Meu Louco Mundo escrita por Invisivel


Capítulo 4
O Melhor.


Notas iniciais do capítulo

Mais emoções...
A musica "O Impossível" é do Delittus. É uma banda gaucha e tem um estilo parecido com os Os Insólitos.
Gente não repara se tiver um "Bá", "Guri", "Tchê", pois eu sou gaucha e é difícil se livrar dessa manias. KKK
Capitulo terminado.



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POV Julie

Fiquei mais um pouco com a Bia. Contei toda a conversa com o Daniel, toda as expressões dele. Na hora, quando falei que a condição seria descobrir tudo sobre o Nicolas, ele fez uma cara de ódio, ate tive medo.

As vezes eu não entendo o Daniel. Parece que uma hora ele vai fazer uma coisa, daí parece um sujeito mais calmo ate podemos dizer sensível. E quando você acha que ele vai demostrar esse lado, ele faz o ao contrario, fica bruto, arrogante!

Com esses pesamentos, me despedi da Bia, e fui para casa.

Quando passei pela sala o Pedrinho estava inventando alguma coisa, muito concentrado, como não queria importunar e passei sem fazer nenhum barulho e me dirigi ao quarto dos fundos.

Quando entrei os garotos estavam cantando a musica: “O Impossível”.

Como é possível você me ter nas mãos e me deixar escapar (deixar escapar)

Como é possível, depois dos erros que apontei e dos caminhos que guiei

você não quis me ouvir e insistiu em errar

Como se fosse impossível para mim te deixa.

Eles pararam de tocar. O Félix saiu detrás da bateria.

– Julie! Que bom! Você voltou. – Ele veio me abraçar e o Martim colocou a baixo no descanso, veio me abraçar e a rodopiar comigo junto. Eu falo que o Martim tem um parafuso a menos, ele é super companheiro e louco.

– O que foi que eu falei, Félix? – Daniel falou mal humorado.

– Desculpa ai!

Alguem esta virando bom moço. – Disse o Martim, como sempre brincalhão.

– Chega de moleza! Vamos ensaiar. – Daniel disse autoritário. O Felix voltou para atrás da bateria. O Martim pegou a baixo e arrumou o lugar. E começaram a tocar. – Tudo em mim parece simples, mas não é bem assim.” Começou a cantar, e eu o acompanhei. – “Bem-vindos ao meu louco mundo. Nada é impossível, não paro de sonhar, eu sei que vai valer apena...”

Ensaiamos mais umas quatro musicas, varias vezes cada uma. Já estava no fim da tarde, quase noite quando paramos de cantar. Claro que paramos algumas vezes, para descansar e para comer. Quando paramos de tocar, eu peguei meu violão, sentei no sofá e o coloquei no meu lado. Peguei o meu caderno e comecei a tentar criar uma nova musica.

– Eu vou caminhadinha por ai, ver umas futuras fãs. – Martim falou, com um sorriso malicioso.

– E eu vou pegar um ar puro, para me sentir melhor. – Félix disse. Ele e o Martim atravessaram a parede.

Só ficou eu e o Daniel no quarto. Ele começou a tocando uma melodia que eu não reconhecia. Percebi que ele havia errado uma nota, vi no rosto dele estava com expressão de decepção e bufou de raiva. Consegui notar mesmo não olhando diretamente para ele. Mais um traço na personalidade dele: Exigente. Percebi que não só comigo que ele era, e sim com todo mundo, principalmente com ele, chegava a ser pior.

– Daniel, você apenas errou uma letra. Não precisa ficar bravo com isso. Todo mundo erra. – Disse calma, sem olhar para ele.

– Julie, você não entende. Uma vez foi embora a chance de ser o melhor, eu não quero e não vou perder a chance, de novo. – Senti o olhar dele em mim. Eu levantei a cabeça e o encarei.

– Hum... – Foi a única coisa que eu conseguir dizer.

Entenda uma coisa. Eu não apenas brigo contigo por nada, não é nada pessoal, apenas eu quero o melhor de tudo. O que eu faço e digo sempre é o melhor, causa disso disse para você voltar. Pois eu sei que você é a melhor vocalista e se esforça muito. Você é a única... Sabe o segredo. – Ele falou serio, olhando para meus olhos, como se quisesse ler a minha alma. Senti meu rosto enrubescer, igual um pimentão.

Por um tempo, não tinha resposta para aquele discurso. Fiquei pensando no que ele disse. Mesmo de uma forma convencida dele, ele me elogio. Fiquei admirada, aquelas palavras me encantaram.

– Ate concordo contigo, mas não precisa ser arrogante sempre. Fique sabendo que isso machuca, as vezes, ate demais..

– Então quer dizer que eu consegui te afetar?! – Daniel disse em segunda intenções. Mas eu fingi que só tinha um sentimento.

– Bem... Hum... Para ser sincera, você me magoou um pouco com a tua insensibilidade. – Disse olhando para os olhos deles. Ele sorriu ironico para mim.

– Eu não perguntei se eu te machuquei, mas sim, se eu te afeto? – Ele perguntou bem cara de pau. Ele colocou direitinho a guitarra no descanso dela, e veio para meu lado.

– Vou indo. Amanha tenho aula e vai ser um dia bem agitado. Tenho que descansar. – Me levantei do sofá, mas ele segurou a minha mão para não poder sair. Puxou a minha mão e me fez sentar, de novo.

– Ainda você não me respondeu. Eu te afeto? – Ele me puxou para perto, me abraçou, podemos dizer. Fez encostar a minha cabeça no ombro dele. Calor foi aumentando cada vez mais. – Te afeto?

Ele tocou o meus cabelos, perto da orelha. Senti aquele toque, me arrepiou da cabeça ao pes. Eu não pude não retribui. Acariciei os cabelos, perto da nuca e do pescoço. Ele se aproximou cada vez mais da minha boca, nossos olhos fecharam. Com a mão que estava no perto da orelha desce para nuca, ele entrelaçou os meus cabelos nos dedos dele e com a outra foi para minha cintura, me puxando mais perto do corpo dele. Aquilo já estava me deixando louca. Ele beijou o meu pescoço, senti a respiração dele, ofegante. Ele acariciou meu rosto. Por instinto, a minha respiração ficou mais pesada. Cheguei perto da orelha dele, e mordi fraco. Nisso ele apertou a minha cintura. As nossas bocas se aproximaram. Sabia que deviria me afastar, mas estava paralisada. Ele puxou o meu lábio inferior. Um segundo depois, estávamos nos beijando. O beijo do Daniel era intenso, ardente e possessivo – o tipo de beijo que afirma e reivindica.

Eu sabia que não deviria retribuir aquele beijo, mas parecia impossível reprimir o desejo que existe. Um das mão estava na nuca, comecei a unhar ate o meio das costas e a outra mão estava no rosto dele, acariciando. A pele dele estava quente, macia... Como era tão bom tocar. Dai ele puxou-me para sentar no colo dele, a mão dele fez a volta em minha costas, e a outra na minha nuca entrelaçando os dedos no meu cabelo. Continuamos alguns minutos nisso.

Mas eu precisava sair dali, não estava certo. Parei de beijar, tocar e unhar o Daniel. Ainda estava com os olhos fechados, tentando acalma a minha respiração. Quando senti que ela estava voltando ao normal, abri os olhos e encontrei com os olhos de floresta de duvida, desejo e com um Q de carinho. Senti os nossos corações agitados alem da conta. Ele estava ainda ofegante. Ele tocou no meu rosto, de uma maneira tão carinhosa, parecia que ele queria me acalma. Tirei as mãos dele do meu rosto, me levantei do colo dele. Sai correndo em direção do meu quarto. Aquilo me deixou confusa demais. Precisava de um canto só meu. Precisava da minha cama. Senti uma lagrima caindo. Entrei no meu quarto e me atirei, praticamente, na cama. Fechei os olhos e fiquei pensando no que aconteceu.


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Notas finais do capítulo

Vou pedir uma coisita. Quem tiver lendo, por favor, deixe um comentário, para ver se eu continuo ou não.