

As duas respiravam de modo ofegante e voltaram a se encarar. Rachel não sabia quanto tempo ficaram assim, e, honestamente, ela não se importava. A morena sentia como se quem fizesse o primeiro movimento estaria quebrando a magia perfeita que as rodeava, e tudo voltaria ao caos.

Contudo, quando o momento exigiu palavras, Rachel foi a primeira a falar:

"Podemos continuar assim, apenas por enquanto?" ela perguntou baixinho.

Quinn estava quente e confortável. Ela desejou que pudesse congelar o momento e ficar nos braços de Rachel para sempre.

Ela assentiu como resposta ao pedido de Rachel e começou a traçar padrões aleatórios de leve no rosto da morena.

As duas já estavam quase adormecendo, quando a campainha tocou, despertando ambas. Rachel pulou nervosa para fora da cama. Ela saltou tão rápido que acabou tropeçando e caindo de cara no chão. Quinn sequer teve tempo de perguntar se ela estava bem, a morena se levantou rapidamente e começou a se mover pela quarto, apanhando coisas.

“Droga!” a morena resmungou.

“Uhm” Quinn começou incerta “Rachel, o que está acontecendo?”

“Eu esqueci que seu pai ficou de vir aqui hoje a noite.”

“Ok, respira.” a loira pediu chegando a morena “Eu vou abrir a porta para ele e”

“Não!” Rachel gritou “Seu pai não pode saber que você está aqui no meu quarto.” a morena olhou de um lado a outro, desesperada. Como se tivesse medo que Russel pudesse se materializar no quarto e ver as duas “Santana me falou sobre a espingarda dele.”

Quinn sorriu.

“Rachel, confie em mim. Vá tomar um banho enquanto atendo a porta e faço sala para o meu pai, ok?”

Rachel assentiu.

“E você não deveria ouvir Santana. Você sabe como ela é.” a loira aconselhou.

A morena parou por um momento.

“Quer dizer que ela estava mentindo? Graças a Deus.” a Alfa suspirou aliviada.

Quinn começou a se mover para a porta. Ela parou quando tocou a maçaneta. Ela olhou por cima do ombro e encarou Rachel, séria.

“Ah, não. Isso é verdade. Ele a chama de Cassilda.” a loira garantiu.

Quinn saiu do quarto e desceu as escadas com um sorriso. Ela escolheu não contar a Rachel que a arma não funciona há anos. Russel a guardava pelo valor sentimental, ele a ganhou do pai.

Quinn abriu a porta sem verificar pelo olhou mágico. A loira tomou um susto, não era Russel.

“Boa noite, Quinn!” a pessoa na porta a cumprimentou, aturdida “Eu não esperava encontra-la aqui.”

“Boa noite, Helena!”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!